Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Colocar LMV e\ou Agrale AM-21 para equipar esta Cia AC é no mínimo risível, quando não, revela a incapacidade do EB em planejar a integração na íntegra de qualquer coisa em termos de organização de suas unidades mais em função das suas muitas limitações orçamentárias e materiais, do que a missão.
Afinal, seriam apenas 16 veículos por brigada, o que dá 64 unidades no total. Parece que o EB acha caro demais comprar tal quantidade de LMV e de sistemas de mísseis, que sequer conseguiu escolher. Seriam 128 no caso deste experimento seja expandido as bdas inf mec.
Por questão de economia, suponho que uma versão modernizada do MSS 1.2 e seu único tubo lançador deva estar encabeçando a lista de sistemas a serem adotados. E caso não seja, se muito insistir no Spike LR e o seu lançador único para fazer o serviço, indiferente os vários modelos e tipos de lançadores existentes no mercado para uso em veículos.
O ideal seria que toda a Cia fosse organizada com os LMV em diversas versões, mas a princípio, o EB, retrógrado e avesso a novidades como é, dificilmente vai abrir mão de colocar os indefectíveis Agrale pelo menos no comando da SU e no Pel C Ap, no mínimo. Se couber nos Pel AC melhor ainda.
Afinal, seriam apenas 16 veículos por brigada, o que dá 64 unidades no total. Parece que o EB acha caro demais comprar tal quantidade de LMV e de sistemas de mísseis, que sequer conseguiu escolher. Seriam 128 no caso deste experimento seja expandido as bdas inf mec.
Por questão de economia, suponho que uma versão modernizada do MSS 1.2 e seu único tubo lançador deva estar encabeçando a lista de sistemas a serem adotados. E caso não seja, se muito insistir no Spike LR e o seu lançador único para fazer o serviço, indiferente os vários modelos e tipos de lançadores existentes no mercado para uso em veículos.
O ideal seria que toda a Cia fosse organizada com os LMV em diversas versões, mas a princípio, o EB, retrógrado e avesso a novidades como é, dificilmente vai abrir mão de colocar os indefectíveis Agrale pelo menos no comando da SU e no Pel C Ap, no mínimo. Se couber nos Pel AC melhor ainda.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Não vejo muito sentido em ter uma Cia AC "independente" nas brigadas. A capacidade AC precisa estar descentralizada, distribuída nas diversas Unidades de cada brigada.
Por exemplo, tomando por base as Bda Inf Mec, cada BI Mec deveria ter 1 Pel AC em cada Cia Fuz Mec e no RCM (sim, um RCM ao invés de um Esqd C Mec), cada Pel Expl dos Esqd C Mec deveria ser equipados com sistemas AC. Adicionalmente, cada Cia C Ap deveria ter um Pel AC.
Por exemplo, tomando por base as Bda Inf Mec, cada BI Mec deveria ter 1 Pel AC em cada Cia Fuz Mec e no RCM (sim, um RCM ao invés de um Esqd C Mec), cada Pel Expl dos Esqd C Mec deveria ser equipados com sistemas AC. Adicionalmente, cada Cia C Ap deveria ter um Pel AC.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Penso o mesmo, pois armas Anticarro são de caráter defensivo, isso seria que ficar alocado nas Unidades de Manobra. Cia AC não faz nenhum sentido pra Brigada em si, ainda mais se cada Unidade tiver seu Pel AC.
Porém, penso que Pel AC não seja necessário. As Remax poderiam operar com míssil AC LV e o Pel Ap poderia ter dois Grupos com armas anticarro da característica dos Spike LR2. Tal míssil AC Lv poderia ser 84 mm, disparado também pelo CSR CG.
Se tivéssemos mais grana, seria interessante ter a disponibilidade de Spike-SR para os Pel Fz.
Porém, penso que Pel AC não seja necessário. As Remax poderiam operar com míssil AC LV e o Pel Ap poderia ter dois Grupos com armas anticarro da característica dos Spike LR2. Tal míssil AC Lv poderia ser 84 mm, disparado também pelo CSR CG.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
A meu ver o que nos falta é decisão para dispor de sistemas AC tanto na UT30BR quanto nas Remax. Mas, diz-se que a versão Remax 4 agora tem capacidade para receber sistemas AC, lança granadas automáticos de 40mm e mais algumas coisas.
