NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1831 Mensagem por Enlil » Ter Ago 18, 2009 1:07 am

:shock: Amem!




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Izaias Maia
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1832 Mensagem por Izaias Maia » Ter Ago 18, 2009 9:08 am

Suspeita nuclear

Há muito está comprovada a insuficiência da garantia de que a França não passará tecnologia nuclear ao Brasil

Janio de Freitas


A SUSPEITA DE que a França passaria em segredo a tecnologia nuclear para um submarino brasileiro, tal como fez para Israel produzir bombas nucleares, emerge como a possibilidade de explicação racional para as estranhíssimas circunstâncias e o custo gigantesco da transação com submarinos que o Brasil negocia na França.

A transferência de tecnologia nuclear fere acordos internacionais, inclusive compromissos com a ONU, tanto por parte de quem proporcione como de quem receba as informações tecno-científicas.

Nem por isso o então presidente De Gaulle deixou de surpreender-se ao descobrir que seu país instruíra os israelenses. Assim como o também presidente Kennedy, com informações de seus serviços secretos, foi ludibriado quando quis ver a central nuclear de Israel: montaram às pressas para mostrar-lhe, confiantes em seu desconhecimento específico, as aparências de uma central para uso civil -e, desde ali, Kennedy e seu governo passaram a defender Israel das acusações de nuclearização transgressora. Estes fatos estão documentados, embora também mantidos em quase segredo pela historiografia e pelo jornalismo.

O Paquistão e a Índia são dois outros exemplos de nuclearização transgressora, o primeiro por intermédio dos Estados Unidos; a outra, da União Soviética depois Rússia.

O acordo básico assinado pelos presidentes Lula e Sarkozy é explícito na afirmação de que os fornecimentos pelos franceses não envolverão transferência de conhecimentos nucleares. Mas há muito está comprovada a insuficiência de tal garantia.

O alarme inicial com o acordo não decorreu, porém, de suspeita nessa linha. Começou com a data de sua assinatura: 23 de dezembro de 2008. Claro que com o mínimo de repercussão e curiosidade, a data foi vista como propósito de manter despercebido um acordo de fins militares neste país que proclama o pacifismo absoluto. Com a nova suspeita, a data passa a ser vista como mais condicionada pela distração natalina exterior.

O acordo, cuja assinatura final está planejada para 7 de setembro, incluirá quatro submarinos da classe Scorpène, ao preço de 1 bilhão de euros cada um. Ou uns R$ 2,7 bilhões cada um no câmbio atual, mas, por certo, bem mais quando o câmbio for reposto em níveis racionais e não especulativos. São submarinos pequenos e simples, de 1,5 tonelada, desprezados para compra em toda a Europa e não usados nem pela própria França.

Essas características conduzem a um aspecto importante da transação. O Scorpène foi descartado pelo alto comando da Marinha, nos estudos concluídos há dois anos, para ampliação da frota brasileira de submersíveis. A escolha recaiu na conveniência, por técnica militar e de engenharia, de acrescentar submarinos da mesma linhagem dos quatro já existentes, construídos no Brasil, consideradas apenas as modificações por inovação. A escolha previu, como conviria ao Brasil, menos da metade do custo, por unidade, previsto no acordo com a França.

O pacote inclui ainda um casco de submarino nuclear -só o casco, com nuclearização a ser criada pelo Brasil daqui a 10 a 20 anos- e a exigência de construção de uma base naval com novo estaleiro (o Arsenal de Marinha já tem) a serem construídos, obrigatoriamente, pela empreiteira Odebrecht e sem licitação. Um pacote de quase 7 bilhões de euros que, no câmbio atual, vão a cerca de R$ 20 bilhões, mas na recuperação do euro irão até não se sabe onde.

A Comissão de Defesa Nacional prevê para hoje a audiência antes marcada para dia 19. A figura central, ministro Nelson jobim, recusa a ida "por compromissos". Embora a audiência e sua presença estivessem agendadas há um mês e, no dia 26, ele tenha marcada outra audiência na Câmara, mas a porta fechada e sobre as bases da Colômbia para os Estados Unidos, sem questões sobre submarinos.

