Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Qua Abr 04, 2012 6:45 pm
Servidor da Pesca pediu que Intech doasse ao PT
Karim Bacha era o secretário de Planejamento do ministério durante a compra de 28 lanchas-patrulha, ao preço de R$ 31 milhões
O pedido de doação de R$ 150 mil para a campanha do PT de Santa Catarina, cuja maior representante é a ministra Ideli Salvatti, feito ao fabricante da polêmica frota de lanchas-patrulha partiu de um ocupante de alto cargo de confiança do Ministério da Pesca. Karim Bacha era o secretário de Planejamento do ministério, enquadrado na faixa de remuneração mais alta da Esplanada, na época do negócio.
Defesa: Ideli nega favorecimento a empresa que doou para sua campanha
Trata-se de personagem importante na compra de 28 lanchas-patrulha, ao preço de R$ 31 milhões - e sem necessidade comprovada. No início de setembro de 2010, Bacha, que também é filiado ao PT, estava engajado na campanha de Ideli ao governo de Santa Catarina e pediu ao dono da Intech Boating, fabricante das embarcações, uma doação ao partido. A fabricante foi um dos muitos alvos no empresariado do integrante do alto escalão da Pesca que buscava dinheiro para o PT e para a campanha de Ideli.
Multa: PT pode ser punido por campanha de Ideli em 2010 em SC
"Durante o processo eleitoral, acabamos conversando com muitas pessoas. Eu posso ter conversado com o Neto também. Não vou dizer que não, porque faz tanto tempo", respondeu Karim Bacha, referindo-se a José Antônio Galízio Neto, dono da Intech Boating. O empresário confirma: "Tive contato com ele, sim. Foi mais ou menos uma semana, dez dias antes de eu fazer a doação, uma coisa assim. No meio da campanha, próximo das eleições, foi solicitado que a gente.. bem, o resto você já sabe", reagiu nesta terça Galízio Neto, que havia revelado ao Grupo Estado na semana passado que doara R$ 150 mil ao PT "por solicitação" do ministério depois de ganhar o contrato.
Foto: AE
Após perder eleição, Ideli assumiu Ministério da Pesca, onde permaneceu por 5 meses
A doação da Intech Boating ao comitê financeiro do PT foi feita em 13 de setembro de 2010, segundo registro do Tribunal Superior Eleitoral. O comitê financeiro bancou 81% (R$ 2,9 milhões) dos custos da campanha de Ideli Salvatti ao governo de Santa Catarina.
Ao perder a eleição, Ideli foi escalada por Dilma Rousseff para comandar o Ministério da Pesca. Antes de trocar o cargo pela coordenação política do governo, em junho de 2011, a ministra quitou uma conta pendente de R$ 5,2 milhões com a Intech. Mais de dez lanchas ficaram sem destino até o final do ano passado, quando o sucessor de Ideli, Luiz Sérgio, fechou acordo para ceder as embarcações à Marinha.
Oposição: PSDB pede investigação sobre contrato da Pesca
Karim Bacha foi exonerado do cargo no Ministério da Pesca cerca de dois meses depois da posse de Ideli no comando da Pasta. Identificado como gestor do contrato de R$ 31 milhões pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o ex-assessor da diretoria de Logística, Infraestrutura e Comercialização do ministério, Alberto Frega trabalha atualmente na Superintendência do Ministério da Pesca do Rio de Janeiro. Ele arrisca que a auditoria do TCU que "não vai dar em nada".
Responsabilidade
Questionada ontem por jornalistas se a compra das lanchas não teria sido um equívoco, Ideli respondeu: "Meu amor, eu não posso dizer se foi um equívoco ou não. Quando cheguei ao ministério, tomei todas as providências no sentido de agilizar que as lanchas fossem utilizadas, entregues, fossem repassadas. Não posso me responsabilizar". O comentário foi feito depois do lançamento do pacote com medidas de estímulo à economia, no Palácio do Planalto.
“
Meu amor, eu não posso dizer se foi um equívoco ou não. Quando cheguei ao ministério, tomei todas as providências no sentido de agilizar que as lanchas fossem utilizadas, entregues, fossem repassadas. Não posso me responsabilizar", disse Ideli.
Ideli disse ainda que "não pediu" a doação de R$ 150 mil da empresa Intech Boating - que ganhou contrato do Ministério da Pesca para o fornecimento de 28 lanchas-patrulha, ainda que a pasta não tenha competência para fiscalizar a pesca irregular.
"Foi uma doação legal, não tive envolvimento nem pedi", disse Ideli, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto de anúncio de medidas para estimular a indústria nacional.
Alvo de uma série de suspeitas levantadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o contrato do Ministério da Pesca com a Intech Boating teve parte do pagamento feito sob a gestão de Ideli. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou na semana passada, a Intech Boating doou R$ 150 mil ao comitê eleitoral do PT em Santa Catarina, que financiou 81% dos custos da campanha da petista ao governo estadual, depois de cobrado pela Pasta.
"A contribuição (doação) foi legal, feita ao comitê estadual do PT. Eu tô muito tranquila, a hora que eu for acionada vou prestar os esclarecimentos", disse Ideli.