Em todo caso, como o EB ainda não sabe de fato o que fazer com as UT30BR, do ponto de vista da doutrina, fica difícil ver tais iniciativas como algo que contribua para a melhoria das capacidades AC das suas unidades de combate, já que, a priori, não se tem na prática o uso de mísseis AC há décadas em lugar nenhum, mantendo-se uma doutrina ainda apegada sumamente aos lança rojões e canhões sem recuo dos idos tempos da GM II, na figura dos equipamentos suecos adotados.
Seria um bom começo iniciar este processo pelo mais simples, que seria dotar todas as SU AC de pelotão a batalhão com algum sistema do tipo, e depois, partir para experimentações a nível GU.
A mesma coisa que estão tentando fazer agora com esta Cia AC Mec a nível de bda cav mec, é o que se fez com a Bia AAe Mec na 15a Bda Inf Mec, a fim de desenvolver doutrina, quando já se tem, ou deveria ter, SU na Cia C Ap da bda para esta mesma tarefa, ao mesmo tempo que os BIMec também teriam de dispor de, no mínimo, Pel AAe em suas Cia C Ap. Mas nada disso parece fazer sentido para o EB.
Me parece que estão querendo reinventar a roda, quando já tem nos seus manuais a solução para ambas questões, faltando-nos simplesmente dotar tais SU dos seus respectivos sistemas afins de forma a possibilitar seu pleno funcionamento como reza o manual que se tem.
Em todo caso, como o EB ainda não sabe de fato o que fazer com as UT30BR, do ponto de vista da doutrina, fica difícil ver tais iniciativas como algo que contribua para a melhoria das capacidades AC das suas unidades de combate, já que, a priori, não se tem na prática o uso de mísseis AC há décadas em lugar nenhum, mantendo-se uma doutrina ainda apegada sumamente aos lança rojões e canhões sem recuo dos idos tempos da GM II, na figura dos equipamentos suecos adotados.
Seria um bom começo iniciar este processo pelo mais simples, que seria dotar todas as SU AC de pelotão a batalhão com algum sistema do tipo, e depois, partir para experimentações a nível GU.
A mesma coisa que estão tentando fazer agora com esta Cia AC Mec a nível de bda cav mec, é o que se fez com a Bia AAe Mec na 15a Bda Inf Mec, a fim de desenvolver doutrina, quando já se tem, ou deveria ter, SU na Cia C Ap da bda para esta mesma tarefa, ao mesmo tempo que os BIMec também teriam de dispor de, no mínimo, Pel AAe em suas Cia C Ap. Mas nada disso parece fazer sentido para o EB.
Me parece que estão querendo reinventar a roda, quando já tem nos seus manuais a solução para ambas questões, faltando-nos simplesmente dotar tais SU dos seus respectivos sistemas afins de forma a possibilitar seu pleno funcionamento como reza o manual que se tem.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Na matéria da T&D a indicação é que os Spike comprados, ou a nova versão do MSS 1.2, será utilizada nos LMV de forma que o emprego destes sistemas se dará ou sobre o veículo, ou com a equipe tendo que desmontar do mesmo e preparar o sistema no chão, que é onde primariamente eles foram projetados para ser empregados.RobsonBCruz escreveu: ↑Dom Abr 14, 2024 9:47 am Não vejo muito sentido em ter uma Cia AC "independente" nas brigadas. A capacidade AC precisa estar descentralizada, distribuída nas diversas Unidades de cada brigada.
Por exemplo, tomando por base as Bda Inf Mec, cada BI Mec deveria ter 1 Pel AC em cada Cia Fuz Mec e no RCM (sim, um RCM ao invés de um Esqd C Mec), cada Pel Expl dos Esqd C Mec deveria ser equipados com sistemas AC. Adicionalmente, cada Cia C Ap deveria ter um Pel AC.