Nem o comandante da Marinha, designado para substituir jobim hoje, comparecerá. Dispôs-se a falar sobre o submarino nuclear, mas não sobre os quatro convencionais e o restante do pacote francês. A explicação é que não se trata de assunto militar, mas político. O comandante da Marinha integrou o alto comandou que elegeu, para a Armada, submarinos diferentes dos negociados por Nelson jobim e Lula.

A exigência de base e estaleiros novos, feitos sem licitação por empreiteira de tradições conhecidas, e o preço multiplicado das unidades navais alimentam a suspeita com a possibilidade de divisão, entre os diferentes equipamentos e serviços, de sobrepreço que remunerasse um fornecimento não declarado. E não declarável.

http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1833 Mensagem por Cesardpf » Ter Ago 18, 2009 9:21 am

jp escreveu:Muito dessa sórdida, e/ou jeguiana campanha, está sendo financiada de fora, via ONG's e correlatas, além das representações diplomáticas que nos quer ver de bordunas e arcabuzes.

A coisa pode parecer só bafejos de muar, mas é lupina também. A quem interessa - lá fora - um Brasil forte e independente na produção e gerenciamento da sua defesa?

Não se apoquente Corsário01, precisamos de pessoas, de brasileiros como você. Não podemos deixar que - perdôem o chavão - "inocentes úteis", sejam levados pela boquirrotice com vácuo de mínima inteligência desses psitacídeos travestidos de jornalistas. Que me perdôem os belos pássaros.

Temos que continuar acreditando, nós, brasileiros, cônscios, civis ou militares, só assim daremos alento àqueles que lutam por esses ideais há longos anos sem o apoio ou valor que merecem.
Maravilha JP! :P
Além de totalmente certo, vc ainda arrasou na linguagem! :mrgreen: Parabéns

Grande abraço
Paulo




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1834 Mensagem por Marino » Ter Ago 18, 2009 9:21 am

Meu Deus, até quando?
Mesmo com todas as explicações mandadas para a FSP o jânio continua sua campanha a soldo de não sei quem.
Agora investe dizendo que não há garantias de que não será repassada tecnologia nuclear, como feito com Israel, apresar de todas as garantias internacionais e do Brasil e França dizerem que a parte nuclear é nacional, que nada será passado neste campo (não precisamos).
Até a assinatura dos contratos veremos diariamente este tipo de lixo, já desmentido "n" vezes. A MB criou uma seção em seu site, onde todas as respostas foram listadas.
O desmentido de todo o resto da matéria, tipo custos, nova base, etc, já foi publicado.
Lixo, lixo puro, que só vai dar trabalho ao CCSM em emitir mais uma nota.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1835 Mensagem por Marino » Ter Ago 18, 2009 9:25 am

Globo:
Marinha justifica gasto de 6,8 bi com submarinos

Nota do comando sugere que objetivo é construção de embarcação nuclear com a ajuda francesa

José Meirelles Passos

Ao justificar a necessidade de o Brasil gastar 6,8 bilhões de euros (cerca de R$19 bilhões) na compra de quatro submarinos convencionais (diesel-elétricos) Skorpène, da França, num casco um pouco maior dessa embarcação, e na construção de um estaleiro e de uma base naval no litoral fluminense, a Marinha sugeriu - em carta enviada ao GLOBO - que a operação tem como objetivo final permitir ao país construir um submarino nuclear com a ajuda francesa.

O comando da Marinha disse ainda que nada tem a se opor ao fato de que tanto o estaleiro quanto a base venham a ser construídos pelo governo da França, utilizando a brasileira Odebrecht Engenharia sem licitação pública. "Não teria sentido uma construtora francesa ser mobilizada para realizar obras no Brasil, daí a necessidade de a DCNS (Directions de Constructions Navales Servies) se associar a uma empresa brasileira", diz a carta, acrescentando: "A escolha da associada foi de livre arbítrio da DCNS".



