Ataque à Síria

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Re: Ataque à Síria

#181 Mensagem por Lirolfuti » Dom Set 01, 2013 11:22 am

Intervenção estrangeira divide até a oposição síria

Embora concordem sobre a necessidade da derrubada de Assad, oposicionistas discordam sobre os reais benefícios de um ataque bélico no momento. Há temores de que ação cause o alastramento do conflito para toda a região.

Para a Coalizão Nacional Síria, logo ficou claro quem eram os responsáveis pelo ataque com gás venenoso da semana passada. No mesmo dia do incidente, a maior aliança de oposição ao ditador Bashar al-Assad comunicava, em sua página na internet, que o regime estava por trás da atrocidade.

Com palavras duras, os autores do texto apelavam à comunidade internacional para que finalmente interviesse no conflito. “Apelamos com urgência ao Conselho de Segurança para que condene imediatamente os crimes de Assad e para que publique uma resolução baseada no capítulo VII da Carta da ONU, dedicado à preservação da paz e segurança.”

A Coalizão Nacional fundamentava sua denúncia através dos numerosos testemunhos a que afirma ter tido acesso logo após o ataque. Além disso, apresenta indícios políticos. “O quanto de desconfiança em relação à oposição é necessário para se chegar a pensar, com toda seriedade, que ela mataria seus próprios simpatizantes e apoiadores existentes na população destes distritos?”, ironiza o porta-voz do Conselho Nacional Sírio na Alemanha, Sadiq al-Mousslie, grupo integrante da coalizão.

Mousslie reconhece que na Síria também estão ativos grupos extremistas que não são integrados à oposição regular, mas considera altamente improvável que eles tenham realizado um ataque com armas químicas contra o povo sírio.

“Caso isso tivesse mesmo acontecido, os responsáveis teriam que contar com uma reação extremamente dura da oposição real síria. O Exército Livre Sírio não toleraria tal coisa”, diz.

Expectativas

“Os Estados ocidentais, como defensores dos direitos humanos e da liberdade, poderiam punir o regime de Bashar al-Assad e seus auxiliares pelo massacre e pelo ataque químico da semana passada”, sugere, em entrevista à DW, Monzer Makhous, embaixador da Coalizão Nacional na França. Na avaliação dele, a ação militar é uma opção cabível.

Makhous admite, no entanto, que a alternativa enfrentaria sérias dificuldades diplomáticas. Ele ressalta que nem China nem Rússia concordariam jamais com uma resolução correspondente no Conselho de Segurança da ONU.

“Mas o regime de Assad cometeu, através do uso de gás venenoso, uma grave violação do direito internacional. E isso permitiria aos países dispostos a lançarem uma ação contra Assad a agirem mesmo sem uma decisão do Conselho de Segurança da ONU”, opina.

O opositor sírio destaca, ainda, que a ONU reconhece o princípio da “responsabilidade de proteger”. “Ele obriga os atores internacionais a atacarem, caso necessário, se um governo comete graves violações dos direitos humanos contra seus próprios cidadãos”, argumenta.

Riscos

Uma intervenção militar também beneficiaria estrategicamente a Coalizão Nacional. “O regime de Assad é claramente superior à oposição em termos de equipamento bélico”, comenta o porta-voz da Coalizão Nacional, Hisham Marwah, lembrando que o governo sírio recebe fornecimentos regulares de armas, principalmente da Rússia e do Irã, enquanto a oposição não possui apoio comparável. “Nós simplesmente não conseguimos armas suficientes.”

E nem todos os grupos dentro da oposição síria são a favor da intervenção militar estrangeira. O Comitê Nacional de Coordenação Síria para a Mudança Democrática é veementemente contra. Seu porta-voz, Haytham Manna, observou, em uma entrevista à agência de notícias United Press International, que as armas químicas vieram de fabricantes locais. A Aliança também criticou a concentração das atenções sobre as vítimas do ataque químico, lembrando que 100 mil sírios que já morreram no conflito.

Uma coisa é certa: uma intervenção militar seria arriscada. O jornal árabe editado em Londres Al Hayat chamou a atenção nesta semana para as incertezas que podem estar associadas a uma intervenção. No caso de um ataque, Damasco pode disparar foguetes contra Israel, desafiando o país vizinho a retaliar. Ao mesmo tempo, o regime de Assad poderia disparar mísseis contra a Jordânia e a Turquia, membro da Otan.

Além disso, é uma incógnita como reagiria o Irã, um dos principais aliados de Assad. O grupo radical libanês Hisbolá também poderia apontar seus mísseis contra Israel, para, em seguida, se preparar para uma guerra que a organização não pode vencer. E a segurança das tropas da ONU presentes no sul do Líbano também seria comprometida.

Sadiq al-Mousslie também reconhece os perigos de uma ação militar. No entanto, o porta-voz do Conselho Nacional Sírio adverte: “Se esperarmos mais, surgirão novos riscos da mesma forma.”
http://www.planobrazil.com/intervencao- ... cao-siria/




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Re: Ataque à Síria

#182 Mensagem por Paisano » Dom Set 01, 2013 11:29 am

Inspetora da ONU: rebeldes é que usaram armas químicas

Fonte: http://tijolaco.com.br/index.php/inspet ... -quimicas/
31 de agosto de 2013 | 23:38

Essa notícia deveria estar na primeira página dos jornais, mas o arco midiático em apoio aos lobbies da guerra restringiu severamente sua disseminação. Uma das inspetoras da ONU encarregada de checar o uso de armas químicas na Síria declarou [CLIQUE AQUI -> http://www.dn.pt/inicio/globo/interior. ... %20Oriente], em maio deste ano, que todos os indícios apontavam para a responsabilidade dos rebeldes. Os rebeldes é que estariam usando armas químicas, e jogando a culpa no governo.

A declaração de Carla Del Ponte circulou em alguns veículos europeus (como a BBC [CLIQUE AQUI -> http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-22424188]) e em todos os sites árabes, mas foi abafada pela hegemônica mídia pró-americana. Autoridades russas, nervosas com a possibilidade dos EUA iniciarem mais uma guerra insana, voltaram a citar o testemunho de Ponte no intuito de amainar o frenesi guerreiro dos falcões americanos.

Apesar da declaração de Ponte não se referir aos ataques mais recentes, a informação colhida por ela reforça a teoria de que são os rebeldes é que usam gás sarin para chocar a opinião pública mundial e jogá-la contra o presidente sírio.

Segundo o New York Times [CLIQUE AQUI-> http://www.nytimes.com/2013/09/01/world ... ml?hp&_r=0], Obama deu um passo atrás, e afirmou que deixará a decisão de atacar a Síria nas mãos do Congresso. Mas é difícil acreditar que o Congresso resistirá a pressão dos bilionários lobbies da guerra e da grande mídia americana. O New York Times, como sempre, apoia a guerra; daqui a alguns, possivelmente, fará uma mea culpa.