Nada demais tentar se aproveitar o que se tem, ou que está à mão, para uma OM que se pretende ser um "estudo doutrinário", mas venhamos e convenhamos, uma Cia AC Mec para emprego a nível brigada, em qualquer lugar do mundo civilizado, no mínimo, é equipada com veículos bldos médios 6x6 ou 8x8 e sistemas AC pesados, de preferência com capacidade de tiro de vários mísseis, e não apenas um como hora se espera ver nesta situação proposta. Mas, parece que a ideia, como sempre, é gastar o mínimo possível, e tentar obter o melhor resultado possível.
Acredito que seria muito mais proveitoso, para as OM cav mec adotar uma solução simples e ao nosso alcance, que é dotar as UT30BR com sistemas AC nos pel cav mec. Em minha opinião, todos os Guarani dos pel cav mec deveria ser obrigatoriamente equipados com aquela torre, e armados, também, com lançadores de mísseis AC primariamente, de forma que a capacidade anti carro destas OM seria muito maior e mais ampla a fim de prover o apoio de fogo e a defesa necessárias, sempre que conveniente for. Estas torres israelenses já vem de fábrica preparadas para receber sistemas AC, mas o exército sempre declinou de qualquer opção neste aspecto.
Um RCM equipado assim nos daria a possibilidade de dispor de 18 VBTP equipadas com mísseis AC, mais a infantaria que leva consigo. Os próprios Spike LR comprados possuem versões que podem equipar a UT30BR, com no mínimo dois mísseis cada. E são mísseis com alcance na faixa dos 10 km. Para as SU AC da bda poderia se optar por Spike ER, com maior capacidade e alcance.
Nas bda inf mec se poderia também dispor de pelo menos um Pel(4 veículos) em cada Cia nos batalhões equipados com as UT30BR com mísseis AC, o que não implica deixar de apor estas torres ao resto do BIMec. Infelizmente, mesmo depois de mais de 10 anos de projeto, a UT30BR ainda não saiu do lugar, e o exercito não sabe o que fazer com elas em suas unidades mecanizadas. Nem a UT30BR 2 propalada saiu do lugar depois de ter sido anunciada.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
DECRETO Nº 12.020, DE 16 DE MAIO DE 2024
Transforma a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada em 3ª Brigada de Infantaria Mecanizada.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea "a", da Constituição, decreta:
Art. 1ºFica transformada a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, com sede no município de Cristalina, estado de Goiás, em 3ª Brigada de Infantaria Mecanizada, subordinada ao Comando Militar do Planalto do Exército Brasileiro.
Art. 2ºO Comandante do Exército estabelecerá a data de implantação da medida de que trata o art. 1º e editará os atos complementares necessários à execução do disposto neste Decreto.
Art. 3ºEste Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Transforma a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada em 3ª Brigada de Infantaria Mecanizada.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea "a", da Constituição, decreta:
Art. 1ºFica transformada a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, com sede no município de Cristalina, estado de Goiás, em 3ª Brigada de Infantaria Mecanizada, subordinada ao Comando Militar do Planalto do Exército Brasileiro.
Art. 2ºO Comandante do Exército estabelecerá a data de implantação da medida de que trata o art. 1º e editará os atos complementares necessários à execução do disposto neste Decreto.
Art. 3ºEste Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Era a última que faltava das 4 GU de infantaria a serem mecanizadas no planejamento atual.
Ela se junta agora à 9a, 15a e 11a Bda. Cada uma em um estágio diferente do processo. E todas ainda muito longe de estar com todos os recursos empregados definidos e operacionais.
Até a organização destas bdas ainda não está totalmente definida, com o EB fazendo experimentações doutrinais em função de um processo no qual estamos atrasados uns 40 anos.
Lamentavelmente nenhuma OM no centro oeste e nordeste terão brigadas mecanizadas. Algo que acredito ainda vamos nos arrepender, e muito, de não ter feito.
Ela se junta agora à 9a, 15a e 11a Bda. Cada uma em um estágio diferente do processo. E todas ainda muito longe de estar com todos os recursos empregados definidos e operacionais.
Até a organização destas bdas ainda não está totalmente definida, com o EB fazendo experimentações doutrinais em função de um processo no qual estamos atrasados uns 40 anos.