Parceria Estratégica não prevê submarino nuclear

Na carta, a Marinha acrescenta que "nada tem a opor à (empresa) escolhida", e que, "qualquer que fosse a empresa selecionada pela DCNS como parceira para a construção, as obras seriam isentas de processo licitatório, como previsto em lei, em virtude das características de sigilo". Isso por se tratarem de plantas de instalações nucleares militares.

A carta, enviada como resposta a uma reportagem publicada sábado no GLOBO sobre o alto custo da transação - equivalente a cerca de dois anos do programa Bolsa Família - não esclarece por que, diante da necessidade de se construir um estaleiro e uma nova base, com profundidade suficiente para atracação de submarinos nucleares, o governo preferiu aceitar a determinação da França de cuidar da construção e impor a Odebrecht como a empreiteira, em vez de abrir uma concorrência pública com a participação de empresas nacionais.

Ao longo de quatro páginas, a Marinha diz ainda que o alto custo da compra - 1,8 bilhão de euros para estaleiro e base, mais 5 bilhões de euros para os submarinos - se deve em especial ao "projeto e à construção de um submarino nuclear, cujo custo é muito superior ao de um convencional", dando a entender que o Brasil estaria comprando uma embarcação dessa categoria.

A carta sugere que a França se comprometeria a transferir tecnologia nuclear ao Brasil - o que não é verdade, de acordo com a Parceria Estratégica assinada em dezembro passado pelos presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Marinha, a decisão foi a de "buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la". Mais adiante afirma: "A parceria teria que ser buscada junto a países que produzissem, simultaneamente, submarinos convencionais e nucleares. Depois de longo e acurado processo de escolha, a França foi o país selecionado. É preciso enfatizar que somente quem constrói submarinos nucleares tem condições de transferir a tecnologia necessária para tanto".

No entanto, o acordo entre Lula e Sarkozy estabelece claramente que "a concepção (expressão dos requisitos e projeto básico), a construção e a manutenção da infraestrutura e dos equipamentos necessários às operações de construção e de manutenção da parte nuclear do submarino nuclear estão excluídas do âmbito do presente acordo".

O documento ressalta que o apoio francês é apenas para "a parte não nuclear do submarino nuclear brasileiro". E registra: "A Parte brasileira não receberá assistência da Parte francesa para a concepção e a colocação em operação do reator nuclear embarcado, das instalações do compartimento do reator nuclear e dos equipamentos e instalações cuja função seja destinada principalmente ao funcionamento do reator ou à sua segurança nuclear".




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1836 Mensagem por Marino » Ter Ago 18, 2009 9:28 am

Vejam como o Globo distorceu a resposta da MB.
Bom que a Marinha tenha criado uma seção em seu site onde publica todas as respostas.
Este é o jornalismo nacional. Pelo menos citou o recebimento da carta.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1837 Mensagem por Cesardpf » Ter Ago 18, 2009 9:29 am

Bender escreveu:Foi só voce postar jp,que meu pato acabou de dar uma latidinha aqui do meu lado,sei não...pato latindo...

Sds.
:lol: :lol: :lol:

Eu ia falar a mesma coisa!! (de um modo não tão criativo, é claro!)
Esse pato cheira a hamburguer!!! 8-]

Grande abraço
Paulo (é Paulo Cesar mas como vão me chamar de PC, então...)




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1838 Mensagem por Marino » Ter Ago 18, 2009 9:30 am

Não vi que havia outro texto no Globo.
Segue abaixo:

Abrir o pacote

A sucessão de escândalos ocorridos no Congresso - desmandos na emissão de passagens aéreas, os casos em torno de José Sarney - não é negativa para o país apenas porque atinge um dos pilares da democracia representativa. Também é ruim pois paralisa a agenda de votações e atrapalha o Parlamento numa função vital, a fiscalização do Executivo.

