Página 13 de 14

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Seg Set 13, 2010 6:30 pm
por Marino
Estou fora por uns dias, me conectando agora de maneira limitada.
A notícia abaixo é o típico pensamento dos arriadores de calcinha, que não pensam como nossos antepassados, no futuro do país, nas próximas gerações.
Mas está feito, não adianta querer arriar a calcinha agora.
=============================================================
Do Estado de São Paulo:
A nova fronteira marítima

Sem esperar a necessária concordância da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro decidiu expandir os limites de sua soberania sobre recursos do fundo do mar, incorporando à plataforma continental brasileira uma área de 238 mil quilômetros quadrados. É uma decisão unilateral que pode provocar reações internacionais.

A decisão é mais uma comprovação da pressa que tem o governo do PT em assegurar a soberania brasileira sobre áreas que concentram reservas consideráveis de petróleo sob a camada de sal depositada no fundo do oceano, para, desse modo, dar mais segurança ao investidor estrangeiro que esteja disposto a aplicar seus recursos na exploração do pré-sal, mesmo que à custa de eventuais contestações por outros países.

Por meio de uma resolução interministerial publicada na semana passada, o governo decidiu que nenhuma empresa ou Estado estrangeiro poderá explorar a plataforma continental sem sua autorização prévia. A resolução considera como plataforma continental toda a área que, em 2004, o Brasil propôs à ONU como sendo aquela na qual exerceria sua soberania.

A ONU, por meio da Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), no entanto, aceitou apenas parcialmente a reivindicação brasileira, dela excluindo a porção sobre a qual o governo agora reafirma sua soberania.

O Brasil é um dos países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, conhecida como Convenção da Jamaica, de 1982. Essa convenção define três limites marítimos. No mais estreito deles, o mar territorial, de 12 milhas marítimas, a jurisdição do país é plena. Na Zona Econômica Exclusiva, o país tem jurisdição para agir em questões ligadas à alfândega, saúde, imigração, portos e circulação. A mais ampla, a plataforma continental, inclui o leito marítimo e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além de seu mar territorial. O limite da plataforma continental pode ser maior do que 200 milhas marítimas, se autorizado pela Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU.

No caso brasileiro, o órgão da ONU excluiu do pedido original um território do tamanho do Estado do Ceará, que abrange uma área ao norte do País, e outra que se estende das Ilhas Trindade e Martim Vaz até a fronteira sul do País.

No relatório que apresentou em 2007, e no qual rejeitou a inclusão dessas áreas na plataforma continental brasileira, a CLPC recomendou ao governo que apresentasse nova proposta. Em março do ano passado, o Brasil apresentou novas alegações em defesa de sua proposta original, mas a CLPC não mudou a decisão anterior.

É uma questão de grande interesse nacional. Os Campos Tupi, Carioca, Guará e Júpiter, na costa Sudeste-Sul do País, estão no limite da Zona Econômica Exclusiva, e há, em regiões um pouco mais afastadas da costa, mas na área reivindicada pelo Brasil como parte de sua plataforma continental, formações semelhantes àquelas nas quais se encontram petróleo e gás.

O potencial econômico do subsolo marítimo vai além do petróleo. O governo tem um programa específico para identificar esse potencial (Recursos Minerais da Plataforma Continental, Remplac) e os desafios técnicos da exploração. Há grande quantidade de cascalho e areia para a construção civil à profundidade média de 30 metros entre o Espírito Santo e o Maranhão. Mas há muitos minerais valiosos, como diamante, zircônio (utilizado no revestimento de reatores nucleares), ilmenita (utilizada na indústria Aeronáutica e aeroespacial) e potássio (de grande uso na indústria de fertilizantes).

Desde o ano passado, o governo coleta novos dados oceanográficos ao longo de sua margem continental, que devem fundamentar uma nova proposta à Comissão de Limites da Plataforma Continental.

Deveria, por isso, aguardar nova decisão da ONU, antes de expandir sua plataforma continental unilateralmente. A preservação dos interesses nacionais não pode ser feita sem a observância das normas e acordos internacionais, pois atitudes desse tipo tornam frágil a posição do governo.

