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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qui Nov 25, 2021 9:04 pm
por Viking
FCarvalho escreveu: ↑Qui Nov 25, 2021 5:00 pm
Remotorizar (outra vez?) o Pedro Teixeira... ninguém merece.
O entendimento, salvo melhor juízo, que se faz da fala do DGMM em relação aos meios fluviais são os seguintes:
1. A prioridade são as ações subsidiarias voltadas para a área de saúde em função da incapacidade ou vontade politica de outros atores estatais. Esta prioridade viabiliza a obtenção dos NAsH em vez de navios de patrulha.
2. Os atuais NaPaFlu, que a MB deve considerar validos para o TO amazônico, devem ter uma vida longa a exemplo do monitor Parnaíba.
3. O projeto do NaPaFlu amazônico em conjunto com a Colômbia e o Peru aparentemente deve ter sido postergado ou paralisado por falta de interesse mutuo dos envolvidos.
4. Na falta de planos no futuro para obtenção de NaPaFlu, NaApLoFlu e NaTrFlu a ativação dos Grupos de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Norte (Belém) e do Amazonas (Manaus) mostram a tendência de ampla utilização de lanchas de operações ribeirinhas blindadas e de ação rápida em detrimento dos NaPaFlu.
5. Para o deslocamento de frações de tropa dos Batalhões de Operações Ribeirinhas de FN, em caso de crise grave ou conflito, a MB deve estar considerando a requisição de embarcações civis ou meios do EB.
Sds
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qui Nov 25, 2021 10:39 pm
por Viking
A entrevista com o DGMM esclareceu vários assuntos referentes aos programas planejados ou em curso e indicou algumas direções que poderão ser tomadas, entre elas:
1. Existe de fato a intenção da continuidade de construção de fragatas. E bom lembrar que em 1997 a MB tinha 19 navios de escolta, reduzidos as atuais 8 unidades a maioria com mais de 40 anos, o que e lamentável. Que a principio os dois navios adicionais podem ser uma evolução das FCT. Neste caso acredito que a intenção será a construção de navios baseados na classe A 200 SAN ou classe Valour (Amatola) em operação pela Africa do Sul.
Estes navios são muito semelhantes as FCT,, possuem um deslocamento de 3.700 ton, medem 121x16,3x5,9 metros. Os cerca de 14 metros a mais no comprimento contribuem para uma uma otimização de armamentos, combustível, suprimentos, acomodações...etc. Deve de fato ser o passo seguinte. Acredito que a MB vai ter como meta ter pelo menos seis navios desta classe.
2. A visão de futuro em relação aos emprego dos SARP com a obtenção de aeronaves de maior porte e capacidades, quando possível.
3. A obtenção de NaPaOc preferencialmente os projetados pelo CPN, mas sem descartar a possibilidade de ser adotado um projeto estrangeiro customizado para a MB.
4. A ideia de transformar o AMRJ como a casa dos navios de patrulha da MB.
5. O atual estágio de obtenção dos dois NHo.
Entretanto em relação aos submarinos da classe Tupi/Tikuna não ficou muito claro a situação de cada navio e os planos efetivos da MB para o futuro dos mesmos, apesar do AMRJ ter sido mencionado como o estabelecimento responsável pela manutenção destes submarinos. Faltou na entrevista um refinamento quanto a esta questão.
Também em relação a entrevista acredito que poderiam ter sido abordados os seguintes assuntos:
1. A substituição do NE Brasil e dos avisos de instrução da Escola e Colégio Navais. Assunto mencionado em memorando do ex-CM.
2. A construção do Navio de Apoio Logístico Multi proposito.
3. Os planos referentes a Força de Minagem e Varredura.
4. O PRONANF. A avaria do NDD Bahia demonstrou uma vulnerabilidade em relação ao deslocamento de meios da FFE.
5. A revitalização das FCN e da Barroso.
Acredito que estes assuntos podem ser abordados em outra excelente entrevista realizada pelo pelo DAN.
Sds
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Sex Nov 26, 2021 2:56 pm
por FCarvalho
Se rolar aquele fundo da marinha mercante, vai haver alguma folga para a MB construir novos meios auxiliares e de patrulha. Isto permitirá, quem sabe, mais investimentos na esquadra e seus meios, como os subs e navios de apoio ao CFN, além das fragatas.
