Dieneces escreveu:Ilya Ehrenburg escreveu:Escrevem mal, sem ritmo e estilo. Dieneces, se você os considera bons oficiosos das letras, então, creio que você não conhece os bons autores da língua portuguesa.
Escrevem bem , muito bem . Notadamente na obrigatória sátira aos esquerdopatas . Para o meu nível de entendimento , é claro . Não sou um literato como vós . Embora Nabokov também não o considerasse um literato , somente um jornalista corrupto a serviço da nomenklatura ....acusação que não comparto , até porque não o conheci pessoalmente enquanto vivia sua encarnação soviética e não essa atual de comunista bolivariano e gremista .
Dieneces; vejo que você não compreende o que é a boa literatura. De outra feita, não cometeria a sandice de dizer que alucinados de aluguel, como Azevedo e Mainardi, são artífices das letras. Delas, são eles lixeiros!
Mas, de mim, ganhas o perdão. Afinal, como pobre ser, colorado, não tens como afirmar-se perante o mundo, o que significa que és um ser perdido, sem gosto refinado, perseguido, sempre, pela tristeza e derrota. Mude para o Grêmio e seja feliz.
Sobre Ilya:
Nabokov nunca foi um primor, como romancista. Tinha uma raiva alucinada de Ilya, porque este lhe roubou um amor, que depois, não manteve. Como se vê, Nabokov mascarava mágoas pessoais, com ataques de cunho crítico e político.
Ilya Ehrenburg se encontrava asilado na França, quando da revolução. Não freqüentava ele os círculos revolucionários da cidade luz, Paris, apesar de nominalmente ser um. Achava ele, extremamente chato e sem sentido, aquelas reuniões. Preferia, altivo, os teatros, os prostíbulos e bordéis. Um homem sensato.
No entanto, não conseguiu viver longe da Rússia. Algo que só a alma de um homem, pode explicar. Voltou, e sob a desconfiança plena dos novos senhores, bolcheviques, foi preso. Mas, como tinha muitos amigos revolucionários, notadamente do sexo feminino, acabou por intermediação destes, solto.
Dedicou-se a critica literária, ao jornalismo e também à literatura. Não é muito justo chamá-lo de corrupto, já que não enriqueceu. Isto é um exagero de Nabokov, que nunca esqueceu a derrota no amor.
É verdade, que nunca enfrentou Stalin diretamente, como também é verdade que aqueles que o fizeram não sobreviveram ao ditador, Adolf Hitler, incluso. Mas, não foram poucos os artigos, que irritaram o ditador soviético, que mandava ao escritor, memorandos sobre o que havia sido publicado.