Lamentavelmente nenhuma OM no centro oeste e nordeste terão brigadas mecanizadas. Algo que acredito ainda vamos nos arrepender, e muito, de não ter feito.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
A 9ª (GUEs/9ª Bda Inf Mtz) ainda não foi transformada em mecanizada. Até onde sei, apenas o 1º BI Mec orgânico da 9ª Bda foi mecanizado.FCarvalho escreveu: ↑Sáb Mai 25, 2024 1:16 pm Era a última que faltava das 4 GU de infantaria a serem mecanizadas no planejamento atual.
Ela se junta agora à 9a, 15a e 11a Bda. Cada uma em um estágio diferente do processo. E todas ainda muito longe de estar com todos os recursos empregados definidos e operacionais.
Até a organização destas bdas ainda não está totalmente definida, com o EB fazendo experimentações doutrinais em função de um processo no qual estamos atrasados uns 40 anos.
Lamentavelmente nenhuma OM no centro oeste e nordeste terão brigadas mecanizadas. Algo que acredito ainda vamos nos arrepender, e muito, de não ter feito.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Realmente, a 9a bda ainda não foi mecanizada oficialmente. Era, salvo engano, uma unidade quaternária, mas agora apresenta em sua organização apenas 3 bt linf, com o 1o, 2o e 57o. Estes últimos dois ainda não foram mecanizados. Como de resto todas as demais subunidades, salvo o esquadrão de cavalaria orgânico, obviamente.RobsonBCruz escreveu: ↑Sáb Mai 25, 2024 2:06 pmA 9ª (GUEs/9ª Bda Inf Mtz) ainda não foi transformada em mecanizada. Até onde sei, apenas o 1º BI Mec orgânico da 9ª Bda foi mecanizado.FCarvalho escreveu: ↑Sáb Mai 25, 2024 1:16 pm Era a última que faltava das 4 GU de infantaria a serem mecanizadas no planejamento atual.
Ela se junta agora à 9a, 15a e 11a Bda. Cada uma em um estágio diferente do processo. E todas ainda muito longe de estar com todos os recursos empregados definidos e operacionais.
Até a organização destas bdas ainda não está totalmente definida, com o EB fazendo experimentações doutrinais em função de um processo no qual estamos atrasados uns 40 anos.
Lamentavelmente nenhuma OM no centro oeste e nordeste terão brigadas mecanizadas. Algo que acredito ainda vamos nos arrepender, e muito, de não ter feito.
Não sei como está o recebimento das VBTP Guarani pelas OM desta brigada, mas a julgar que apenas um btl inf foi mecanizado, no mínimo podemos supor que se conseguiu dotar o mesmo em sua maior parte com tais viaturas, com as demais SU ainda carecendo serem formatadas com o mesmo.
Com mais de 700 blindados produzidos até agora, ao menos do ponto de vista matemático já era tempo para o EB cobrir todos os btl inf que seriam mecanizados com estas VBTP dentro do planejado para as 4 brigadas. Em teoria, 48 veículos são suficientes para equipar as 3 CiaInfMec de cada batalhão, com a 4a Cia sendo a de comando e apoio, onde vão as VBE do Guarani. Mas estas são uma outra história, e mais uma novela sem fim.
Como são, teoricamente, 12 batalhões de infantaria para serem mobiliados com as VBTP Guarani, a 48 unidades básicas de transporte de infantaria, tem-se uma demanda para 576 unidades para este montante. Já passamos das 700 produzidas há tempos, sendo que o EB também enviou vários destes bldos para OM de cavalaria mecanizada, onde a quantidade de unidades a serem atendidas também, teoricamente, são em torno de 12 RCM nas quatro BdaCavMec, que dispõe de cerca de 18 unidades das VBTP Guarani em cada RCM, somando uma demanda geral de aproximadamente 216 unidades.
Com apenas BIMEC e RCM nas respectivas brigadas mecanizadas por dotar com o Guarani, são 792 blindados em demanda, o que a IDV a esta altura do campeonato já colocou em linha há tempos entre entregues e ainda nos depósitos da fábrica em Minas Gerais. Mas fato é que o EB também vem distribuindo estas viaturas para outras SU das brigadas, o que denota a ausência das VBE, cujo projetos destas viaturas sequer saíram do papel até agora, e nem tem previsão para virem à luz no curto prazo.
