Caro Carlos,
Irei comentar algumas partes do exposto por você.
Carlos Mathias escreveu: Helicóptero obsoleto por 50 milhões a unidade nós já vamos entubar mesmo, resta saber o que mais de maravilhoso esse embróglio nos reserva.
Fico triste em ler esse tipo de afirmação, sério mesmo
. Percebo que no fórum DB existem dois pesos e duas medidas. Por que? Podemos fazer a seguinte comparação:
• Na compra dos helis de ataque, que já é dada como certa como sendo o Mi-35, temos uma compra de prateleira. Um heli, como já foi dito aqui anteriormente (prefiro não citar o nome da pessoa), que ainda é fabricado para ser oferecido a países de terceiro mundo. Mas muitos preferem ignorar esse detalhe.
• Na compra dos helis da MB, novamente uma compra de prateleira, o pessoal ficou todo eufórico (acho até que soltaram foguetes de tanta alegria). Não quero entrar no mérito da questão, mas foi postado aqui no DB que o SeaHawk já teria substituto (Verdade? Não sei). Novamente o pessoal fez vista grossa.
• Na compra do EC-725, considero uma situação totalmente diferente do citado anteriormente. Não vejo o porquê de tanta insatisfação com a escolha do mesmo, sendo que ele será pelo menos montado em nosso país. Todo esse processo irá gerar empregos (técnicos, engenheiros, administradores), conhecimento, divisas para nós brasileiros, de forma direta ou indireta. Lembrar que o governo queria um maior índice de nacionalização, pelo menos na teoria, para aceitar a proposta. Agora eu te pergunto: o que nós ganhamos com a compra do Mi-35 e do Seahawk? Eu respondo, apenas um belo equipamento.
Tudo isso me leva a crer que nós brasileiros somos um povo insatisfeito por demais. As vezes a insatisfação é algo bom, pois nos leva a sempre querer mais e o melhor. Mas tudo na vida tem limites.
Carlos Mathias escreveu: Ou será que a intenção dele seria uma segunda edição da cagadaiada do FX-1?
Naquela época tentou-se de tudo para empurrar um caça que a FAB não queria, e deu em quê ? Mais dez anos de sucata, inclusive francesa como retribuição aos acordos de bastidores melados, segundo dizem por aí.
Tudo que começa errado termina errado. Não existe mágica para reparar erros como os que foram cometido no FX-1. Sabemos hoje que o fracasso daquele processo foi em conseqüência de erros da Embraer (ao se associarem aos franceses, antecipadamente), da FAB (por ter mais de dois finalistas no processo. Já imaginaram o campeonato brasileiro com mais de dois finalistas? Também não daria certo) e finalmente do Governo (Sem maiores comentários). Lembrar que no FX-1 até o ministro da agricultura (a favor da proposta russa. Commodities, lembra?) e o ministro da saúde (a favor da proposta da Embraer) andaram dando pitacos na escolha do vetor. Com um processo assim meu caro, não podemos levar a sério mesmo e deu no deu. Então só posso dizer o seguinte, não houve um culpado, na verdade todos foram culpados pelo fracasso do FX-1.
Carlos Mathias escreveu:Wesley, você não acho no mínimo do mínimo esquisito que o NJ venha a público dizer com todas as letras que ninguém, absolutamente ninguém quer colaborar com o Brasil? Até a minha cadela vira-lata sbe que é mentira, pura e simples. Como assim? Como assim que ele foi desmentido publicamente, e logo depois foi assinado um tratado de cooperação com a mesma Rússia. Pois bem, instaurou-se um cheiro de merda na época e o min. sumiu da pista.
Não vou negar, estranho é sim. Mas devemos lembrar que estamos em fase final do processo. Será usado (pelos concorrentes) todo o tipo de recurso para se obter vantagem (quem sabe não aparece aí uma foto do NJ com um travesti no Rio de Janeiro, virou moda agora
). Já vimos essa novela no FX-1, mas tenho a impressão que não aprendemos nada com ela. Pelos próximos meses, até o anúncio do vencedor, teremos todo o tipo de notícia na mídia e nós do DB, com a experiência que temos, não podemos nos deixar levar por tudo o que é dito por essa impressa sensacionalista. Fiquei surpreso com uma notícia postada lá nos Navais, nem o sub da MB escapou dessa esculhambação toda.
Devemos nos lembrar que estão surgindo muitas informações no momento. Não seriam também contra-informações?
Abraços,
Wesley