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Ter Set 14, 2010 12:05 pm
por Marino
Enquanto os sibaritas de plantão pedem para arriar as calcinhas, portarem-se covardemente, com a frouxidão habitual, outros países...:
=============================================
China amplia fronteiras no mar

País testa minissubmarino capaz de descer a 7 quilômetros em busca de riquezas

William J. Broad

Do New York Times

Quando três cientistas chineses mergulharam fundo no Mar do Sul da China num minissubmarino no início de junho, eles fizeram mais do que simplesmente colocar a bandeira de seu país no escuro leito do oceano. Os homens, que desceram a cerca de três quilômetros de profundidade num submarino do tamanho de um pequeno caminhão, sinalizaram a intenção de Pequim de assumir a liderança na exploração de regiões remotas e inacessíveis do oceano, ambiente rico em petróleo, minerais e outros recursos. E muitas dessas riquezas estão em áreas onde a China entrou em conflito várias vezes sobre reivindicações territoriais com os seus vizinhos.

Depois de fincar a bandeira de seu país — algo realizado em segredo, mas gravado em vídeo — Pequim rapidamente tornou a proeza tecnológica um show de bravata.

— É uma grande conquista — disse Liu Feng, diretor da operação de mergulho, citado no “China Daily”.

O leito marinho tem trilhões de dólares em minerais, além de objetos de valor para a inteligência: cabos submarinos de comunicações diplomáticas, armas nucleares perdidas, submarinos afundados e centenas de ogivas nucleares, restos de testes com mísseis.

Embora um único minissubmarino não possa carregar todos esses tesouros, ele põe a China numa posição excelente para ir atrás deles.

— É um programa preciso, e estão investindo tudo — disse Don Walsh, pioneiro em mergulho profundo e que visitou o submarino.

A embarcação — chamada de Jiaolong, dragão do mar mítico — foi apresentada publicamente no final de agosto passado, depois de oito anos de desenvolvimento em segredo.

O submarino é projetado para ir mais fundo do que qualquer outro no mundo, dando acesso à China a 99,8% do fundo oceânico.



Peças foram importadas

E o mundo tem poucos deles. O Jiaolong é capaz de descer a 7 mil metros, desbancando o atual líder.

O Shinkai, do Japão, vai a 6.500 metros, com a melhor performance no mundo, dizem seus fabricantes.



Rússia, França e Estados Unidos estão mais atrás nesta corrida, e a China move-se cautelosamente. Os testes com o Jiaolong começaram discretamente no ano passado e devem continuar até 2012, com mergulhos cada vez mais profundos.

— Eles respeitam o que eles não sabem e estão trabalhando duro para aprender — disse Walsh.

Segundo o pesquisador, os chineses querem evitar o constrangimento de uma catástrofe que termine com seus tripulantes presos numa armadilha ou mortos. Ainda assim, eles estão agitando suas bandeiras.

O movimento lembra o de cientistas russos, no verão de 2007, que desceram sob o bloco de gelo no Pólo Norte e colocaram a sua bandeira no fundo do oceano. De volta à superfície, os exploradores declararam que a façanha tinha reforçado a reivindicação russa sobre quase metade do fundo do Ártico.

Wang Weizhong, um vice-ministro chinês da Ciência e Tecnologia, afirmou, em entrevista em agosto, que os testes com o Jiaolong são “um marco” para a China e a exploração global. E que o recente sucesso estabeleceu a base sólida para a sua aplicação prática nas pesquisas de recursos e investigação científica.

Mas pelo menos um experiente cientista chinês evita o que chama de “propaganda em curso”. Weicheng Cui, professor no Centro de Pesquisa Científica Naval, construtor do submersível, contou por email que os testes no mar evitaram claramente áreas contestadas para fugir de problemas diplomáticos: — A enxurrada de notícias sobre o ato de fincar a bandeira não é boa.



Não nos ajuda no projeto.

Especialistas americanos disseram que a China fez uma farra de compras em todo mundo para obter todas as peças de seu submersível.

