RobsonBCruz escreveu: Sáb Mai 25, 2024 2:06 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Mai 25, 2024 1:16 pm
Era a última que faltava das 4 GU de infantaria a serem mecanizadas no planejamento atual.
Ela se junta agora à 9a, 15a e 11a Bda. Cada uma em um estágio diferente do processo. E todas ainda muito longe de estar com todos os recursos empregados definidos e operacionais.
Até a organização destas bdas ainda não está totalmente definida, com o EB fazendo experimentações doutrinais em função de um processo no qual estamos atrasados uns 40 anos.
Lamentavelmente nenhuma OM no centro oeste e nordeste terão brigadas mecanizadas. Algo que acredito ainda vamos nos arrepender, e muito, de não ter feito.
A 9ª (GUEs/9ª Bda Inf Mtz) ainda não foi transformada em mecanizada. Até onde sei, apenas o 1º BI Mec orgânico da 9ª Bda foi mecanizado.
Realmente, a 9a bda ainda não foi mecanizada oficialmente. Era, salvo engano, uma unidade quaternária, mas agora apresenta em sua organização apenas 3 bt linf, com o 1o, 2o e 57o. Estes últimos dois ainda não foram mecanizados. Como de resto todas as demais subunidades, salvo o esquadrão de cavalaria orgânico, obviamente.
Não sei como está o recebimento das VBTP Guarani pelas OM desta brigada, mas a julgar que apenas um btl inf foi mecanizado, no mínimo podemos supor que se conseguiu dotar o mesmo em sua maior parte com tais viaturas, com as demais SU ainda carecendo serem formatadas com o mesmo.
Com mais de 700 blindados produzidos até agora, ao menos do ponto de vista matemático já era tempo para o EB cobrir todos os btl inf que seriam mecanizados com estas VBTP dentro do planejado para as 4 brigadas. Em teoria, 48 veículos são suficientes para equipar as 3 CiaInfMec de cada batalhão, com a 4a Cia sendo a de comando e apoio, onde vão as VBE do Guarani. Mas estas são uma outra história, e mais uma novela sem fim.
Como são, teoricamente, 12 batalhões de infantaria para serem mobiliados com as VBTP Guarani, a 48 unidades básicas de transporte de infantaria, tem-se uma demanda para 576 unidades para este montante. Já passamos das 700 produzidas há tempos, sendo que o EB também enviou vários destes bldos para OM de cavalaria mecanizada, onde a quantidade de unidades a serem atendidas também, teoricamente, são em torno de 12 RCM nas quatro BdaCavMec, que dispõe de cerca de 18 unidades das VBTP Guarani em cada RCM, somando uma demanda geral de aproximadamente 216 unidades.
Com apenas BIMEC e RCM nas respectivas brigadas mecanizadas por dotar com o Guarani, são 792 blindados em demanda, o que a IDV a esta altura do campeonato já colocou em linha há tempos entre entregues e ainda nos depósitos da fábrica em Minas Gerais. Mas fato é que o EB também vem distribuindo estas viaturas para outras SU das brigadas, o que denota a ausência das VBE, cujo projetos destas viaturas sequer saíram do papel até agora, e nem tem previsão para virem à luz no curto prazo.
A título de exemplo, no papel, as Cia Cmdo Ap das bdas inf mec e bda cav mec devem possuir as seguintes variantes:
Posto Comando
Comunicações
Orientação Tiro
Ambulância
Anti Carro (Guaicurus)
Antiaérea
Porta Morteiro 120
Até o momento, o que se tem são apenas os RO\RLTI destas viaturas, ou os grupos de estudos para sua viabilização. Houveram testes recentes com viaturas adaptadas como Ambulância, além de várias servirem em OM de comunicações nas brigadas mecanizadas.
A versão AAe ainda está em fase de estudos, sem uma definição sobre equipamentos e sistemas. A UT30 BR2 proposta como AAe terá funções apenas anti-UAV e nada além. A versão porta morteiro o EB desenvolveu um kit para a viatura básica levar os morteiros de 81mm, e são usadas nos BIMec. A definição de um modelo 120 se arrasta há anos sem qualquer indício de escolha por este ou aquele fornecedor.
No caos da versão PC, Com e OrTiro, sequer existe vislumbre de resolução para elas previstas no planejamento atual, apesar da PC já ter RO emitidos recentemente.
Enfim, o EB está matematicamente muito perto de dotar todos os BIMec e RCM com as viaturas orgânicas que devem dispor, mas, infelizmente tem se levado a cabo a cobrir com as VBTP outras OM além da inf e cav na falta de definição das VBE, que já dura anos, sem chegar a termo, o que é um absurdo.
A versão de engenharia está ainda em suas avaliações iniciais, e mesmo assim, com implementos básicos, sem qualquer menção a futuras alocações de sistemas antiminas ou qualquer coisa neste sentido.
Estamos longe de ter um fim para esta novela da mecanização das tropas do EB. E os boletos das contas a pagar no futuro estão chegando.