Caro Pepê
Começamos com subs nucleares, passamos para AIP, tratamos de escadas e lambris, agora vamos falar de carreira de oficiais. Mas tudo bem, acho que está sendo educativo.
Não se muda, mas se revisa...
Sim, deveria ser revisado para um sistema VLS, como proposto por você. Mas ainda não há um Aspide VLS. Ou seja, seria rompimento de contrato mesmo, com todas as consequências de ocorrer com uma nação européia e não sul americana (de novo a Bolívia).
Nem precisavam. Vinham com mísseis e sistemas bem melhores que a Niterói. O problema é que nosso programa ficou suspenso por tempo demais
Ficou suspenso por tempo demais e a decisão foi tomada tardiamente.
A meu ver, não se moderniza um navio de 30 anos. Somos o único país do mundo a fazer isso.
Não sobrou dinheiro para manter a Dods, mas uma Garcia, que bebe horrores, funciona. Não é muito lógico... Enquanto isso, o programa nuclear seguiu adiante, uma verba que serviria para manter a Dods funcionando.
Junto com a Dods foi de baixa, no mesmo dia, o Pernambuco. Antes já tinham ido o Paraná e o Paraíba. Ou seja, o Pará sobrevive tendo 3 cascos para repor material avariado. Sem dúvida o combustível custa, mas custa para todos os navios.
O sub nuclear é o futuro da MB. Com ele se projeta a MB várias décadas no futuro. Não há um só oficial, seja de superfície, aviador, fuzileiro, o que seja, que não considere prioritário para a MB o sub nuclear. Não só para a MB, mas para o país, que é um anão militar.
Além das pensões para filhas e netas (basta assinar um documento de adoção), que só vai se resolver daqui a 35 anos, é bom lembrar que temos um sistema de expulsória frouxo.
Isto já acabou desde o governo FHC. Mas uma coisa que ninguem fala é que isto era pago. Se você tem um filho e quer fazer um plano de previdência para ele, é só pagar uma quantia por mês. Era a mesma coisa, não um privilégio ou benesse. Se um oficial ou praça tinha uma filha, pedia para ser descontado em folha para que ela recebesse o benefício após sua morte.
Outra coisa que ninguem fala é que os militares são a única classe de brasileiros que são descontados após passarem para a reserva (aposentados), e mais, as viúvas são descontadas após a morte do titular. Porquê você não faz um artigo em seu jornal com estas informações?
Mais ainda, no governo FHC o Alte Mauro César apresentou um estudo, feito pelo CASNAV, provando que se os recursos acima repassados fossem aplicados, a Marinha pagava os da reserva, inativos, pensionistas, filhas e sobrava dinheiro. Em uma reunião governamental calou a boca de todos os presentes. Busque este estudo e o publique também.
Qualquer imbecil que passe na Escola Naval em último lugar chegará a capitão de fragata, mesmo que não faça nada durante toda a carreira e só sirva como lastro.
Errado. O primeiro funil é a própria EN, que não deixa formar imbecis.
O segundo é o Curso de Aperfeiçoamento, onde o Oficial é especializado em eletrônica, armamento, comunicações ou máquinas, o Intendente em Administração de Empresas e o Fuzileiro no CAVANF, creio. Se não passar já sai como Capitão-Tenente, e não como Capitão-de-Corveta, como nos EUA.
O terceiro, que se confunde com os outros, são os cursos de carreira, no CAAML principalmente. Se não passa vai para a ficha, além de ser preso, e já não é indicado nem para fazer o concurso da EGN.
O quarto é a EGN, como Corveta, se passou pelas fases anteriores. Primeiro ele é selecionado pela CPO, Comissão de Promoção de Oficiais,
para fazer a prova. Se não é selecionado, tchau e benção. Se faz a prova e não passa, vai embora como Fragata.
O quinto é a CPO. Em cada fase da carreira o Oficial é avaliado para Comando, Direção, Cursos, etc. Se não passa na CPO, tchau e benção.
Ou seja, não é tão fácil quanto você pensou.
criação de um Fundo de Pensões para as Carreiras de Estado
Procure o estudo do CASNAV e vai se surpreender. Agora quero ver publicá-lo em seu jornal.