Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17461 Mensagem por gusmano » Ter Jul 25, 2023 7:57 pm

Viking escreveu: Seg Jul 24, 2023 4:22 pm
J.Ricardo escreveu: Sex Jul 21, 2023 6:06 pm A tonelada dos nossos patrulhinhas esta saindo bem mais cara heim... ew banânia...

[009] [009] [009] [009] [009]

Horrivelmente mais caro. USS 35 milhões cada navio de 598 ton x USD 45 milhões por cada NaPaOc Cardama de 1.700 ton, construídos em apenas 18 meses.
E o tipo de informação comparativa que ''pega muito mal'' para os membros do almirantado. Porque um NaPa 500 BR tem custo comparativamente superior a um NaPaOc de 1.700 ton, com hangar e outras capacidades relevantes. Eu vou perguntar. Para mim e palhaçada. :evil: :evil: :evil:

Sds
Eu realmente quero crer que a diferença se explique em sistemas/armamentos/projeto, pq ton por ton.... fica feio de mais.

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17462 Mensagem por Strike91 » Qua Jul 26, 2023 11:12 am



Algo que espero ver no curto/médio espaço de tempo na marinha, abordo das novas fragatas BRs com os drones Naurus




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17463 Mensagem por FCarvalho » Qui Jul 27, 2023 4:14 pm

O primeiro passo foi dado com o EQ-1 e seus drones Scan Eagle. Vai levar tempo até criarmos doutrina consolidada. Mas ao menos saímos da estaca zero. A introdução de novos drones em outros meios navais vai demorar, creio, mas será uma adoção lenta e segura.
Eu gostaria muito de que as coisas fossem facilitadas com a adoção de modelos também lançados de terra para vigilância marítima, SAR, ISR e C4. Para isso já temos diversas soluções aqui podendo ser adotadas no curto prazo e a preços convidativos. É questão de saber priorizar.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17464 Mensagem por EduClau » Sáb Jul 29, 2023 12:42 pm

Do Estadão:
Marinha negocia novo contrato bilionário para concluir programa do submarino nuclear

Ao todo, já foram gastos R$ 40 bilhões com embarcações convencionais e com a base naval da nova frota, em Itaguaí; força quer construir navios-patrulha e canhão de laser

https://www.estadao.com.br/politica/mar ... o-nuclear/
Sds




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17465 Mensagem por FCarvalho » Dom Jul 30, 2023 1:17 pm

Esse tipo de chamada "jornalística" da matéria é daqueles que sem parecer ser crítico, critica abertamente - ainda que de forma indireta e velada - os valores investidos no projetos da marinha.
Fosse em outro meio da imprensa, e provavelmente isto passaria despercebido.
Mas quem se importa com o que a MB investe ou não em bases e navios...




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17466 Mensagem por mauri » Seg Jul 31, 2023 7:23 pm

FCarvalho escreveu: Dom Jul 30, 2023 1:17 pm Esse tipo de chamada "jornalística" da matéria é daqueles que sem parecer ser crítico, critica abertamente - ainda que de forma indireta e velada - os valores investidos no projetos da marinha.
Fosse em outro meio da imprensa, e provavelmente isto passaria despercebido.
Mas quem se importa com o que a MB investe ou não em bases e navios...
Me parece que o texto é do Famoso Godoy, então não é uma surpresa!!

Mas uma coisa me preocupa, assinar este contrato sem termos o combustível do reator certificado, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não aprovou nem sequer o projeto do Reator, que ja foi entregue há algum tempo, e nada de resposta, entregamos inclusive uma proposta para o estabelecimento de procedimentos especiais para a inspeção pela Agência Internacional mas informalmente sabemos que os EUA são totalmente contra qualquer aprovação.

