Notícias desde Espanha

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Re: Notícias desde Espanha

#1696 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Ago 13, 2020 10:31 am

Túlio escreveu: Qui Ago 13, 2020 10:19 am
cabeça de martelo escreveu: Qui Ago 13, 2020 6:26 am

Ou pobre.
Pobre não escuta isso de ninguém porque todos se reproduzem como se não houvesse amanhã, assim, nenhum tem moral para apontar o dedo para o outro. Sustentar também não é problema, o GF vem e me toma o que puder em taxas e impostos, daí dá pra eles em troca de votos.
Era exactamente o que eu estava a dizer.

Houve várias coisas curiosas que aconteceram com o Rendimento social de inserção, é que quem recebe tem que ter os filhos a estudar e com as vacinas em dia. O resultado final, foi pessoal como os Ciganos que só estudavam até à 4º ano, agora tem os filhos a estudar até ao 12º ano. E olha que eles têm filhos às mãos cheias.




Editado pela última vez por cabeça de martelo em Sex Ago 14, 2020 6:43 am, em um total de 1 vez.
"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: Notícias desde Espanha

#1697 Mensagem por J.Ricardo » Qui Ago 13, 2020 10:52 am

Acho que o maior problema entre as famílias mais pobres, nem seja a quantidade de filhos, mas a gravides na adolescência.
O indices de natalidade também é baixo, até em favelas, hoje o povo tem muitos filhos ainda nas áreas rurais do Norte e Nordeste.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: Notícias desde Espanha

#1698 Mensagem por Penguin » Qui Ago 13, 2020 5:14 pm

Túlio escreveu: Qui Ago 13, 2020 10:19 am
cabeça de martelo escreveu: Qui Ago 13, 2020 6:26 am

Ou pobre.
Pobre não escuta isso de ninguém porque todos se reproduzem como se não houvesse amanhã, assim, nenhum tem moral para apontar o dedo para o outro. Sustentar também não é problema, o GF vem e me toma o que puder em taxas e impostos, daí dá pra eles em troca de votos.
Mas mesmo entre os pobres, a quantidade de filhos caiu drasticamente.
Antes era comum mais de 5 filhos. Conheci gente que tinha filho todos os anos. Mais de 10 vivos e haviam perdido a conta de quantos morreram.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Notícias desde Espanha

#1699 Mensagem por P44 » Dom Set 20, 2020 9:46 am

Artigo interessante, roubado do FD
Arturo Pérez-Reverte: "Não há interesse em conhecer o discurso do dissidente, só em calá-lo"

A Península que gostava de ver unida. O desinteresse pelo passado, o futuro "pessimista" e o efeito das redes sociais. Entrevista com o escritor espanhol a propósito do novo "Uma História de Espanha".

Pérez-Reverte é um dos mais afamados romancistas espanhóis contemporâneos. As suas histórias aventurosas, cheias de intrigas e ação, piratas e excêntricos, talvez já pudessem fazer prever um empreendimento destes, que resultou no novo livro Uma História de Espanha, contada pelo seu lado mais espalha-brasas. Ainda assim, não é vulgar vermos um romancista refletir sobre o seu país e expressar, mesmo que de uma forma chocarreira, preocupações com as raízes da sua identidade e com as grandes questões do seu mundo. Foi sobre os pilares de Espanha e sobre a forma como moldaram o carácter ibérico que falámos com o escritor.

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Porquê uma História de Espanha agora, para mais nesta forma talvez um pouco gozona?
Informal, com humor. Bem, eu interesso-me muito pela História, sou leitor de História desde sempre, mas o principal neste caso é que há um problema em Espanha. Um problema que vem dos planos de Educação, e que aliás é mais europeu do que espanhol, mas que em Espanha está a provocar consequências gravíssimas: a eliminação da memória e da História dos programas escolares para as novas gerações. Ora, uma geração que não conhece a História fica indefesa diante de manipuladores, oportunistas e demagogos. Há muitos jovens que já não têm conhecimento nenhum da sua História, e isso permite que haja em Espanha uma grande manipulação histórica por interesses partidários. Esta pareceu-me uma boa forma de contar então a História. De uma forma subjetiva, apolítica mas também amena e divertida, para que as pessoas se possam interessar e passar depois aos livros sérios. Serve para estimular, digamos.

