MB: Submarino nuclear tem construção adiada

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Pepê Rezende
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Não é bobagem. É errar no troco de vintém

#181 Mensagem por Pepê Rezende » Sex Jan 05, 2007 11:05 pm

Marino escreveu: A decisão de modernizar as Fragatas foi na década de 80, com os sistemas definidos e contratos assinados naquela época. Desta maneira se entende a decisão pelo Aspide, já em uso e provado, inclusive aqui na américa do sul pela Argentina.


Não é bobagem. É errar no troco de vintém. E tivemos tempo de sobra para mudar o pacote escolhido. A propósito, o Aspide foi selecionado na década de 90. Eu fiz matéria na época. Escolha mal-feita.

Marino escreveu: Pepê - nenhuma marinha de primeiro mundo possui fragatas de 30 anos ou mais. Os novos projetos já foram alterados com a lição das Malvinas, como as nossas Corvetas. Este é o problema, enquanto mantemos e modernizamos navios antigos, outros constrem novas classes.

França, Itália e Grã-Bretanha AINDA mantém navios em primeira linha com mais de 30 ou próximos disso.

Marino escreveu: Lambri e escada é picuinha sua e não vale a pena discutir por esta bobagem.


Qualquer incêndio besta e temos uma tragédia a bordo graças a uma mentalidade tacanha e de iate clube. Economia idiota, como transformar a Dodsworth em suprimentos e manter apenas quatro A-4Ku em funcionamento. Isso é má-gestão e amadorismo.

Pepê




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Re: Não é bobagem. É errar no troco de vintém

#182 Mensagem por Marino » Sex Jan 05, 2007 11:56 pm

Não é bobagem. É errar no troco de vintém. E tivemos tempo de sobra para mudar o pacote escolhido. A propósito, o Aspide foi selecionado na década de 90. Eu fiz matéria na época. Escolha mal-feita.

A escolha foi feita pelo Ministro Serpa, no governo Itamar Franco. Contrato assinado não se muda o pacote, a não ser que você seja boliviano e não respeite contratos.

França, Itália e Grã-Bretanha AINDA mantém navios em primeira linha com mais de 30 ou próximos disso.

Então verifique que todas possuem alumínio em sua superestrutura.
Agora, estes navios sofreram uma modernização profunda como as Niteroi?

Qualquer incêndio besta e temos uma tragédia a bordo graças a uma mentalidade tacanha e de iate clube. Economia idiota, como transformar a Dodsworth em suprimentos e manter apenas quatro A-4Ku em funcionamento. Isso é má-gestão e amadorismo.

Você é jornalista. Investigue quanto foi o contigenciamento da MB no período de decisão de passar para a reserva a Dods e quanto foi disponibilizado pelo governo para manter a aviação naval. Não só ela, mas a própria Esquadra mesmo.
Má gestão de quem? Da MB sem dinheiro ou do governo, que vai ter que gastar muito mais para recolocar em atividade material do que teria gastado mantendo funcionando?




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Re: Não é bobagem. É errar no troco de vintém

#183 Mensagem por Pepê Rezende » Sáb Jan 06, 2007 10:46 am

Marino escreveu:A escolha foi feita pelo Ministro Serpa, no governo Itamar Franco. Contrato assinado não se muda o pacote, a não ser que você seja boliviano e não respeite contratos.


Não se muda, mas se revisa...

Marino escreveu: Então verifique que todas possuem alumínio em sua superestrutura. Agora, estes navios sofreram uma modernização profunda como as Niteroi?


Nem precisavam. Vinham com mísseis e sistemas bem melhores que a Niterói. O problema é que nosso programa ficou suspenso por tempo demais

Marino escreveu: Você é jornalista. Investigue quanto foi o contigenciamento da MB no período de decisão de passar para a reserva a Dods e quanto foi disponibilizado pelo governo para manter a aviação naval. Não só ela, mas a própria Esquadra mesmo.


Não sobrou dinheiro para manter a Dods, mas uma Garcia, que bebe horrores, funciona. Não é muito lógico... Enquanto isso, o programa nuclear seguiu adiante, uma verba que serviria para manter a Dods funcionando.

Marino escreveu: Má gestão de quem? Da MB sem dinheiro ou do governo, que vai ter que gastar muito mais para recolocar em atividade material do que teria gastado mantendo funcionando?


