Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil
Enviado: Ter Fev 09, 2010 5:59 pm
Isso aí é o projeto aquele de transporte escolar?
talharim escreveu:DIRETORIA DE SISTEMAS DE ARMAS
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO No- 1/2010
Objeto: Prestação de Serviços de Desenvolvimento de um Autodiretor.
Contratada: OMNISYS ENGENHARIA LTDA. Fundamento Legal:
Artigo 25, caput, da Lei 8.666/1993. Valor: R$ 42.367.310,00. Ratificação
em 08/02/2010 pelo VA ELIS TREIDLER ÖBERG (Diretor).
Esse aí é radar de busca de mísseis que a MB está desenvolvendo inteiramente nacional.
hahahahahhaha a MB é foda !
Mental Ray escreveu:Uia, tava vendo que essa Omnisys é em São Bernardo, do ladinho de casa.
talharim escreveu:DIRETORIA DE SISTEMAS DE ARMAS
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO No- 1/2010
Objeto: Prestação de Serviços de Desenvolvimento de um Autodiretor.
Contratada: OMNISYS ENGENHARIA LTDA. Fundamento Legal:
Artigo 25, caput, da Lei 8.666/1993. Valor: R$ 42.367.310,00. Ratificação
em 08/02/2010 pelo VA ELIS TREIDLER ÖBERG (Diretor).
Esse aí é radar de busca de mísseis que a MB está desenvolvendo inteiramente nacional.
hahahahahhaha a MB é foda !
Thales, gigante francesa dos radares, compra 51% da Omnisys,
empresa paulista de engenharia pioneira em radares nacionais
Mônica Teixeira
O negócio foi anunciado no Rio de Janeiro, no dia 23 de fevereiro: a Thales International, francesa, responsável pelos radares e centros de controle de tráfego aéreo que operam na maior parte do território brasileiro, comprou 51% da Omnisys Engenharia, empresa brasileira que atua na mesma área. A Omnisys, fundada e gerida por três engenheiros egressos da Elebra Defesa, é conhecida em seu mercado pelo fato de ter desenvolvido e construído um radar meteorológico, em parceria com a Atech; e como fornecedora de equipamentos e componentes eletrônicos para a Aeronáutica, para os satélites sino-brasileiros CBERS e para os sistemas de defesa de navios da Marinha. O acordo entre as empresas prevê que a direção da Omnisys permanece com seus fundadores, sob a supervisão de um Conselho de Administração; e que a empresa sediada em São Caetano do Sul se transformará na plataforma mundial de exportação de radares de longo alcance para controle de tráfego aéreo. Thales e Omnisys vão desenvolver em conjunto a tecnologia desses radares, no Brasil e na França simultaneamente — essa parte do acordo ajudou os diretores brasileiros a se decidirem pelo negócio.
"A Omnisys gosta de desenvolver", afirma o exultante Luiz Henriques, presidente da empresa — que, da fundação, em 1997, a 2006, saiu do zero para um faturamento de R$ 21 milhões e de três para 186 funcionários, 40 dos quais são engenheiros elétricos ou eletrônicos. "A empresa vai bem e respondemos, de início, que não queríamos vender. Mas a perspectiva de desenvolvermos em conjunto o radar de longo alcance foi o que nos convenceu." Um dos componentes mais importantes dos radares é a válvula magnetron. Esse dispositivo gera os sinais de alta freqüência que, emitidos pelo radar, e depois captados novamente, permitem a localização de objetos à distância. A tendência da tecnologia é substituir a magnetron por semicondutores. A Thales ainda não domina a tecnologia para fabricar radares de longo alcance — que, nos sistemas de tráfego aéreo, acompanham os aviões quando eles deixam a área dos aeroportos — baseados em semicondutores. Que engenheiro resistiria a embarcar nessa aventura? Os donos da Omnisys não resistiram. Isso, sem contar o dinheiro que receberam pela venda — sobre o qual ninguém fala nem uma palavra.
Os radares, a Fapesp e a Omnisys
Foram os radares — não os que controlam aviões, mas os meteorológicos — que me levaram à Omnisys. Desde o primeiro contrato, a empresa se instalou em São Caetano do Sul, no Grande ABC, e continua até hoje lá, agora em dois prédios na rua Lourdes. Em 2003, a Omnisys recebeu da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) R$ 800 mil, a fundo perdido, para aprender a fazer um radar meteorológico. O dinheiro veio por meio do PIPE, o programa dirigido a pequenas empresas interessadas em correr o risco de inovar. Os engenheiros da Omnisys, em parceria com a Atech, já haviam percebido um espaço no mercado para radares meteorológicos fabricados no País, e tomado a decisão de investir nessa oportunidade, quando ficaram sabendo do Programa para Inovação na Pequena Empresa. Apresentaram três projetos — um para desenvolver a antena, outro para o receptor e o terceiro para o emissor. Todos foram aprovados pela Diretoria Científica da instituição; e o radar da Atmos, a empresa que sacramentou a parceria Omnisys-Atech no empreendimento, hoje está instalado e operante em Mogi das Cruzes.
"Passamos de empresa que fazia partes de um sistema para empresa que desenvolve e fornece um sistema integrado completo", resume Henriques, sobre a importância do financiamento para a história da Omnisys. Dentro de sua área de atuação, a aprovação pela Fapesp foi, e ainda é, uma marca de credibilidade para a empresa. Fora da área de atuação, o carimbo da Fapesp tornou a empresa conhecida dos jornalistas. Para a Thales, acredita o engenheiro, foi distintivo da ousadia comercial, porque as empresas parceiras desenvolveram o radar sem ter nenhum cliente, e de capacidade tecnológica da Omnisys — portanto, ajudou a valorizar a empresa brasileira. A aquisição, no entanto, acabou com a Atmos — a Atech preferiu não ter a Thales, uma concorrente, como sócia.