Dos Estados Unidos, compraram luzes avançadas, câmeras e braços mecânicos. Cui estima que 40% dos equipamentos do minissubmarino chinês vieram do exterior.

Em 2005, cinco pilotos e um cientista chinês treinaram no americano Alvin, o mais antigo e famoso submarino para mergulho a grande profundidade, do Instituto Oceanográfico Woods Hole, capaz de descer a até 4.500 metros.

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Ter Set 14, 2010 12:40 pm
por Marino
Do BPN:

Brasil pode assinar ‘a qualquer momento’ contrato de cooperação para levantamento de plataforma continental
13 de setembro de 2010

O Brasil pode assinar “a qualquer momento” um contrato de cooperação com Angola para colaborar no levantamento de sua plataforma continental, afirmou hoje o Comandante da Marinha do Brasil ao destacar o avanço nas negociações com o Governo angolano.

“As discussões estão bem adiantadas. Angola tem que entregar a sua proposta até ao final do ano e a qualquer momento o Brasil pode assinar o contrato com Angola para ajudar a fazer o levantamento da usa plataforma continental, usando a nossa experiência”, garantiu o almirante de Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, no Rio de Janeiro.

O chefe da Força Armada falou à imprensa à margem da 24ª. Conferência Naval Interamericana (CNI), o mais importante fórum entre as Marinhas americanas, sobre assuntos ligados ao mar que decorre esta semana.
FONTE: RTP

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Ter Set 14, 2010 12:57 pm
por Boss
Eu até fiquei surpreso com o fato do nosso governo que treme para Paraguais e Bolívias ampliar a fronteira marítima sem ouvir a ONU (leia-se o Clubinho da Árvore).

Tomara que não voltem atrás caso qualquer um "lá de cima" apontem uma pistola d'água para cá :lol:

