Fórum Defesa Brasil

O mais intrigante é que, mesmo assim, tem gente que insiste em ignorar as explicações. Obviamente tem outros objetivos.

Olá Marino,

Muito obrigado pelas respostas da MB à imprensa ! Outras mais podemos ver em :

https://www.mar.mil.br/imprensa/respostas_a_imp.html

Sobre os 4 SBR (Submarinos Scorpène versão BR), pelo que eu pude colher nos textos :

O SBR será um Scorpène modificado e em versão nacional (em parte), com maior autonomia e raio de ação (maior capacidade de combustível e sobressalentes) e maiores intervalos entre períodos de manutenção.

"Quanto ao custo, cada submarino convencional está orçado, na média, em € 408 milhões (o
custo decresce para cada unidade adicional; o custo médio é esse)."

Pergunta : “A DCNS produziu com a Espanha a versão do leme em formato de cruz, conforme os modelos adquiridos pelo Chile. Mas agora a DCNS tem produzido, já não mais com participação espanhola, o Scorpène com o leme em formato de "X", o Marlin. A versão brasileira prevê qual tipo de leme, em cruz ou em X?”
Resposta : "Cabe, preliminarmente, esclarecer que a Marinha do Brasil (MB) não adquiriu exatamente o submarino Scorpène, mas, sim, o projeto do submarino convencional brasileiro (S-BR), derivado do projeto básico da DCNS, o Scorpène. E seus lemes, assim como o projeto básico, terão o formato de cruz."

"Não há versões padronizadas do Scorpène. A chamada versão brasileira (SM-BR, para os
franceses, S-BR, para a MB) resulta de alterações a serem introduzidas no projeto básico do
submarino de modo a aumentar-lhe a autonomia, raio de ação e o intervalo entre períodos de
manutenção, em face das necessidades operacionais decorrentes da vastidão de nossas águas
jurisdicionais.
Como resultado, nosso submarino terá cinco metros a mais (72 metros) do que o modelo
padrão (67 metros).
Quanto ao armamento, nossos submarinos serão dotados de torpedos de última geração, de longo alcance, guiados a fio, com microprocessamento de sinais e inteligência operacional para busca e reataque de alvos. São os torpedos de nome comercial “Black Shark”, produção conjunta da França e da Itália.
Além disso, serão dotados de mísseis SMM-39, a versão submarina dos mísseis EXOCET.
Os submarinos poderão, ainda, lançar minas."

"No que diz respeito aos convencionais, conforme já divulgado, entre os mais de 200 mil
itens que compõem o submarino, há mais de 36.000 produzidos no Brasil. Tomados linearmente, os números sugerem um percentual da ordem de 17%. Entretanto, há que se considerar que itens de custo muito elevado, como as baterias, serão fabricados aqui. Para maior facilidade de
entendimento, as baterias – para cada submarino - custam cerca de US$ 7 milhões e pesam 300 toneladas.
Assim, considerando os custos dos componentes, o percentual de nacionalização fica na
casa dos 20%. É necessário considerar, ainda, que a construção será feita no Brasil, com mão-de-obra local, o que responde por cerca de 25% do custo total do submarino. Tudo considerado, o índice de nacionalização dos convencionais será superior a 40% do custo.'"

Abraços,

Roberto

Olá pessoal,

Sobre essas informações repassadas pela MB à imprensa, acho que só falta a MB dar uma visão total do acordo Brasil-França no que tange aos submarinos, com custos dos 4 SBR (EUR 408 x 4 = EUR 1,632 bi) + 1 SNBR (aprox. US$ 1,5 bi = aprox. EUR 1.058 bi) + estaleiro de submarinos (EUR ?) + base naval de submarinos (EUR ?) + transferência de tecnologia (?) + etc (?) = EUR ? bi.

Abraços,

Roberto

rcolistete escreveu:Olá pessoal,

Sobre essas informações repassadas pela MB à imprensa, acho que só falta a MB dar uma visão total do acordo Brasil-França no que tange aos submarinos, com custos dos 4 SBR (EUR 408 x 4 = EUR 1,632 bi) + 1 SNBR (aprox. US$ 1,5 bi = aprox. EUR 1.058 bi) + estaleiro de submarinos (EUR ?) + base naval de submarinos (EUR ?) + transferência de tecnologia (?) + etc (?) = EUR ? bi.

Abraços,

Roberto

Em bom português a MB nos botou bem lá na frente, beeeeeem lá na frente mesmo.

É claro que todo e qq equipamento a ser adquirido terá de passar pelo crivo do IDHC. Isso posto, teremos o cremme de la cremme no lago brasileiro.

rcolistete escreveu: Quanto ao armamento, nossos submarinos serão dotados de torpedos de última geração, de longo alcance, guiados a fio, com microprocessamento de sinais e inteligência operacional para busca e reataque de alvos. São os torpedos de nome comercial “Black Shark”, produção conjunta da França e da Itália.

Estou a fazer confusão ou já li aqui que a MB nunca compraria o Black Shark porque não estava a ser usado pelos paises construtores?

Fomos os primeiros!!! Mas olha que os Franceses encomendaram tambem, julgo eu.

Legal a transparência da MB em suas respostas.

JLRC escreveu:

rcolistete escreveu: Quanto ao armamento, nossos submarinos serão dotados de torpedos de última geração, de longo alcance, guiados a fio, com microprocessamento de sinais e inteligência operacional para busca e reataque de alvos. São os torpedos de nome comercial “Black Shark”, produção conjunta da França e da Itália.

Estou a fazer confusão ou já li aqui que a MB nunca compraria o Black Shark porque não estava a ser usado pelos paises construtores?