A presença da Thales
Durante o passeio pelos prédios da empresa, o visitante pode ir entendendo melhor qual é a expertise da Omnisys. No andar de cima do prédio principal, salas de trabalho de engenheiros, um laboratório cheio de instrumentos de medida úteis para testar circuitos eletrônicos e uma sala limpa para montagem de componentes. Ao lado dela, uma câmara que produz temperaturas muito baixas. Essas novas salas são o resultado de cinco contratos da Omnisys com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para fornecer equipamentos que serão embarcados nos satélites CBERS 3 e 4. Embarcados nos satélites quer dizer: o equipamento tem de ser leve, ao mesmo tempo resistente a temperaturas que variam de cinco graus negativos a 50 positivos, e ainda ocupar o menor espaço possível. Tudo exige soluções especiais dos engenheiros. Noutro andar, estão equipamentos de guerra eletrônica da Marinha — isto é, equipamentos que vigiam o espaço aéreo em torno dos navios de guerra para protegê-los, por exemplo, da aproximação de mísseis. Além da Marinha, outro grande cliente da empresa é a Aeronáutica — há equipamentos marca Omnisys na Barreira do Inferno e em Alcântara, por exemplo. Aliás, a Aeronáutica vai instalar lá o primeiro radar meteorológico vendido pela Atmos.
Mais adiante no mesmo pavimento, um radar de um aeroporto de Cingapura funciona em regime de testes. O radar é Thales e foi modernizado pela Omnisys — por isso está "em observação". Fora da área estritamente pública — Marinha, Aeronáutica, Inpe —, a Thales foi sempre uma grande cliente da Omnisys. Na década de 1970, o governo brasileiro contratou com a multinacional francesa o fornecimento dos radares que, até hoje, controlam o tráfego aéreo no País — mesmo na Amazônia, em que se instalou o Sivam, com equipamentos da Raytheon, norte-americana, há radares da Thales. Em 2001, a francesa acertou um contrato de US$ 120 milhões para modernizar os radares do sistema de controle de tráfego aéreo fornecidos há 30 anos. Esta, por sua vez, contratou a Omnisys para instalar os radares modernizados — uma indicação feita pela cliente comum Aeronáutica.
"Éramos da Elebra Defesa", lembra Luiz Henriques, para explicar a forte participação dos militares entre os clientes da empresa; e de atividades da iniciativa do setor público. Pergunto se, nas mudanças de governo, a empresa não sofreu com a parada típica das trocas de administração. Ele diz que não: esses setores, de interesse do Estado, têm mais estabilidade. Se não fosse verdade, não haveria explicação para o crescimento constante da empresa. Subindo a rua Lourdes, chega-se ao segundo prédio. Para lá se mudou recentemente a parte administrativa; no térreo, funciona a parte de mecânica — que faz os consoles e caixas em que são acondicionados os equipamentos eletrônicos. Está lá também o espaço para as ampliações — que a associação com a Thales deverá trazer.
Como vai ser a associação
A Thales é uma gigante multinacional: 60 mil empregados em 50 países, vendas de 100 bilhões de euros em 2004, em três áreas principais — aeroespacial, defesa e soluções e serviços de tecnologia da informação. A companhia resultou da privatização da Thomson-CSF pelo governo francês em 1999, seguida e antecedida pela aquisição e fusão com outras companhias. O nome homenageia o matemático grego do Teorema de Thales (aquele sobre os ângulos entre retas paralelas cortadas por uma reta concorrente) e quis enfatizar o compromisso da nova empresa com a inovação. A Thales declara investir 18% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento (P&D); emprega 18,5 mil pessoas nessas atividades, 70% das quais são engenheiros. Sempre segundo seu site, o portfólio tem 15 mil patentes, às quais se acrescentam 1.800 por ano. Por que essa empresa — que faz pesquisa na fronteira do conhecimento, com 148 publicações em 2004 — vai desenvolver radar de longo alcance, estado sólido, aqui no Brasil, com a Omnisys, que em 2006 pretende faturar R$ 30 milhões e ainda não chegou a 200 funcionários?
"O Brasil é o grande cliente da Thales para radares de rota", argumenta Henriques. "Além disso, é mais barato fabricar aqui, e a política é descentralizar e fazer outsourcing". O presidente confia no acordo, que prevê o desenvolvimento compartilhado do novo radar, lá e aqui. "Vamos atuar juntos em todas as etapas", reafirma. Para financiar o investimento, Luiz pensa em buscar as novas linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas não tem ainda idéia de valores.
Ele não tem dúvida de que a associação com a gigante será boa para a empresa de desenvolvimento que fundou. Será que a Thales não vai demitir os engenheiros e deixar aqui só a fabricação e a engenharia mais rotineira? Não vai acontecer, garante. Tomara: a Omnisys é uma ex-pequena empresa brasileira muito valente e aguerrida.
Não é este que vão instalar nas Type 45???talharim escreveu:Esse radar de busca está sendo carinhosamente chamado de "F-22 Killer"
ou "Pak-Fa Terminator"talharim escreveu:Esse radar de busca está sendo carinhosamente chamado de "F-22 Killer"