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Sex Set 17, 2010 11:07 am
por Marino
CONFERÊNCIA NAVAL
Brasil quer ampliar os limites de sua soberania marítima
Conferência Naval reúne 17 Marinhas do continente para debater questões ligadas ao domínio
oceânico regional
RIO - O comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio
Soares de Moura Neto, informou nesta segunda-feira (13), durante
entrevista na abertura da 24ª Conferência Naval Interamericana, que o
Brasil vai insistir na reivindicação de expandir os limites de sua soberania
sobre os recursos do fundo do mar, incorporando à plataforma continental
brasileira uma área de 238 mil quilômetros quadrados. O primeiro passo já
foi dado, sem a concordância da Organização das Nações Unidas (ONU).
Com a decisão, o governo brasileiro quer assegurar a soberania
brasileira sobre áreas que concentram reservas de petróleo sob a camada
de sal depositada no fundo do oceano, para, desse modo, dar mais
segurança ao investidor estrangeiro que esteja disposto a aplicar seus
recursos na exploração do pré-sal.
Para alcançar seu objetivo, o governo baixou uma resolução
interministerial determinando que nenhuma empresa ou Estado estrangeiro poderá explorar a plataforma
continental sem sua autorização prévia. A resolução considera como plataforma continental toda a área
que, em 2004, o Brasil propôs à ONU como sendo aquela na qual exerceria sua soberania.
O Brasil é um dos países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar,
conhecida como Convenção da Jamaica, de 1982. Essa convenção define três limites marítimos.
No mais estreito deles, o mar territorial, de 12 milhas marítimas, a jurisdição do país é plena. Na
Zona Econômica Exclusiva, o país tem jurisdição para agir em questões ligadas a alfândega, saúde,
imigração, portos e circulação.
A mais ampla, a plataforma continental, inclui o leito marítimo e o subsolo das áreas submarinas
que se estendem além de seu mar territorial. O limite da plataforma continental pode ser maior do que
200 milhas marítimas, se autorizado pela Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU.
No caso brasileiro, o órgão da ONU excluiu do pedido original um território de 238 mil quilômetros
quadrados, que abrange uma área ao norte do país, e outra que se estende das Ilhas Trindade e Martim
Vaz até a fronteira sul do Brasil.
É uma questão de interesse nacional. Os campos petrolíferos de Tupi, Carioca, Guará e Júpiter,
na costa Sudeste -Sul do país, estão no limite da Zona Econômica Exclusiva, e há, em regiões um pouco
mais afastadas da costa, mas na área reivindicada pelo Brasil como parte de sua plataforma continental,
formações semelhantes àquelas nas quais se encontram petróleo e gás.
O potencial econômico do subsolo marítimo vai além do petróleo. O governo tem um programa
específico para identificar esse potencial e os desafios técnicos da exploração.
Há grande quantidade de cascalho e areia para a construção civil à profundidade média de 30
metros entre o Espírito Santo e o Maranhão. Mas há muitos minerais valiosos, como diamante, zircônio
(utilizado no revestimento de reatores nucleares), ilmenita (utilizada na indústria aeronáutica e
aeroespacial) e potássio (de grande uso na indústria de fertilizantes).
Desde o ano passado, o governo coleta novos dados oceanográficos ao longo de sua margem
continental, que devem fundamentar uma nova proposta à Comissão de Limites da Plataforma
Continental.
O comandante da Marinha informou, ainda, que o Brasil pode assinar “a qualquer momento” um
contrato de cooperação com Angola para colaborar no levantamento da plataforma continental do país
africano. Segundo ele, as negociações têm avançado com o governo angolano.
Angola tem de entregar a sua proposta até o final do ano e o Brasil pode assinar o contrato para
ajudar a fazer o levantamento da sua plataforma continental, usando a experiência brasileira, informou o
almirante Moura Neto.
A Marinha brasileira é a responsável, neste ano, pela organização da 24ª edição da Conferência
Naval Interamericana (CNI), que começou ontem no Rio de Janeiro e prossegue até o dia 17. O evento é
considerado o mais importante fórum de discussão e intercâmbio entre as Marinhas americanas. Neste
ano, a CNI comemora 50 anos. A Conferência foi criada em 1959, com o propósito de estimular os
contatos profissionais permanentes entre as marinhas dos países participantes.
Participam dessa edição da Conferência as marinhas da Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá,
Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Honduras, México, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela.
Durante a Conferência, serão debatidos diversos assuntos de interesse naval, sendo o tema
oficial da 24ª CNI “A Segurança Marítima Interamericana: a consciência do domínio marítimo regional e
mecanismos para seu fomento; o emprego do Poder Naval na segurança marítima e na defesa dos
recursos naturais; e as questões do ordenamento jurídico”.

