NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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rcolistete
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1801 Mensagem por rcolistete » Sáb Ago 15, 2009 8:27 pm

Santiago escreveu: Prezado Marino,

Então seria o seguinte:

4 Scorpenes: 4 x Eur 408 mi = Eur 1.632 mi
01 Estaleiro e de uma base naval: Eur 1.868,20 mi (esse estaleiro pertencerá a MB, não?)
01 casco do SNB: Eur 3.290,66 mi

Total: Eur 6.790,86 mi

[]s
Caro Santiago,

De onde você tirou tais números ? Obteve o último subtraindo os 2 primeiros de EUR 6,8 bi ?

Nas notas oficiais da MB, somente cita EUR 1.632 mi (4 x EUR 408 mi médios) dos SBR derivados da classe Scorpène, 1 SNBR (aprox. US$1,5 bi ou uns EUR 1,1 bi). Em textos recentes fala de financiamento francês de EUR 1,8 bi para estaleiro e base naval de submarinos, mas não explicita se cobre todo o custo, logo pode ser que a base, estaleiro, ToT, etc, custem os EUR 4 bi restantes.

Abraços,

Roberto




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Luís Henrique
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1802 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Ago 15, 2009 9:19 pm

Corsário01 escreveu:Cara, eu ando tão desanimado com estas noticias.

Se não compramos/construimos algo novo, é porque somos atrasados, incompetentes e etc e tal!

Pows! Quando finalmente a coisa começa a andar, aparece do nada uma porrada de "Chiiiiita" defedendo esse e aquele, defendendo agora o Bolsa Familia, defendendo até o Sarney.

PQP, será mesmo que este país tem jeito? Começo a ter sérias dúvidas se chegaremos a algum lugar como Nação!

Nação respeitada, é claro!

Sei lá. A cada dia que passa só leio M....e mais M....., sobre FX, Subs, Escoltas e me pergunto porque ainda perco meu tempo lendo ou me engajando nos assuntos militares.

Pra que? Se pelo visto tudo está errado, segundo uma porrada de "especialistas" de plantão que apareceram do nada para atrapalhar o andamento de um processo que por si só, já é demasiado LENTO.

Tô cansado! :evil:
Temos que analisar o que a imprensa fala aqui para entendermos um pouco as atitudes do Chaves.

Para muitos ele é um lunático, autoritário, mas ele tem os MOTIVOS.

Quanto mais o Brasil se desenvolver ou TENTAR se desenvolver, mais PRESSÃO vai aparecer.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Penguin
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1803 Mensagem por Penguin » Sáb Ago 15, 2009 9:49 pm

rcolistete escreveu:
Santiago escreveu: Prezado Marino,

Então seria o seguinte:

4 Scorpenes: 4 x Eur 408 mi = Eur 1.632 mi
01 Estaleiro e de uma base naval: Eur 1.868,20 mi (esse estaleiro pertencerá a MB, não?)
01 casco do SNB: Eur 3.290,66 mi

Total: Eur 6.790,86 mi

[]s
Caro Santiago,

De onde você tirou tais números ? Obteve o último subtraindo os 2 primeiros de EUR 6,8 bi ?

Nas notas oficiais da MB, somente cita EUR 1.632 mi (4 x EUR 408 mi médios) dos SBR derivados da classe Scorpène, 1 SNBR (aprox. US$1,5 bi ou uns EUR 1,1 bi). Em textos recentes fala de financiamento francês de EUR 1,8 bi para estaleiro e base naval de submarinos, mas não explicita se cobre todo o custo, logo pode ser que a base, estaleiro, ToT, etc, custem os EUR 4 bi restantes.

Abraços,

Roberto
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
SECRETARIA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS
COMUNICADO No- 16/2009
Publicado Diário Oficial da União 12 Agosto 2009


O Secretário-Executivo da Comissão de Financiamentos Externos - COFIEX, no uso de suas atribuições, faz saber a Recomendação endossada pelo Senhor Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão:

autorizar, com a(s) ressalva(s) estipulada(s), a preparação desta operação comercial, nos seguintes termos:

1. Nome: Programa de Desenvolvimento de Submarinos - PROSUB
2. Mutuário: República Federativa do Brasil
3. Executor: Ministério da Defesa - Comando da Marinha do Brasil
4. Entidade Financiadora:Consórcio de Bancos liderado pelo - BNB Paribas
5.Custo Total do Programa: pelo equivalente a até
€ 6.790.862.142,00

6.Valor do Empréstimo: pelo equivalente a até € 4.324.442.181,00
7.Contrapartida do Empréstimo: pelo equivalente a até
€ 598.219.961,00

Observação:

O custo total do Programa contempla, também, a construção de um estaleiro e de uma base naval, no valor equivalente a até €1.868.200.000,00 (um bilhão, oitocentos e sessenta e oito milhões e duzentos mil euros), que serão custeados com recursos provenientes do Tesouro Nacional.

