Fórum Defesa Brasil

alex escreveu: ↑Seg Out 01, 2018 2:11 pm As vezes as decisões que tomamos na vida causam consequências por décadas. Se a mais de 30 anos atrás a MB não tivesse tomado a infeliz decisão de construir estas corvetas do inferno e tivesse seguido em aprimorar versões da classe Niterói talvez estivéssemos melhor e ainda teríamos capacidade de projetar navios de médio porte. Enfim....

Na gestão do almirante Saboia existia um plano de se construir o que seria o batch II da classe Niterói otimizada para defesa aérea. Entretanto o almirantado optou pela classe Inhaúma.

Sds

Lord Nauta

Uma decisão do almirantado tomada com o fígado e não com a cabeça, diga-se de passagem. Mais uma vez faltou senso de realidade e praticidade.
Poderíamos na verdade ter optado por ambas as linhas de ação se eventualmente o suporte necessário a isso fosse dado pelo alto comando naval.
Ao que parece mesmo as lições da Armada argentina em 1982 de pouco valeram para fomentar ideias tão críveis quanto viáveis na MB.
Mas um dia a gente aprende.

abs.

Eu acredito nesses finalistas para o Programa Tamandare:

1) Fincantieri
2) ThyssenKrupp
3) Bae Systems

Gostaria que fosse acrescentado um 4º no shortlist, ou que um dos três fosse removido para a inclusão desse outro concorrente.

4) Ukrinmash.

Motivos: A Corveta ucraniana me agradou bastante em termos de sensores e armamentos considerados, como sonar rebocado além do de casco, 8 mísseis anti-navio em vez de 4, 2 canhões secundários Oerlikon 35mm em vez de 1, etc.
Os offset me agradaram muito também, como o Centro de manutenção de turbinas a gás no Brasil, os diques flutuantes e o Cruzador Classe Atlantis terminado e desarmado, pronto para receber sensores e armamentos novos.
E, sem ter acesso aos dados, acredito que o fator CUSTO deva ser um dos melhores entre os concorrentes.

O sonar rebocado tem relaçao direta com o emprego do navio. Se o objetivo é um meio ASW para atuar em alto mar, seria algo mandatorio para detectar submarinos em profundidades maiores. Se é apenas um meio costeiro, pode se prescindir disso.

Nao surpreende o numero maior de MANs. Os ucranianos tem uma herança sovietica (por mais que odeiem isso) e provavelmente veem os misseis antinavio como uma arma ofensiva e nao defensiva como as marinhas ocidentais que empregam suas fragatas com confortável apoio aéreo.

pmicchi escreveu: ↑Seg Out 01, 2018 6:42 pm O sonar rebocado tem relaçao direta com o emprego do navio. Se o objetivo é um meio ASW para atuar em alto mar, seria algo mandatorio para detectar submarinos em profundidades maiores. Se é apenas um meio costeiro, pode se prescindir disso.

Nao surpreende o numero maior de MANs. Os ucranianos tem uma herança sovietica (por mais que odeiem isso) e provavelmente veem os misseis antinavio como uma arma ofensiva e nao defensiva como as marinhas ocidentais que empregam suas fragatas com confortável apoio aéreo.

Sim. Eu acho uma capacidade muito desejável possui o sonar rebocado.

Acredito que os Ucranianos consigam um Preço mais baixo, por isso, talvez seja possível um navio Mais equipado.

Sabemos que os sensores e os sistemas de armas custam CARO.

Acredito que a MB terá que decidir entre um navio MAIS CARO, porém com MENOS equipamentos (sensores e armamentos).
Ou um navio MAIS BARATO, porém com MAIS sensores e armamentos.

Imagino dois exemplos:

A Type 31 inglesa com quase 3.700 toneladas de deslocamento, porém SEM sonar rebocado, com 4 MANSUP, um canhão 76 mm, um canhão 40 mm e 12 Sea Ceptor.
Ou uma Corveta 58300 da Ucrânia com deslocamento de 2.600 toneladas, porém COM sonar rebocado, com 8 MANSUP, um canhão 76 mm, DOIS canhões 35 mm Oerlikom Millennium e 16 Sea Ceptor.

o tamanho tambem influencia o alcance, tempo no mar e a navegabilidade. Creio que isso também é um fator a considerar

A MB parou de chamar estes navios de corvetas justamente pensando nisso. De projeto de corveta virou classe de navio.
Navegar no oceano Atlântico não é exatamente um passeio no parque dia de Domingo.
O tamanho influenciará com certeza as escolhas da MB.

abs.