Por: Miguel do Rosário




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Re: Ataque à Síria

#183 Mensagem por P44 » Dom Set 01, 2013 11:36 am

Estados Unidos auxiliaram ataque químico ao Irão


1 de Setembro, 2013 por Pedro Guerreiro

O antigo Presidente norte-americano Ronald Reagan autorizou a cedência de informações militares às forças iraquianas de Saddam Hussein, que permitiram a Bagdade lançar um ataque químico em larga escala e que terá morto milhares de soldados iranianos. A revelação foi feita esta segunda-feira, pela revista norte-americana Foreign Policy, citando documentos da CIA recentemente desclassificados e entrevistas com oficiais do Pentágono. E surge numa altura em que os EUA decidiram avançar com uma 'acção armada' na Síria em reacção a um ataque da mesma natureza.

O caso remonta a 1987 e a 1988, na recta final do conflito entre o Irão e o Iraque. Na altura, imagens de satélite obtidas pelos EUA permitiram identificar uma grande concentração de meios militares iranianos junto à fronteira iraquiana, a poucos quilómetros de Baçorá. Reagan, Presidente à data, ficou alarmado com a possibilidade de uma ofensiva iraniana em larga escala e decidiu partilhar a informação com Bagdade. “Uma vitória iraniana é inaceitável”, escreveu o chefe de Estado nas margens de um memorando visto pela publicação. Em Abril de 1988, as forças de Saddam atacaram a zona e lançaram agentes químicos quatro vezes, provocando um elevado número de baixas.

“Os iraquianos nunca nos disseram que iam utilizar gás de nervos. Nem precisavam. Nós já sabíamos que iam fazê-lo”, disse à revista Rick Francona, coronel na reserva da força aérea e adido militar em Bagdade à data dos factos. Desde 1983, aliás, que Washington tinha conhecimento do programa iraquiano de armas químicas e sabia que Saddam não tinha quaisquer reservas em relação ao recurso àquele arsenal, revelam os documentos da CIA.

O ataque ocorreu poucas semanas depois do massacre de cerca de cinco mil civis curdos no Iraque e cinco anos antes da celebração da convenção sobre armas químicas que proibiu a produção, armazenamento e uso destes recursos bélicos de destruição em massa.

Apoio ao golpe de 1953

Outros documentos da CIA recentemente tornados públicos estão na origem da decisão iraniana, tomada na quarta-feira, de levar os EUA à justiça internacional. Neste caso, pelo envolvimento norte-americano no golpe que em 1953 derrubou o Governo democraticamente eleito de Mohammed Mossadegh e restaurou o regime ditatorial do Xá Reza Pahlevi.

Com 167 votos a favor e cinco contra, o parlamento iraniano decidiu constituir uma comissão que irá redigir um relatório para apresentar nas instâncias internacionais. Os deputados que votaram contra a proposta justificam a oposição com a reduzida probabilidade de ver os EUA serem condenados.

Num documento norte-americano revelado no início do mês, é dito que “o golpe militar que derrubou Mossadegh foi executado sob as ordens da CIA como um acto de política externa dos EUA, concebido e aprovado pelas mais altas instâncias do Governo”.

O Xá seria deposto na revolução iraniana de 1979, que colocaria no poder a actual estrutura teocrática. O monarca, que faleceu em 1980, passou parte dos seus últimos meses de vida nos EUA, que negaram um pedido de extradição da justiça iraniana. A recusa, que levou à invasão da embaixada dos EUA em Teerão por jovens islamistas, esteve na origem do corte de relações diplomáticas entre os dois países – que se mantém até hoje.

Actualmente, as duas capitais arrastam um diferendo sobre o programa nuclear iraniano. Teerão argumenta que o projecto tem fins exclusivamente civis, enquanto Washington, Israel e os aliados europeus temem possíveis objectivos militares.

Em Junho, o Irão rompeu com uma década de retórica hostil liderada pelo populista Mahmoud Ahmadinejad e elegeu um conservador moderado para a Presidência. Hassan Rohani prometeu trabalhar para o restabelecimento da confiança entre os dois países. Porém, o agravamento da crise síria e a divulgação dos documentos da CIA vêm reduzir as expectativas em torno de uma normalização das relações diplomáticas.

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional ... t_id=83560




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Re: Ataque à Síria

#184 Mensagem por P44 » Dom Set 01, 2013 11:45 am

e já agora, para o povo de memória curta e/ou selectiva, esta noticia de Maio passado, convenientemente esquecida:
06/05/2013 - 04h20
Rebeldes sírios usaram armas químicas, afirma inspetora da ONU

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS


Atualizado às 09h51.

Grupos rebeldes sírios usaram armas químicas durante o atual conflito contra as tropas do regime do ditador Bashar Assad, afirmou a magistrada suíça Carla del Ponte, membro da comissão especial criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) para investigar as violações de direitos humanos cometidas na Síria.

"Dispomos de testemunhos sobre a utilização de armas químicas, em particular do gás sarin. Não por parte do regime sírio, mas dos opositores", disse Del Ponte em entrevista a uma rádio suíça, na madrugada desta segunda-feira.

A ex-procuradora-geral da Suíça, que atuou no Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia, disse, no entanto, que "as investigações ainda estão longe de serem concluídas", e que ainda será esclarecido se o regime de Assad também utilizou ou não armas químicas.

A acusação foi negada por um grupo rebelde, o Exército Livre Sírio, uma das maiores forças contrárias ao regime de Assad. O porta-voz da entidade, Qasem Saadedin, disse que os comentários são meras especulações.

O representante rebelde afirmou que ela não tem provas e disse que a ONU não pode comprovar o uso por não ter conseguido entrar na Síria. Os inspetores da organização ainda não conseguiram permissão do governo para entrar no país.

Para ele, os únicos capazes de controlar as armas são o regime sírio e milícias do grupo radical libanês Hizbollah. A declaração, no entanto, não contempla outros grupos rebeldes sírios, incluindo a Frente al Nusra, vinculada à Al Qaeda.

O sarin é um potente gás neurotóxico, considerado uma arma de destruição em massa desde 1991 pela ONU. Absorvido pela respiração ou em contato com pele e mucosas, ele entra na corrente sanguínea causando desmaios, convulsões e o bloqueio da transmissão de impulsos nervosos, levando à morte por parada cardiorrespiratória.

ARMAS QUÍMICAS

O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, disse na última terça-feira (30) que o regime de Assad é vítima de uma "estratégia internacional coordenada" para acusar o país de usar armas químicas para reprimir os rebeldes.