No caso destas últimas, já estão querendo algo maior e melhor que as FCT quando sequer tem um único navio em mãos para dizer concretamente que é bom e podemos comprar mais. Em todo caso, se vão querer algo diferente delas, sugiro sermos pragmáticos e partirmos para as Meko 200 e talvez mais para frente, há o projeto das Meko 300 que seriam muito bem vindas por aqui na próxima década. Se a parte financeira do negócio das FCT puder ser resolvido sem maiores traumas para eventuais segundo lotes ou adendos ao lote atual, é interessante partir do desenho das Meko 200 que a TKMS ofereceu à RN, e que eram navios com 4 mil ton de deslocamento. Talvez um adendo de mais 4 navios ao lote atual seria possível, já que fizeram um navIo de 2800 ton chegar a 3400 ton.
No caso do nosso entorno sul-americano, volatilidade sempre foi uma característica da região, e as ffaa's conhecem bem isso. Algo que mudou significativamente nos últimos anos foi que os militares aqui pararam mais com esse fetixe quase sexual de pagar passagem para Europa e USA e estão mais atentos aos vizinhos em termos de cooperação institucional. Nada mais salutar e lógico para quem tem 17 mil kms de fronteira e muitos, mas muitos mesmo, problemas comuns nelas. A matéria sobre as operações da 15a Inf Mec na tríplice fronteira na última T&D mostra bem essa realidade. E nós não estamos dando conta, e nem a importância, necessária aquilo ali, e nem as demais faixas. A espera não sei do quê...
Eu gostaria que fôssemos mais pragmáticos, pois há oportunidades com as BID da vizinhança que podem nos favorecer, e a eles também. Quando o assunto é dinheiro, toda ideologia cala e a economia é a única a ser ouvida. É questão de aproveitar o que temos aí e fazer o dever de casa. Se os norte americanos conseguem, nós que estamos bem aqui ao lado também podemos.
No mais, espero que as coisas saiam do lugar. Vai demorar, com certeza, mas se ao menos não ficarmos parados no marasmo de sempre, já vai estar de bom tamanho.
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Sáb Nov 27, 2021 8:39 pm
por Viking
FCarvalho escreveu: ↑Sex Nov 26, 2021 2:56 pm
Se rolar aquele fundo da marinha mercante, vai haver alguma folga para a MB construir novos meios auxiliares e de patrulha. Isto permitirá, quem sabe, mais investimentos na esquadra e seus meios, como os subs e navios de apoio ao CFN, além das fragatas.
No caso destas últimas, já estão querendo algo maior e melhor que as FCT quando sequer tem um único navio em mãos para dizer concretamente que é bom e podemos comprar mais. Em todo caso, se vão querer algo diferente delas, sugiro sermos pragmáticos e partirmos para as Meko 200 e talvez mais para frente, há o projeto das Meko 300 que seriam muito bem vindas por aqui na próxima década. Se a parte financeira do negócio das FCT puder ser resolvido sem maiores traumas para eventuais segundo lotes ou adendos ao lote atual, é interessante partir do desenho das Meko 200 que a TKMS ofereceu à RN, e que eram navios com 4 mil ton de deslocamento. Talvez um adendo de mais 4 navios ao lote atual seria possível, já que fizeram um navIo de 2800 ton chegar a 3400 ton.
No caso do nosso entorno sul-americano, volatilidade sempre foi uma característica da região, e as ffaa's conhecem bem isso. Algo que mudou significativamente nos últimos anos foi que os militares aqui pararam mais com esse fetixe quase sexual de pagar passagem para Europa e USA e estão mais atentos aos vizinhos em termos de cooperação institucional. Nada mais salutar e lógico para quem tem 17 mil kms de fronteira e muitos, mas muitos mesmo, problemas comuns nelas. A matéria sobre as operações da 15a Inf Mec na tríplice fronteira na última T&D mostra bem essa realidade. E nós não estamos dando conta, e nem a importância, necessária aquilo ali, e nem as demais faixas. A espera não sei do quê...