De ambos. Na verdade, não dá para brincar de FFAA quando 80% do Orçamento segue para pagamentro de pessoal e 80% da folha de pessoal é formada por inativos. Ou seja, 64% do Orçamento da Marinha vai para a folha de inativos. Além das pensões para filhas e netas (basta assinar um documento de adoção), que só vai se resolver daqui a 35 anos, é bom lembrar que temos um sistema de expulsória frouxo.

Qualquer imbecil que passe na Escola Naval em último lugar chegará a capitão de fragata, mesmo que não faça nada durante toda a carreira e só sirva como lastro. Nos Estados Unidos, que é um país pobre, o terço final da turma, que prefiro chamar de escumalha, sai como capitão de corveta, com redução de 20% em seus proventos. O segundo terço sai como capitão de fragata, perdendo 10%, e os melhores da turma deixam a força como mar-e-guerra, com aposentadoria integral.

A solução para as TRÊS forças (com a exceção da Aeronáutica, que tem um alto índice de perda de oficiais para a iniciativa privada e em mortes por acidentes) está na criação de um Fundo de Pensões para as Carreiras de Estado (que inclui auditores da Receita, Diplomatas, fiscais da Previdência, Policiais Federais) capaz de pagar a conta, a exemplo do modelo chileno. Sem isso, vão sangrar até morrer. O MinDef tem orçamento maior que Saúde e Educação. Gastamos mais com Defesa que a Espanha, é só comparar as duas forças para ver quem está errando.

Pepê




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#184 Mensagem por Marino » Sáb Jan 06, 2007 11:17 am

Caro Pepê
Começamos com subs nucleares, passamos para AIP, tratamos de escadas e lambris, agora vamos falar de carreira de oficiais. Mas tudo bem, acho que está sendo educativo.

Não se muda, mas se revisa...

Sim, deveria ser revisado para um sistema VLS, como proposto por você. Mas ainda não há um Aspide VLS. Ou seja, seria rompimento de contrato mesmo, com todas as consequências de ocorrer com uma nação européia e não sul americana (de novo a Bolívia).

Nem precisavam. Vinham com mísseis e sistemas bem melhores que a Niterói. O problema é que nosso programa ficou suspenso por tempo demais

Ficou suspenso por tempo demais e a decisão foi tomada tardiamente. A meu ver, não se moderniza um navio de 30 anos. Somos o único país do mundo a fazer isso.

Não sobrou dinheiro para manter a Dods, mas uma Garcia, que bebe horrores, funciona. Não é muito lógico... Enquanto isso, o programa nuclear seguiu adiante, uma verba que serviria para manter a Dods funcionando.

Junto com a Dods foi de baixa, no mesmo dia, o Pernambuco. Antes já tinham ido o Paraná e o Paraíba. Ou seja, o Pará sobrevive tendo 3 cascos para repor material avariado. Sem dúvida o combustível custa, mas custa para todos os navios.
O sub nuclear é o futuro da MB. Com ele se projeta a MB várias décadas no futuro. Não há um só oficial, seja de superfície, aviador, fuzileiro, o que seja, que não considere prioritário para a MB o sub nuclear. Não só para a MB, mas para o país, que é um anão militar.

Além das pensões para filhas e netas (basta assinar um documento de adoção), que só vai se resolver daqui a 35 anos, é bom lembrar que temos um sistema de expulsória frouxo.

Isto já acabou desde o governo FHC. Mas uma coisa que ninguem fala é que isto era pago. Se você tem um filho e quer fazer um plano de previdência para ele, é só pagar uma quantia por mês. Era a mesma coisa, não um privilégio ou benesse. Se um oficial ou praça tinha uma filha, pedia para ser descontado em folha para que ela recebesse o benefício após sua morte.
Outra coisa que ninguem fala é que os militares são a única classe de brasileiros que são descontados após passarem para a reserva (aposentados), e mais, as viúvas são descontadas após a morte do titular. Porquê você não faz um artigo em seu jornal com estas informações?
Mais ainda, no governo FHC o Alte Mauro César apresentou um estudo, feito pelo CASNAV, provando que se os recursos acima repassados fossem aplicados, a Marinha pagava os da reserva, inativos, pensionistas, filhas e sobrava dinheiro. Em uma reunião governamental calou a boca de todos os presentes. Busque este estudo e o publique também.