O Diário Oficial de quarta-feira passada, por exemplo, informou que cada submarino francês da classe "Scorpène", incluído num grande acordo prestes a ser assinado por Lula e Sarkozy, custará um bilhão de euros, mais de duas vezes a proposta feita pela Alemanha, fornecedora atual do Brasil, como noticiou O GLOBO de sábado.

Em longa nota, a Marinha rejeitou a comparação e defendeu o acordo, um ambicioso pacote por meio do qual o Brasil deseja dominar a tecnologia de construção de casco de submarino nuclear. Para equipá-lo, há anos um reator é desenvolvido em Aramar, perto de Sorocaba, em São Paulo.

Seja como for, sem chamar muita atenção, tramita um acordo bilionário (6,8 bilhões de euros, quase R$20 bilhões), prevendo a compra de quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, quando a Marinha tem uma parceria com a empresa alemã HDW para construir essas embarcações. Uma veio da Alemanha e quatro já foram montadas no Arsenal, na Baía de Guanabara. Mudar de fornecedor significa duplicar a logística de manutenção, custo adicional a ser arcado pelos contribuintes, por óbvio. A Marinha, porém, alega que só a França pode fornecer a tecnologia que ela deseja.

Assim, o contrato ganha contornos que fazem lembrar o megalômano acordo fechado no governo Geisel com a Alemanha, para a obtenção da tecnologia do ciclo nuclear. Bilhões foram incinerados - cifra de cálculo impreciso, por causa das trocas de moeda no Brasil e do fim do marco alemão -, e parte do ciclo só veio a ser dominada por causa do investimento da própria Marinha em Aramar.

O acordo com a França, que seria assinado na visita de Sarkozy ao Brasil no dia 7 de setembro, também é um pacote fechado, de que faz parte a empreiteira brasileira Odebrecht, pois o contrato prevê a construção de uma nova base em condições de receber submarinos nucleares, de maior calado que os convencionais. A margem para haver superfaturamentos é grande. E mesmo a cessão de tecnologia não é tão certa assim, segundo termos do próprio acordo.

O contrato pode ser de grande valia para o Brasil. Mas, com a interveniência do Congresso, é necessário que a sociedade seja convencida disso.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1839 Mensagem por FABIO » Ter Ago 18, 2009 9:36 am

amigo marino se formos esperar a construção desse novo estaleiro para iniciar a construção
do SBR o mesmo deverá ser entregue em 2017 e não em 2014 com disse o Alte. Frade não
estou entendendo ou melhor estou sim estão escondendo coisas de nós, e o senhor sabe
o que está ocorrendo porem não pode falar, por ser sigilo militar,tudo bem se o SBR for entre
gue em 2013 / 2014 está ótimo.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1840 Mensagem por Cesardpf » Ter Ago 18, 2009 9:43 am

Marino escreveu:Não vi que havia outro texto no Globo.
Segue abaixo:

Abrir o pacote

A sucessão de escândalos ocorridos no Congresso - desmandos na emissão de passagens aéreas, os casos em torno de José Sarney - não é negativa para o país apenas porque atinge um dos pilares da democracia representativa. Também é ruim pois paralisa a agenda de votações e atrapalha o Parlamento numa função vital, a fiscalização do Executivo.

O Diário Oficial de quarta-feira passada, por exemplo, informou que cada submarino francês da classe "Scorpène", incluído num grande acordo prestes a ser assinado por Lula e Sarkozy, custará um bilhão de euros, mais de duas vezes a proposta feita pela Alemanha, fornecedora atual do Brasil, como noticiou O GLOBO de sábado.

Em longa nota, a Marinha rejeitou a comparação e defendeu o acordo, um ambicioso pacote por meio do qual o Brasil deseja dominar a tecnologia de construção de casco de submarino nuclear. Para equipá-lo, há anos um reator é desenvolvido em Aramar, perto de Sorocaba, em São Paulo.