Ressalva:
a) A inclusão dos correspondentes valores de ingresso e contrapartida no Orçamento Geral da União, a serem destinados ao Ministério da Defesa, deverá levar em conta os limites orçamentários fixados para aquele Órgão e observar a execução das operações comerciais já contratadas.

ALEXANDRE MEIRA DA ROSA
Captou?
O valor dos Scorpene (€408 mi cada) é semelhante ao valor cobrado à Índia, incluindo ToT. Os indianos irão fabricar todos localmente.

O valor da base e estaleiro está dado. A nota do MPOG acima deixa isso bem claro: €1,87bi. Me parece um valor normal.

Então restam €3,29bi para o casco do SNB e ToT associada.

[]s




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1804 Mensagem por Carlos Lima » Dom Ago 16, 2009 1:23 am

Vinicius Pimenta escreveu:Que vergonha!

Que machete absurda! Texto lamentável! Comprados mais uma vez.

O repórter deve ter até se recusado a assinar esse lixo.
x2 Caramba...

Vale tudo... inclusive esse tipo de lixo!

Lamentável
[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
Hezekiah
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1805 Mensagem por Hezekiah » Dom Ago 16, 2009 10:09 am

cb_lima escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Que vergonha!

Que machete absurda! Texto lamentável! Comprados mais uma vez.

O repórter deve ter até se recusado a assinar esse lixo.
x2 Caramba...

Vale tudo... inclusive esse tipo de lixo!

Lamentável
[]s
CB_Lima
E deve vir + por ai, estamos incomodando muita gente.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1806 Mensagem por Carlos Lima » Dom Ago 16, 2009 6:35 pm

Não é bem incomodar, é que a soma de dinheiro que estamos "investindo" nesses subs não é brincadeira minha não e quem perdeu está "azedo de raiva" .

Concordo com você,

Virá mais bobagem por aí!
[]s
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1807 Mensagem por PRick » Dom Ago 16, 2009 6:39 pm

Santiago escreveu:
Captou?
O valor dos Scorpene (€408 mi cada) é semelhante ao valor cobrado à Índia, incluindo ToT. Os indianos irão fabricar todos localmente.

O valor da base e estaleiro está dado. A nota do MPOG acima deixa isso bem claro: €1,87bi. Me parece um valor normal.

Então restam €3,29bi para o casco do SNB e ToT associada.

[]s

Creio que nesses 3,29 bi de Euros, também estejam incluindos os armamentos e o desenvolvimento deles.

[]´s




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1808 Mensagem por Penguin » Dom Ago 16, 2009 9:42 pm

Resposta da Marinha à matéria publicada no jornal ‘O Globo’

RESPOSTA À MATÉRIA PUBLICADA NO “O GLOBO” DE 15AGO2009, INTITULADA: “SUBMARINOS DE R$ 19 BILHÕES” (“Submarinos com preço no céu”).

A matéria publicada na edição de 15 de agosto de “O Globo”, com o título de “O Submarino de R$ 19 bilhões”, afirma que a construção do novo estaleiro e da base naval no litoral fluminense resulta de exigência do governo francês.

Ora, a construção de um estaleiro que atenda aos requisitos tecnológicos e ambientais essenciais, para que nele se possa construir um submarino de propulsão nuclear, bem como a de uma nova base naval capaz de abrigá-lo, constituem necessidades apresentadas pela Marinha (MB) desde o final dos anos 1970, quando deu início ao seu Programa Nuclear. Até a localização é a mesma que já havia sido selecionada pela MB, em 1993. Atribuir tais construções à hipotética exigência francesa denota desconhecimento, para dizer o mínimo. Essas obras são necessárias porque os referidos requisitos não são atendidos, hoje, por nenhum dos estaleiros existentes no Brasil. Além do que, a atual base de submarinos, por exemplo, localizada no interior da Baía de Guanabara, junto à ponte Rio-Niterói, sequer tem profundidade junto ao cais para permitir a atracação de um submarino desse tipo, além de não atender aos requisitos ambientais que se impõem.