Qualquer imbecil que passe na Escola Naval em último lugar chegará a capitão de fragata, mesmo que não faça nada durante toda a carreira e só sirva como lastro.

Errado. O primeiro funil é a própria EN, que não deixa formar imbecis.
O segundo é o Curso de Aperfeiçoamento, onde o Oficial é especializado em eletrônica, armamento, comunicações ou máquinas, o Intendente em Administração de Empresas e o Fuzileiro no CAVANF, creio. Se não passar já sai como Capitão-Tenente, e não como Capitão-de-Corveta, como nos EUA.
O terceiro, que se confunde com os outros, são os cursos de carreira, no CAAML principalmente. Se não passa vai para a ficha, além de ser preso, e já não é indicado nem para fazer o concurso da EGN.
O quarto é a EGN, como Corveta, se passou pelas fases anteriores. Primeiro ele é selecionado pela CPO, Comissão de Promoção de Oficiais, para fazer a prova. Se não é selecionado, tchau e benção. Se faz a prova e não passa, vai embora como Fragata.
O quinto é a CPO. Em cada fase da carreira o Oficial é avaliado para Comando, Direção, Cursos, etc. Se não passa na CPO, tchau e benção.
Ou seja, não é tão fácil quanto você pensou.

criação de um Fundo de Pensões para as Carreiras de Estado

Procure o estudo do CASNAV e vai se surpreender. Agora quero ver publicá-lo em seu jornal.




Carlos Mathias

#185 Mensagem por Carlos Mathias » Sáb Jan 06, 2007 12:07 pm

Olha, meu pai é aposentado do EB, tem 70 anos e paga a previdência dele até hoje, que não é barata. E vai morrer pagando.




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Meu pai tb era

#186 Mensagem por Pepê Rezende » Sáb Jan 06, 2007 12:51 pm

Carlos Mathias escreveu:Olha, meu pai é aposentado do EB, tem 70 anos e paga a previdência dele até hoje, que não é barata. E vai morrer pagando.


Meu pai tb era. Foi general. Mesmo com o pagamento da pensão, o Estado contribui com 2/3 do valor pago ao beneficiário. Na época do Sabóia, ele preparou um estudo sobre o assunto, e é provavelmente o texto citado pelo Marino, alertando para a inviabilidade do sistema. A expectativa de vida se ampliou e não há como sustentar um modelo embasado na solidariedade. Na década de 40, eram 10 para cada beneficiário, hoje são 3 para um. No caso das FFAA, o Tesouro banca tudo.

Pepê




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Carreira

#187 Mensagem por Pepê Rezende » Sáb Jan 06, 2007 1:15 pm

Marino escreveu:Caro Pepê
Começamos com subs nucleares, passamos para AIP, tratamos de escadas e lambris, agora vamos falar de carreira de oficiais. Mas tudo bem, acho que está sendo educativo.


Porque os problemas estão interligados. Não há como desentranhá-los.

Marino escreveu:Sim, deveria ser revisado para um sistema VLS, como proposto por você. Mas ainda não há um Aspide VLS. Ou seja, seria rompimento de contrato mesmo, com todas as consequências de ocorrer com uma nação européia e não sul americana (de novo a Bolívia).


Era melhor pagar a multa e recomeçar o processo do nada a ter navios tão defesados em serviço

Marino escreveu:Ficou suspenso por tempo demais e a decisão foi tomada tardiamente. A meu ver, não se moderniza um navio de 30 anos. Somos o único país do mundo a fazer isso.

A China também fez, mas no geral acho dinheiro jogado fora. Eliminava-se os Seacat, acrescentava-se um canhão de 40mm sobre o hangar, mudava a parte eletrônica e aumentava-se o convôo.

Marino escreveu:Junto com a Dods foi de baixa, no mesmo dia, o Pernambuco. Antes já tinham ido o Paraná e o Paraíba. Ou seja, o Pará sobrevive tendo 3 cascos para repor material avariado. Sem dúvida o combustível custa, mas custa para todos os navios.


Mesmo assim sacrificou-se um navio que, além de merecer modernização, tinha um desempenho superior aos outros da Armada.

Marino escreveu:O sub nuclear é o futuro da MB. Com ele se projeta a MB várias décadas no futuro. Não há um só oficial, seja de superfície, aviador, fuzileiro, o que seja, que não considere prioritário para a MB o sub nuclear. Não só para a MB, mas para o país, que é um anão militar.