Karim Bacha era o secretário de Planejamento do ministério durante a compra de 28 lanchas-patrulha, ao preço de R$ 31 milhões
O pedido de doação de R$ 150 mil para a campanha do PT de Santa Catarina, cuja maior representante é a ministra Ideli Salvatti, feito ao fabricante da polêmica frota de lanchas-patrulha partiu de um ocupante de alto cargo de confiança do Ministério da Pesca. Karim Bacha era o secretário de Planejamento do ministério, enquadrado na faixa de remuneração mais alta da Esplanada, na época do negócio.
Defesa: Ideli nega favorecimento a empresa que doou para sua campanha
Trata-se de personagem importante na compra de 28 lanchas-patrulha, ao preço de R$ 31 milhões - e sem necessidade comprovada. No início de setembro de 2010, Bacha, que também é filiado ao PT, estava engajado na campanha de Ideli ao governo de Santa Catarina e pediu ao dono da Intech Boating, fabricante das embarcações, uma doação ao partido. A fabricante foi um dos muitos alvos no empresariado do integrante do alto escalão da Pesca que buscava dinheiro para o PT e para a campanha de Ideli.
Multa: PT pode ser punido por campanha de Ideli em 2010 em SC
"Durante o processo eleitoral, acabamos conversando com muitas pessoas. Eu posso ter conversado com o Neto também. Não vou dizer que não, porque faz tanto tempo", respondeu Karim Bacha, referindo-se a José Antônio Galízio Neto, dono da Intech Boating. O empresário confirma: "Tive contato com ele, sim. Foi mais ou menos uma semana, dez dias antes de eu fazer a doação, uma coisa assim. No meio da campanha, próximo das eleições, foi solicitado que a gente.. bem, o resto você já sabe", reagiu nesta terça Galízio Neto, que havia revelado ao Grupo Estado na semana passado que doara R$ 150 mil ao PT "por solicitação" do ministério depois de ganhar o contrato.
Foto: AE
Após perder eleição, Ideli assumiu Ministério da Pesca, onde permaneceu por 5 meses
A doação da Intech Boating ao comitê financeiro do PT foi feita em 13 de setembro de 2010, segundo registro do Tribunal Superior Eleitoral. O comitê financeiro bancou 81% (R$ 2,9 milhões) dos custos da campanha de Ideli Salvatti ao governo de Santa Catarina.
Ao perder a eleição, Ideli foi escalada por Dilma Rousseff para comandar o Ministério da Pesca. Antes de trocar o cargo pela coordenação política do governo, em junho de 2011, a ministra quitou uma conta pendente de R$ 5,2 milhões com a Intech. Mais de dez lanchas ficaram sem destino até o final do ano passado, quando o sucessor de Ideli, Luiz Sérgio, fechou acordo para ceder as embarcações à Marinha.
Oposição: PSDB pede investigação sobre contrato da Pesca
Karim Bacha foi exonerado do cargo no Ministério da Pesca cerca de dois meses depois da posse de Ideli no comando da Pasta. Identificado como gestor do contrato de R$ 31 milhões pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o ex-assessor da diretoria de Logística, Infraestrutura e Comercialização do ministério, Alberto Frega trabalha atualmente na Superintendência do Ministério da Pesca do Rio de Janeiro. Ele arrisca que a auditoria do TCU que "não vai dar em nada".
Responsabilidade
Questionada ontem por jornalistas se a compra das lanchas não teria sido um equívoco, Ideli respondeu: "Meu amor, eu não posso dizer se foi um equívoco ou não. Quando cheguei ao ministério, tomei todas as providências no sentido de agilizar que as lanchas fossem utilizadas, entregues, fossem repassadas. Não posso me responsabilizar". O comentário foi feito depois do lançamento do pacote com medidas de estímulo à economia, no Palácio do Planalto.
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Meu amor, eu não posso dizer se foi um equívoco ou não. Quando cheguei ao ministério, tomei todas as providências no sentido de agilizar que as lanchas fossem utilizadas, entregues, fossem repassadas. Não posso me responsabilizar", disse Ideli.
Ideli disse ainda que "não pediu" a doação de R$ 150 mil da empresa Intech Boating - que ganhou contrato do Ministério da Pesca para o fornecimento de 28 lanchas-patrulha, ainda que a pasta não tenha competência para fiscalizar a pesca irregular.
"Foi uma doação legal, não tive envolvimento nem pedi", disse Ideli, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto de anúncio de medidas para estimular a indústria nacional.
Alvo de uma série de suspeitas levantadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o contrato do Ministério da Pesca com a Intech Boating teve parte do pagamento feito sob a gestão de Ideli. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou na semana passada, a Intech Boating doou R$ 150 mil ao comitê eleitoral do PT em Santa Catarina, que financiou 81% dos custos da campanha da petista ao governo estadual, depois de cobrado pela Pasta.
"A contribuição (doação) foi legal, feita ao comitê estadual do PT. Eu tô muito tranquila, a hora que eu for acionada vou prestar os esclarecimentos", disse Ideli.