Nas últimas semanas, Estados Unidos, Israel e Reino Unido disseram ter provas da probabilidade do uso de gás sarin em pequenas quantidades nos combates por parte do regime. O uso das armas foi a condição imposta pelo presidente americano, Barack Obama, para fazer uma intervenção militar.

O representante sírio havia afirmado que terroristas lançaram um pó contra civis na cidade de Salaqeb, no norte do país. As vítimas do suposto ataque foram tratadas na Turquia o que, segundo ele, "faz parte de um cenário para incriminar o Exército sírio".

"Essa estratégia busca envolver o governo sírio sobre uma base falsa e desviar a atenção das acusações de Damasco contra a oposição", disse Jaafari.

No mesmo dia, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que ainda tem dúvidas sobre o uso de armas químicas na Síria. Para ele, as provas apresentadas pela inteligência americana ainda são insuficientes para optar por uma intervenção militar.

Em entrevista coletiva, ele afirmou que as informações divulgadas pelo o secretário de Defesa, Chuck Hagel, ainda são preliminares e que ainda faltam dados sobre em que circunstâncias as armas foram aplicadas.

Obama diz que é preciso de informações precisas e comprovadas sobre o ataque para definir qualquer ação contra o regime sírio, principalmente em caso de intervenção militar, e voltou a dizer que as armas químicas mudaria o cenário da guerra civil.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... -onu.shtml




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Re: Ataque à Síria

#185 Mensagem por gabriel219 » Dom Set 01, 2013 12:17 pm

Exército Sírio descobre laboratório clandestino de armas químicas
Imagem

Plano Brazil.
Está indo tudo "a favor" de que foram os rebeldes ou outro grupo quem usou armas químicas e não o regime de Assad.




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Re: Ataque à Síria

#186 Mensagem por angelogalvao » Dom Set 01, 2013 12:59 pm

Fonte: http://www.counterpunch.org/2013/08/30/why-syria/


The Obummer White House
Why Syria?
by Dr. STANLY JOHNY
History repeats itself. Not as a farce; but as tragedy. Those who witnessed the White House-led propaganda against Iraq in the run-up to the 2003 American war on that country cannot miss the startling similarities between those days and the past few ones. Replace Iraq with Syria. It’s almost a reloading of history. If Iraq was part of a larger American plan to reshape the Middle East, irrespective of what all the explanation the Bush clique and the neocon media were distributing, the real reasons behind a possible Syrian war cannot be different.

This time the target is Iran, and to weaken the geopolitical standing of Russia. Syria has been the most trusted ally of Iran for years. And it’s also a key link between the Hezbollah, the Lebanese Shiite group, and Iran. The Islamic Republic sends weapons and cash to the Hezbollah through Syria. The Hezbollah is an effective threat to any future American/Israeli plans to attack Iran. In the wake of a future strike on Iran, the Hezbollah could open a new front on Israel’s northern border. A master in asymmetrical warfare, the Hezbollah has fought long battles with Israel in the past. It successfully resisted Israel’s occupation of Southern Lebanon for long 18 years, forcing the “most powerful country in the Middle East” to end the occupation unilaterally in 2000. Six years later, Hezbollah again resisted a month-long Israeli bombing and ground operations.

A fall of Bashar al-Assad would break a vital link between the Hezbollah and Iran, thereby potentially weakening both. That’s a bonanza for the war trinity of the Middle East—the US, Saudi Arabia and Israel. While Americans and Israelis see the Iran-Syria-Hezbollah axis as a potential threat to their future plans for the region, Suni Saudi Arabia and its protégés in the Gulf are opposed to the Shiite Iran on both sectarian and geopolitical reasons. When protests broke out in Syria in 2011, these powers smelled an opportunity. Qatar—a tiny country “with 300 people and a TV channel” as Saudi intelligence chief Bandar Bin Sultan termed it—moved swiftly. Saudi Arabia followed suit. Atlantic powers soon stepped into the theatre with money and weapons.

President Assad’s brutal methods to quell protests against his regime offered this Gulf-Atlantic axis more legroom to maneuver. Their calculation was simple—let Syria bleed in a prolonged civil war. Initially, the Saudis and Qataris worked together through a command centre in Turkey to buy and distribute arms to the rebels headed by General Salim Idriss. Later, they set up an operation centre in Jordan in mid-2012, including an airstrip and warehouses for arms. In September and October, the Saudis approached Croatia to procure Soviet-era arms. The Central Intelligence Agency (CIA) has started training select rebels at this Jordanian facility. According to a Wall Street Journal report, there are more CIA operatives at the Jordan base than Saudi personnel. The same report says, since early this year, the CIA is paying salaries to top fighters in the Free Syrian Army, the key western-backed anti-Assad force. Earlier this year, Europe lifted a ban on supplying weapons to the rebels. It was followed by President Obama’s decision to send weapons to the anti-Assad troops.

Still, the Syrian government is winning the war, gradually though. Earlier this year, it reclaimed Qusayr, a key town on the Lebanese-Syrian border which had been with the rebels for more than a year. The regime made substantial advances in Homs, which was also under the rebel influence and is making progress in its march towards Aleppo. The government has strong hold in the Mediterranean costal areas and in central Damascus, the capital city. The rebels, on the other hand, are divided. Their political leadership is clueless and is often for waiting signals from foreign capitals. And in Aleppo, the al-Qaeda-backed al-Nusra Front is already flexing its muscles. It’s a chaotic scene, where the government has some edge. Then came the chemical weapons attack claim.

The Plan

The Assad government says it is rebels who used chemical weapons. Backers of the regime asks why it should use such weapons at a time when it’s already making gains in the civil war. Regional analysts say Assad is not a fool to breach the “Obama red line”. The government has allowed UN inspectors to visit the attack site, eastern suburbs of Damascus, and collect samples. The inspection is going on. Meanwhile, John Kerry, the US State Secretary, has already pronounced his verdict. He says America has “little doubt” that Assad is behind the attack. The Syrian government’s decision to allow UN inspection is “too little” for the Obama administration and it’s going ahead with a war plan. According to international reports, attack on Iran could start as early as next week.

Look at the map. At least four US cruise missile-carrying destroyers are already there in the in the Mediterranean Sea. The UK has sent at least one cruise missile-carrying submarine. The North Atlantic Treaty Organization, which has already bugled war songs, could fire Patriot missiles into Syria from its base in Turkey. The US military base in Jordan could also be used to fire Patriot missiles. The USS Harold S Truman aircraft carrier battle group is based in Indian Ocean. American bomber jets could take off from this carrier, fly over the Gulf countries, straight into Syria to destroy its targets. Moreover, a US fleet based in the Persian Gulf could become another base for the attacks. Besides, the operations centre in Jordan could coordinate enhanced with rebel General Idriss (yes, “our man in Syria”, according to The Washington Post) for enhanced ground attacks against the government troops.