Eu gostaria que fôssemos mais pragmáticos, pois há oportunidades com as BID da vizinhança que podem nos favorecer, e a eles também. Quando o assunto é dinheiro, toda ideologia cala e a economia é a única a ser ouvida. É questão de aproveitar o que temos aí e fazer o dever de casa. Se os norte americanos conseguem, nós que estamos bem aqui ao lado também podemos.
No mais, espero que as coisas saiam do lugar. Vai demorar, com certeza, mas se ao menos não ficarmos parados no marasmo de sempre, já vai estar de bom tamanho.
Prezado FCarvalho.
Concordo plenamente com sua visão a respeito dos passos a serem seguidos em relação aos navios escolta. Como mencionei após as FCT o passo seguinte seria as Meko 200 e em seguida as A300. Acredito que a meta de 12/15 navios destas classes seria perfeitamente factível, que somados a uma Força de Submarinos robusta, navios de apoio logístico e anfíbios e pelo menos um NCAM constituiriam uma Esquadra moderna e balanceada que apoiadas por aeronaves de patrulha e aviões de caça com MSA constituiriam uma importante e significativa capacidade dissuasória no AS.
E bom lembrar que a MB também tem a sua frente um grande desafio que e o monitoramento, controle e vigilância das AJB e para isso precisa contar com navios de patrulha, sendo que os NaPaOc são meios que podem atender cenários de baixa intensidade em compromissos internacionais, por exemplo, nos dias de hoje em operações no Golfo da Guine.
Sds
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Dom Nov 28, 2021 10:36 pm
por FCarvalho
Eu quero crer que 12 navios construídos em série até 2036 já é algo muito bom para nós dada a nossa histórica irregularidade de investimentos na Defesa. Se a MB conseguir manter o atual panorama financeiro das 4 FCT para os demais navios, e nenhum obstáculo de oportunidade for imposto mais para frente pelo pessoal do ministério da magia... digo, da economia e nem políticos de plantão metidos a espertos, então podemos conseguir paulatinamente manter o processo construtivo e reaver parcialmente a capacidade que tínhamos.
Os números de navios de cada classe podem variar um pouco de acordo com as condições econômicas do país mas tendo em mente o atual modelo de financiamento baseado na capitalização da Engepron, pelo menos por enquanto estamos um pouco mais seguros quanto a este aspecto.
Com um pouco mais de esforço esticando o processo produtivo até 2042, poderemos obter os 18 navios citos pelo almirantado como sendo o mínimo plausível para a MB dar conta, ainda que parcialmente, das suas obrigações legais frente a defesa e segurança das AJB e nossas linhas de abastecimento.
No mais, sigo entendendo que 18 NaPaOc é o mínimo para oferecermos uma cobertura real e efetiva a todos os DN ao longo do litoral brasileiro. E se podemos chegar a 18 navios de escolta em duas década, me parece que se o financiamento for assegurado também, podemos conseguir por tabela os 18 navios de patrulha com a TKMS, ou outro fornecedor, em metade deste tempo talvez, já que se tratam de navios muito mais simples.
A ver.
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Sex Dez 17, 2021 4:23 pm
por FCarvalho
O novo sonho de consumo da Marinha do Brasil?
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Sex Dez 17, 2021 4:27 pm
por FCarvalho
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Ter Dez 21, 2021 10:56 am
por J.Ricardo
FCarvalho escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:23 pm
O novo sonho de consumo da Marinha do Brasil?
E ficar sonhando por muuuuito tempo...
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Ter Dez 21, 2021 10:57 am
por J.Ricardo
Podiam ter oferecido esse na concorrência da CCT.
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qua Dez 22, 2021 6:12 am
por knigh7
FCarvalho escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:23 pm
O novo sonho de consumo da Marinha do Brasil?
Não...a Meko A300 é um projeto de fragata da classe de 6 mil toneladas. Tem praticamente o mesmo deslocamento da FREMM francesa. Vai ter outro patamar de custos, seja de construção, seja de operação.