Não se pode perseguir um futuro inviável. O projeto estolou por erros de programação. Tentou-se abraçar o mundo com as pernas. Em lugar de trabalhar de forma gradativa, buscaram desenvolvimentos paralelos na criação do reator e no desenvolvimento da propulsão. Com isso, perdemos as duas corridas. Ofereceram-nos ajuda junto com a venda de um projeto de submarinos, a Marinha se recusou a OUVIR a proposta.

Marino escreveu:Isto já acabou desde o governo FHC.


Os efeitos serão sentidos NOS PRÓXIMOS 35 ANOS. Até lá, vacas magras adiante...

Marino escreveu:Mas uma coisa que ninguem fala é que isto era pago. Se você tem um filho e quer fazer um plano de previdência para ele, é só pagar uma quantia por mês. Era a mesma coisa, não um privilégio ou benesse. Se um oficial ou praça tinha uma filha, pedia para ser descontado em folha para que ela recebesse o benefício após sua morte.


Era automático. Numa vez comparei o MEU desconto de Previdência com o do meu pai. Eu pagava mais proporcionalmente. Isso mudou, mas não é suficiente para cobrir os gastos. Ou se cria um fundo de pensões gerenciado pelos próprios interessados ou as FFAA vão morrer à míngua.

Marino escreveu:Outra coisa que ninguem fala é que os militares são a única classe de brasileiros que são descontados após passarem para a reserva (aposentados), e mais, as viúvas são descontadas após a morte do titular. Porquê você não faz um artigo em seu jornal com estas informações?


Foi o preço que vcs aceitaram pagar para manter as benesses das filhas solteiras. Conheço mulheres de 50 anos que nunca trabalharam e sonham com a morte da mãe para pegar a pensão do pai. É bom ressaltar que, para os padrões brasileiros, são pensões altas, que seguem, às vezes, por quatro gerações

Marino escreveu:Mais ainda, no governo FHC o Alte Mauro César apresentou um estudo, feito pelo CASNAV, provando que se os recursos acima repassados fossem aplicados, a Marinha pagava os da reserva, inativos, pensionistas, filhas e sobrava dinheiro. Em uma reunião governamental calou a boca de todos os presentes. Busque este estudo e o publique também.


É exatamente o que EU DEFENDO. Infelizmente, boa parte da turma de verde e da de azul se nega a ver a realidade.

Marino escreveu: Errado. O primeiro funil é a própria EN, que não deixa formar imbecis.


Conheço vários que negam o que vc afirma...

Marino escreveu: O segundo é o Curso de Aperfeiçoamento, onde o Oficial é especializado em eletrônica, armamento, comunicações ou máquinas, o Intendente em Administração de Empresas e o Fuzileiro no CAVANF, creio. Se não passar já sai como Capitão-Tenente, e não como Capitão-de-Corveta, como nos EUA.
O terceiro, que se confunde com os outros, são os cursos de carreira, no CAAML principalmente. Se não passa vai para a ficha, além de ser preso, e já não é indicado nem para fazer o concurso da EGN.
O quarto é a EGN, como Corveta, se passou pelas fases anteriores. Primeiro ele é selecionado pela CPO, Comissão de Promoção de Oficiais, para fazer a prova. Se não é selecionado, tchau e benção. Se faz a prova e não passa, vai embora como Fragata.
O quinto é a CPO. Em cada fase da carreira o Oficial é avaliado para Comando, Direção, Cursos, etc. Se não passa na CPO, tchau e benção.
Ou seja, não é tão fácil quanto você pensou.


O sistema de vcs é melhor que o do Exército, onde o problema é crônico e enraizado, mas quem sai por demérito NÃO DEVE levar vencimentos integrais para casa. Levam, com todas as gratificações obtidas.

Procure o estudo do CASNAV e vai se surpreender. Agora quero ver publicá-lo em seu jornal.


Na época, publiquei. Na verdade, apenas mostra o que o Sabóia já tinha detectado.

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Re: Meu pai tb era

#188 Mensagem por FinkenHeinle » Sáb Jan 06, 2007 2:27 pm

Pepê Rezende escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Olha, meu pai é aposentado do EB, tem 70 anos e paga a previdência dele até hoje, que não é barata. E vai morrer pagando.


Meu pai tb era. Foi general. Mesmo com o pagamento da pensão, o Estado contribui com 2/3 do valor pago ao beneficiário. Na época do Sabóia, ele preparou um estudo sobre o assunto, e é provavelmente o texto citado pelo Marino, alertando para a inviabilidade do sistema. A expectativa de vida se ampliou e não há como sustentar um modelo embasado na solidariedade. Na década de 40, eram 10 para cada beneficiário, hoje são 3 para um. No caso das FFAA, o Tesouro banca tudo.

Pepê

Os últimos dados que eu tenho é de praticamente 1 contribuinte para cada beneficiário.

Apesar de termos uma população jovem em relação à Europa e mesmo os EUA, a Previdência tem sérios problemas por causa da Informalidade.




Atte.
André R. Finken Heinle

"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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#189 Mensagem por Marino » Sáb Jan 06, 2007 4:21 pm

Era melhor pagar a multa e recomeçar o processo do nada a ter navios tão defesados em serviço

Quando os sistemas VLS ficaram disponíveis os lançadores de Aspide já estavam comprados e em construção ou construídos. Não havia mais plano alternativo. Os navios deveriam ter sido substituídos por uma classe mais moderna, construídos no Brasil, gerando empregos e tecnologia. Mas a MB não pode obrigar aos políticos a enxergarem a próxima geração e não as próximas eleições.

Mesmo assim sacrificou-se um navio que, além de merecer modernização, tinha um desempenho superior aos outros da Armada.

Sacrificou-se a Dods por não haver dinheiro para realizar seu PMG. Eu estava presente na cerimônia de baixa e lhe digo que foi uma época que não havia dinheiro para comprar papel higiênico. O mínimo necessário eram R$ 10 milhões de reais e não tínhamos dinheiro para comprar papel higiênico.

Não se pode perseguir um futuro inviável. O projeto estolou por erros de programação. Tentou-se abraçar o mundo com as pernas. Em lugar de trabalhar de forma gradativa, buscaram desenvolvimentos paralelos na criação do reator e no desenvolvimento da propulsão. Com isso, perdemos as duas corridas. Ofereceram-nos ajuda junto com a venda de um projeto de submarinos, a Marinha se recusou a OUVIR a proposta.

Não era inviável. Era um projeto que recebia recursos da Secretaria de Assuntos Estratégicos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, além da própria MB.
Tudo o oferecido é mentira. existem tratados internacionais que proíbem o repasse de qualquer tecnologia referente a qualquer coisa nuclear. Eu, pessoalmente, vi um representante francês dizendo que não podia repassar tecnologia para o sub nuclear. Acho que já estou falando demais.

Os efeitos serão sentidos NOS PRÓXIMOS 35 ANOS. Até lá, vacas magras adiante...

De novo cito o estudo do CASNAV. Se os recursos recolhidos fossem repassadfos à MB e os mesmos fossem aplicados, sobrava dinheiro.

Era automático. Numa vez comparei o MEU desconto de Previdência com o do meu pai. Eu pagava mais proporcionalmente. Isso mudou, mas não é suficiente para cobrir os gastos. Ou se cria um fundo de pensões gerenciado pelos próprios interessados ou as FFAA vão morrer à míngua.

Pagamos hoje o mesmo que os civis, 11% creio, com uma diferença: pagamos para sempre, na reserva, reformados ou mortos, pois as viúvas continuam sendo descontadas.

Foi o preço que vcs aceitaram pagar para manter as benesses das filhas solteiras.

Negativo, não tem nada a ver com filhas. O pagamento é até a morte da viúva porquê os militares não têm previdência e sim pensão. Não me lembro direito da diferença, ou se estou usando a nomenclaturra correta. A constituição prevê que ao se aposentarem, todos os trabalhadores que pagaram previdência cessem os descontos. Como não temos previdência, os descontos seguem até a morte da viúva. A própria presidenta Bachelet, no Chile, ao ser questionada sobre os militares, respondeu que são uma categoria a parte dos servidores do Estado, com regras específicas, carreira totalmente diferenciada dos outros servidores, que não podiam ser comparados por tudo o que passam. Isto de uma esquerdista que teve o pai morto no regime militar.
Nada a ver com as filhas. Talvez outro forista possa ajudar a explicar melhor.

Conheço mulheres de 50 anos que nunca trabalharam e sonham com a morte da mãe para pegar a pensão do pai.

Sinto muito que conheça gente assim.