Assim, a construção do estaleiro e da base constitui requisito indispensável para a fabricação e operação do submarino nuclear, nada tendo a ver com “operação casada”. Por outro lado, como é evidente, não teria sentido uma construtora francesa ser mobilizada para realizar obras no Brasil, daí a necessidade de a DCNS (Directions de Constructions Navales Services) se associar a uma empresa brasileira, com a qual teve que estabelecer acordos de confidencialidade, por conta da tecnologia a ser transferida. A escolha da associada foi do livre arbítrio da DCNS, que, apesar da permanente ênfase em apontá-la como estatal, opera, de acordo com as leis francesas, como empresa privada. De sua parte, a Marinha nada tem a opor à escolhida. Afinal, cabe aqui a pergunta: que argumentos teria o Governo Brasileiro para recusar a contratação de um consórcio do qual faz parte a Odebrecht? Ou de qualquer outra grande construtora nacional?

Cabe esclarecer que qualquer que fosse a empresa selecionada pela DCNS como parceira para construir esse estaleiro, as obras seriam isentas de processo licitatório, como previsto em lei, em virtude das características de sigilo de que, obrigatoriamente, se reveste: são plantas de instalações nucleares militares, envolvendo características que não podem ser objeto de divulgação pública.

Releva notar, ainda, que, ao apontar o custo dos submarinos, o autor valeu-se de simplificações comprometedoras. Ao excluir do preço total (€ 6,8 bi) o preço do estaleiro e da base (€ 1,8 bi), dividindo o resultado (€ 5 bi) por cinco, acreditou ter encontrado o preço de cada submarino convencional (€ 1 bi). Ledo engano; esqueceu-se de que a proposta francesa inclui quatro submarinos convencionais, com respectiva transferência de tecnologia de construção; a transferência de tecnologia de projeto de submarinos, inclusive de seus sistemas de combate e de controle automatizado da plataforma; o projeto e a construção de um submarino nuclear, cujo custo é muito superior ao de um convencional; e, finalmente, o projeto e a construção de um estaleiro dedicado à fabricação de submarinos nucleares (e convencionais) e de uma nova base naval, capaz de abrigá-los. A simplificação permitiu a conclusão falaciosa de que “cada embarcação custará pouco mais de duas vezes mais o valor da oferta feita anteriormente por uma empresa da Alemanha”.

No que concerne à transferência de tecnologia, há um contrato específico que detalha toda a tecnologia a ser transferida pelos franceses e absorvida pela Marinha. Há, ainda, um acordo de compensações (offset), estabelecendo as áreas tecnológicas que serão objeto de transferência para a indústria nacional, envolvendo, no momento, mais de trinta empresas brasileiras.

MARINHA PREFERIA OUTROS SUBMARINOS

Analisando por partes, deve ser inicialmente ressalvado que não existe proposta da HDW (Howaldtswerke Deutsche Werft), de outubro de 2007, para “fabricar mais cinco submarinos no Brasil, além de modernizar os cinco já existentes, por um total de 2,1 milhões de euros”. A afirmativa é tão inverossímil que não resiste à mais elementar aritmética, haja vista que, logo adiante, o autor conclui que “cada embarcação, portanto, sairia por 437 milhões de euros – pouco mais de duas vezes mais barata que os Scorpène”, sem se dar conta de que, de acordo com esses cálculos, a modernização dos cinco já existentes sairia “de graça”. Parece má fé, principalmente por tentar fazer crer que algo supostamente aprovado pela COFIEX em 2006 (essa data foi omitida) pudesse, de alguma forma, estar relacionado com uma proposta apresentada em outubro 2007. Em primeiro lugar, a COFIEX, na verdade, nada aprovou, posto que nada foi publicado no Diário Oficial da União. Depois, a proposta efetivamente encaminhada àquele órgão dizia respeito à modernização dos cinco submarinos existentes e a construção de APENAS UM submarino. Posteriormente, tendo a Marinha se decidido pela modernização dos seus IKL com sistemas americanos, a custo muito inferior do que aquele cobrado pelos alemães, a HDW apresentou proposta de substituir as modernizações pela construção de um segundo submarino, mantendo o mesmo custo inicial, isto é, € 670,97 milhões. Ademais, um fato até agora não mencionado, mas que releva notar, é que no preço dos submarinos alemães não está incluído o custo total da mão-de-obra de construção, posto que as obras seriam realizadas no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), por funcionários de carreira da Marinha, sem o cômputo desses custos no preço dos submarinos.
Por outro lado, é verdade que, em 2005, a Marinha havia optado por construir um novo submarino de modelo da HDW, tanto que apresentou à COFIEX a pertinente proposta de financiamento, como já apontado. Mas, vamos aos fatos.
Desde 2004, em face da proximidade do término da construção do Submarino Tikuna, último dos IKL construídos no AMRJ, a Marinha, com vistas à manutenção das construções, tanto para não perder a tecnologia, quanto para repor os meios que dessem baixa, realizou estudos com vistas à seleção de um projeto de submarino que melhor atendesse aos seus requisitos estratégicos. Depois de criteriosa análise dos projetos existentes, foram selecionados três que, em diferentes graus, atendiam àqueles requisitos: o AMUR 1650, da Rússia, o IKL 214, da Alemanha, e o Scorpène, da França. Todos de mesma geração tecnológica.