Sem isso estamos sujeitos a sanções em razão dos tratados que assinamos que estabelecem salvaguardas para a não proliferação de armas atômicas, a desculpa sempre é a segurança nuclear com a preocupação deles em evitar a proliferação de material nuclear.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17467 Mensagem por Lucubus » Ter Ago 01, 2023 12:12 pm

mauri escreveu: Seg Jul 31, 2023 7:23 pm
FCarvalho escreveu: Dom Jul 30, 2023 1:17 pm Esse tipo de chamada "jornalística" da matéria é daqueles que sem parecer ser crítico, critica abertamente - ainda que de forma indireta e velada - os valores investidos no projetos da marinha.
Fosse em outro meio da imprensa, e provavelmente isto passaria despercebido.
Mas quem se importa com o que a MB investe ou não em bases e navios...
Me parece que o texto é do Famoso Godoy, então não é uma surpresa!!

Mas uma coisa me preocupa, assinar este contrato sem termos o combustível do reator certificado, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não aprovou nem sequer o projeto do Reator, que ja foi entregue há algum tempo, e nada de resposta, entregamos inclusive uma proposta para o estabelecimento de procedimentos especiais para a inspeção pela Agência Internacional mas informalmente sabemos que os EUA são totalmente contra qualquer aprovação.

Sem isso estamos sujeitos a sanções em razão dos tratados que assinamos que estabelecem salvaguardas para a não proliferação de armas atômicas, a desculpa sempre é a segurança nuclear com a preocupação deles em evitar a proliferação de material nuclear.
Não sei se o combustível ja foi certificado, mas a muitos anos ja foi testado na Noruega e parece passou com louvor




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17468 Mensagem por FCarvalho » Ter Ago 01, 2023 2:02 pm

mauri escreveu: Seg Jul 31, 2023 7:23 pm
FCarvalho escreveu: Dom Jul 30, 2023 1:17 pm Esse tipo de chamada "jornalística" da matéria é daqueles que sem parecer ser crítico, critica abertamente - ainda que de forma indireta e velada - os valores investidos no projetos da marinha.
Fosse em outro meio da imprensa, e provavelmente isto passaria despercebido.
Mas quem se importa com o que a MB investe ou não em bases e navios...
Me parece que o texto é do Famoso Godoy, então não é uma surpresa!!
Mas uma coisa me preocupa, assinar este contrato sem termos o combustível do reator certificado, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não aprovou nem sequer o projeto do Reator, que ja foi entregue há algum tempo, e nada de resposta, entregamos inclusive uma proposta para o estabelecimento de procedimentos especiais para a inspeção pela Agência Internacional mas informalmente sabemos que os EUA são totalmente contra qualquer aprovação.
Sem isso estamos sujeitos a sanções em razão dos tratados que assinamos que estabelecem salvaguardas para a não proliferação de armas atômicas, a desculpa sempre é a segurança nuclear com a preocupação deles em evitar a proliferação de material nuclear.
Como de outras vezes, os USA estão usando a AIEA para tentar acessar os dados sigilosos do reator do subnuc brasileiro. Fizeram e fazem isso sempre que as inspeções do programa nuclear da marinha é submetido a tais inspeções regulares. Os caras não perdem chance para tentar impedir que este projeto avance.

Não fosse os seguidos governos brasileiros a prejudicar o Programa indiretamente com a falta de investimentos regulares, nós já teríamos este navio pronto há muitos anos. Mas para quem consegue ferrar com todos os projetos estratégicos da área de defesa por conta própria, não precisa da ajuda ou intervenção de outrem para continuar na merda em que está.

A MB já enviou nova proposta de inspeção para a AIEA com a devida proteção dos dados sigilosos. Se vão concordar é outra coisa.

A ver se o governo atual não dá para trás.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17469 Mensagem por mauri » Ter Ago 01, 2023 9:49 pm

Lucubus escreveu: Ter Ago 01, 2023 12:12 pm
mauri escreveu: Seg Jul 31, 2023 7:23 pm

Me parece que o texto é do Famoso Godoy, então não é uma surpresa!!

Mas uma coisa me preocupa, assinar este contrato sem termos o combustível do reator certificado, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não aprovou nem sequer o projeto do Reator, que ja foi entregue há algum tempo, e nada de resposta, entregamos inclusive uma proposta para o estabelecimento de procedimentos especiais para a inspeção pela Agência Internacional mas informalmente sabemos que os EUA são totalmente contra qualquer aprovação.

