Ckrauslo escreveu: ↑Sex Set 18, 2020 9:53 pm
Na verdade o que dita se você vai portar proteção balística (pelo menos na mentalidade das operações lá fora) é:
• Se você vai subir um terreno a pé (muitas montanhas ou colinas).
• Se planeja caminhar longas distâncias a pé.
• Se precisa praticar a disciplina do silêncio.
• É uma operação de contato ou de reconhecimento?
• Se for contato, ele vai ocorrer a distância? Ou de perto?
• Vai ter cobertura no terreno? Ou ele é um terreno aberto?
• Qual o tipo de equipamento que você espera estar sendo em uso pelos seus inimigos?
• Qual o nível de ameaça no teatro de operações?
• Vai ter apoio de veículos?
• Vai ficar nas redondezas de uma base de operações avançada?
• Vai ficar nas redondezas de um bivaque?
• Tamanho da sua unidade.
Em operações de patrulha por barco, nos rios fronteiriços com muita atividade de guerrilha.
Nada impede o uso de uma placa de UHMWPE que pesa 800g no seu chest rig e outra na sua mochila.
Se for operar sem mochila, não afetaria sua flutuabilidade, sendo que as placas UHMWPE tem flutuabilidade positiva e usadas em conjunto com o salva vidas, não fariam em nada para afundar os militares.
Chest rigs que possuem capacidade de portar placa frontal, tem soltura rápida.
Operando próximo de um estacionamento de tropas, não tem por que não ter equipamento de proteção.
O problema é se o estacionamento é no meio da mata fechada.
Em uma operação de contato, sendo que no meio da Mata as distâncias de engajamento normalmente não passam de 50 a 100m seria prudente equipar os militares com proteção.
Sim por esse lado. Mas é uma questão de custo x benefício.
Sendo que em uma operação de contato, diferentemente de uma patrulha de extrema longa duração, é uma operação onde vão equipados para ir ao local e embater com uma força inimiga.
O problema é que existe uma diferença muito grande entre fazer uma operação limitada e marchar vários dias pela selva para executar um ataque.
Não para ficar caminhando por dias, fazendo reconhecimento do local.
O problema é se você vai ter que caminhar por dias para fazer o contato. E depois de finalizada a operação, você não vai voltar para a base.
Durante competições de justamente esse tipo de patrulhas.
Nossas OpEsp portam justamente esses tipos de chest rig, e fazem o mesmo em operações no território nacional.
Não vejo por que os soldados de um batalhão de selva deveriam estar desprovidos deste tipo de equipamento, idependentemente do tipo de operação.
Com certeza, por isso defendo algo como aquele fardo aberto australiano. Se você vai marchar equipado vários dias pelo meio da selva, usa o cinto-suspensório ou chest-rig. Se vai passar não mais do que algumas horas equipado, usa o colete porta-placa.
COBRA - COmbatente BRAsileiro
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Vocês falam UHMWPE e eu digo NTCPS, que pesa 200 gramas e vi cuspir dois tiros de SVD há 3 metros na minha frente.
Mas esse colete único eu acho que seria ideal mesmo, apesar que vejo que o EB fará igual aos Aussies, utilizar Plate Carrier pra todo mundo, variando somente, talvez, no capacete, de High-Cut pra No-Cut.
Viper Hood deveria ser opcional para toda Infantaria de Selva e Forças de Reconhecimento, Caçadores, além de OpEsp e ForEsp.
Já a "hood helmet", que coloquei acima, deveria estar no inventário de toda a tropa, com aquelas coberturas comuns sendo obrigatórias em todas as operações. A rede camuflada 3D pode até ser anexada em cima das capa dos capacetes, principalmente naqueles Velcros.
A Indústria Nacional é mais do que capaz de oferecer essas soluções.
Eu sinceramente não aprovo o uso de capacetes sem alguma cobertura, seja lá o que for. O colete nem tanto assim, até porque a Combat T-shirt escolhida pelo EB é inteiramente camuflada, diferente do que vemos por ai.