Seja como for, sem chamar muita atenção, tramita um acordo bilionário (6,8 bilhões de euros, quase R$20 bilhões), prevendo a compra de quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, quando a Marinha tem uma parceria com a empresa alemã HDW para construir essas embarcações. Uma veio da Alemanha e quatro já foram montadas no Arsenal, na Baía de Guanabara. Mudar de fornecedor significa duplicar a logística de manutenção, custo adicional a ser arcado pelos contribuintes, por óbvio. A Marinha, porém, alega que só a França pode fornecer a tecnologia que ela deseja.

Assim, o contrato ganha contornos que fazem lembrar o megalômano acordo fechado no governo Geisel com a Alemanha, para a obtenção da tecnologia do ciclo nuclear. Bilhões foram incinerados - cifra de cálculo impreciso, por causa das trocas de moeda no Brasil e do fim do marco alemão -, e parte do ciclo só veio a ser dominada por causa do investimento da própria Marinha em Aramar.

O acordo com a França, que seria assinado na visita de Sarkozy ao Brasil no dia 7 de setembro, também é um pacote fechado, de que faz parte a empreiteira brasileira Odebrecht, pois o contrato prevê a construção de uma nova base em condições de receber submarinos nucleares, de maior calado que os convencionais. A margem para haver superfaturamentos é grande. E mesmo a cessão de tecnologia não é tão certa assim, segundo termos do próprio acordo.

O contrato pode ser de grande valia para o Brasil. Mas, com a interveniência do Congresso, é necessário que a sociedade seja convencida disso.

Seguindo a linha eclesiástica mais recente do forum: VÁ DE RETRUM SATANÁS! :evil: :evil: :evil:

Haja saco!

Paulo




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1841 Mensagem por ninjanki » Ter Ago 18, 2009 10:01 am

Achei muito interessante essa matéria esclarecedora do Janio de Freitas. Agora sim, podemos começar a imaginar oque realmente está ocorrendo.
Primeiro, ela segue a mesma lógica das primeira matérias, que ocorreram após a publicação do jornal O Globo de informações "confidenciais" de valores do contrato, e da proposta alemã. E assim como na primeira leva, se limita a repetir os dados da matéria do O Globo.
Segundo, ele adiciona argumentos: Na primeira leva, a questão era o custo da proposta francesa e o beneficiamento da Odebretch com uma obra enorme, fora de licitação. Agora, adiciona um complô de franceses e brasileiros para burlar acordos internacionais que evitam que a tecnologia militar nuclear seja vendida ou ensinada, na mesma linha do apoio francês e americano para Israel se nuclearizar. Acordo esse que garante que o Brasil deve permanecer um país totalmente pacífico e pacifista, mas que o governo rejeita e gostaria de escapar. E só para arrematar, conclui que a marinha não queria o tal do submarino francês, que ele é muito pequeno e ninguém da europa o usa por causa disso, e que seria melhor comprar o submarino alemão pela metade do preço.

Oque aprendí disso tudo?

1) Ele demonstrou que não verifica os dados, e que não tem uma fonte primária de informações, mas sim se limitou a copiar dados e conceitos de outro repórter, em outro jornal. Tanto é que admitiu que agora os subs franceses só custam o dobro, e não 10 vezes, que a proposta alemã. Claro, nem preciso mencionar que mesmo essa admissão ainda está errada, pois a MB já divulgou a parte do contrato que se refere aos custos dos submarinos, e o frances e o alemão estão no mesmo patamar.

