knigh7 escreveu: ↑Ter Abr 24, 2018 2:05 am
Construir um porta-aviões demora 10 anos. Compras de oportunidade no futuro, talvez, haverá para NAes STOBAR, e aliás não vejo qual seria posto a venda. Com 6 aeronaves, o custo de integração de um míssil passa a ser absolutamente desvantajoso. Custa US$60 milhões integrar. Talvez a MB possa topar integrar 1, mas mais, pela quantidade de caças vai ser difícil. Eles vão ficar treinando com bombas? (e burras, obviamente...) A MB vai voar o Skyhwak por alguns anos. Mas ele vai acabar como um fruto que despenca do pé.
Levando em consideração esse tempo entre projeto, construção e entrada em operação é que a MB está prevendo a definição do seu próximo Nae já na próxima década. E isso, como apontei, deve acontecer até por volta de 2025. Ou seja, em 7 anos, mais ou menos, vamos ter uma definição. É um tempo bem curto para uma decisão como esta, mas, pelo pouco que foi divulgado a respeito, ao menos parece que este novo navio será mais adequado a nossa realidade, e não ao que a MB queria que fosse.
Os A-4 e C-2 basicamente serão usados para formar mão de obra, assim como os P-3AM da FAB já estão recebendo pessoal da AN para operar junto com os tripulantes da FAB. A próxima década encontrará a aviação naval em plena modernização, operacional e doutrinal, principalmente.
Assim, o tempo de vida destas aeronaves deverá permitir-nos a formação do pessoal e o acumulo de experiência necessários para quando os novos meios chegarem sejamos capazes de utilizá-los de acordo e plenamente, e não perder 10 ou mais anos recomeçando tudo do zero, de novo, como foi com os SkyHawk há vinte anos atrás.
Quanto a armamento, a modernização prevista deixará os A-4 no mesmo nível dos F-5M da FAB, ou seja, presume-se que serão capazes de, no mínimo, operar os Piranha 1A/B, e todos os demais sistemas ar-sup nacionais de que dispomos. Inclusive os poucos sistemas inteligentes utilizados.
Os C-2 da mesma forma em relação ao COD/REVO e transporte, e por ventura, quando a oportunidade aparacer, usar os Nae da US Navy em transito pelo nosso litoral para treinar também pouso e decolagem. Isso invariavelmente acontece mais de uma vez por ano.
E não duvido que no curto prazo, em 5/6 anos se muito, veremos pilotos navais operando os P-3.
Enfim, o que dá para fazer, se está fazendo dentro do possível. Ao menos não estamos parados ou simplesmente jogamos todo o investimento feito nestes últimos vinte anos na lata do lixo. O que seria uma atitude para lá de indecente, vide todos o trabalho feito para reaver a asa fixa na MB até agora.
ps: não descarto de todo ainda a ideia de um modelo naval do Gripen. lembrar que o último será entregue em 2024 e o modelo F (do qual se supõe se basearia o N) deverá estar plenamente desenvolvido. então, pode ser que com a decisão do Pronae por esta época ele possa ser realmente uma opção crível. a ver.
abs.
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