A título de exemplo, no papel, as Cia Cmdo Ap das bdas inf mec e bda cav mec devem possuir as seguintes variantes:
Posto Comando
Comunicações
Orientação Tiro
Ambulância
Anti Carro (Guaicurus)
Antiaérea
Porta Morteiro 120
Até o momento, o que se tem são apenas os RO\RLTI destas viaturas, ou os grupos de estudos para sua viabilização. Houveram testes recentes com viaturas adaptadas como Ambulância, além de várias servirem em OM de comunicações nas brigadas mecanizadas.
A versão AAe ainda está em fase de estudos, sem uma definição sobre equipamentos e sistemas. A UT30 BR2 proposta como AAe terá funções apenas anti-UAV e nada além. A versão porta morteiro o EB desenvolveu um kit para a viatura básica levar os morteiros de 81mm, e são usadas nos BIMec. A definição de um modelo 120 se arrasta há anos sem qualquer indício de escolha por este ou aquele fornecedor.
No caos da versão PC, Com e OrTiro, sequer existe vislumbre de resolução para elas previstas no planejamento atual, apesar da PC já ter RO emitidos recentemente.
Enfim, o EB está matematicamente muito perto de dotar todos os BIMec e RCM com as viaturas orgânicas que devem dispor, mas, infelizmente tem se levado a cabo a cobrir com as VBTP outras OM além da inf e cav na falta de definição das VBE, que já dura anos, sem chegar a termo, o que é um absurdo.
A versão de engenharia está ainda em suas avaliações iniciais, e mesmo assim, com implementos básicos, sem qualquer menção a futuras alocações de sistemas antiminas ou qualquer coisa neste sentido.
Estamos longe de ter um fim para esta novela da mecanização das tropas do EB. E os boletos das contas a pagar no futuro estão chegando.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Ela é quaternária sim, porque possui além dos 3 BI citados o 15º RCM (ela não possui um Esqd C Mec , mas sim um RCM). Adicionalmente, possui ainda a 2ª Cia Inf, em Campos-RJ.FCarvalho escreveu: ↑Seg Mai 27, 2024 3:23 pm
Realmente, a 9a bda ainda não foi mecanizada oficialmente. Era, salvo engano, uma unidade quaternária, mas agora apresenta em sua organização apenas 3 bt linf, com o 1o, 2o e 57o. Estes últimos dois ainda não foram mecanizados. Como de resto todas as demais subunidades, salvo o esquadrão de cavalaria orgânico, obviamente.
.....................
Como já dito em outros momentos, das 4 brigadas mecanizadas ou em processo de mecanização, apenas a 3ª bda Inf Mec (Cristalina-GO) não possui um RCM. Por isso seria interessante que o 16º Esqd C Mec orgânico da 15ª Bda Inf Mec (que já possui o 14º RCM) fosse transferido para Brasília, para compor com o 3º Esqd C Mec da 3ª Bda Inf Mec um novo RCM, padronizando as Bda Inf Mec com 1 RCM e 3 BI Mec.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Só não entendo o papel desta Cia Inf na 9a Bda, visto que é uma situação anômala, pois ela não tem a meu ver qualquer significância dentro da organização da brigada.
Mais interessante seria extinguir esta subunidade ou simplesmente transferir para outra unidade aqui no norte, onde faria mais sentido.
Particularmente gosto desta formação de 3 Bimec e 1 RCM nas bdas inf mec.
Talvez fosse o caso de também reorganizar as bda cav mec com 3 RCM e 1 Bimec a fim de dar mais flexibilidade a elas, já que os Centauro II seriam presas fáceis sem o apoio próximo da infantaria, e esta sem os bldos italianos seriam menos efetivas se não contarem com o apoio de fogo deles.
Ainda sigo tendo a mesma opinião. Ao menos uma brigada inf mec no nordeste e outra centro oeste (MT ou MS).
A 10a e a 13a poderiam fazer esse papel, respectivamente.
Falta ver se no sul a 8a ou a 14a inf mtz poderiam também ser mecanizadas já que 15a está atrelada à 5a DE e a 3a e 6a no RS não possuem, ainda, nenhuma unidade inf mecanizada.