Dos estudos, resultou que o projeto que melhor atendia à Marinha era o do Scorpène, não só por seu projeto tecnologicamente mais moderno, mas por uma série de outras características, particularmente, por seu maior intervalo entre manutenções, fator primordial para um país cujos interesses marítimos se estendem, prioritariamente, pela vastidão do Atlântico Sul.

Entretanto, naquela época, não havia qualquer perspectiva de se poder levar adiante o programa nuclear, - maior meta da Marinha -, que, à custa exclusiva do orçamento da Força Naval, desde 1996, vinha sendo mantido em estado quase vegetativo. Naquele contexto, a Marinha se viu forçada a propugnar por uma solução paliativa, pleiteando a construção de apenas mais um submarino. Nesse caso específico, tendo em vista a existência de cinco submarinos alemães, decidiu optar pela escolha do projeto do submarino IKL 214, da HDW alemã, buscando manter a mesma linha logística, por um lado, e, por outro, evitar que a escolha de projeto diferente, para a construção de uma única unidade, pudesse ensejar retaliações dos alemães, mediante o boicote de sobressalentes para os submarinos existentes, por exemplo. No início de 2006, a decisão foi tornada pública, com o já mencionado encaminhamento da solicitação de autorização de financiamento à COFIEX.
Depois de tomada essa decisão, a Administração Naval houve por bem dar conhecimento do fato ao seu público interno, mediante a publicação da informação no Boletim de Ordens e Notícias, como é praxe na Instituição.
Não obstante, no início de 2007, o Presidente Lula, depois de conhecer em mais detalhes o Programa Nuclear da Marinha, em visita às instalações do Centro Tecnológico da Marinha, em ARAMAR, decidiu assegurar recursos para a finalização do programa, possibilitando a retomada do processo que, ao fim e ao cabo, levaria à construção do submarino nuclear, cujas tratativas estão, hoje, em vias de ser concluídas.

Essa, a grande e fundamental mudança havida. Graças à nova visão do mais alto escalão político do País, a Marinha não mais estava fadada a postergar seus planos relativos à posse de submarinos nucleares.
Para levá-los adiante, contudo, não obstante ter logrado êxito na construção, faltava à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos. Nesse mister, o caminho seguido pelas potências que produzem submarinos nucleares foi o de evoluir, por etapas, a partir do pleno domínio do projeto de convencionais, para o de um submarino nuclear, cujos requisitos, em termos de tecnologia e controle de qualidade, superam de muito aqueles de um convencional. Assim, o caminho natural para o Brasil seria, da mesma forma, o de desenvolver sucessivos protótipos, até que se chegasse a um projeto capaz de abrigar uma planta nuclear. Como não se dispõe do tempo nem dos recursos necessários para tanto, a solução delineada pela Marinha, no intuito de – com segurança – saltar etapas, foi a de buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la. No nosso caso, tendo em vista o processo evolutivo indispensável, a parceria teria que ser buscada junto a países que produzissem, simultaneamente, submarinos convencionais e nucleares. Depois de longo e acurado processo de escolha, a França foi o país selecionado, porquanto seu único concorrente, a Rússia, não desejava transferir tecnologia, mas, tão-somente, vender submarinos, o que não correspondia aos interesses do Brasil.
É preciso enfatizar que somente quem constrói submarinos nucleares tem condições de transferir a tecnologia necessária para tanto. Não basta saber construir submarinos, haja vista que a própria França, - que já construía submarinos -, levou 29 anos entre a decisão de construir um nuclear e ter o primeiro deles em operação. A Alemanha não constrói submarinos nucleares e, portanto, por mais que o deseje, não tem como transferir tal tecnologia. Talvez por isso, o autor da matéria imagine ser possível construí-los no AMRJ, em pleno centro da cidade do Rio de Janeiro.
Ainda a propósito, cumpre esclarecer que, diferentemente do que está dito na matéria, segundo a qual, além dos quatro submarinos convencionais, se está adquirindo “mais um casco que - daqui a 20 anos – viria a receber um reator desenvolvido pelo Brasil”, na realidade, o protótipo do reator estará pronto em 2014 e o submarino nuclear brasileiro, em 2021. Algo diferente de “daqui a 20 anos”. Aqui, deve ser ressaltado que o reator nuclear e seus controles, que serão instalados no submarino nuclear, serão totalmente projetados e fabricados pelo Brasil, com base no protótipo ora em construção pela Marinha. Essa tecnologia não será transferida pela França.