A imagem de Espanha que surge no livro é a de uma Espanha cheia de violência, de projetos pouco pensados…
Sim, a Península Ibérica sempre foi um lugar crítico, por ser um sítio de fronteira, de transição e de grandes paixões e intercâmbios culturais. Isso criou uma série de tensões que marcaram muito o caráter dos Espanhóis. A guerra contra os muçulmanos, sobretudo, e depois a Inquisição e o azar com as monarquias – sobretudo com o final dos Áustrias e com os Bourbons –, tudo isso criou uma série de tensões que, agravadas pelas circunstâncias históricas, criaram uma grande instabilidade e grandes problemas políticos. A Espanha é um país com muito azar histórico. Como Espanhol custa-me que tenhamos tido um monte de ocasiões perdidas. A História de Espanha é a História de um monte de ocasiões perdidas. Para mim, aliás, uma das grandes ocasiões perdidas foi quando estivemos unidos a Portugal durante 60 anos e perdemos a ocasião de renunciar ao centralismo castelhano, quando poderíamos pôr a capital em Lisboa e juntar um grande império Ultramarino, que nos faria um império muito mais importante. Ainda hoje penso que uma união — não digo uma união nacional e política, que seria impossível, mas uma espécie de Federação ou uma união ao género da que houve nos anos 50 e 60 – nos faria muito mais poderosos numa Europa que volta e meia nos olha com desprezo. A separação que existe entre Espanha e Portugal, mais culpa de Espanha do que de Portugal, parece-me um erro. Nesse sentido sou iberista, como Saramago.

Vemos noutros países, em França, por exemplo, que os condados medievais se unificaram sem grandes problemas de identidade como em Espanha. O que é que se passou em Espanha para que as identidades nacionais sejam tão fortes?
Em Espanha houve um grande problema: é que enquanto em países como França houve uma Revolução, em Espanha nunca houve uma mudança de regime que eliminasse o peso da Igreja da vida social e política espanhola. Nunca houve uma revolução que eliminasse nenhum tipo de privilégios, nem os da nobreza, nem os do Rei, nem os fueros regionais. Daí que em Espanha mantenhamos os velhos vícios da modernidade nunca conseguida. Boa parte dos problemas que há em Espanha, de divisão e falta de solidariedade social, vêm precisamente destes velhos males nunca curados.

Ainda assim, fala-se no livro de uma “velha Espanha”, como alguma coisa de comum às várias regiões. Qual seria então o fator que daria a unidade a Espanha, o princípio comum que daria a Espanha uma identidade?
Bom, eu não sou um cientista político nem um historiador. Sou um escritor, que viajou, que leu e agora escrevo. Nesse sentido, nem sequer sou um intelectual, pelo que as minhas respostas a isso podem ser muito parciais. Dito isto, para mim Espanha é um lugar. Não é sequer Espanha, é Ibéria. Um lugar em que aconteceram coisas muito boas e outras muito más. Trágicas e maravilhosas, belíssimas e horríveis, fascinantes e incríveis. As gentes da Ibéria percorreram o mundo e isso não aconteceu com mais nenhum país. Por razões históricas complexas, Portugal ficou desgarrado de Espanha, ou Espanha desgarrada de Portugal, mas para mim gosto de considerar a Península Ibérica como um lugar, e um lugar em que se juntaram paixões generosas, guerras, povos, ideias, religiões num todo muito complexo. É isso que a faz tão fascinante. Poucos lugares têm uma História tão fascinante como a da Península. Espanha para mim, neste sentido, é um lugar em que convivem muitas línguas e ideias que nos fazem tão interessantes como trágicos.