Sem isso estamos sujeitos a sanções em razão dos tratados que assinamos que estabelecem salvaguardas para a não proliferação de armas atômicas, a desculpa sempre é a segurança nuclear com a preocupação deles em evitar a proliferação de material nuclear.
Não sei se o combustível ja foi certificado, mas a muitos anos ja foi testado na Noruega e parece passou com louvor
Não foi certificado com certeza, e pra piorar, o Bolsonaro ainda fez a merda de correr atrás da Russia, sem necessidade, pois a Russia numca certificou nada, agora esperamos que a França der uma ajudinha nisso, se quizer levar o contrato.

O Presidente francês está vindo ai pra nos visitar e trazer novidades!!

Abaixo a merda feita pelo Presidente anterior!!

https://opopular.com.br/mundo/recusa-do ... -1.2420736




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17470 Mensagem por gabriel219 » Qua Ago 02, 2023 8:38 am

mauri escreveu: Ter Ago 01, 2023 9:49 pm Não foi certificado com certeza, e pra piorar, o Bolsonaro ainda fez a merda de correr atrás da Russia, sem necessidade, pois a Russia numca certificou nada, agora esperamos que a França der uma ajudinha nisso, se quizer levar o contrato.

O Presidente francês está vindo ai pra nos visitar e trazer novidades!!

Abaixo a merda feita pelo Presidente anterior!!

https://opopular.com.br/mundo/recusa-do ... -1.2420736
De onde você tirou que não foi certificado?

Mas claro, um país dá uma suposta negativa de certificação do combustível nuclear, é uma "merda" irmos atrás de outro para conseguir tal certificação - isso considerando o que você disse, o que está ERRADO. "Russos nuMca certificou nada", claro, MOX para reatores LWR e FR (BN-800) foi certificado pelo EUA, acredite!

Pergunta aos Indianos quem ajudaram eles no entendimento de combustível nuclear.

A única coisa que a Marinha quer para o combustível é um carimbo, pois todo o processo do combustível já está pronto antes até mesmo do Bolsonaro assumir.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17471 Mensagem por Lucubus » Qua Ago 02, 2023 9:30 am

https://www.pontodevistaonline.com.br/m ... a-noruega/

interessante é que o combustível enriquecido que sai das cascatas da INB ja abastecem as usinas de Angra e ja foi exportado para a usina argentina de Atucha..... pra usina civil pode e para submarino não pode???? eu so queria entender




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17472 Mensagem por gabriel219 » Qua Ago 02, 2023 10:22 am

@Lucubus é treta da AIEA e quem manda nela nós sabemos perfeitamente. Esses caras conseguem travar até avanços Europeus, de vez em quando, mas o EUA faz o que quer em casa ou quem o EUA aprova, como era o caso do Irã até 2017. A Marinha só quer um selo, apenas isso, mas o problema maior é que o pessoal da AIEA entende o conhecimento que o Brasil tem na área e vive dando entrave sem qualquer sentido, justamente para atrasar o desenvolvimento nuclear Brasileiro, tanto em Fissão quanto Fusão. Acredite, já conversei com quem presencia esse tipo de coisa, como gente da USP - a única ala boa da USP, infelizmente - e me falam do péssimo relacionamento com essa galera e fazem décadas.

Se vocês soubessem o quão somos avançados e autossuficientes em Tecnologia Nuclear, pra absolutamente qualquer uso, ficariam assustados e surpresos. Torno a dizer, tanto o reator quanto o combustível estão prontos, a única coisa necessária é o selo e tudo isso foi de desenvolvimento e criatividade nacional.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17473 Mensagem por mauri » Qua Ago 02, 2023 10:36 am

gabriel219 escreveu: Qua Ago 02, 2023 8:38 am
mauri escreveu: Ter Ago 01, 2023 9:49 pm Não foi certificado com certeza, e pra piorar, o Bolsonaro ainda fez a merda de correr atrás da Russia, sem necessidade, pois a Russia numca certificou nada, agora esperamos que a França der uma ajudinha nisso, se quizer levar o contrato.

O Presidente francês está vindo ai pra nos visitar e trazer novidades!!

Abaixo a merda feita pelo Presidente anterior!!

https://opopular.com.br/mundo/recusa-do ... -1.2420736
De onde você tirou que não foi certificado?

