Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Ter Ago 15, 2023 4:42 pm
A MB está entrando em outra sinuca de bico no começo da próxima década. "Haverá verba" para se produzir os Napa 500 em um processo que deve ultrapassar a construção das Tamandaré e dos Riachuelo, competindo com o subnuc por verbas.
Não houve até agora nenhuma decisão sobre os NaPaOc, que como visto na entrevista do Alte Cunha deve encontrar, talvez, solução em projeto nacional. Navios na faixa das 1800 ton ou pouco mais. São 12 navios pretendidos, e que não tem início previsto de sair do papel até o final desta década.
Como o atual contrato das Meko 100 teriam, segundo a MB, opção para mais 2 unidades, o processo construtivo destes navios poderá eventualmente se esticar até 2031, quando a sexta e última seria entregue. Depois disso, na verdade bem antes, é necessário negociar ou um segundo lote destes navios, ou compras de navios de oportunidade, ou outro modelo em nova licitação. De qualquer forma a MB não irá ficar, ou pensa não poder, apenas nas 4(6) fragatas da classe Tamandaré. Notar ainda que entre 2028 e 2033 apenas a Barroso estará em operação dos navios atuais da esquadra. Todas as Niterói, Inhaúma e T-22 serão retiradas de operação até o final desta década.
Uma solução paliativa para a negativa de um segundo lote das Tamandaré ou mesmo nova compra no exterior seria partir para a construção dos NaPaOc BR após o término da construção daqueles navios (2029 ou 2031), abrindo espaço para o investimento nestes neles. No começo da próxima década a esquadra estará reduzida na prática a 4(6) fragatas Tamandaré e a corveta Barroso. Há ainda a possiblidade de negociar mais submarinos da classe Riachuelo a fim de manter os investimentos em Itaguaí. Mas esta alternativa está cada vez mais longe, visto os hiatos materiais abertos hoje que não tem indicativos de solução em médio e longo prazo.
Existe ainda na agenda material da MB a exigência de soluções para os NaPaFlu e NaAuxFlu, dentre outros meios, para os 4o, 6o e 9o DN, que hoje operam com meios refugados de outros DN da marinha, ou que estão há décadas em operação.
Ainda maior problema será a substituição dos NAM Atlântico e do NDM Bahia, que devem dar baixa em no máximo 15 a 20 anos. Ou seja, teremos que iniciar o processo de substituição pelo menos 5 anos antes, a fim de dispor de planejamento e tempo para sua entrega antes dos navios darem baixa efetivamente. Em adendo, não houve e não há soluções previstas para os navios logísticos e\ou transporte, ou tanque. E o CFN segue carecendo de meios navais coerentes com a sua natureza anfíbia expedicionária.
Falta ainda solução também para a força de varredura e minagem, que até o momento não teve seus meios substituídos por navios novos. A MB agora fala na possibilidade de adaptar o projeto dos Napa 500 para esta missão. A ver se há de fato condições, e recursos, para tirar do zero um novo produto derivado do casco daqueles navios. Com a entrada em operação efetiva dos Riachuelo, e do próprio Alte Álvaro Alberto, a necessidade de renovar a força de contra minagem da marinha se torna premente, senão urgentíssima. Mas fato é que não temos nada em mãos em qualquer tempo previsto no planejamento.
A situação da aviação naval vou comentar no tópico dela.
Não houve até agora nenhuma decisão sobre os NaPaOc, que como visto na entrevista do Alte Cunha deve encontrar, talvez, solução em projeto nacional. Navios na faixa das 1800 ton ou pouco mais. São 12 navios pretendidos, e que não tem início previsto de sair do papel até o final desta década.
Como o atual contrato das Meko 100 teriam, segundo a MB, opção para mais 2 unidades, o processo construtivo destes navios poderá eventualmente se esticar até 2031, quando a sexta e última seria entregue. Depois disso, na verdade bem antes, é necessário negociar ou um segundo lote destes navios, ou compras de navios de oportunidade, ou outro modelo em nova licitação. De qualquer forma a MB não irá ficar, ou pensa não poder, apenas nas 4(6) fragatas da classe Tamandaré. Notar ainda que entre 2028 e 2033 apenas a Barroso estará em operação dos navios atuais da esquadra. Todas as Niterói, Inhaúma e T-22 serão retiradas de operação até o final desta década.
Uma solução paliativa para a negativa de um segundo lote das Tamandaré ou mesmo nova compra no exterior seria partir para a construção dos NaPaOc BR após o término da construção daqueles navios (2029 ou 2031), abrindo espaço para o investimento nestes neles. No começo da próxima década a esquadra estará reduzida na prática a 4(6) fragatas Tamandaré e a corveta Barroso. Há ainda a possiblidade de negociar mais submarinos da classe Riachuelo a fim de manter os investimentos em Itaguaí. Mas esta alternativa está cada vez mais longe, visto os hiatos materiais abertos hoje que não tem indicativos de solução em médio e longo prazo.
Existe ainda na agenda material da MB a exigência de soluções para os NaPaFlu e NaAuxFlu, dentre outros meios, para os 4o, 6o e 9o DN, que hoje operam com meios refugados de outros DN da marinha, ou que estão há décadas em operação.
Ainda maior problema será a substituição dos NAM Atlântico e do NDM Bahia, que devem dar baixa em no máximo 15 a 20 anos. Ou seja, teremos que iniciar o processo de substituição pelo menos 5 anos antes, a fim de dispor de planejamento e tempo para sua entrega antes dos navios darem baixa efetivamente. Em adendo, não houve e não há soluções previstas para os navios logísticos e\ou transporte, ou tanque. E o CFN segue carecendo de meios navais coerentes com a sua natureza anfíbia expedicionária.
Falta ainda solução também para a força de varredura e minagem, que até o momento não teve seus meios substituídos por navios novos. A MB agora fala na possibilidade de adaptar o projeto dos Napa 500 para esta missão. A ver se há de fato condições, e recursos, para tirar do zero um novo produto derivado do casco daqueles navios. Com a entrada em operação efetiva dos Riachuelo, e do próprio Alte Álvaro Alberto, a necessidade de renovar a força de contra minagem da marinha se torna premente, senão urgentíssima. Mas fato é que não temos nada em mãos em qualquer tempo previsto no planejamento.
A situação da aviação naval vou comentar no tópico dela.