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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Set 24, 2022 10:52 pm
por FCarvalho
Viking escreveu: Sáb Set 24, 2022 8:25 pm
FCarvalho escreveu: Qua Set 21, 2022 8:17 pm Olá @Viking
Tens disponível as informações desse RFQ para o navio de patrulha oceânico que possa nos dispor aqui para leitura :?:
Prezado colega, saudações.
O RFQ - Request For Quotation indicou como principais características para os NaPaOc planejados os seguintes itens:
- Deslocamento de até 2.100 ton.
- comprimento de 100 metros.
- boca de 17 metros.
- calado de 6 metros.
- autonomia mínima superior a 25 dias.
- capacidade de operar canhão de médio calibre.
- capacidade de operar conjuntamente helicóptero e SARP.
Sds
Uma outra ideia ao invés da compra pura e simples de um navio já pronto, que tem lá seus prós e contras, como tudo na vida, poderia pedir aos interessados qual seria o custo de adaptar o projeto do CPN para os requisitos expostos no RFQ.
Vai que dá certo... e mais barato. :wink:

Imagem

https://www.marinha.mil.br/cpn/

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Ter Out 11, 2022 5:45 pm
por arcanjo
ABIMAQ visita estaleiro construtor do novo Navio de Apoio Antártico

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidYsA6nWOdCc67v-nsqFnWDYrc8PLqjT_8nvwCu1K2ta_1ccTxgn2LR_SRJOTQzBKpiUZvyqjciH_g9-0tFccU8oJq8NXs4cBhRsu_l81UO0n5FBUR940xHPeCNjClsCiqkBpS1YUSg-8l68r_w7k3UmOAZQiwFotl-HiRFal7VowIfuMQzNpy-YqWIA/s1000/navio-de-apoio-antartico-napant.jpg

https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... or-do.html

abs.

arcanjo

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sex Dez 02, 2022 4:58 pm
por Viking
O almirante Cunha (Diretor Geral de Material da Marinha) em entrevista, na EURONAVAL, concedida ao Felipe Salles do Base Militar Vídeo Magazine destacou as seguintes informações referentes ao Reaparelhamento da Marinha:

1. A MB não possui planos á médio prazo para a construção de navios-aeródromo.

2. Existe a intenção de obtenção de sistemas autônomos para a guerra de minas, além de NCM ou somente estes.

3. Até 2024 deverá ocorrer o início do programa de obtenção de NaPaOc de 1.800/2.000 ton com a obtenção de 4/5 navios. Este segundo o almirante e uma prioridade da MB. Entretanto não existe no momento alocação de recursos.

4. Está em estudos o modelo de negócios para a construção de 10/12 NaPa 500BR, sendo que os recursos serão da EMGEPRON. A ideia e construir estes navios no AMRJ e no CNI.

5. As FCT devem ser entregues a MB em 2025, 2027, 2028 e 2029. A MB segue planejando mais 2 navios. Estes navios que serão de uma outra categoria, com diferenças em felação as MEKO A100 MB. Eu acredito que serão MEKO A 200.

Entretanto causou supressa o almirante declarar quase enfaticamente que estes seis navios atendem a MB quanto ao número de navios de escolta. Até a pouco tempo haviam declarações que a meta seria 12 fragatas novas. Fiquei supresso com a fala do almirante Cunha sobre este quantitativo, em minha opinião ...melhor não comentar. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Outro detalhe foi mencionar 10/12 Napa 500 e 4/5 NaPaOc. Esta fala pode indicar 2 NaPa 500 e 1 NaPaOc a menos. Entretanto o que me surpreendeu foi o quantitativo de navios de escolta.
Fiquei indagando como um país com 95% do comercio dependendo do mar, 80% produção de petróleo no mar e ter a sua frente todo o AS pode ter uma Marinha que planeja ter apenas 6 navios de escolta na próxima década.

O almirante Cunha quando falou do programas não mencionou o PROHIDRO, os Avisos de Instrução, a substituição do NE Brasil e do Gastão Motta e o PRONANF. Acredito que com exceção do PROHIDRO e dos Avisos de Instrução os outros programas deixaram de ser prioridade.

Concluindo : - Caso não ocorra uma alteração de planejamento que contemple pelo menos as 12 FFG, navios de apoio logístico e a substituição dos Mattoso Maia e do Almirante Saboia a MB esta caminhando para assumir peremptoriamente que e uma Guarda Costeira.