A História de Espanha tal como aparece neste livro é uma História aventureira, romanesca…
Mas imagina o que seria se os americanos, os ingleses ou os alemães tivessem uma História como a espanhola ou a portuguesa? Os filmes, os romances, a quantidade de histórias heroicas, trágicas, apaixonantes, de aventuras, viagens, descobrimentos, que seriam feitos num país que se respeitasse a si mesmo? Nós, porém, descuramos este património, arremessamo-lo uns aos outros, e é isso que é ao mesmo tempo terrível e fascinante em Espanha.

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Há um lado interessante no livro relacionado com as ideias políticas. Parece que em Espanha elas andam ao contrário do mundo. Quando na Europa o nacionalismo e o progressismo se assemelham, com ideias de autodeterminação, os fueros estão com o Carlismo; quando o nacionalismo passa a ser visto como reacionário temos a reação espanhola a combater os nacionalismos dentro de casa, parece que se anda ao contrário.
Isso acontece porque a nossa História criou umas disfunções terríveis. Aqui há um aspeto que para mim é fundamental. A religião católica e o cristianismo são fundamentais na cultura ocidental, e acho que devem ser estudados para entender a cultura Ocidental; mas dito isto, parece-me que em Espanha a Igreja adquire um papel fundamentalmente negativo. A Igreja faz-se com o controlo moral do poder, impõe uma série de comportamentos, de medos, uma insegurança, uma espécie de ditadura moral, que criam efeitos psicológicos terríveis nos espanhóis. Durante muitos séculos a Igreja opõe-se a todo o progresso que escapa ao seu controlo, e isso cria uma série de disfunções e separações. Até a ETA nasce em seminários, o separatismo catalão também se apoia em sacerdotes separatistas; no século XX a Igreja ainda tem atuação política em Espanha. Ainda que tenha perdido o comboio da História há muito tempo, mantém uma tendência para não separar o divino do Humano. E tudo isso, a juntar à geopolítica espanhola, à invasão francesa, às guerras da Flandres, tem impedido os espanhóis de viverem em harmonia. Mesmo depois do milagre maravilhoso da transição estamos outra vez a pôr em causa as estruturas de convivência social. E isso é repetir a nossa triste história, quando já não podemos culpar os reis nem a Igreja, só a nós.

Como é possível, então, que um país tão fragmentado consiga fazer uma transição pacífica?
Há uma coisa importante. A guerra civil estava muito presente e a guerra civil foi colossal. Os nossos pais lembravam-se perfeitamente dela e todos sabiam que não se podia repetir uma coisa daquelas. É por isso que todas as forças, à direita e à esquerda, concordaram com uma solução que permitisse afastar o fantasma do confronto. O problema, agora, é que quem conheceu a guerra civil já morreu. As gerações que chegaram e que não têm memória da guerra civil nem uma força intelectual que permita discutir de forma razoável são gerações muito sectárias. Não deixam falar, proíbem, a Espanha está a descapitalizar-se intelectualmente. Por isso é que estão a querer destruir a difícil obra da transição.

O que é que se pode então fazer para voltar a capitalizar intelectualmente um país?
Não sei. Eu sou pessimista, e por uma razão muita clara. Acho que o único mecanismo de salvação existente é a cultura. E isso constrói-se nas escolas, criando cidadãos interessados, sérios, tolerantes e dispostos ao diálogo. A perceber o adversário. Não se deve calar aquele que não está de acordo connosco, deve-se fazê-lo falar. Agora o que se quer é tapar-lhe a boca. Ora, a batalha da educação perdeu-se. Não por culpa de Espanha, acontece por toda a Europa à conta desses analfabetos que estão em Bruxelas a ditar normas de educação para toda a Europa sem fazerem a menor ideia do que estão a fazer. Estão a desmantelar os mecanismos humanísticos e culturais e a criar gerações de jovens analfabetos, incapazes de debater e raciocinar. Isto já não vai melhorar. Eu já estou velho, para mim já é um bocado indiferente, mas tenho pena pelos jovens. É triste. Eu digo sempre: imaginem que amanhã vem o Hitler à Universidade; quando acabar, que o julguem, que o enxotem, que o matem; mas oiçam-no. É importantíssimo conhecer o mal. Agora a ideia é ao contrário. Eu quero saber, quero saber de onde vem o mal. Agora em Espanha não se quer os inimigos convencidos, quer-se os inimigos vencidos. Isso é terrível. Tenho muitos amigos pouco recomendáveis, que não pensam como eu. Mercenários, prostitutas, e aprende-se com todos. Do bem aprende-se bondade, mas do mal aprende-se vida. Tudo isto se está a tirar da educação dos jovens, e assim claro que saem absolutamente estúpidos, incapazes de pensar com lucidez, que se tornam presas muito fáceis para gente pouco escrupulosa que os maneja com quatro tweets e quatro frases básicas. Em Espanha isto está mais acelerado, mas em Portugal também há de acontecer.