Quanto ao aspecto apresentado como curioso, de a França não empregar o Scorpène, de fato, não só a França, mas nenhum dos países ocidentais que operam submarinos nucleares, como os Estados Unidos, o Reino Unido, a própria França e a Rússia, empregam submarinos convencionais. Apenas a China opera ambos os tipos de submarinos.
Quanto à opinião expressa pelo Deputado Julio Delgado, a Marinha já se colocou à disposição daquele parlamentar, desde 05 de agosto de 2009, para uma exposição completa de todo o projeto, de modo a que todos os esclarecimentos lhe sejam prestados e eliminadas todas as dúvidas. Até o momento, não foi encontrado espaço na agenda do deputado.
Atenciosamente,

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1809 Mensagem por Corsário01 » Seg Ago 17, 2009 7:50 am

Olhem a LUZ ai!!!!

Será que a MB terá que desenhar para alguém ou do jeito que foi exposto basta? :roll:




Abraços,

Padilha
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1810 Mensagem por pauloguita » Seg Ago 17, 2009 8:02 am

Viva a marinha.
É assim que se faz.
A mentira só dura, enquanto a verdade não chega.

Abraços




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1811 Mensagem por Marino » Seg Ago 17, 2009 10:31 am

Já me falaram que hoje o Boechat entrou na onda e atacou na TV não só o programa de SSN, mas a necessidade do Brasil possuir qualquer tipo de submarinos.
Alguem consegue a matéria?




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1812 Mensagem por GustavoB » Seg Ago 17, 2009 11:08 am

Esse é o verdadeiro "front interno".




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1813 Mensagem por U-27 » Seg Ago 17, 2009 11:13 am

o mais engraçado é, que para o tamanho do pib brasileiro e do territorio nacional, os nossos investimentos continuam baixos, e ainda sim, reclamam.

como o marino disse, isso tudo gera emprego, gera riqueza...




"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer

http://ridingaraid.blogspot.com.br/ meu blog
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1814 Mensagem por alexmabastos » Seg Ago 17, 2009 12:52 pm

Claudio Humberto também está dando uma de retardado ou mal intencionado.
Entrem no site dele e mandem bronca pessoal!!!!!
http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php
Tem um lugar certo lá para isso.
Alguém explique para ele que tais compras e fabricação nacional trará, especialmente para a região deste editor, emprego e renda!!! Engraçado que um cara desses deve meter o pau num bolsa família da vida e quando o governo chega com empregos, estes babacas retrucam também. Gentinha escrota essa.
Desculpa aí o vocabulário.

Abs!




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#1815 Mensagem por alexmabastos » Seg Ago 17, 2009 12:54 pm

Brasil pagará € 4 bilhões a mais por submarinos
Não adiantam choro, nem vela: a decisão é sigilosa, mas o governo já fez opção pela proposta da França. Vai comprar 36 aviões caça para a FAB e, para a Marinha, quatro submarinos convencionais e a obra da Base Naval para construir um submarino nuclear de grande porte. O problema são os custos: só na Marinha, a proposta francesa é de 6,7 bilhões de euros, 4 bilhões mais cara do que a alemã, de € 2,6 bilhões.

FONTE: http://www.claudiohumberto.com.br/

Deu vontade de
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