Sds

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sex Dez 02, 2022 10:02 pm
por joabraga13
Viking escreveu: Sex Dez 02, 2022 4:58 pm O almirante Cunha (Diretor Geral de Material da Marinha) em entrevista, na EURONAVAL, concedida ao Felipe Salles do Base Militar Vídeo Magazine destacou as seguintes informações referentes ao Reaparelhamento da Marinha:

1. A MB não possui planos á médio prazo para a construção de navios-aeródromo.

2. Existe a intenção de obtenção de sistemas autônomos para a guerra de minas, além de NCM ou somente estes.

3. Até 2024 deverá ocorrer o início do programa de obtenção de NaPaOc de 1.800/2.000 ton com a obtenção de 4/5 navios. Este segundo o almirante e uma prioridade da MB. Entretanto não existe no momento alocação de recursos.

4. Está em estudos o modelo de negócios para a construção de 10/12 NaPa 500BR, sendo que os recursos serão da EMGEPRON. A ideia e construir estes navios no AMRJ e no CNI.

5. As FCT devem ser entregues a MB em 2025, 2027, 2028 e 2029. A MB segue planejando mais 2 navios. Estes navios que serão de uma outra categoria, com diferenças em felação as MEKO A100 MB. Eu acredito que serão MEKO A 200.

Entretanto causou supressa o almirante declarar quase enfaticamente que estes seis navios atendem a MB quanto ao número de navios de escolta. Até a pouco tempo haviam declarações que a meta seria 12 fragatas novas. Fiquei supresso com a fala do almirante Cunha sobre este quantitativo, em minha opinião ...melhor não comentar. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Outro detalhe foi mencionar 10/12 Napa 500 e 4/5 NaPaOc. Esta fala pode indicar 2 NaPa 500 e 1 NaPaOc a menos. Entretanto o que me surpreendeu foi o quantitativo de navios de escolta.
Fiquei indagando como um país com 95% do comercio dependendo do mar, 80% produção de petróleo no mar e ter a sua frente todo o AS pode ter uma Marinha que planeja ter apenas 6 navios de escolta na próxima década.

O almirante Cunha quando falou do programas não mencionou o PROHIDRO, os Avisos de Instrução, a substituição do NE Brasil e do Gastão Motta e o PRONANF. Acredito que com exceção do PROHIDRO e dos Avisos de Instrução os outros programas deixaram de ser prioridade.

Concluindo : - Caso não ocorra uma alteração de planejamento que contemple pelo menos as 12 FFG, navios de apoio logístico e a substituição dos Mattoso Maia e do Almirante Saboia a MB esta caminhando para assumir peremptoriamente que e uma Guarda Costeira.


Sds
Haver uma redução na quantidade de navios escolta atualmente é compreensível, entretanto uma redução de 18 para 6, sendo 4 "fravetas", é uma mudança de proporção e capacidade de desdobramento da Força. É no mínimo decepcionante essa notícia, mas vendo a forma como a Marinha trata seus projetos, não me surpreende.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Dez 03, 2022 12:24 am
por Viking
De fato a informação mais precisa que eu tinha e que a meta para a década de 2030 seriam 12 navios de escolta, sendo a principio as 4 FCT e as MEKO A200. Poderia até ocorrer em função de recursos que entre estes 12 navios alguns teriam 5.500/6500 ton. No caso dos navios maiores a TKMS poderia construir as MEKO 300. Esta meta a principio não seria impossível, em vários anos de financiamento e considerando a importância do mar para a economia do país.
Em se confirmando o que foi dito e simplesmente decepcionante. As FCG e as CCI não terão suas substituições. :( :( :(

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Dez 03, 2022 11:08 pm
por FCarvalho
Viking escreveu: Sex Dez 02, 2022 4:58 pm O almirante Cunha (Diretor Geral de Material da Marinha) em entrevista, na EURONAVAL, concedida ao Felipe Salles do Base Militar Vídeo Magazine destacou as seguintes informações referentes ao Reaparelhamento da Marinha:

1. A MB não possui planos á médio prazo para a construção de navios-aeródromo.
Conforme o PEM2040, ainda temos mais 18 anos para decidir o que vamos fazer da vida em matéria de Nae. E até lá, se não forem resolvidos os problemas mais básicos, fica para o próximo plano, ou século.

2. Existe a intenção de obtenção de sistemas autônomos para a guerra de minas, além de NCM ou somente estes.
Isso é muito bom. Já há uma iniciativa da MB com IES de São Paulo neste sentido. Esperemos que saia algo de bom, e concreto.