2) A questão do uso e da transferência de tecnologia nuclear entre países é muito sensível no setor diplomático, e semelhantes acusações podem trazer um maior escrutínio público, tanto aquí quanto na França, em relação ao contrato e criar pressões para o cancelamento do mesmo, principalmente na França. A menção de uso militar e dos fíns até então pacíficos e pacifistas do Brasil parece um revival da campanha do desarmamento, oque nos dá mais uma "assinatura" sobre quem, e quais interesses estão em jogo aqui. Sei que muita gente acha que quem brigou pelo não no plebiscito do desarmamento eram ultra-nacionalistas, nazistas, assasinos de criancinhas, filhotes de ditadura e oque mais puderem pensar, mas esse pessoal belicista já dizia, e eu vou usar a informação deles, que as ONGs que lutavam pelo desarmamento eram financiadas por bilionários estrangeiros e empresas americanas. Sendo assím, minha conclusão é que os mesmos grupos que queria a populaçào brasileira impossibilitada de adquirir armas para auto-defesa, agora quer nos impedir de adquirir submarinos nucleares. Será que eles tem medo que os subs nucleares venham a causar muitas mortes acidentais em civís? Acho que não, afinal, o jornalista bate novamente na tecla da necessidade estapafúrdia de se fazer outro estaleiro, em área distante de centros populacionais, para integrar e ativar reatores nucleares, enquanto seria perfeitamente aceitável para ele fazê-lo no AMRJ...

De tudo que eu lí, deduzo que O Globo, e a FSP estão trabalhando propositadamente contra o contrato e o projeto nuclear da marinha em sí. Enquanto O Globo parece estar sendo alimentado pelo consórcio alemão com dados sobre os contratos, e claramente interpretando errado esses dados e as respostas da marinha, a FSP está a serviço de ONGs, provavelmente coordenadas pela CIA ou por um grupo bem mais sinistro de interesses privados, que visam sabotar o programa nuclear da marinha e impedir que o Brasil adquira ou desenvolva uma arma que só pode interferir em planos de invasão do nosso território, ou no mínimo, nos dar uma carta muito forte para as barganhas comerciais do século XXI.(sim, porque se estivéssemos falando de bombas nucleares, e não estamos, haveriam outros argumentos devido aos seus únicos usos possíveis) Acho que talvez tenha menos dedos "tucanos", e mais dedos estrangeiros nessa cruzada da FSP. Talvez, se realmente o Serra é anti-militar e um traidor vendido da pátria, haja dedo de Serra, mas não do PSDB em geral.

Allan

ps. Temos sempre de estar atentos para ingerências externas, e para as internas que inadvertidamente nos deixam vulneráveis à ameaças externas.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1842 Mensagem por Jin Jones » Ter Ago 18, 2009 1:44 pm

Sabe qual é a outra nação "democratica" aonde todos os veiculos de comunicação estão a mando dos yanques...
É na Venezuela [003] [003]

Só existe uma verdade...
A QUEM VEM DO GOVERNO, o resto é golpismo e anti-patriotismo.

Meu Deus aonde estamos chegando [002]




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1843 Mensagem por gaitero » Ter Ago 18, 2009 1:57 pm

FABIO escreveu:amigo marino se formos esperar a construção desse novo estaleiro para iniciar a construção
do SBR o mesmo deverá ser entregue em 2017 e não em 2014 com disse o Alte. Frade não
estou entendendo ou melhor estou sim estão escondendo coisas de nós, e o senhor sabe
o que está ocorrendo porem não pode falar, por ser sigilo militar,tudo bem se o SBR for entre
gue em 2013 / 2014 está ótimo.
Que calculos que você fez para chegar a esta conclusão???




Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1844 Mensagem por WalterGaudério » Ter Ago 18, 2009 2:01 pm

Marino escreveu:Globo:
Marinha justifica gasto de 6,8 bi com submarinos

Nota do comando sugere que objetivo é construção de embarcação nuclear com a ajuda francesa

José Meirelles Passos

Ao justificar a necessidade de o Brasil gastar 6,8 bilhões de euros (cerca de R$19 bilhões) na compra de quatro submarinos convencionais (diesel-elétricos) Skorpène, da França, num casco um pouco maior dessa embarcação, e na construção de um estaleiro e de uma base naval no litoral fluminense, a Marinha sugeriu - em carta enviada ao GLOBO - que a operação tem como objetivo final permitir ao país construir um submarino nuclear com a ajuda francesa.