Ao menos copiar inteiramente os Aussies é um bom caminho, já que gosto do conjunto deles. Falta NVG's, uma calça estilo Crye G3/G4 e mais algumas coisas.
Ao menos vemos que é cada vez mais comum ver o novo Plate Carrier, novos suspensórios e o ACH por ai. Na OP Amazônia a grande maioria está bem equipada.
Mas esse colete único eu acho que seria ideal mesmo, apesar que vejo que o EB fará igual aos Aussies, utilizar Plate Carrier pra todo mundo, variando somente, talvez, no capacete, de High-Cut pra No-Cut.
Viper Hood deveria ser opcional para toda Infantaria de Selva e Forças de Reconhecimento, Caçadores, além de OpEsp e ForEsp.
Já a "hood helmet", que coloquei acima, deveria estar no inventário de toda a tropa, com aquelas coberturas comuns sendo obrigatórias em todas as operações. A rede camuflada 3D pode até ser anexada em cima das capa dos capacetes, principalmente naqueles Velcros.
A Indústria Nacional é mais do que capaz de oferecer essas soluções.
Eu sinceramente não aprovo o uso de capacetes sem alguma cobertura, seja lá o que for. O colete nem tanto assim, até porque a Combat T-shirt escolhida pelo EB é inteiramente camuflada, diferente do que vemos por ai.
Ao menos copiar inteiramente os Aussies é um bom caminho, já que gosto do conjunto deles. Falta NVG's, uma calça estilo Crye G3/G4 e mais algumas coisas.
Ao menos vemos que é cada vez mais comum ver o novo Plate Carrier, novos suspensórios e o ACH por ai. Na OP Amazônia a grande maioria está bem equipada.
- gabriel219
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Quando fui ao EUA, há dois anos, sobre pesquisa de materiais, pude visitar uma fábrica e testar coletes balísticos feitos de nanotubos de carbono de parede simples. São bem flexíveis, lembra um couro grosso, você pode se mover tranquilamente com eles no seu peito. Achei o vídeo de um deles, embora não tenha visto exatamente esse em testes:
No caso vi o de uma empresa, AR, ainda em desenvolvimento na época. Existe uma placa que absorve os fragmentos, para não dispersar e essa placa foi removida. Nós que compramos as munições de testes e levamos pra empresa, eu efetuei disparos de .45 há 2 metros na placa sem a capa que absorve parte dos fragmentos e o projétil chegou a bater e voltar, quase me atingindo, embora já quase sem energia.
Pra perfurar, foi necessário uma grande quantidades de tiro, mas algo que já segura dois disparos de 7.62 x 54 mm, há 3-4 metros, de boa assim e ainda pesar 180-200 gramas...
Dá pra colocar duas placas juntas, inclusive.
No caso vi o de uma empresa, AR, ainda em desenvolvimento na época. Existe uma placa que absorve os fragmentos, para não dispersar e essa placa foi removida. Nós que compramos as munições de testes e levamos pra empresa, eu efetuei disparos de .45 há 2 metros na placa sem a capa que absorve parte dos fragmentos e o projétil chegou a bater e voltar, quase me atingindo, embora já quase sem energia.
Pra perfurar, foi necessário uma grande quantidades de tiro, mas algo que já segura dois disparos de 7.62 x 54 mm, há 3-4 metros, de boa assim e ainda pesar 180-200 gramas...
Dá pra colocar duas placas juntas, inclusive.
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Quanto a NVG, modelos como esses, Low profile, vejo como interessantes, principalmente no uso conjunto de miras ópticas:
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
"O problema é se o estacionamento é no meio da mata fechada"
Normalmente quando são zonas muito remotas as tropas vão de barcos ou helicópteros, ou estacionamentos ou são nas zonas de desembarque/logística, ou são meio caminho entre elas e os objetivos.
"Sim por esse lado. Mas é uma questão de custo x benefício."