3. Até 2024 deverá ocorrer o início do programa de obtenção de NaPaOc de 1.800/2.000 ton com a obtenção de 4/5 navios. Este segundo o almirante e uma prioridade da MB. Entretanto não existe no momento alocação de recursos.
Vai depender da MB decidir pelo mesmo sistema de financiamento das FFT via Engepron, que não mexe com o tal teto de gastos, por financiamento externo, ou outro qualquer, contando é claro, com o beneplácido do futuro governo, ou não.

4. Está em estudos o modelo de negócios para a construção de 10/12 NaPa 500BR, sendo que os recursos serão da EMGEPRON. A ideia e construir estes navios no AMRJ e no CNI.
Julgo ser o mesmo sistema de financiamento das CCT para escapar do teto de gastos e dos onipresentes cortes orçamentários. Ou pode ser também feito via FMM, que até agora a lei que previa 10% dos recursos destes fundos para investimento e custeio dos meios de patrulha não ter saído do lugar até agora.

5. As FCT devem ser entregues a MB em 2025, 2027, 2028 e 2029. A MB segue planejando mais 2 navios. Estes navios que serão de uma outra categoria, com diferenças em relação as MEKO A100 MB. Eu acredito que serão MEKO A 200.
Também acredito que sejam Meko 200. Depois dessa apelação da versão mais anabolizada que se poderia tirar das Meko A100, que foram projetadas para serem no máximo corvetas ou fragatas leves, não é preciso dizer que a MB irá demandar algo maior, algo que procura obter desde o PAEMB I, de décadas atrás.

Entretanto causou supressa o almirante declarar quase enfaticamente que estes seis navios atendem a MB quanto ao número de navios de escolta. Até a pouco tempo haviam declarações que a meta seria 12 fragatas novas. Fiquei supresso com a fala do almirante Cunha sobre este quantitativo, em minha opinião ...melhor não comentar. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Ele deve ter falado isso levando em consideração todos os projetos de navios a serem construídos e operados nos próximos vinte anos. Com a dotação orçamentária de custeio e investimento diminuindo ano a ano para salários e pensões, não se poderia esperar coisa diferente. Será muito caro manter apenas 4 classe Riachuelo mais o SNB Álvaro Alberto, além de custear a produção e manutenção das FFT ao longo dos próximos 7 anos. E ainda temos os patrulha para produzir, mesmo em quantidades tão pequenas. Um NaPaOc não sai por menos de US 60 a 80 milhões a unidade. E navios praticamente pelados. Para o que a MB quer, julgo que serão no mínimo uns 100 a 120 milhões. E tenhas certeza, a MB não vai fazer deles apenas patrulhas, vide a nossa eterna pobreza em investimento na esquadra. Na hora que precisar, eles viram escoltas rapidinho. E tem muitas outros hiatos cada vez maiores que ainda precisam de respostas que não temos como preencher agora por simples falta de perspectiva de recursos. Vida de pobre é sodas... :roll:

Outro detalhe foi mencionar 10/12 Napa 500 e 4/5 NaPaOc. Esta fala pode indicar 2 NaPa 500 e 1 NaPaOc a menos. Entretanto o que me surpreendeu foi o quantitativo de navios de escolta. Fiquei indagando como um país com 95% do comercio dependendo do mar, 80% produção de petróleo no mar e ter a sua frente todo o AS pode ter uma Marinha que planeja ter apenas 6 navios de escolta na próxima década.
Nauta, creio que o almirantado finalmente caiu na real e entendeu que nada do que eles queiram, peçam ou digam ser necessário à Marinha jamais será levado a sério pelo poder político nacional. Foi uma lição dura e melancólica a ser apreendida. Não se pode confiar em palavra de políticos neste país. Ainda mais em um tema que em nada lhes atende os interesses pessoais. É só olhar para a realidade da MB hoje. E agora com um novo governo aí, muito maior deve ser a seriedade das decisões a se tomar. Serão dias difíceis. E dos projetos que tenham um contrato assinado, vamos levando do jeito que dá. Quanto aos que ainda precisam de um, seja o que Deus quiser. Quem sabe com argumentos do tipo emprego e renda no Brasil para brasileiros, saia senão tudo, ao menos alguns dos navios mencionados.