Gates of hell?

What the West is planning is a massive attack. Because they know Assad is not Moammer Gadhafi. Assad is not Saddam Hussein either. Both Gadhafi of Libya and Hussein of Iraq were leaders of isolated countries. Though countries like Russia raised concerns over the Iraq and Libyan wars in the UN, they did not interfere in Western plans. But Syria is embedded in a strong alliance in the region and any attack on that country has the potential to spread the crisis beyond its borders. Market speculators know this better than the policy makers in the West. Ever since the Western talk on Syria hardened, crude oil prices jumped new highs in the international markets. On Wednesday (August 19), Benchmark Brent crude oil rose 1.5% in London to settle at $116 a barrel, a six-month high. Analysts say it could go up to $140 a barrel if supply lines are broken due to the war. Waves of fears reached even Indian shores where domestic currency plummeted on, among other factors, fears of worsening the macroeconomic scene in the wake of a further jump in oil prices. Indian currency saw the sharpest fall in 22 years on August 29 to close at 68.8 against a dollar.

Syria is not a major oil producer. But it sits in a strategically important region and its greatest ally is Iran, a key member in the oil cartel, Organization of the Petroleum Exporting Countries. Iran has already warned against any military intervention in Syria. There were reports that the Revolutionary Guards of Iran were already present in Syria’s battlefields. Iran knows what’s at stake. So is Russia, whose only naval base outside its sphere of influence (former Soviet republics) is in Syria–the Tartus base on the Mediterranean Sea. For the Hezbolla, any attempt to unseat the Assad regime in Damascus is an extistential threat. Becasue, once Assad is gone and supply lines from Iran is broken, Israel could target Hezbollah again. So, a war on Syria could soon conflagrate into a regional war, whose ramifications will be beyond one’s imagination.

The fall of Saddam has thrown his country into a deadly cycle of conflicts which still bleed Iraq. The fall of Gadhafi has strengthened Islamist radicals in Africa, who are now a threat not only to Libya, but to a wider region. There was not a long gap between the Nato-led Libyan war and the Algerian hostage crisis, which was followed by France’s invasion of Mali to stop Islamists from taking over the country. French troops have driven Islamists in Mali underground. But for how long? In Syria, extreamist forces are already strong and they even control some territories. Any external attempt to weaken the Assad regime will certainly strengthen the hands of these forces. What Obama is going get out a war? An Afghanistan in the Middle East?

Is Bush still in White House?

Alexei Pushkov, chair of the Russian Duma’s international affairs committee, recently said: “To us, it looks as though (George W) Bush, (Dick) Cheney and (Donald) Rumsfeld never left the White House. It’s basically the same policy, as if US leaders had learned nothing and forgotten nothing in the past decade.” One cannot agree more. The UN inspection is going on in Syria. Independent experts say it cannot be said now who used chemical weapons, while some say the rebels used it to prompt Americans to attack Assad.

Today’s Syria is not in Assad’s hands. It’s a geopolitical war theatre in which the CIA, the Saudis, the Jordanians, the Turks and the Qataris all present. Saudi Ariabia especially has spent billions of dollars on the rebellion. For the turmoil Syria is in today, all these powers should be held responsible. But the big powers would not take responsibility for the crisis they trigger. They are used to holding others responsible so that they can drive their strategic agenda. What’s happening in Syria is not different.

As Tariq Ali wrote in an LRB blog post, “In Iraq we know it was the US that used white phosphorus in Fallujah in 2004 (there were no red lines there except those drawn in Iraqi blood), so the justification (for a war on Syria) is as murky as it was in previous wars.” But for the Empire, murky justifications are enough. Syria could be hit anytime. Human miseries will mount. The crisis will likely spread beyond borders.

Dr. Stanly Johny is a Delhi-based journalist. He can be contacted at stanly.mambilly@gmail.com




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Re: Ataque à Síria

#187 Mensagem por LeandroGCard » Dom Set 01, 2013 1:16 pm

Paisano escreveu:Inspetora da ONU: rebeldes é que usaram armas químicas

Fonte: http://tijolaco.com.br/index.php/inspet ... -quimicas/
Uma das principais alegações dos que dizem que foi o regime de Assad quem realizou o último ataque químico é de que os rebeldes não teriam este tipo de arma à disposição.

Este povo no mínimo tem sérios problemas de memória :roll: .


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Re: Ataque à Síria

#188 Mensagem por jumentodonordeste » Dom Set 01, 2013 2:22 pm

LeandroGCard escreveu:
Paisano escreveu:Inspetora da ONU: rebeldes é que usaram armas químicas

Fonte: http://tijolaco.com.br/index.php/inspet ... -quimicas/
Uma das principais alegações dos que dizem que foi o regime de Assad quem realizou o último ataque químico é de que os rebeldes não teriam este tipo de arma à disposição.

Este povo no mínimo tem sérios problemas de memória :roll: .


Leandro G. Card

Espero que alguns vejam a velocidade que tiveram para declarar a ação e possam compreender que o atropelo que ocorreu nas últimas semanas, todas as ameaças e os tambores de guerra que soaram são, antes de tudo, uma prova incontestável do "desire for action" do ocidente. Espero que lembrem disso no futuro antes de defenderem a ação desses anjos salvadores de pátrias.




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Re: Ataque à Síria

#189 Mensagem por Penguin » Dom Set 01, 2013 2:51 pm

París afirma que El Asad posee mil toneladas de agentes químicos
Un informe de los servicios secretos apoya la tesis de EEUU sobre el ataque químico de Damasco
MIGUEL MORA París 1 SEP 2013 - 14:08 CET369
http://internacional.elpais.com/interna ... 97995.html


Imagem
Laboratorio de armas químicas del régimen sirio, según los servicios secretos franceses. / LE JOURNAL DU DIMANCHE


Un documento clasificado, elaborado por la Dirección General de Seguridad Exterior (DGSE) y de la Dirección de Información Militar (DRM), y revelado este domingo por Le Journal du Dimanche, sostiene que el régimen de Bachar el Asad dispone de “uno de los arsenales químicos más importantes del mundo”, y que este incluye “más de mil toneladas de agentes de guerra y de precursores”.

El informe de Inteligencia, que ya ha sido enviado al Elíseo y a otras altas instancias del Estado, será dado a conocer en los próximos días por el Gobierno galo, afirma el semanario parisiense. El presidente francés, François Hollande, se encuentra bajo intensa presión por parte de la oposición para que someta a votación parlamentaria la decisión de atacar al régimen sirio. Un debate parlamentario sobre la cuestión siria está previsto para el próximo miércoles, y el primer ministro Jean-Marc Ayrault se reunirá con los líderes parlamentarios mañana.