Mas claro, um país dá uma suposta negativa de certificação do combustível nuclear, é uma "merda" irmos atrás de outro para conseguir tal certificação - isso considerando o que você disse, o que está ERRADO. "Russos nuMca certificou nada", claro, MOX para reatores LWR e FR (BN-800) foi certificado pelo EUA, acredite!

Pergunta aos Indianos quem ajudaram eles no entendimento de combustível nuclear.

A única coisa que a Marinha quer para o combustível é um carimbo, pois todo o processo do combustível já está pronto antes até mesmo do Bolsonaro assumir.
Carimbo importantíssimo meu amigo, pois sem ele estamos sujeitos as mais diversas retaliações legais possíveis, pois assinamos tratados sobre isso, nem Russia e nem India assinaram estes tratados.

Agora, se você já sabe que o nosso combustível foi certificado, por favor me manda o link do site da AIEA, acho que nimguem aqui sabe disso, o que sabemos foi dos testes feitos com sucesso em dois grandes centros nucleares da europa.

Agora se você acha certo pedir ajuda a Russia, o problema é seu, se um governo eleito fez esta besteira e achou certo, imagine um humilde membro deste grupo!!

Tenha um bom dia!




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17474 Mensagem por mauri » Qua Ago 02, 2023 10:51 am

Lucubus escreveu: Qua Ago 02, 2023 9:30 am https://www.pontodevistaonline.com.br/m ... a-noruega/

interessante é que o combustível enriquecido que sai das cascatas da INB ja abastecem as usinas de Angra e ja foi exportado para a usina argentina de Atucha..... pra usina civil pode e para submarino não pode???? eu so queria entender
O Convênio Brasil e Argentina e a exportação de combustível já foi aprovado pela AIEA e a utilização para uso civil tambem, abaixo transcrevo uma portaria conjunta neste sentido, pra você ter uma ideia de como funciona!!