O almirante Cunha quando falou do programas não mencionou o PROHIDRO, os Avisos de Instrução, a substituição do NE Brasil e do Gastão Motta e o PRONANF. Acredito que com exceção do PROHIDRO e dos Avisos de Instrução os outros programas deixaram de ser prioridade.
Simplesmente não tem verba para tudo. É preciso priorizar. E das prioridades, se priorizar o que for mais urgente. Simples assim. O resto fica para quando um dia quem sabe o tempo melhorar.

Concluindo : - Caso não ocorra uma alteração de planejamento que contemple pelo menos as 12 FFG, navios de apoio logístico e a substituição dos Mattoso Maia e do Almirante Saboia a MB esta caminhando para assumir peremptoriamente que e uma Guarda Costeira.
Uma coisa está clara para a MB. Se a nova gestão se segurar no poder nos próximos 8 anos, o futuro que aguarda a MB é ser o que ela na verdade sempre foi, ainda que mal e porcamente, que é ser uma guarda costeira tamanho XXG.

Sds

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sex Dez 09, 2022 4:35 pm
por P44

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sex Dez 09, 2022 10:26 pm
por FCarvalho
Queriam tanto uma fragata que acabaram arrumando um navio que não é nem corveta e nem de fragata.
Porque não se consegue fazer as coisas simples por aqui... :roll:
O preço de uma FCT daria para comprar duas corvetas Meko A100 de 2500 mil ton sem frescuras e ainda sobrava um trocado para outras coisas na seara da PDI nacional.
Mas é sempre mais legal reinventar a roda. :?

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Dez 10, 2022 6:25 am
por EduClau
Maiores e menos armadas que as fravetas colombianas.

Imagem

sds

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Jan 23, 2023 6:22 pm
por SantaCatarinaBR
O Rio de Janeiro tem 20 estaleiros, 18 privados e 2 estatais ligados a Marinha do Brasil, será que a quantidade de estaleiros privados influi na capacidade da Indústria Naval de Defesa?


Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Ter Jan 24, 2023 3:49 pm
por FCarvalho
Não só influi como é fator de referência na hora de decidir se podemos ou não ter aqui no longo prazo uma indústria naval de defesa no longo prazo.
A maioria dos estaleiros privados aqui não produz mais navios de alta complexidade, e perdemos muito conhecimento ao longo das últimas décadas quando o setor de construção naval foi jogado as favas, e à própria sorte.
Hoje é difícil encontrar quem queira, e se disponha, a investir no setor militar dadas as óbvias implicações na questão financeira e orçamentária da MB.
Se defesa fosse um assunto sério no Brasil, talvez muitos dos estaleiros navais brasileiros que detém boas capacidade de projeto e construção se dariam o trabalho de investir mais em P&D na seara militar a fim de suportar os projetos e programas da MB. Mas isso já faz tempo é basicamente insustentável no Brasil.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Jan 30, 2023 10:52 am
por Viking



Prezados colegas, saudações.

O vídeo com recorte de palestra do almirante Edésio referente a participação da EMGEPRON nos programas da MB divulga informações interessantes sobre o PRONAPA.
Aproveitei e destaquei alguns pontos referentes a este programa.

1. Os NaPaOc de fato deverão ter pelo menos 2.000 ton. de deslocamento. As características gerais devem ser semelhantes aos NaPaOc da classe Amazonas. Apesar de não ter sido mencionado a existência de Hangar este esta previsto nos REM para a classe, ampliando as capacidades destes navios para operação de helicópteros e SARP.

2. Os NaPa 500BR devem substituir 1x1 os NaPa classe Grajaú nos próximos 10 anos, sendo assim a previsão e de 12 unidades.

3. A construção do primeiro NaPa 500 BR, para dar inicio a visibilidade do programa, será realizada com recursos da EMGEPRON com base em suas próprias receitas. Existe a expectativa que esta classe de navios possa despertar o interesse de outras Marinhas.

Nota: A LDO de 2023 tem previsão dos recursos necessários para a referida construção que deve ter início no corrente ano.

4. O PRONAPA conforme determinado pelo Almirantado deverá ser integralmente realizado no AMRJ com a construção das duas classes de navios. Entretanto em função do método construtivo adotar a produção dos navios em blocos e possível que haja encomendas a estaleiros civis, com a integração e finalização das obras no AMRJ.