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Sex Set 17, 2010 11:13 am
por Marino
SOBERANIA NACIONAL
Brasil cria posto avançado de defesa na Ilha da Trindade
Marinha constrói estação científica a 1.167 km da costa do Brasil, para proteger riquezas naturais
A Marinha do Brasil conquistou
um forte aliado tecnológico dentro da
Estratégia Nacional de Defesa (END).
Com a construção, neste ano, da Estação
Científica da Ilha da Trindade (ECIT), a
Armada estabelece um novo rumo às
atividades científicas na ilha. Por sua
localização, próxima às principais bacias
petrolíferas e à região de maior
desenvolvimento econômico do país,
Trindade é um posto avançado vital para
a defesa nacional.
A nova Estação Científica faz
parte do Programa de Pesquisas
Científicas da Ilha da Trindade (Protrindade), criado no âmbito da Comissão Interministerial para os
Recursos do Mar (CIRM), com o objetivo de promover e gerenciar o desenvolvimento de pesquisas na
área.
De acordo com a Marinha, o Protrindade atende as diretrizes da Política Nacional para os
Recursos do Mar, de Defesa Nacional e Nacional de Meio Ambiente. Localizada a 1.167 quilômetros de
Vitória (ES) e a 1.416 quilômetros do Rio de Janeiro, Trindade, além de ser estratégica para a defesa
nacional, vai propiciar a obtenção de dados essenciais para a previsão meteorológica.
A Armada conta hoje com 30 militares na ilha, operando uma estação meteorológica para o
serviço de previsão do tempo da Marinha. É a única ilha oceânica brasileira com água potável. A estação
conta com geração de energia, refeitório, frigorífico, telefone, televisão e acesso à Internet.
A cada dois meses são realizadas viagens de reabastecimento, ocasião em que os militares
selecionados embarcam para servir durante quatro meses. De acordo com o capitão-de-mar-e-guerra
José Marques Gomes Barbosa, do Comando do 1º Distrito Naval (RJ), a seleção do pessoal leva em
conta a capacitação específica e a vocação para a situação peculiar de se ficar longo tempo afastado da
família.
Para a construção da estação foram superados diversos desafios, entre eles a dificuldade de
acesso à ilha. Não há praias que facilitem o desembarque por superfície, em função da existência de um
anel de corais. É necessário cuidado também com a arrebentação e com a mudança repentina do tempo.
Conforme levantamento feito pelo capitão-tenente Felipe Picco Paes Leme, 100 toneladas de
material foram embarcadas no navio “Mattoso Maia”, em Vitória com destino à ilha. Após quatro dias de
viagem, foram necessários 126 deslocamentos de helicóptero entre o navio e a terra, com duração de
mais quatro dias. A concepção do projeto da Estação Científica foi feita por uma equipe da Universidade
Federal do Espírito Santo (Ufes), com larga experiência em construções em lugares inóspitos.
Assessor da Secretaria da CIRM, o capitão-de-mar-e-guerra Camilo de Lellis de Souza explica
que o projeto buscou soluções arquitetônicas para minimizar os impactos ambientai, como ventilação
natural e sistema energia solar. O PVC foi usado como material para a construção, por ser mais eficiente
para obras em locais de difícil acesso.
A ilha possui uma extensão de 8,2 quilômetros quadrados e é fortemente acidentada, com
elevações de até 600 metros. Surgiu há três milhões de anos. Devido a sua origem vulcânica, a presença
de lavas, cinzas e areias vulcânicas pode ser constatada, mas a última erupção ocorreu há 50 mil
anos.Desde 1700, a ilha foi intermitentemente usada como ponto de apoio marítimo por traficantes
escravagistas e piratas ingleses.
Em 1916, foi ocupada pela primeira vez por brasileiros, em função da Primeira Guerra Mundial.
Ao término da guerra, foi desguarnecida. Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, foi novamente
guarnecida para impedir que submarinos alemães a utilizassem como base de apoio e para garantir a
sua posse efetiva pelo Brasil.

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Ter Out 12, 2010 2:00 pm
por Marino
Plano Brasil
Brasil quer estender soberania de 350 milhas sobre o mar

http://pbrasil.files.wordpress.com/2010/03/amazonia-azul.png


Antes ainda da vigência de tratados internacionais a Marinha brasileira quer exercer soberania sobre uma área ampliada das águas territoriais, a chamada ‘Amazônia azul’, por ser tão extensa quanto a Amazônia.

Todo país tem soberania de 200 milhas sobre o mar, a partir da sua costa. Mas o Brasil quer estender esse direito para até 350. Por causa do pré-sal, o governo está de olho na riqueza do subsolo oceânico, como explica o geólogo da Universidade Católica de Brasília, Luiz Fernando Kitajima.

“Quando a América do Sul se separa da África, em torno de 200, 230 milhões de anos atrás, a região inicialmente era um mar raso, rico em atividade biológico e recebendo muito sedimento. O resultado é que formou a matéria-prima básica para a formação do petróleo e do gás natural em grandes quantidades”, diz o geólogo.

Boa parte dessa riqueza está na plataforma continental, que é a margem dos continentes submersa pelas águas do oceano. Para estender o direito sobre a área, o Brasil entrou com pedido na Onu, em 2004. A comissão fez recomendações e uma nova proposta vai se enviada pelo Brasil em 2012. Só que o país, desde já, resolveu tomar posse da área.

Imagem

“Os direitos do estado brasileiro, nesta extensão da plataforma continental e aí inclui o direito de autorizar pesquisa cientifica na plataforma, ele deve ser exercido já pelo Brasil ainda que a delimitação definitiva da nossa plataforma esteja em andamento”, fala o secretário da comissão Interministerial, almirante Marcos José Carvalho Ferreira.