O comando da Marinha disse ainda que nada tem a se opor ao fato de que tanto o estaleiro quanto a base venham a ser construídos pelo governo da França, utilizando a brasileira Odebrecht Engenharia sem licitação pública. "Não teria sentido uma construtora francesa ser mobilizada para realizar obras no Brasil, daí a necessidade de a DCNS (Directions de Constructions Navales Servies) se associar a uma empresa brasileira", diz a carta, acrescentando: "A escolha da associada foi de livre arbítrio da DCNS".



Parceria Estratégica não prevê submarino nuclear

Na carta, a Marinha acrescenta que "nada tem a opor à (empresa) escolhida", e que, "qualquer que fosse a empresa selecionada pela DCNS como parceira para a construção, as obras seriam isentas de processo licitatório, como previsto em lei, em virtude das características de sigilo". Isso por se tratarem de plantas de instalações nucleares militares.

A carta, enviada como resposta a uma reportagem publicada sábado no GLOBO sobre o alto custo da transação - equivalente a cerca de dois anos do programa Bolsa Família - não esclarece por que, diante da necessidade de se construir um estaleiro e uma nova base, com profundidade suficiente para atracação de submarinos nucleares, o governo preferiu aceitar a determinação da França de cuidar da construção e impor a Odebrecht como a empreiteira, em vez de abrir uma concorrência pública com a participação de empresas nacionais.

Ao longo de quatro páginas, a Marinha diz ainda que o alto custo da compra - 1,8 bilhão de euros para estaleiro e base, mais 5 bilhões de euros para os submarinos - se deve em especial ao "projeto e à construção de um submarino nuclear, cujo custo é muito superior ao de um convencional", dando a entender que o Brasil estaria comprando uma embarcação dessa categoria.

A carta sugere que a França se comprometeria a transferir tecnologia nuclear ao Brasil - o que não é verdade, de acordo com a Parceria Estratégica assinada em dezembro passado pelos presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Marinha, a decisão foi a de "buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la". Mais adiante afirma: "A parceria teria que ser buscada junto a países que produzissem, simultaneamente, submarinos convencionais e nucleares. Depois de longo e acurado processo de escolha, a França foi o país selecionado. É preciso enfatizar que somente quem constrói submarinos nucleares tem condições de transferir a tecnologia necessária para tanto".

No entanto, o acordo entre Lula e Sarkozy estabelece claramente que "a concepção (expressão dos requisitos e projeto básico), a construção e a manutenção da infraestrutura e dos equipamentos necessários às operações de construção e de manutenção da parte nuclear do submarino nuclear estão excluídas do âmbito do presente acordo".

O documento ressalta que o apoio francês é apenas para "a parte não nuclear do submarino nuclear brasileiro". E registra: "A Parte brasileira não receberá assistência da Parte francesa para a concepção e a colocação em operação do reator nuclear embarcado, das instalações do compartimento do reator nuclear e dos equipamentos e instalações cuja função seja destinada principalmente ao funcionamento do reator ou à sua segurança nuclear".

Esse pessoal anda fumando merda estragada antes de escrever, ou o faz com as piores intenções para chicotear a MB.

O acordo com a FRança, não versa sobre transfer~encia de tecnologia nuclear. Mas apenas sobre o fornecimento de um casco que seja compatível coma as especificações da seção de casco que abrigará o reator inteiramente desenvolvido pela MB.

O acordo não fere de maneira nenhuma o TNP, que versa unicamente sobre atrefatos nucleares. E motor(reator nuclear) não é arma atômica, esta sim, abordada no contrato celebrado entre Brasil e França é de intercãmbio proibido.

IT's All. My good!




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1845 Mensagem por GustavoB » Ter Ago 18, 2009 2:17 pm

Suspeita nuclear

Há muito está comprovada a insuficiência da garantia de que a França não passará tecnologia nuclear ao Brasil

Janio de Freitas
Bueno, lendo o título já dá pra ter uma ideia do besteirol que teremos de enfrentar.




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