Los servicios secretos exteriores y militares franceses llevan 30 años acumulando datos sobre la capacidad militar de Damasco, y las cuatro páginas del informe ofrecen una síntesis de esos hallazgos e incluso la lista detallada de los principales elementos químicos que contiene el arsenal. Entre ellos, la nota cita “varias toneladas de iperita (gas mostaza), varias decenas de toneladas de VX, el agente químico de guerra más tóxico que se conoce, y varios cientos de toneladas de gas sarín”.

El informe afirma además que los científicos sirios han desarrollado la iperita al azote, un agente vesicante de primera generación más letal que el gas sarín, en el Centro de Estudios e Investigaciones Científicas, un espectacular complejo del que el dominical publica una fotografía exclusiva tomada desde un satélite. Según París, el régimen de El Asad desarrolla armas químicas en Al-Safir (cerca de Alepo), en Homs y en Lattaquié, un feudo del dictador situado sobre la costa mediterránea.

El documento oficial recuerda que Siria es uno de los siete países del mundo que no han ratificado aun la convención internacional que prohíbe cultivar y poseer armas químicas. Ese tratado, cuyo nombre completo es Convención sobre la Prohibición del Desarrollo, Producción, Almacenaje y Uso de Armas Químicas y sobre su Destrucción, entró en vigor en 1997 y ha sido suscrito hasta ahora por 189 países. Corea del Norte, Egipto, Sudán del Sur y Angola tampoco lo respetan. Birmania e Israel lo han firmado pero aun no lo han ratificado.

La convención, que amplía el Protocolo de Ginebra sobre las armas químicas de 1925 al que se ha referido en los últimos días François Hollande, considera como una violación suplementaria del tratado el uso de armas convencionales para transportar las armas químicas. La nota de los servicios de Inteligencia franceses recuerda que Damasco posee misiles Scud C y B, M600 y SS-21. Y sugiere que, durante la represión de la oposición, El Asad ha usado bombas que pueden contener entre 100 y 300 litros de gas sarín, y cohetes de artillería habilitados para cargar sarín, mostaza y VX.

Una fuente oficial cercana al dossier afirma que los servicios especiales franceses “tienen a la química siria bajo la lupa desde hace 25 años”. La actividad ilegal comenzó con Hafez El Asad, el padre del actual dictador, y bajo la supervisión de Rusia. Pero hoy, según los servicios secretos franceses, la producción es 100% nacional, aunque los fieles del dictador utilizan modernas sociedades pantalla para importar desde el extranjero los productos precursores.

La última parte de la nota hace referencia a los ataques del 21 de agosto, y respalda la tesis avanzada por John Kerry en su comparecencia del viernes. El documento afirma que el ejército de El Asad metió las cargas químicas en cohetes de artillería Grad. Según el análisis de la DGSE, la ofensiva supuso “un cambio de escala” en la guerra civil cuyo objeto era “instaurar el terror entre la población”. Aunque los servicios secretos anotan como un posible móvil del ataque el atentado fallido sufrido por Bachar El Asad, no llegan a calificar la barbarie del día 21 como una represalia.




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Re: Ataque à Síria

#190 Mensagem por Penguin » Dom Set 01, 2013 2:58 pm

Penguin escreveu:Fuerzas militares en la región
http://elpais.com/elpais/2013/08/27/med ... 89751.html

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Re: Ataque à Síria

#191 Mensagem por EDSON » Dom Set 01, 2013 4:28 pm

Já armaram o circo, agora é só atacar. :lol:




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Re: Ataque à Síria

#192 Mensagem por EDSON » Dom Set 01, 2013 4:47 pm

Síria: Mais um crime de guerra ocidental em preparação

por Paul Craig Roberts [*]
Cartoon de Latuff. Os criminosos de guerra em Washington e outras capitais ocidentais estão determinados a manter a sua mentira de que o governo sírio utilizou armas químicas. Tendo fracassado nos esforços para intimidar os inspectores químicos da ONU na Síria, Washington pediu que o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon retirasse os inspectores de armas químicas antes que eles possam avaliar a evidência e fazer seu relatório. O secretário-geral da ONU enfrentou os criminosos de guerra de Washington e rejeitou o pedido.

Os governos dos EUA e Reino Unidos não revelaram nenhumas das "evidências conclusivas" que afirmam ter de que o governo sírio utilizou armas químicas. Ao ouvir suas vozes, observar sua linguagem corporal e fitar os seus olhos, é completamente óbvio que John Kerry e seus fantoches britânico e alemão estão a mentir com todos os seus dentes. Isto é uma situação muito mais vergonhosa do que as mentiras maciças que o antigo secretário de Estado Colin Powell disse na ONU acerca de armas iraquianas de destruição maciça. Powell afirma que foi enganado pela Casa Branca e que não sabia que estava a mentir. Kerry e os fantoches britânico, francês e alemão sabem muito bem que estão a mentir.

A cara que o Ocidente apresenta ao mundo é a cara cínica de um mentiroso.

Washington e seus governos fantoches britânico e francês estão prontos para revelarem mais uma vez a sua criminalidade. A imagem do Ocidente como Criminoso de Guerra não é uma imagem de propaganda criada pelos seus inimigos, mas o retrato que o Ocidente pintou de si próprio.

O Independent britânico informa que durante este último fim de semana Obama, Cameron e Hollande concordaram em lançar ataques com mísseis de cruzeiro contra o governo sírio dentro de duas semanas apesar da falta de qualquer autorização da ONU e apesar da ausência de qualquer evidência que corrobore a afirmação de Washington de que o governo sírio utilizou armas químicas contra os "rebeldes" apoiados por Washington, amplamente apoiadas forças externas americanas, que procuram derrubar o governo sírio.

Na verdade, uma razão para a corrida à guerra é impedir a inspecção da ONU que Washington sabe que refutaria sua afirmação e possivelmente implicaria a capital estado-unidense no ataque de bandeira falsa por parte dos "rebeldes", os quais reuniram um grande número de crianças numa área para serem quimicamente assassinadas com a culpa atribuída por Washington ao governo sírio.

Outra razão para a corrida à guerra e que Cameron, o primeiro-ministro britânico, quer obter a guerra antes que o parlamento britânico possa bloqueá-lo por proporcionar cobertura aos crimes de guerra de Obama do mesmo modo que Tony Blair proporcionou cobertura a George W. Bush, pela qual Blair foi devidamente premiado. O que faz com que Cameron [não] se preocupe com vidas sírias pois quando puder deixar o gabinete terá à sua espera uma fortuna de U$50 milhões.
www.independent.co.uk/...

O governo sírio, sabendo que não é responsável pelo incidente das armas químicas, concordou em que a ONU enviasse inspectores para determinar a substância utilizada e o método de entrega. Contudo, Washington declarou que é "demasiado tarde" para inspectores da ONU e que aceita a afirmação em causa própria de "rebeldes" filiados à al Qaeda de que o governo sírio atacou civis com armas químicas.
news.antiwar.com/...
Ver também news.antiwar.com/...

Numa tentativa de impedir os inspectores químicos da ONU que chegaram ao local de fazerem o seu trabalho, os inspectores foram alvejados por franco-atiradores (snipers) no território mantido pelos "rebeldes" e forçados a saírem dali, embora uma informação posterior da RT diga que os inspectores retornaram ao sítio para efectuar sua inspecção.
rt.com/news/un-chemical-oservers-shot-000/

O corrupto governo britânico declarou que a Síria pode ser atacada sem autorização da ONU, assim como a Sérvia foi atacada militarmente sem autorização da ONU.

Por outras palavras, as democracias ocidentais já estabeleceram precedentes para violar o direito internacional. "Direito internacional? Nós não precisamos nenhum fedorento direito internacional!" O Ocidente conhece apenas um direito: O Poder é Razão (Right). Enquanto o Ocidente tiver o Poder, o Ocidente tem a Razão.

Numa resposta às notícias de que os EUA, Reino Unido e França estão a preparar-se para atacar a Síria, o ministro russo dos Estrangeiros, Lavrov, disse que tal acção unilateral é uma "grave violação do direito internacional" e que a violação era não só legal como também ética e moral. Lavrov referiu-se às mentiras e enganos utilizados pelo Ocidente para justificar suas graves violações da direito internacional em ataques militares à Sérvia, Iraque e Libia e como o governo dos EUA utilizou movimentos preventivos para minar toda esperança por acordos de paz no Iraque, Líbia e Síria.

Mais uma vez Washington preveniu qualquer esperança de acordo de paz. Ao anunciar o ataque vindouro, os EUA destruíram qualquer incentivo para os "rebeldes" participarem nas conversações de paz com o governo sírio. À beira de estas conversações terem lugar, os "rebeldes" agora não têm incentivo para participarem pois os militares do Ocidente estão a vir em sua ajuda.

Na sua conferência de imprensa Lavrov falou do como os partidos dirigentes nos EUA, Reino Unido e França instigam emoções entre pessoas fracamente informadas que, uma vez excitadas, têm de ser satisfeitas pela guerra. Isto, naturalmente, foi o meio como os EUA manipulam o público a fim de atacar o Afeganistão e o Iraque. Mas o público americano está cansado das guerras, cujos objectivos nunca são esclarecidos, e tem crescentes suspeitas em relação às justificações do governo para mais guerras.

Um inquérito Reuters/Ipso descobriu que "americanos opõem-se à intervenção estado-unidense na guerra civil da Síria e acreditam que Washington deveria permanecer fora do conflito mesmo se informações de que o governo da Síria utilizou armas químicas mortais para atacar civis forem confirmadas.
news.yahoo.com/

Contudo, Obama não se importa que menos de 9 por cento do público apoie o seu belicismo. Como declarou recentemente o antigo presidente Jimmy Carter: "A América não tem democracia em funcionamento".
rt.com/usa/carter-comment-nsa-snowden-261/

Ela tem um estado policial no qual o ramo executivo se colocou acima de toda a lei e da Constituição.

Este estado policial está agora em vias de cometer mais outro crime de guerra estilo nazi de agressão não provocada. Em Nuremberg os nazis foram sentenciados à morte precisamente por acções idênticas às que estão a ser cometidas por Obama, Cameron e Hollande. O Ocidente está a confiar no poder, não no direito, para manter-se fora do tribunal criminal.

Os governos dos EUA, Reino Unido e França não explicaram porque interessa se pessoas nas guerras iniciadas pelo Ocidente são mortas por explosivos feitos de urânio empobrecido ou com agentes químicos ou qualquer outra arma. Era óbvio desde o princípio que Obama estava determinado a atacar o governo sírio. Obama demonizou armas químicas – mas não as nucleares destruidoras de bunkers ("bunker busters") que os EUA podem utilizar contra o Irão. Portanto Obama traçou uma linha vermelha, dizendo que a utilização de armas químicas pelos sírios era um grande crime que obrigaria o Ocidente a atacar a Síria. Os fantoches britânicos de Washington, William Hague e Cameron, simplesmente têm repetido esta afirmação sem sentido.
rt.com/news/uk-response-without-un-backing-979/

O passo final na trama era orquestrar um incidente químico e culpar o governo sírio.

O que é a agenda real do Ocidente? Esta é a pergunta não formulada e não respondida. Claramente, os governos dos EUA, Reino Unido e França, os quais têm exibido continuamente seu apoio a regimes ditatoriais que sirvam os seus propósitos, não estão minimamente perturbados com ditadura. Eles estigmatizam Assad como ditadora como um meio de diabolizá-lo para as mal informadas massas do Ocidente. Mas Washington, Reino Unido e França apoiam qualquer número de regimes ditatoriais, tais como aqueles no Bahrain, Arábia Saudita e agora a ditadura militar no Egipto que está implacavelmente a mater egípcios sem que qualquer governo ocidental fale de invadir o país por "matar o seu próprio povo".

Claramente também, o ataque ocidental à Síria que está para acontecer não absolutamente nada a ver com levar "liberdade e democracia" à Síria, não mais do que liberdade e democracia foram razões para os ataques ao Iraque e à Líbia, nenhum dos quais ganhou qualquer "liberdade e democracia".

O ataque do Ocidente à Síria não tem relação com direitos humanos, justiça ou qualquer das causas altissonantes com as quais o Ocidente encobre a sua criminalidade.

Os media ocidentais, e menos ainda os presstitutes americanos, nunca perguntam a Obama, Cameron ou Hollande qual é a agenda real. É difícil acreditar que qualquer repórter seja suficientemente estúpido ou crédulo para acreditar que a agenda é levar "liberdade e democracia" à Síria ou punir Assad por alegadamente utilizar armas químicas contra bandidos assassinos que tentam derrubar o governo sírio.

Naturalmente, a pergunta não seria respondida se fosse feita. Mas o acto de perguntar ajudaria o público a tornar-se consciente de que há mais em andamento do que o que está à vista. Originalmente, a desculpa para as guerras de Washington era manter os americanos seguros em relação a terroristas. Agora Washington está a esforçar-se por entregar a Síria a terroristas da jihad, ajudando-os a derrubar o governo laico e não terrorista de Assad. Qual é a agenda por trás do apoio de Washington ao terrorismo?