Para o professor de direito internacional da UNB, Márcio Garcia, o Brasil não estaria infringindo regras, porque, por enquanto, não há proibição.

“A comissão entender que o Brasil não tem direito, o Brasil tem que cumprir a decisão da comissão, mas não acredito que isso venha a acontecer, eu acho que é um gesto de fato político importante internamente e internacionalmente também”, explica o professor.

Limite marítimo é assunto sério e quase levou o Brasil à guerra. Foi início da década de 1960 contra a França. O episódio ficou conhecido à época como a “Guerra da Lagosta”.

Embarcações francesas resolveram pescar o crustáceo perto da costa brasileira. A Marinha do Brasil expulsou os europeus. O governo francês ficou irritado e mandou navios de guerra para pressionar o Brasil. Para evitar o pior, a diplomacia entrou em campo.

Imagem

Aí começou o debate: lagosta anda ou nada? Se andasse, tocaria em solo marinho, portanto, estaria em território brasileiro, se nadasse, poderia ser considerada peixe e estaria em águas internacionais.

Foi aí que o almirante brasileiro Paulo Moreira matou a questão a favor do Brasil: se era verdade o argumento francês de que lagosta, quando boia, nada, por isso seria peixe e estaria em águas internacionais, então seria verdade que canguru, quando pula, voa, então seria ave. Foi nesta ocasião que teria sido dita a polêmica frase: ‘O Brasil não é um país sério’, atribuída ao presidente francês Charles de Gaulle.

Fonte: G1

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Qui Out 21, 2010 9:19 am
por Marino
Brasil rejeita ação da Otan no Atlântico Sul

Posição brasileira foi apresentada formalmente ao governo dos Estados Unidos pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim

Denise Chrispim Marin CORRESPONDENTE / WASHINGTON - O Estado de S.Paulo



O ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou formalmente aos Estados Unidos a rejeição do Brasil a qualquer interferência da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Atlântico Sul. Em conversas com autoridades americanas nos últimos dias, Jobim afirmou que o governo brasileiro vê com reservas as iniciativas de Washington de associação das duas áreas geoestratégicas do oceano.

A tese da "atlantização" da Otan tem sido reforçada especialmente pelos EUA, que conseguiram estender a ação dessa organização a regiões distantes do Atlântico Norte, como o Afeganistão.

"O Atlântico Sul responde a questões de segurança muito diferentes das do Atlântico Norte", afirmou Jobim ao Estado. "A Otan não pode substituir a ONU", acrescentou ele, referindo-se ao temor de os EUA se valerem dessa organização para promover ações multilaterais sem o respaldo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Jobim já havia anunciado a preocupação brasileira em uma conferência no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa, em setembro. Na ocasião, argumentou que uma interpretação literal do conceito de "atlantização" da Otan permitia a intervenção dessa entidade em qualquer parte do mundo e sob vários pretextos, especialmente o risco energético. Diplomatas brasileiros informaram que o governo tenta convencer sócios da Otan também parceiros comerciais do Brasil na área militar, como a França e a Itália, a desaprovar esse conceito.

Ontem, Jobim expôs a posição brasileira ao conselheiro de Defesa Nacional da Casa Branca, general James Jones. Na noite anterior, havia explicado a questão ao subsecretário de Estado para o Hemisférico Ocidental, Arturo Valenzuela. O tema foi explorado ainda pelo ministro em uma mesa-redonda na Universidade Johns Hopkins, ontem, da qual parlamentares americanos participaram.

Jobim explicou ao Estado que o Brasil não entrará em entendimento com os EUA sobre essa questão porque o país não ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982. A rigor, isso significa que a Casa Branca não é obrigada, por lei, a respeitar a plataforma continental de 350 milhas náuticas de distância e os 4.000 quilômetros quadrados de fundos marinhos do Brasil, que estão definidos pela convenção.

Essa situação traz preocupações especiais ao governo brasileiro em relação à exploração de petróleo na camada do pré-sal.