São equipamentos que já deveriam ter para os tipos de operações que você diz serem os únicos cabíveis a esse tipo de equipagem.
Não há custos extras.
"O problema é que existe uma diferença muito grande entre fazer uma operação limitada e marchar vários dias pela selva para executar um ataque."
Claro que existe, mas nisso você pode deixar de levar algo desnecessário e carregar apenas 800g de uma proteção frontal.
O resto é repetição desse mesmo argumento.
Normalmente quando são zonas muito remotas as tropas vão de barcos ou helicópteros, ou estacionamentos ou são nas zonas de desembarque/logística, ou são meio caminho entre elas e os objetivos.
"Sim por esse lado. Mas é uma questão de custo x benefício."
São equipamentos que já deveriam ter para os tipos de operações que você diz serem os únicos cabíveis a esse tipo de equipagem.
Não há custos extras.
"O problema é que existe uma diferença muito grande entre fazer uma operação limitada e marchar vários dias pela selva para executar um ataque."
Claro que existe, mas nisso você pode deixar de levar algo desnecessário e carregar apenas 800g de uma proteção frontal.
O resto é repetição desse mesmo argumento.
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
@gabriel219 Esse tipo de placas é bem mais caro, se já é difícil utilizar os modelos contemporâneos, imagina mais avançados.
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
O custo não é tão diferente assim e Nanotubos já estão com sua produção quase consolidada. A produção é até simples e, quando estabelecida e seriada, será bem barato de adquirir, até mais que o Kevlar.
Universidades Brasileiras já produzem em solo nacional. Basta um empresário adquirir a tecnologia, replicar em grande escala.
Lembrando que Nanotubos tem uso diverso, desde blindagem (individual sendo parede simples e para blindados sendo de múltiplas paredes), passando por robótica e até como um semicondutor 10x mais capaz que o Silício.
Ou seja, com a variedade de uso, é bem mais útil que o Kevlar, podendo até ser mais barato que o mesmo quando produzido para vários usos.
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Kit atualmente sendo usado pelo pessoal de um Pelotão de Fuzileiros Leve de um dos Batalhões de Infantaria Leve (BIL) da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel).
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Penso que esse deveria ser padrão para todas as unidades, somente com a inclusão de um novo coturno, capa para os capacetes e um colete único, podendo servir como Chest Rig, Plate Carrier (2-4 placas) e Armor Carrier (4 placas + colete frag).
- Ckrauslo
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Curioso para saber qual é a marca desse colete com laser cut que eles estão usando.
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Os que produzem PC em LC são Invictus, Glagio e Inbrafiltro. Alguns estão com mochilas novas também, aparentam ser de 45l, como os da chamada Companhia Culminating estava utilizando:
- FCarvalho
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Imaginando aqui se os resultados da operação conjunta com os yankees serão divulgadas ao público aqui no Brasil depois do mesmo.
Ao menos os elementares poderiam ser dados a público, tipo, quantos combates vencemos ou perdemos, qual o número de "mortos, feridos e desaparecidos' na tropa brasileira, se o treinamento realizado mostrou-se suficiente e adequado ao tipo e complexidade dos exercícios, quais materiais foram aprovados e quais reprovados, etc.
Nada que venha a comprometer o marketing da figura invencível do exército de Caxias junto ao populacho nacional.
abs
Ao menos os elementares poderiam ser dados a público, tipo, quantos combates vencemos ou perdemos, qual o número de "mortos, feridos e desaparecidos' na tropa brasileira, se o treinamento realizado mostrou-se suficiente e adequado ao tipo e complexidade dos exercícios, quais materiais foram aprovados e quais reprovados, etc.
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Pelo menos a total falta de padronização das calçadas das casas brasileiras servem para alguma coisa, olha quantidade de obstáculos e locais para se protegerem.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- gabriel219
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- gabriel219
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Aqui dá pra comparar como o EB clareou o camuflado em comparação ao antigo, no canto da imagem.