Observações:

1. O Almirantado considerando as possibilidades orçamentárias atuais e possíveis no futuro elaborou um PRONAPA factível para os próximos anos. Os investimentos previstos para a obtenção dos 17 navios planejados e de cerca de US$ 850 milhões em cerca de 10/12 anos.
O PRONAPA, nesta primeira fase, está sendo planejado de forma a garantir pelo menos a substituição dos classe Grajaú e ampliar o inventário de NaPaOc, que possuem melhores características de versatilidade e permanência em ações de patrulha/inspeção naval e de presença nas AJB a maiores distancias da linha do litoral. Os NaPaOc também são meios que atuam em cenários de baixa intensidade com eficiência como por exemplo o Golfo da Guiné.
Os novos NaPaOc somados aos atuais somarão 8 unidades, próximo da meta da MB de 12 navios desta classe.
Alguns classe Grajaú poderão ser aproveitados para operações na Amazonia substituindo os classe Parati que imigrarão das águas costeiras para as interiores.
A corveta Caboclo e os dois rebocadores ainda em serviço deverão ser substituídos por AHTS semelhantes a classe Mearim. Os classe Bracui, que eram varredores classe River na RN, de certa forma serão complementados/substituídos pelos 4 classe Macaé.
Em minha opinião diante de varias outras prioridades, como por exemplo, definir o futuro da Força de Minagem e Varredura, substituir o navio escola Brasil, o navio tanque Gastão Motta e obter novos navios anfíbios, além de SSK e FCT adicionais será muito difícil ampliar o PRONAPA conforme esta planejado no momento, de qualquer forma a obtenção destes 17 navios não deixa de ser um significativo avanço em comparação a períodos anteriores da historia da construção naval militar do Brasil varonil.

2. O AMRJ na visão do Almirantado além de realizar a manutenção de navios será o estabelecimento construtor de navios patrulha da MB. Esta atividade no momento será concentrada nos NaPa de 500 e 2.000 ton. Entretanto outros navios de interesse, como por exemplo, os Avisos de Instrução da EN poderão ser construídos cumulativamente desde que não prejudique as obras dos NaPa. E interessante destacar que os 3 AvInstr serão construídos em paralelo a conclusão do Mangaratiba e da obra do primeiro NaPa 500 BR.
Para se tornar o centro de construção de NaPa o AMRJ vem sendo submetido a varias obras de atualização e novos equipamentos incorporados a sua planta industrial. Entretanto será necessário investimentos para a modernização das instalações para a produção de blocos para os NaPaOc. Estas modernizações serão integradas ao processo de obtenção dos novos navios.

3. Nos próximos 15/20 anos entre 35/55 Marinhas e Guardas Costeiras precisarão substituir ou ampliar seus meios de patrulha da classe IPV. A expectativa e de 105 até 165 Inshore Patrol Vessels sejam obtidos. Caso o Brasil tenha competência e possível que pelo menos 10% destes navios possam ser construídos no país.

Sds

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Jan 30, 2023 2:30 pm
por FCarvalho
Os NaPaOc creio devem sair de algum projeto importado, já que o do CPN dificilmente terá vida própria.
Neste aspecto, como já disse de outras vezes, a MEKO A100 larga na frente por ter, e propor, uma enorme comunalidade com as FCT, de forma que resta aos alemães compor uma forma de beneficiar seus próprio estaleiro e o ARMJ. Custos será um fator de base para a decisão da MB.
No caso dos NaPa 500BR espero que saiam do papel desta vez, que possamos ir além dos navios hora propostos neste momento.
Só lamento que a indústria naval novamente vá amargar ficar de fora deste processo, em vista da eterna falta de visão e compromisso do poder público e da sociedade com a organização e manutenção no longo prazo dos projetos da marinha.
E de novo, os NaPaFlu e navios auxiliares para as regiões norte e centro oeste ficaram de fora dos investimentos. Triste, patética e insolúvel situação a nossa aqui. Para não dizer vergonhosa.
E ainda dizem que a Amazônia é prioridade. Sei.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Jan 30, 2023 3:02 pm
por magliano
FCarvalho escreveu: Seg Jan 30, 2023 2:30 pm Os NaPaOc creio devem sair de algum projeto importado, já que o do CPN dificilmente terá vida própria.
Neste aspecto, como já disse de outras vezes, a MEKO A100 larga na frente por ter, e propor, uma enorme comunalidade com as FCT, de forma que resta aos alemães compor uma forma de beneficiar seus próprio estaleiro e o ARMJ. Custos será um fator de base para a decisão da MB.
No caso dos NaPa 500BR espero que saiam do papel desta vez, que possamos ir além dos navios hora propostos neste momento.
Só lamento que a indústria naval novamente vá amargar ficar de fora deste processo, em vista da eterna falta de visão e compromisso do poder público e da sociedade com a organização e manutenção no longo prazo dos projetos da marinha.
E de novo, os NaPaFlu e navios auxiliares para as regiões norte e centro oeste ficaram de fora dos investimentos. Triste, patética e insolúvel situação a nossa aqui. Para não dizer vergonhosa.
E ainda dizem que a Amazônia é prioridade. Sei.
Uma pergunta referente ao tempo da vida útil de embarcações que navegam em água doce e portanto não sofrem os mesmos desgastes inerentes a navios que ficam expostos a salinidade e corrosão decorrente. Alguém sabe dizer qual a estimativa?
Temos na bacia do rio Paraná uma embarcação que deve ser uma das mais antigas em atividade, mas o aspecto do navio não me parece depreciativo e sendo capaz de exercer as suas funções não vejo problema com relação a idade do mesmo.
Outra pergunta, que embarcações as nações vizinhas empregam nestas águas e que por ventura poderiam fazer frente aos navios utilizados pela Marinha do Brasil, em caso de conflito?