Ucrânia?

Att.

FCarvalho escreveu: ↑Qua Out 03, 2018 12:46 pm A MB parou de chamar estes navios de corvetas justamente pensando nisso. De projeto de corveta virou classe de navio.
Navegar no oceano Atlântico não é exatamente um passeio no parque dia de Domingo.
O tamanho influenciará com certeza as escolhas da MB.

abs.

Que nao tem dinheiro pra corvetas de 2000t e fragatas 6000t, tem que se contentar com navios de 4000t. Se for isso, me parece coerente.

Eu até acho, que o projeto CV 3 servirá como teste para uma classe maior de navios projetados pela MB, tendo como base o casco da Classe Niterói, o projeto do casco, pertence a MB.

A MB nao recursos, nem necessidade, para dois modelos de escolta genérica. Nem com um modelo único acho que temos escala de produçao para um modelo próprio, muito menos para dois tipos de navio.

A mim faria mais sentido investir no projeto de NaPaOc da Engepron com sistemas e armamentos mais modestos e nacionais (que na verdade é muito semelhante à CV-03 nacional).

Luís Henrique escreveu: ↑Seg Out 01, 2018 4:43 pm Eu acredito nesses finalistas para o Programa Tamandare:

1) Fincantieri
2) ThyssenKrupp
3) Bae Systems

Gostaria que fosse acrescentado um 4º no shortlist, ou que um dos três fosse removido para a inclusão desse outro concorrente.

4) Ukrinmash.

Motivos: A Corveta ucraniana me agradou bastante em termos de sensores e armamentos considerados, como sonar rebocado além do de casco, 8 mísseis anti-navio em vez

Tira a TKMS e coloca a Damen.

Tira o Ukrinmash e coloca o GOA. É ele que está sendo usado para baixar as propostas daqueles que interessam à MB. Talvez ele assuma o lugar da BAE na SL.

P.S.: a ordem, eu não faço ideia. Mas a bola está com aqueles que eu citei.

A proposta da MB era obter 12 corvetas da classe Tamandaré. Depois baixou para 8. Um número minimamente razoável a fim de tornar o projeto economicamente viável e sustentável, tanto do ponto de vista tecnológico como comercial.
Uma segunda classe de navios é desejável em virtude das limitações que a classe Tamandaré apresentará.
Aproveitar o casco das Niterói seria um passo seguro e racional, já que conhecemos a fundo suas características e funcionalidades. Adicionar as alterações necessárias para torná-lo adequado a uma nova superestrutura seria algo bem mais rápido, fácil e econômico de fazer do que simplesmente sair do zero em um projeto novo. O mesmo se dá no caso do aproveitamento do projeto das Tamandaré.
A questão fulcral que temos agora na construção naval para a recomposição da esquadra é fomentar a industria naval e de defesa para suscitar uma capacidade mínima de sustento dos projetos da MB.
Afinal, gastar em reais é bem mais econômico do que em dólar.

abs.

Ah, mas aí não vai ficar um casco 'istelfi'... não sabe como funciona aqui, e os anos de verbas para um projeto no 'estado-da-arte' ?
Para, depois de tudo, não ser construído ou ser repassado a alguma empresa de fora que nem vai fazer muita questão de usar.

Sds

EduClau escreveu: ↑Qui Out 04, 2018 1:03 pm Ah, mas aí não vai ficar um casco 'istelfi'... não sabe como funciona aqui, e os anos de verbas para um projeto no 'estado-da-arte' ?
Para, depois de tudo, não ser construído ou ser repassado a alguma empresa de fora que nem vai fazer muita questão de usar.
Sds

A marinha hoje aparentemente está menos interessada em soluções pseudo-nacionalistas do que manter navios que possa chamar de seus. Não temos e nem estamos em condições de promover a nacionalização de navios de guerra. E tão cedo não estaremos. Perdemos o tempo para isso. Vai ficar para a próxima. Como das outras vezes perdidas.
Um dia a gente aprende.

abs.