Talvez o objectivo das guerras seja radicalizar muçulmanos e, dessa forma, desestabilizar a Rússia e mesmo a China. A Rússia tem grandes populações de muçulmanos e faz fronteiras com países muçulmanos. Mesmo a China tem alguma população muçulmana. Quando a agitação radical se propagar aos dois únicos países capazes de constituírem um obstáculo à hegemonia mundial de Washington, à propaganda dos media ocidentais e ao grande número de ONGs financiadas pelos EUA, a posarem como organizações de "direitos humanos", Washington pode nelas confiar para diabolizar os governos russo e chinês por medidas duras contra "rebeldes".

Outra vantagem da radicalização de muçulmanos é que isto deixa países muçulmanos em perturbações ou guerras civis prolongadas, como é actualmente o caso no Iraque e na Líbia, impedindo portanto qualquer poder de estado organizado de obstruir objectivos israelenses.

O secretário de Estado John Kerry está a trabalhar nos telefones utilizando subornos e ameaças a fim de construir aceitação, se não apoio, ao crime de guerra em preparação contra a Síria.

Washington está a conduzir o mundo para mais perto do que nunca da guerra nuclear, mesmo em relação aos períodos mais perigosos da Guerra-fria. Quando Washington acabar com a Síria, o alvo seguinte será o Irão. A Rússia e a China já não serão mais capazes de enganarem-se a si próprios com a ficção de que há qualquer sistema de lei internacional ou restrição à criminalidade ocidental. A agressão ocidental já está a forçar ambos os países a desenvolverem suas forças estratégicas nucleares e a restringir as ONGs financiadas pelo Ocidente que posam como "organizações de direitos humanos", mas na realidade constituem uma quinta coluna que Washington pode utilizar para destruir a legitimidade dos governos russo e chinês.

A Rússia e a China têm sido extremamente descuidadas nos seus relacionamentos com os Estados Unidos. Essencialmente, a oposição política russa é financiada por Washington. Mesmo o governo chinês está a ser minado. Quando uma corporação estado-unidense abre uma companhia na China, ela cria uma directoria chinesa na qual são colocados parentes das autoridades políticas locais. Estas directorias criam um canal para pagamentos que influenciam as decisões e lealdades dos membros locais e regionais do partido. Os EUA penetraram universidades chinesas e atitudes intelectuais. Estão a ser criadas vozes dissidentes que são perfiladas contra o governo chinês. Pedidos de "liberalização" podem ressuscitar diferenças regionais e étnicas e minar a coesão do governo nacional.

Uma vez que a Rússia e a China percebam que são dilaceradas por quintas colunas americanas, isoladas diplomaticamente e ultrapassadas militarmente, as armas nucleares tornar-se-ão a única garantia das suas soberanias. Isto sugere ser provável que a guerra nuclear termine com a humanidade bem antes de esta sucumbir ao aquecimento global ou à ascensão das dívidas nacionais.




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Re: Ataque à Síria

#193 Mensagem por Penguin » Dom Set 01, 2013 5:49 pm

Analysis: Obama and Syria: The education of a reluctant war president

Sat, Aug 31 2013
By Matt Spetalnick

WASHINGTON (Reuters) - He was the peace candidate who became a war president, a Nobel Peace Prize laureate who has regularly ordered executions by drone.

Just three months ago, President Barack Obama called for an end to America's "perpetual war-time footing." On Saturday, he said he had decided to take military action against Syria for its apparent chemical weapons use, but would seek authorization from - and to share responsibility with - the U.S. Congress.

"I respect the views of those who call for caution, particularly as our country emerges from a time of war that I was elected in part to end," Obama said in his announcing his decision.

"But if we really do want to turn away from taking appropriate action in the face of such an unspeakable outrage, then we must acknowledge the costs of doing nothing," he said.

It was the latest evidence of a cautious and conflicted U.S. leader who threatened to use U.S. military might but decided in the end not to go it alone.

Since the war in Syria began, Obama has repeatedly denounced the killing of innocent civilians - more than 100,000 people have already died in the 2-1/2-year conflict - while declaring his determination to avoid getting the United States sucked in.
He has stressed in the last 10 days that any American intervention would be limited and aimed neither at ending Syria's cataclysmic civil war nor forcing Assad from power.

Obama's announcement a year ago that Syria President Bashar al-Assad's use of chemical weapons would constitute a "red line" was followed by evidence this spring that that line had been crossed. Yet there was no military response. White House officials said Washington would respond by providing lethal aid to the opposition Syrian Military Council, but it is unclear if any has arrived.

After more than two years of tough talk and military restraint, some current and former aides believe the cautious president had left himself no choice but to act forcefully against Assad following an August 21 chemical attack outside Damascus that U.S. intelligence blamed on Syrian forces.

"The 800-pound gorilla in the room is the question of maintaining American credibility," a former senior administration official said.
With neither a United Nations mandate nor the expected British military support, Obama faced the prospect of undertaking military action against Syria with even less international and domestic support than George W. Bush had for the Iraq war.

There is a crucial difference: Obama is contemplating several days of cruise missile strikes, not a ground invasion. That, critics say, is the conundrum: What can be achieved by such a limited application of force?

'NOBODY WANTS TO DO IT'
Underlying the humanitarian grounds and national security concerns that Obama and Secretary of State John Kerry laid out on Friday was a kind of resignation, an acceptance that - like it or not - there are still times the United States must serve as global policeman.
"Ultimately we don't want the world to be paralyzed," Obama said to reporters on Friday afternoon at a meeting with Baltic leaders at the White House. "And, frankly, you know, part of the challenge that we end up with here is that a lot of people think something should be done, but nobody wants to do it."

For a man who entered the White House in 2009 promising a swift withdrawal from Iraq and a new era of multilateralism after eight years of the Bush administration's "cowboy diplomacy", the predicament could hardly be more poignant.

Obama has hardly been, or presented himself, as a pacifist. While running for office, he declared his opposition only to "dumb wars," not all of them. And he continued the fight his predecessor had begun against al Qaeda, only with different means.

Once in the White House, he quickly turned the military's focus from Iraq to Afghanistan, which his aides had touted as the "good war" in the fight against Islamic militants.

In 2010, he sent 33,000 additional troops to Afghanistan, but gave his generals fewer troops and less time to use them than they wanted. The last of these surge troops returned home a year ago, and Obama plans to have U.S. combat forces out by late 2014.
Obama sharply expanded the Bush administration's program of drone strikes, and the presidential "kill list" proved effective in taking out al Qaeda militants in Afghanistan, Pakistan and Yemen without putting U.S. forces in harm's way.

In May, against a background of civilian casualties from the drone strikes, growing anti-American sentiment and escalating criticism of the use of drones at home, Obama narrowed the targeted-killing campaign, saying it was time to step back from a "boundless global war on terror." But the strikes continued.

