#1850
Mensagem
por Guerra » Ter Set 16, 2008 1:26 pm
Nessa guerra entre 7,62 e 5,56 a conclusão que eu chego é que existem vantagens e desvantagens nos dois.
Eu diria que a grande vantagem do 5,56 é o seu peso. E a grande vantagem do 7,62 é o seu poder de impacto.
Testes feitos na OTAN mostraram que enquanto o 5,56 consegue furar uma placa metálica a 400 metros o 7,62 consegue a mesma façanha a 620 metros. Na Alemanha foi feito o mesmo teste com uma placa de espessura diferente e o resultado foi 485 m para o 5,56 e 640 m para o 7,62. Nos EUA o resultado (com outra placa diferente) foi 515 metros contra 800 metros. Vejam que a medida que a placa aumenta a espessura, a distancia cai, mas o 7,62 continua em vantagem, mesmo em curta distancia.
Daí vem a pergunta: “porque eu preciso furar uma placa metálica a 800 metros, se os combates são travados a curta distancia?” Pensando assim, não parece nem lógico ter uma parafal com alça para 250 metros num calibre que fura uma chapa de aço a 800 metros. Mas isso não é uma regra. A operação básica para infantaria ainda é um pelotão atacando uma posição sumariamente organizada.
Ora, mas se eu estiver em combate e aparecer uma posição inimiga que eu não consiga neutraliza-la com tiros de fuzil eu uso um lança rojão ou lança granada e esta feito o serviço. Ok, mas o fato é que a redução do calibre reduz o poder de fogo de uma fração. Isso quer dizer que o serviço que eu fazia com 2 reais (preço de um 7,62), hoje eu faço com 1000 reais (tô chutando, não sei quanto custa um rojão).
A infantaria blindada pede um fuzil mais compacto. A infantaria de selva pede um fuzil mais compacto e munição em maior quantidade. A infantaria de montanha e caatinga a mesma coisa. Mas é como sempre digo que antes de pensar em mudar o calibre, muita coisa precisa ser feita.
Um projeto assim tem que vir acompanhado de outros projetos para desenvolvimento de outras armas dentro do pelotão. Porque para se fazer aquele mesmo ataque (a posição sumariamente organizada) são precisos de pelo menos 3 tiros de lança rojão (se não falha a memória), e uns 12 (tb não tenho certeza) de lança granada. Portanto é preciso desenvolver essas armas; é preciso aumentar a cadência da arma de apoio do GC; nossa infantaria blindada precisa ter condições de combater embarcada e por ai vai.
Nós já temos morteiros com mais precisão. Temos o mrt 120 que aumentou muito o apoio de fogo do btl. Só que o ALAC não anda. O Tal do missel não aparece. A VBTP da infantaria blindada, por enquanto, vai ser o M 113. E a tal da fabrica de lança-granadas é uma promessa, assim como o 7 de setembro seria a data que as coisas iriam começar a acontecer.
Parece ultrapassado, porque é ultrapassado, mas a realidade é que eu não troco o poder de fogo e ação de choque (isso mesmo o barulho do 7,62), pelo peso do 5,56. Simplesmente porque nós não temos um apoio de fogo decente, e não temos uma metralhadora 5,56 cuspindo fogo para compensar a o barulhão do 7,62. Mas vamos esperar. Quem sabe eu não mudo de ideia. Quem esperou 20 anos, espera mais um ou dois anos.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!