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Qua Fev 01, 2023 7:29 pm
por FCarvalho
magliano escreveu: Seg Jan 30, 2023 3:02 pm Uma pergunta referente ao tempo da vida útil de embarcações que navegam em água doce e portanto não sofrem os mesmos desgastes inerentes a navios que ficam expostos a salinidade e corrosão decorrente. Alguém sabe dizer qual a estimativa?
Temos na bacia do rio Paraná uma embarcação que deve ser uma das mais antigas em atividade, mas o aspecto do navio não me parece depreciativo e sendo capaz de exercer as suas funções não vejo problema com relação a idade do mesmo.
Outra pergunta, que embarcações as nações vizinhas empregam nestas águas e que por ventura poderiam fazer frente aos navios utilizados pela Marinha do Brasil, em caso de conflito?
Olá @magliano

Eu não saberia dizer exatamente quanto tempo a vida útil de um casco de qualquer embarcação exposto à salinidade e corrosão da água do mar, mas no que tange o aspecto da manutenção, ele tende a ser de acordo com os materiais com o qual o mesmo é construído e as devidas proteções químicas utilizadas. E claro, a forma como ele é usado e seus ciclos de manutenção são obedecidos rigorosamente ou não. Mas a vida de cada navio com certeza é estabelecida desde o início do projeto.
No caso das embarcações de água doce, a regra é a mesma, dado que apesar de não haver salinidade e outras questões referentes ao uso naval, digamos que cada bacia hidrográfica tem lá suas características específicas em relação à composição de suas águas, como o PH, e outros. Então, depende basicamente do tipo de material com que é construídos, sua hridrodinâmica, tipo e uso, manutenção, proteções químicas do casco, etc.
Como bem lembrado por ti, o varredor da marinha que faz parte da frotilha do pantanal tem mais de 80 anos, e está muito bem cuidado. Mas se repares, ele praticamente foi reconstruído quase que por inteiro, inclusive no casco, visto que é praticamente impossível ele passar tanto tempo assim se que o mesmo tenha sofrido os desgastes naturais de sua vida fluvial e o contato mais que longevo com a água dos rios da região.
A marinha do Paraguai é basicamente uma força de vigilância e patrulhamento dos rios que fazem fronteira conosco, contando somente com embarcações de pequeno porte, como botes, lanchas e alguns barcos patrulha de menor tamanho. Nada que uma boa guarda costeira possa reclamar.
Já no caso de Peru e Colombia, eles tem um leque variado de meios fluviais, com os colombianos possuindo uma série de navios de patrulha fluvial leve de desenho próprio e muito bem equipados e modernos. Os peruanos contam apenas na região amazônica deles com barcos pequenos, botes e lanchas de patrulha, com os raros navios de patrulha fluvial deles estando em estado bastante precário e sem valor militar efetivo.
Enfim, nós temos os 5 NaPaFlu aqui na região, que já tem mais de 50 anos de operação, e seguem ativos até que um dia ou não consigam mais ser operados, ou a MB decida-se por sua substituição. O que acontecer primeiro.
Estes navios são mais velhos que eu. Fiz várias visitas aos mesmos, com a primeira quando ainda estava na escola primária. E já vou fazer 51.
Agora não sei se é para rir ou para chorar.... :roll: