Amigos e colegas DBistas,
este post está fora do contexto, o momento de exaltação parece ter ido, mas não custa comentar o passado recente.
As matérias do senhor Jânio de Freitas não são de ordem técnica, aliás nem precisa ser entusiasta, muito menos especialista para se concluir tal coisa. Suas matérias sobre os subs de origem francesa são 100% de natureza política, percebe-se nitidamente o forte teor (nas entrelinhas) das acidez decorrente a oposição paulista ao atual governo. Isto não se traduz como crítica ao paulista/paulistano, longe disso, apenas uma constatação óbvia, visto que se concentra no Estado de SP os principais oposicionista ao Governo (fato, apenas).
Como este jornalista fez matérias no passado que denunciavam empreiteiras, obtendo êxito nas mesmas, nada mais natural do que "tê-lo como aliado" nestes "serviços" terceirizados. Está claro que ele topou, está na cara, portanto (abuso de linguagem apenas) o "denunciado" deveria ser ele, pows!!!
A situação a mídia (aberta) no Brasil está escancarada, a olhos nus, todas precisam vender e muito, visto o rombo no período econômico anterior e ocupado (o Poder) pelos menos que hoje motivam certos "debates paralelos". Não se trata de mal jornalista, se trata de mal jornalismo. Mas observem bem, estamos em um momento fronteiriço entre quebradeira da mídia comum (logo a necessidade de se "vender" a qualquer preço) com uma imprensa madura, democrática (aberta) e que precisa encontrar o ponto certo do que e como falar. Por isso a confusão na imprensa entre a denúncia e o denuncismo.
Dias atrás, em minhas férias, vi em algum canal por aí um debate entre imprensa e "políticos", na verdade eram vários setores. A parte referente a imprensa reconheceu os excessos ao dizer que algo sério está acontecendo a ponto de promover um extremo mal-estar nos políticos e mais recentemente no Judiciário. Ora bolas, isto não é mal-estar, é chutar o saco dos caras e às vezes (apenas!) sem prova alguma!!! Basta lembrar o passado recente onde o MP fazia uma (ou mais) denúncia por dia, pegando até sombra no escuro. Este foi "enquadrado" e já não há os abusos ou excessos do passado. Isto não significa submissão, significa seriedade, e que vale para todos (comuns ou não).
O senhor Jânio de Freitas não está insistindo no tema dos subs por conta própria, isto está mais do que claro, bastaria uma negativa (com houve de fato) para que o editorial mensurasse as consequências. Mas isto não aconteceu... Logo a coisa vem de cima pra baixo, e uns precisam segurar seus sustentos, então... Certo ou errado, que me perdoe (formalmente, publicamente) meu pré-julgamento, mas para quem atacou sem ouvir todas as partes envolvidas (inclusive a MB, MD e o Governo), não deve se importar com as críticas (construtivas, espero).
O autor das matérias erra vergonhosamente, não aponta provas, reitera suas convicções como pré-adolescente em briga de esquina, ofende aos que possuem cérebro, trata a população como estúpida e mal informada (pois sugere sutilmente que não seria, sequer, questionado por alguém neste País), cria um extremo mal-estar em nível nacional e passa a ser, por redundância, um "denuncista" e extremamente parcial, quase passional.
Agora, convenhamos, só ele para dizer o que realmente o levou a agir assim. Na vida pessoal, não entro no mérito, na profissional, cabe ao seus superiores, não a mim. Se ele apresentar provas contundentes e
não apenas seus achismos até agora apontados, bem, mudo de lado, pois o País e seus reais interesses antes de tudo!!!
Matérias assim, continuarão, como aquelas de O Globo, temos que conviver com a boa e má imprensa, cada um que faça sua leitura, que filtre o máximo possível. Não julgo o veículo (no caso, a FSP), não julgo a pessoa do senhor Jânio de Freitas, nem mesmo o jornalista Jânio de Freitas, apenas leio as matérias (principalmente as assinadas) e tiro minhas conclusões, estas podem ser "julgadas", não no sentido jurídico da expressão (não compete a nós simples mortais), mas no sentido do conteúdo.
Assim sendo, cabe a quem é de direito, em particular, à MB e ao MD, emitir constantes notas oficiais deixando claro todas as dúvidas levantadas, apagando todo e qualquer mal entendido, sendo coerente com tudo o que está sendo feito, mostrando que as escolhas são acertadas e coerentes, mostrando claramente os erros das matérias, não dando espaços para novas dúvidas. Se não agir assim, "espaços" serão abertos e novos questionamentos surgirão, fazendo do factóide um fato real. Demorar para responder é pagar um preço muito alto e que pode resultar em algo pior, então...
As respostas estão aparecendo, mas confesso que não fiquei satisfeito, parece mais que estão retrucando do que esclarecendo, isto não é bom. Isto se aplica as notas do MD e da MB, fracas, mas não de tudo ruim, poderiam ter dado um basta, inclusive esclarecendo os valores das compras dos subs, que sequer foi arranhado, sugerindo, para o cidadão comum, que existe algo mal explicado por aí. Se existem problemas de fato, insisto, que se apure e que apareçam as provas, se não existe nada, como imagino, que se demonstre com total clareza (o que tem faltado em minha modesta opinião).
Saudações cordiais,
Orestes