O sistema de vcs é melhor que o do Exército, onde o problema é crônico e enraizado, mas quem sai por demérito NÃO DEVE levar vencimentos integrais para casa. Levam, com todas as gratificações obtidas.

Levam proporcional ao tempo de efetivo serviço. É a lei.

Na época, publiquei. Na verdade, apenas mostra o que o Sabóia já tinha detectado.

Daria uma nova e excelente reportagem.




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#190 Mensagem por Pepê Rezende » Sáb Jan 06, 2007 9:01 pm

Marino escreveu: Sacrificou-se a Dods por não haver dinheiro para realizar seu PMG. Eu estava presente na cerimônia de baixa e lhe digo que foi uma época que não havia dinheiro para comprar papel higiênico. O mínimo necessário eram R$ 10 milhões de reais e não tínhamos dinheiro para comprar papel higiênico.


Porque não naftaliná-la em lugar de transformá-la em suprimentos? E o custo de manutenção da Garcia, foi levado em conta? Quanto custa?

Marino escreveu: Não era inviável. Era um projeto que recebia recursos da Secretaria de Assuntos Estratégicos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, além da própria MB.


Que há quase dez anos só recebia dinheiro da MB...

Marino escreveu: De novo cito o estudo do CASNAV. Se os recursos recolhidos fossem repassados à MB e os mesmos fossem aplicados, sobrava dinheiro.


Precisa convencer a turma de verde... Defendo essa soluçao como a única capaz de viabilizar nossas forças armadas, mas já fui até acusado de trair a memória do meu pai por discutir isso com um general.

Marino escreveu: Pagamos hoje o mesmo que os civis, 11% creio, com uma diferença: pagamos para sempre, na reserva, reformados ou mortos, pois as viúvas continuam sendo descontadas.

Mas recaia apenas sobre o soldo...

Marino escreveu: Levam proporcional ao tempo de efetivo serviço. É a lei.


Que deveria ser mudada para não beneficiar os mau-militares.

Marino escreveu: Daria uma nova e excelente reportagem.


Ninguém quer discutir o assunto...

Pepê




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#191 Mensagem por Pepê Rezende » Sáb Jan 06, 2007 9:02 pm

Pepê Rezende escreveu:
Marino escreveu: Sacrificou-se a Dods por não haver dinheiro para realizar seu PMG. Eu estava presente na cerimônia de baixa e lhe digo que foi uma época que não havia dinheiro para comprar papel higiênico. O mínimo necessário eram R$ 10 milhões de reais e não tínhamos dinheiro para comprar papel higiênico.


Porque não naftaliná-la em lugar de transformá-la em suprimentos? E o custo de manutenção da Garcia, foi levado em conta? Quanto custa?

Marino escreveu: Não era inviável. Era um projeto que recebia recursos da Secretaria de Assuntos Estratégicos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, além da própria MB.


Que há quase dez anos só recebia dinheiro da MB...

Marino escreveu: De novo cito o estudo do CASNAV. Se os recursos recolhidos fossem repassados à MB e os mesmos fossem aplicados, sobrava dinheiro.


Precisa convencer a turma de verde... Defendo essa soluçao como a única capaz de viabilizar nossas forças armadas, mas já fui até acusado de trair a memória do meu pai por discutir isso com um general.

Marino escreveu: Pagamos hoje o mesmo que os civis, 11% creio, com uma diferença: pagamos para sempre, na reserva, reformados ou mortos, pois as viúvas continuam sendo descontadas.


Mas recaia apenas sobre o soldo...

Marino escreveu: Levam proporcional ao tempo de efetivo serviço. É a lei.


Que deveria ser mudada para não beneficiar os mau-militares.

Marino escreveu: Daria uma nova e excelente reportagem.


Ninguém quer discutir o assunto...

Pepê




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#192 Mensagem por Marino » Sáb Jan 06, 2007 9:18 pm

Porque não naftaliná-la em lugar de transformá-la em suprimentos? E o custo de manutenção da Garcia, foi levado em conta? Quanto custa?

Porquê não havendo dinheiro nem para compar papel higiênico, não havia para manter as outras 3 também. Então a solução foi pegar a que estava em pior situação (necessitando PMG, envio de turbinas para a Inglaterra, etc), dar de baixa e manter as outras 3.
A manutenção do garcia está só em mão-de-obra, com todos os sobressalentes sendo retirados dos outros 3 cascos. se Deus quiser se compra as 3 T22B3 (tenho grandes dúvidas sobre isso) e se dá baixa no Pará.