Mais interessante seria extinguir esta subunidade ou simplesmente transferir para outra unidade aqui no norte, onde faria mais sentido.
Particularmente gosto desta formação de 3 Bimec e 1 RCM nas bdas inf mec.
Talvez fosse o caso de também reorganizar as bda cav mec com 3 RCM e 1 Bimec a fim de dar mais flexibilidade a elas, já que os Centauro II seriam presas fáceis sem o apoio próximo da infantaria, e esta sem os bldos italianos seriam menos efetivas se não contarem com o apoio de fogo deles.
Ainda sigo tendo a mesma opinião. Ao menos uma brigada inf mec no nordeste e outra centro oeste (MT ou MS).
A 10a e a 13a poderiam fazer esse papel, respectivamente.
Falta ver se no sul a 8a ou a 14a inf mtz poderiam também ser mecanizadas já que 15a está atrelada à 5a DE e a 3a e 6a no RS não possuem, ainda, nenhuma unidade inf mecanizada.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Essa companhia da 9a de guerra era um batalhão dem Campos dos Goytacazes. Um batalhão meio atípico, pouco valorizado, só não desapareceu por influências políticas, por isso transformaram em companhia.FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 11:00 am Só não entendo o papel desta Cia Inf na 9a Bda, visto que é uma situação anômala, pois ela não tem a meu ver qualquer significância dentro da organização da brigada.
Mais interessante seria extinguir esta subunidade ou simplesmente transferir para outra unidade aqui no norte, onde faria mais sentido.
Particularmente gosto desta formação de 3 Bimec e 1 RCM nas bdas inf mec.
Talvez fosse o caso de também reorganizar as bda cav mec com 3 RCM e 1 Bimec a fim de dar mais flexibilidade a elas, já que os Centauro II seriam presas fáceis sem o apoio próximo da infantaria, e esta sem os bldos italianos seriam menos efetivas se não contarem com o apoio de fogo deles.
Ainda sigo tendo a mesma opinião. Ao menos uma brigada inf mec no nordeste e outra centro oeste (MT ou MS).
A 10a e a 13a poderiam fazer esse papel, respectivamente.
Falta ver se no sul a 8a ou a 14a inf mtz poderiam também ser mecanizadas já que 15a está atrelada à 5a DE e a 3a e 6a no RS não possuem, ainda, nenhuma unidade inf mecanizada.
Quanto ao apoio de infantaria na cavalaria mecanizada, vale lembrar que o pelotão de cav mec possui 1 GC. Logo o esquadrão tem 3 GCs no Guarani dando suporte aos cascáveis e futuramente centauros.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Se não estou enganado, a principal missão dada pelo exército aos seus RCM é reconhecimento, podendo atuar também como apoio de fogo nos flancos adversários para as OM bldas e de infantaria mecanizada, nível Brigada.Poti escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 1:11 pmEssa companhia da 9a de guerra era um batalhão dem Campos dos Goytacazes. Um batalhão meio atípico, pouco valorizado, só não desapareceu por influências políticas, por isso transformaram em companhia.FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 11:00 am Só não entendo o papel desta Cia Inf na 9a Bda, visto que é uma situação anômala, pois ela não tem a meu ver qualquer significância dentro da organização da brigada.
Mais interessante seria extinguir esta subunidade ou simplesmente transferir para outra unidade aqui no norte, onde faria mais sentido.
Particularmente gosto desta formação de 3 Bimec e 1 RCM nas bdas inf mec.
Talvez fosse o caso de também reorganizar as bda cav mec com 3 RCM e 1 Bimec a fim de dar mais flexibilidade a elas, já que os Centauro II seriam presas fáceis sem o apoio próximo da infantaria, e esta sem os bldos italianos seriam menos efetivas se não contarem com o apoio de fogo deles.
Ainda sigo tendo a mesma opinião. Ao menos uma brigada inf mec no nordeste e outra centro oeste (MT ou MS).
A 10a e a 13a poderiam fazer esse papel, respectivamente.
Falta ver se no sul a 8a ou a 14a inf mtz poderiam também ser mecanizadas já que 15a está atrelada à 5a DE e a 3a e 6a no RS não possuem, ainda, nenhuma unidade inf mecanizada.