Destacando a importância da cooperação entre os órgãos reguladores das Partes para facilitar o intercâmbio e o comércio, entre
elas, de produtos e serviços relacionados à atividade nuclear;
Salientando que as Partes são membros do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA) e do Grupo de Provedores Nucleares (NSG), e subscreveram o Tratado para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Tratado de Tlatelolco), o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e
o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBT);
Tendo presente o Acordo de Cooperação entre o Governo da República Argentina e o Governo da República Federativa do Brasil para o Desenvolvimento e Uso da Energia Nuclear para Fins Pacíficos, firmado em Buenos Aires, em 17 de maio de 1980, o Acordo entre a República Argentina e a República Federativa do Brasil para Uso da Energia Nuclear para Fins Pacíficos, firmado em Guadalajara, em 18 de julho de 1991, a existência do Comitê Permanente Argentino-Brasileiro de Política Nuclear e demais compromissos assumidos pelas Partes em matéria de uso da energia nuclear para fins pacíficos;
As Partes resolvem:
Artigo 1º
Do Objeto
O presente Protocolo Adicional tem por objeto estimular a cooperação na regulação da atividade nuclear. Para tanto, as Partes
poderão:
i) Realizar estudos conjuntos com vistas à harmonização dos sistemas normativos das Partes na área nuclear, com ênfase nas normas sobre transporte de material radiativo e licenciamento de agentes de radioproteção.
ii) Cooperar nas áreas de segurança radiológica, nuclear, de transporte e dos dejetos radiativos, em especial no intercâmbio de
experiências, assistência mútua e participação em atividades conjuntas.
iii) Realizar estudos na área de regulação nuclear, a fim de identificar ações concretas relativas ao intercâmbio e comércio entre
as Partes de produtos e serviços que envolvam radioisótopos e o uso de radiações ionizantes.
iv) Elaborar normas administrativas para facilitar as operações de importação exportação de fontes e materiais radiativos entre
as Partes.
v) Desenvolver conjuntamente métodos e técnicas, realizar estudos e trocar experiências com vistas à melhor implementação de
salvaguardas nacionais.
vi) Cooperar em matéria de proteção física, prevenção do tráfico ilícito de materiais nucleares e outros materiais radiativos, bem
como de segurança física em práticas que envolvam o uso de materiais radiativos.
Artigo 2º
Dos Meios
i) O Comitê Permanente Argentino-Brasileiro de Política Nuclear (CPPN) será o órgão responsável pela identificação de propostas e projetos de cooperação nas áreas mencionadas no artigo precedente, bem como pela determinação das formas pelas quais essas propostas e projetos podem ser concretizados.
ii) Para tanto, o CPPN criará, em prazo não superior a 60 dias a contar da data de assinatura deste Protocolo Adicional, um ou mais grupos de trabalho para cada um dos temas objeto deste Protocolo Adicional. Para esse fim, o CPPN terá absoluta liberdade e poderá reunir-se ou comunicar-se por meio eletrônico, ficando estabelecido que as unidades temáticas de ambas as Chancelarias serão, para esse efeito, os pontos focais.
iii) Os grupos de trabalho assim formados terão ampla liberdade para organizar sua forma de trabalho, podendo reunir-se sempre que necessário e quantas vezes isso for possível, bem como avançar seu trabalho por meio de comunicações eletrônicas. No entanto, deverão entregar ao CPPN, em prazo não superior a 120 (cento e vinte) dias a partir de sua constituição, documento com as propostas e projetos identificados, bem como as sugestões que considerem apropriadas para a implementação dos mesmos, inclusive aspectos écnicos, financeiros, logísticos, comerciais, de propriedade intelectual e autoria.
iv) A partir da data de recebimento dos documentos produzidos no âmbito dos grupos de trabalho, o CPPN terá 0 (sessenta) dias para fazer chegar aos Governos dos dois países, por meio das respectivas chancelarias, as propostas ou os projetos concretos de cooperação, cuja execução será anualmente avaliada pelo CPPN.
Artigo 3º
Do Uso para Fins Pacíficos
A cooperação que surja em decorrência deste Protocolo será pautada pelos compromissos assumidos pela Argentina e pelo Brasil sobre o uso de energia nuclear para fins pacíficos, e se sujeitará às medidas de verificação, vigentes nos dois países, acordadas com o Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA) e a Agência Brasileira-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC). As transferências, a terceiras partes, de material, equipamento ou tecnologia nucleares que eventualmente se permutem, somente serão realizadas com o consentimento prévio da outra Parte.
Artigo 4º
Da Duração
O presente Protocolo Adicional entrará em vigor na data de sua assinatura e terá duração ilimitada, podendo ser denunciado por qualquer uma das Partes mediante comunicado escrito feito com antecedência de um mês. A denúncia do presente Protocolo Adicional não afetará a conclusão das ações de cooperação que tiverem sido iniciadas durante sua vigência.
Feito em Puerto Iguazu, aos 30 dias do mês de novembro de 2005, em dois exemplares autênticos, em português e em espanhol.
Pela República Federativa do Brasil
CELSO AMORIM
Ministro de Estado das Relações Exteriores
Pela República Argentina
RAFAEL ANTONIO BIELSA
Ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#17475 Mensagem por FCarvalho » Qua Ago 02, 2023 1:32 pm

O problema nunca foi se o que fazemos está pronto ou não, serve ou não, mas os interesses norte americanos que abertamente são contra qualquer tipo de avanço tecnológico do Brasil na área nuclear. E isso desde os acordos com os alemães na década de 1970 para as usinas nucleares.
Desde essa época, ou talvez até antes, pois o governo militar já pensava nisso há muito tempo, os nortes americanos dificultam toda e qualquer ação nossa no sentido de prover recursos, pessoal e tecnologia para o setor.
Não é diferente com o programa espacial brasileiro.
Não esperem que a AIEA seja boazinha e dê um selo para nós de bom grado, porque isso não vai acontecer.
Resta saber como o atual governo irá respaldar, ou não, a proposta enviada novamente pelo comando da marinha a fim de encerrar mais este imbróglio.
E se resolverem não dar o selo por causa de alguma "inconformidade", a coisa toda vai ficar bem mais difícil, já que por aqui nada na área da defesa tem real valor estratégico para a gestão do momento.




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