Obama also deployed the military in NATO's bombing campaign against Libya's Muammar Gaddafi in 2011, citing the need to avert a mass slaughter resulting from government assaults on rebel-held territory. His approach, predicated on Americans' war-weariness, was described by one White House adviser as "leading from behind," with U.S. forces supporting a British- and French-led air assault. But the mission succeeded.

ASSAD AND THE RED LINE
Then "Arab Spring" revolutions spread to Syria. On August 18, 2011, as Syrian government repression of protesters escalated dramatically, Obama called on Assad to give up power, a move he coordinated with leaders of Britain, France, Germany and Turkey.
Syria's civil war, the one he seemed most determined to avoid, has become his thorniest foreign-policy challenge, leading to what critics describe as a record of half-steps and miscalculations.

Misjudging Assad's staying power, the administration did little to hasten Assad's departure. As the war escalated in 2012, the president resisted calls to arm the rebels, fearing that weapons might fall into the hands of radical factions.

Some say Obama strayed from his talking points a year ago when he said Assad's use of chemical weapons would be a "red line." Others say the statement was intentional.

Whatever the source of the rhetoric, the administration put its full weight behind the assertion Friday that the intelligence is clear: Chemical weapons were used, and the Assad regime used them. Among the White House's calculations now is that, if the United States does not act, others - including Iran, with its nuclear program - will see the West's warnings as empty threats.


Obama's friends say he is moved by a sense of moral imperative as well. "Knowing him," said former Obama press secretary Robert Gibbs, "the effects of what that attack did to innocent men, women and children .... are jarring to the point of requiring action."
Some senior Republicans say the measured attack under consideration — a stand-off attack by missiles from outside Syrian airspace — will not be enough.

"It does not appear that the response to this historic atrocity being contemplated by the Obama administration will be equal to the gravity of the crime itself," Republican U.S. Senators John McCain and Lindsey Graham said in a joint statement. "The purpose of military action in Syria should not be to help the president save face."

At the same time, any strikes on Syria may give Obama political problems during his last three years in office with the anti-war camp that helped elect him in 2008 and re-elect him last November.

"The response I'm getting in Connecticut is overwhelmingly negative when it comes to military intervention in Syria, and I think those people deserve to have their voice heard," said Democratic U.S. Senator Chris Murphy. Like Obama, Murphy was elected, in 2006, as an anti-war candidate.

On Saturday, Obama bowed to that sentiment and said he would seek Congress' approval first.

(Additional reporting by Steve Holland, Arshad Mohammed and Patricia Zengerle; Editing by Warren Strobel, Gunna Dickson and Philip Barbara)




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Re: Ataque à Síria

#194 Mensagem por Penguin » Dom Set 01, 2013 6:26 pm

Especialistas da ONU que visitaram a Síria chegam à Holanda
Reuters Thomas Escritt
Em Amsterdã (Holanda) 31/08/201313h38

Os EUA anunciaram que podem realizar um ataque, como represália ao suposto uso de armas químicas no país contra civis, sem anuência das Nações Unidas nem do Congresso Nacional norte-americano Molhem Barakat/Reuters

O avião com os inspetores da ONU que coletaram amostras e evidências relacionadas a um possível ataque com armas químicas na Síria chegou ao aeroporto de Rotterdam na Holanda neste sábado (31), disse um porta-voz do aeroporto.

Um porta-voz da Organização para Proibição de Armas Químicas disse que os inspetores iriam retornar à sede do órgão em Haia, e que as amostras que eles levaram serão distribuídas entre diversos laboratórios para testes.

Os especialistas deixaram Beirute, no Líbano, neste sábado em um avião fornecido pelo governo alemão, informou o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha.

A equipe de 20 membros, incluindo especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas, já esteve na área controlada por rebeldes no bairro Ghouta de Damasco três vezes, pegando amostras de sangue e tecidos das vítimas. Eles também pegaram amostras do solo, roupas e fragmentos de foguetes.

As amostras serão enviadas a laboratórios na Europa, principalmente na Suécia e Finlândia, para análise. Os especialistas já pegaram amostras para testar o uso de gás sarín ou outros agentes tóxicos.

A análise deve determinar se houve um ataque químico mas não quem foi o responsável pelo ataque de 21 de agosto no subúrbio de Damasco.




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Re: Ataque à Síria

#195 Mensagem por Penguin » Dom Set 01, 2013 7:38 pm

Parece o mesmo filme da ação contra o Iraque, mas há diferenças

01/09/2013
SÉRGIO DÁVILA
EDITOR-EXECUTIVO
Análise

Amparado por evidências questionáveis reveladas ao mundo por seu secretário de Estado, diante de uma nação dividida e passando deliberadamente por cima da ONU, o presidente norte-americano surpreende a todos e avisa que vai atacar um país do Oriente Médio.

Foi o que George W. Bush fez em 17 de março de 2003, dias antes de invadir o Iraque, depois de Colin Powell anunciar que os EUA haviam comprovado que o governo de Saddam Hussein tinha capacidade de produzir armas de destruição em massa (o que se mostraria uma inverdade).

É o que Barack Obama faz agora, dez anos depois, ao dizer na tarde de sábado que os EUA devem agir militarmente contra alvos do regime sírio, após John Kerry afirmar que está claro que Bashar al-Assad usou armas químicas (o que ainda não foi 100% comprovado).

Mudam os atores, o filme é o mesmo? Mais ou menos.

Bush quis esticar o crédito de boa vontade mundial conseguido após o ataque da Al-Qaeda ao World Trade Center (2001), que resultou na Guerra do Afeganistão, com ação militar autorizada pelo Congresso e avalizada pelas principais potências mundiais.

Perdeu-se porque, no Iraque, cumpria uma agenda pessoal, quase uma vendeta de faroeste. No anúncio, feito solitariamente num corredor interno da Casa Branca, o republicano mencionava Saddam e seus filhos e dava um ultimato a eles: saiam do poder ou encarem as consequências.

Ontem, Obama seguiu outro roteiro. Acompanhado do vice-presidente, Joe Biden, sob o sol do jardim da residência presidencial, disse que, embora não precise, o líder da "democracia constitucional mais antiga do mundo" pedirá autorização ao Congresso para agir.

Bush se isolou antes mesmo de o primeiro míssil ser disparado. Obama divide o peso da decisão com senadores e deputados. Além disso, diferentemente de seu antecessor, que no auge do conflito enviou dezenas de milhares de soldados para o front, o presidente do "drone", que intensificou o uso dos aviões não tripulados, só fará ataques pontuais por ar.

É uma grande diferença. Quando ele atacar --já parece ser uma questão de "quando", não de "se"--, fará sem baixas do lado norte-americano e com o Legislativo ao seu lado. O resto do mundo continua sendo ignorado, mas o público interno tenderá a estar mais unido.




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