É mais provável que a MB opte por este caminho embaixo (ou algo do tipo). 4.000 toneladas de deslocamento e pode fazer muito bem a tarefa AAW pois os radares AESA modernos estão vindo à base de Nitrito de Gálio, um semicondutor nas antenas mais preciso e que pode suportar o dobro da energia que os de Arseneto de Gálio.
É por isso que o radar israelense ELM-2138M tem uma antena pequena, é levado no topo de viaturas 4x4 tendo uma performance de um radar bem maior. Os módulos AESA dele são de Nitrito de Gálio.
Meko A200EN:
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qua Dez 22, 2021 12:33 pm
por vplemes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qua Dez 22, 2021 4:07 pm
por Viking
knigh7 escreveu: ↑Qua Dez 22, 2021 6:12 am
FCarvalho escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:23 pm
O novo sonho de consumo da Marinha do Brasil?
Não...a Meko A300 é um projeto de fragata da classe de 6 mil toneladas. Tem praticamente o mesmo deslocamento da FREMM francesa. Vai ter outro patamar de custos, seja de construção, seja de operação.
É mais provável que a MB opte por este caminho embaixo (ou algo do tipo). 4.000 toneladas de deslocamento e pode fazer muito bem a tarefa AAW pois os radares AESA modernos estão vindo à base de Nitrito de Gálio, um semicondutor nas antenas mais preciso e que pode suportar o dobro da energia que os de Arseneto de Gálio.
É por isso que o radar israelense ELM-2138M tem uma antena pequena, é levado no topo de viaturas 4x4 tendo uma performance de um radar bem maior. Os módulos AESA dele são de Nitrito de Gálio.
Meko A200EN:
Considerando as últimas declarações do almirante Cunha e possível que as duas unidades adicionais ao programa FCT possam ser uma MEKO conforme mencionado. Eu acredito que este será o próximo passo. O passo seguinte seriam mais 4 ou 6 navios de 4.000 ton até 2036/38.
Sds
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qua Dez 22, 2021 4:38 pm
por knigh7
O Alte Petrônio disse no ano passado que a Meko A200 é um "sonho" (não me lembro exatamente a expressão, mas é algo assim) para a MB.
E tem lógica: após a escolha da Meko A100, a A200 para a MB seria o caminho natural para uma escolta com mais capacidade e que não seja tão cara. Uma escolta da classe de 6 mil toneladas para a Força iria ser pouco armada para essa classe. Então vão com uma de 4 mil ton.
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qua Dez 22, 2021 8:16 pm
por FCarvalho
A mim me parece fazer mais sentido adicionar mais 2 FCT ao lote atual e só depois partir para as Meko 200, sendo algo mais factível e sensato em relação à nossa tradicional falta de vontade sobre as muitas necessidades da MB.
Se o atual modelo de financiamento das FCT via Engepron continuar dando certo, até que o economistas do governo de plantão deem um jeito de corta isso também, é mais lógico manter o que já se tem na mão, e no caso de haver alguma possibilidade de alterar o escopo das encomendas no futuro, sem embargar o orçamento de manutenção/operação dos navios da esquadra, pode-se então tentar algo maior como as Meko 300, que com certeza serão oferecidas, se já não foram, pela TKMS à MB.
De momento, o que mais precisamos são dos 12 NaPaOc planejados e manter a encomenda original das FCT, acrescentando mais 2 unidades ao processo.
Aliás, a Meko 100 seria o candidato natural a NaPaOc da MB, uma vez que ela também dispõe desta variante. Seria como juntar o útil ao agradável.
Quem sabe um dia a MB não aparece com isso aqui também muuuiito depois de 2040...
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qua Dez 22, 2021 8:24 pm
por FCarvalho
COBERTURA ESPECIAL - CCT - NAVAL
09 de Janeiro, 2019 - 01:10 ( Brasília )
CCT – thyssenkrupp Marine Systems - Dr Rolf Wirtz: O nosso diferencial é a Qualidade do Produto
Dr. Rolf Wirtz, CEO da thyssenkrupp Marine Systems (tkMS), fala com exclusividade para o DefesaNet.
https://www.defesanet.com.br/cct/notici ... o-Produto/
É de 2019, mas os argumentos e a lógica deles não deixam de ser atuais.