Quanto ao apoio de infantaria na cavalaria mecanizada, vale lembrar que o pelotão de cav mec possui 1 GC. Logo o esquadrão tem 3 GCs no Guarani dando suporte aos cascáveis e futuramente centauros.
Um PelCavMec tem 5 LMV + 2 Centauro II + 2 VBTP Guarani. No caso dos LMV, salvo engano, são 4 elementos em cada veículo, o que perfaz 20 infantes, contando o cmte do pelotão, que obviamente não vai à luta. O pelotão todo soma no total 38 elementos, sem considerar as tripulações dos bldos. A mim me parece pouco, tendo em vista a missão, e a depender do TO empregado. O esquadrão irá somar pouco mais de 114 infantes, descontando o PelCmdoAp, que tem formação diferente. Novamente, a mim me parece pouco para o que se pretende.
Seria lícito afirmar que a pouca infantaria nos RCM poderia ser suprida pela presença de VBTP equipadas com torres UT30 BR2 nos PelCavMec capazes além do tiro canhão, do emprego de mísseis, liberando o GC para o portar outras armas, como morteiros 60mm e\ou lança granadas 40mm. Mas isso é algo que parece bem longe da realidade, e dos planos, do exército.
A meu ver, em princípio, seria a melhor alternativa para modernizar estas subunidades. O emprego também de mísseis AC, lança granadas e metralhadoras .50 nos LMV alçaria os pelotões de cavalaria a outro nível, sem necessariamente obrigar a tropa a desembarcar para lutar, permanecendo protegida em seus bldos. Mas tudo isso são apenas conjecturas.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
A cav mec não tem Guarani com torre de 30mm, ela está no apoio da Inf Mec.FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 2:04 pmSe não estou enganado, a principal missão dada pelo exército aos seus RCM é reconhecimento, podendo atuar também como apoio de fogo nos flancos adversários para as OM bldas e de infantaria mecanizada, nível Brigada.Poti escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 1:11 pm
Essa companhia da 9a de guerra era um batalhão dem Campos dos Goytacazes. Um batalhão meio atípico, pouco valorizado, só não desapareceu por influências políticas, por isso transformaram em companhia.
Quanto ao apoio de infantaria na cavalaria mecanizada, vale lembrar que o pelotão de cav mec possui 1 GC. Logo o esquadrão tem 3 GCs no Guarani dando suporte aos cascáveis e futuramente centauros.
Um PelCavMec tem 5 LMV + 2 Centauro II + 2 VBTP Guarani. No caso dos LMV, salvo engano, são 4 elementos em cada veículo, o que perfaz 20 infantes, contando o cmte do pelotão, que obviamente não vai à luta. O pelotão todo soma no total 38 elementos, sem considerar as tripulações dos bldos. A mim me parece pouco, tendo em vista a missão, e a depender do TO empregado. O esquadrão irá somar pouco mais de 114 infantes, descontando o PelCmdoAp, que tem formação diferente. Novamente, a mim me parece pouco para o que se pretende.
Seria lícito afirmar que a pouca infantaria nos RCM poderia ser suprida pela presença de VBTP equipadas com torres UT30 BR2 nos PelCavMec capazes além do tiro canhão, do emprego de mísseis, liberando o GC para o portar outras armas, como morteiros 60mm e\ou lança granadas 40mm. Mas isso é algo que parece bem longe da realidade, e dos planos, do exército.
A meu ver, em princípio, seria a melhor alternativa para modernizar estas subunidades. O emprego também de mísseis AC, lança granadas e metralhadoras .50 nos LMV alçaria os pelotões de cavalaria a outro nível, sem necessariamente obrigar a tropa a desembarcar para lutar, permanecendo protegida em seus bldos. Mas tudo isso são apenas conjecturas.
E a Cav Mec não faz só reconhecimento ou ataque pelos flancos. Ela faz várias coisas como flancoguarda, contra-ataque etc. Numa situação como na Ucrânia uma brigada como a 9a teria seus 3 batalhões de infantaria na linha e o RCM atrás pronto a contra-atacar caso a linha seja rompida em algum ponto. Teve simulado disso, creio que foi a operação Membeca.