A MB disse que não iria adquirir armamento, se esta arma não tivesse sido adotada pelas Forças Armadas do pais de origem.
Este era o caso do Black Shark, na licitação de fornecimento de armas submarinas de 98 a 2002.

Esta situação mudou porque:

Agora a França e a Itália já compraram o torpedo em questão.
A MB terá ampliação na interface de negociação e integração desta arma através deste novo acordo.
O processo de aquisição agora é totalmente diferente do anterior.


Sds Tupi

Submarinos terão crédito externo de 4,3 bilhões de euros

Roberto Godoy



O financiamento internacional coordenado pelo grupo bancário francês BNP Paribas, para custear o programa de renovação da frota de submarinos do Brasil, vai cobrir 4,3 bilhões de euros do valor total de 6,7 bilhões de euros.

A diferença, 1,4 bilhão de euros, terá contrapartida nacional da ordem de 598,2 milhões de euros assumida pelo governo. O vencimento final, projetado para 2031, combina, ao longo de 22 anos, prazos de carência e as parcelas de amortização. O pacote compreende o custeio das obras de um estaleiro e de uma base naval especializada até o teto de 1,8 bilhão de euros. Os recursos virão do Tesouro Nacional. O comunicado, da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial da União. O parceiro brasileiro é a Odebrecht Engenharia.

O negócio cobre a contratação na França de quatro submarinos diesel-elétricos, classe Scórpene, de 1.700 toneladas, a serem construídos no País, o desenvolvimento do casco de um submarino nuclear e as instalações civis em Itaguaí, no litoral sul do Rio.

De acordo com o BNP Paribas, a taxa de juros será de 5,50% ao ano. A carência é de seis meses após a entrega do primeiro submarino convencional, cerca de sete anos depois da assinatura dos compromissos secundários, prevista para setembro.

A taxa oferecida no início da negociação era de 5,38% cobrindo 85% da transação. Todavia, os técnicos brasileiros optaram por limitar essa cobertura apenas aos navios convencionais, estendendo a fiança do crédito para o casco do modelo atômico em até 95%, o que acabou determinando a elevação em 2,12%.

Submarinos – Veja os links para esclarecimentos oficiais já divulgadas sobre o assunto

Brasília, 13/08/2009 - Tendo em vista a grande quantidade de “press-releases” que estão chegando nos últimos dias às redações jornalísticas com informações equivocadas e raciocínios tortuosos sobre o programa de construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro, a Assessoria de Comunicação Social (Ascom) do Ministério da Defesa reitera que estão disponíveis na internet diversos esclarecimentos oficiais do Ministério e da Marinha do Brasil sobre o assunto.

Em uma rápida consulta, os interessados poderão obter esclarecimentos que os auxiliarão a firmar uma opinião própria sobre os fatos. Quem desejar se aprofundar mais no assunto, poderá consultar o item “ Respostas à Imprensa”, na página da Marinha, onde estão reunidas diversas respostas oferecidas pela Força ao longo dos meses, sem identificação do veículo demandante, com esclarecimentos mais detalhados sobre os projeto.


a) 17/07/2009 - DEFESA - Nota à Imprensa - O Programa de Desenvolvimento do Submarino de Propulsão Nuclear Brasileiro https://www.defesa.gov.br/imprensa/most ... ERIA=33253


b) SUBMARINO SCORPÈNE: A POSIÇÃO DA MARINHA
https://www.mar.mil.br/menu_v/ccsm/impr ... rpene.html


c) Marinha do Brasil - Respostas à Imprensa
https://www.mar.mil.br/imprensa/respostas_a_imp.html

d) A importância da construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro
Artigo do Almirante Júlio Soares de Moura Neto, Comandante da Marinha
Revista Techo News Abr-Mai/09
https://www.mar.mil.br/menu_v/marinha_n ... arinha.pdf

Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
ascom@defesa.gov.br
(061)3312-4071

Muito bom esses esclarecimentos. Não deixa dúvidas acerca do Projeto do Submarino Nuclear Brasileiro e a parceria com os franceses.

E como disse o colega forista, Vinícius Pimenta:
"O mais intrigante é que, mesmo assim, tem gente que insiste em ignorar as explicações. Obviamente tem outros objetivos."

Concordo plenamente.

Saudações.

Bom como antes tinha referido a falta ao prometido da HDW e como colocado por outros colega no tópico da MB:


Para compensar falta de contrapartidas
Consórcio alemão propõe a Portugal um submarino grátis
Por Graça Rosendo*
Os dois submarinos adquiridos por Portugal ao consórcio alemão, e que têm levantado tanta controvérsia, podem transformar-se em três. É que as contrapartidas previstas no contrato não estão a verificar-se – e o construtor propõe-se entregar um submarino a custo zero, avança a edição do SOL desta sexta-feira

Parece que o grego pode vir a ter novo dono, se aceitarmos.

soultrain escreveu:Bom como antes tinha referido a falta ao prometido da HDW e como colocado por outros colega no tópico da MB:


Para compensar falta de contrapartidas
Consórcio alemão propõe a Portugal um submarino grátis
Por Graça Rosendo*
Os dois submarinos adquiridos por Portugal ao consórcio alemão, e que têm levantado tanta controvérsia, podem transformar-se em três. É que as contrapartidas previstas no contrato não estão a verificar-se – e o construtor propõe-se entregar um submarino a custo zero, avança a edição do SOL desta sexta-feira

Parece que o grego pode vir a ter novo dono, se aceitarmos.

"Presente de grego"?

Pois pode ser...

Não acho mal não,mesmo porquê vão ter que entregá-lo funcionando a contento,portanto é melhor mais um pássaro na mão do que voando .

Sds.