Segurança

NELSON JOBIM MINISTRO DA DEFESA

"O Atlântico Sul responde a questões de segurança muito diferentes das do Atlântico Norte"

"A Otan não pode substituir a ONU"

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Qui Out 21, 2010 9:52 am
por Marino
PANORAMA POLÍTICO
Ilimar Franco
Amazônia azul
Em reunião fechada que antecedeu o ato de apoio de líderes do PV, Dilma Rousseff prometeu
preservar a "Amazônia azul", em referência ao mar territorial brasileiro, onde está o petróleo do pré-sal. O
termo é utilizado por militares.

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Qui Out 21, 2010 11:28 am
por FCarvalho
Jobim explicou ao Estado que o Brasil não entrará em entendimento com os EUA sobre essa questão porque o país não ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982. A rigor, isso significa que a Casa Branca não é obrigada, por lei, a respeitar a plataforma continental de 350 milhas náuticas de distância e os 4.000 quilômetros quadrados de fundos marinhos do Brasil, que estão definidos pela convenção.

Essa situação traz preocupações especiais ao governo brasileiro em relação à exploração de petróleo na camada do pré-sal.



Segurança

NELSON JOBIM MINISTRO DA DEFESA

"O Atlântico Sul responde a questões de segurança muito diferentes das do Atlântico Norte"

"A Otan não pode substituir a ONU"[/quote]


Cão que muito ladra, não morde. :?

De que adianta ficar falando que a OTAN não pode isso, não pode aquilo, se nós nem marinha temos para respaldar a argumentação do MinDef.

Onde está a nossa diplomacia das canhoneiras :?:

abs

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Qui Out 21, 2010 11:37 am
por Marino
Vai estar no futuro com os SN-BR. :lol: :lol: :lol:

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Qui Out 21, 2010 12:13 pm
por suntsé
FCarvalho escreveu:

Cão que muito ladra, não morde. :?

De que adianta ficar falando que a OTAN não pode isso, não pode aquilo, se nós nem marinha temos para respaldar a argumentação do MinDef.

Onde está a nossa diplomacia das canhoneiras :?:

abs
O que você iria sugerir que ele fise-se?

ahh? ja sei: Ja que somos fracos e não podemos porra nenhuma...podem fazer o que quisr na nossa área sem contar com nenhum protesto de nossa parte?

Eles esta fazendo o papel dele como ministro da defesa, alias se comportando como tal, marcando posição como ele fez acima. Ja passou a época que os poderosos faziam o que queriam conosco e nos ficavamos calados com o rabinho entre as pernas.

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Qui Out 21, 2010 9:33 pm
por Brasileiro
Interessante seria um exercício-resposta aqui no Atlântico Sul, lá no meião do mar azul. E envolvendo as marinhas daqui do sul, Argentina, Chile, África do Sul, se pá chamar os Indianos também. E nós, claro, com o A-12. Voando mais alto, com P-3BR. Em Abril próximo acho que já teremos esta força.
Como uma forma de mostrar a bandeira e que o Atlântico Sul é "pra nós aqui de baixo."



abraços]

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Sex Out 22, 2010 4:09 am
por suntsé
Brasileiro escreveu:Interessante seria um exercício-resposta aqui no Atlântico Sul, lá no meião do mar azul. E envolvendo as marinhas daqui do sul, Argentina, Chile, África do Sul, se pá chamar os Indianos também. E nós, claro, com o A-12. Voando mais alto, com P-3BR. Em Abril próximo acho que já teremos esta força.
Como uma forma de mostrar a bandeira e que o Atlântico Sul é "pra nós aqui de baixo."



abraços]
Seria interessante sim, mas isso é uma possibilidade longe da realidade. Eu acho que talves este tipo de parceria jamais vai acontecer.

Re: Última Fronteira do Brasil

Enviado: Sex Out 22, 2010 7:28 am
por moura
Olha acho que dessa turma aí pode tirar o Chile, esse como na mão dos EUA e do Reino Unido, e os outro há uma pequena posibilidade.