Que há quase dez anos só recebia dinheiro da MB...

Sim, a questão é que não era inviável. passou a ser quando o governo fingia que apoiava a MB com o projeto, mas secou a fonte de recursos.

Precisa convencer a turma de verde... Defendo essa soluçao como a única capaz de viabilizar nossas forças armadas, mas já fui até acusado de trair a memória do meu pai por discutir isso com um general.

Inacreditável. Não consigo enxergar o impedimento.

Mas recaia apenas sobre o soldo...

Coma reforma da previdência é sobre tudo e até a morte das viúvas. Isto é uma grande diferença que ninguém fala.

Que deveria ser mudada para não beneficiar os mau-militares.

Cabe ao poder judiciário e não aos militares.

Ninguém quer discutir o assunto...

Pq mostra uma coisa que ninguém quer saber: que os militares pagam até a morte de suas viúvas. Isto poderia dar idéia para algum governante tentar mudar a Constituição, além de desmistificar que os militares dão prejuízo à previdência. Este tipo de notícia ninguem realmente quer saber.




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É a última, e vc tem uma mensagem privada...

#193 Mensagem por Pepê Rezende » Sáb Jan 06, 2007 9:38 pm

Marino escreveu:Pq mostra uma coisa que ninguém quer saber: que os militares pagam até a morte de suas viúvas. Isto poderia dar idéia para algum governante tentar mudar a Constituição, além de desmistificar que os militares dão prejuízo à previdência. Este tipo de notícia ninguem realmente quer saber.


Vcs não recebem da Previdência e sim do Tesouro. É isso que inviabiliza as Forças... Declaro aqui que sou COMPLETAMENTE contrário a qualquer pensão para filha e neta acima de 21 anos. Isso é uma herança da Guerra do Paraguai quando a órfã ficava impossibilitada de se casar, por falta de dote, e tinha de ir para um convento ou arrumar alguma função subalterna em casa de família (às vezes se prostituia). A pensão se justificava naquela época. Hoje, com a emancipação feminina, esses privilégios são imorais.

Vale para parte do Judiciário que segue as mesmas regras infames. O pior é que inviabiliza um melhor plano de carreira para a turma da ativa.

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Re: É a última, e vc tem uma mensagem privada...

#194 Mensagem por Marino » Sáb Jan 06, 2007 9:41 pm

Pepê Rezende escreveu:
Marino escreveu:Pq mostra uma coisa que ninguém quer saber: que os militares pagam até a morte de suas viúvas. Isto poderia dar idéia para algum governante tentar mudar a Constituição, além de desmistificar que os militares dão prejuízo à previdência. Este tipo de notícia ninguem realmente quer saber.


Vcs não recebem da Previdência e sim do Tesouro. É isso que inviabiliza as Forças... Declaro aqui que sou COMPLETAMENTE contrário a qualquer pensão para filha e neta acima de 21 anos. Isso é uma herança da Guerra do Paraguai quando a órfã ficava impossibilitada de se casar, por falta de dote, e tinha de ir para um convento ou arrumar alguma função subalterna em casa de família (às vezes se prostituia). A pensão se justificava naquela época. Hoje, com a emancipação feminina, esses privilégios são imorais.

Vale para parte do Judiciário que segue as mesmas regras infames. O pior é que inviabiliza um melhor plano de carreira para a turma da ativa.

Pepê

Mesmo eu tendo explicado que esta pensão era paga pelos militares, que requeriam desconto em folha, até a morte de suas viúvas, como se fosse um plano em um órgão privado qualquer? Se fosse de graça eu entendia, mas paga?




Pepê Rezende
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Re: É a última, e vc tem uma mensagem privada...

#195 Mensagem por Pepê Rezende » Sáb Jan 06, 2007 10:39 pm

Marino escreveu: Mesmo eu tendo explicado que esta pensão era paga pelos militares, que requeriam desconto em folha, até a morte de suas viúvas, como se fosse um plano em um órgão privado qualquer? Se fosse de graça eu entendia, mas paga?


Mesmo vocês pagando, a conta não fecha e é suplementada pelo Tesouro. Com a idéia do Fundo, poderia funcionar, porque ele serve para financiar investimentos privados e gera lucros. É incrível a resistência a uma idéia tão prática.

Pepê




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