Isso é curioso, e é contrário à previsão iluminista. O que é que faz com que, depois de trazida a liberdade, se escolha ir contra ela?
Antes, a liberdade consistia num exercício intelectual. Agora o que se quer é fazer parte de um grupo. É um assunto complexo. Agora não há ideologia, há ofensa. Há trinta ou quarenta anos um jovem queria ser individualmente livre e lutava pela sua individualidade. Agora o que o jovem quer é fazer parte de um grupo. Encontrar gente que pense como ele, evitar o debate e a discussão. “Há que salvar as baleias”, “há que respeitar os homossexuais”… Sentem-se confortáveis nas atuações coletivas. Não há debate interior, quer-se que tudo seja homogéneo, é impossível a dissidência. O dissidente é logo fascista, machista, homófobo, antianimalista, o que seja. Não há interesse em conhecer o discurso do dissidente, só em calá-lo. As redes sociais mataram o indivíduo, tornaram-no mal-visto. E isto é terrível porque sem indivíduos as sociedades tornam-se rebanhos auto satisfeitos.

https://observador.pt/especiais/arturo- ... m-cala-lo/




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Re: Notícias desde Espanha

#1700 Mensagem por Túlio » Dom Set 20, 2020 12:07 pm

P44 escreveu: Dom Set 20, 2020 9:46 am Artigo interessante, roubado do FD
Obs.: para encurtar, resumo:

:arrow: Devíamos dar um petisco a Portugal, botando a capital lá mas sob a Coroa Espanhola: são todos BURROS e engoliriam bem satisfeitos;

:arrow: A internet é um mal e proíbe a individualidade.
Ao primeiro respondo que Portugal poderia ter feito o mesmo ao Brasil (e levaria muito maior vantagem, aliás só neste caso levaria vantagem, pois engoliria ao invés de ser engolido): mantendo a Corte no Rio e D. João VI nunca tendo partido, quando viesse a República (que veio tanto para Portugal quanto para o Brasil e mais ou menos da mesma forma) provavelmente passaríamos no começo a nos chamar de República de Portugal, Brasil e Algarves para logo depois sermos até hoje República Federativa de Portugal. A comparação com a França é irresistível: enquanto eles têm a principal parte de seu território na Europa e uma cabeça de praia na América do Sul, nós teríamos um território umas quinze vezes maior na América do Sul e uma cabeça de praia também maior na Europa. A geopolítica mudaria muitas vezes mais do que na proposta do castelhano aí que, examinada a fundo, apenas viria a agravar os problemas que a Espanha já tem: sendo uma colcha de retalhos étnica e cultural, o seria ainda mais, com outra nacionalidade (a Portuguesa) querendo mais e mais autonomia até chegar à independência. Talvez tenha faltado visão e engenho a D. João para submeter a nobreza tuga, talvez lhe tenha sobrado prudência, pois não faltaria vizinho, como o Espanhol (auxiliado pelo Françuá), para tentar lhe arrebatar o que possuía na Europa; mas bastaria lembrar que o envolvimento da França forçaria o da Inglaterra, sua então arquirrival e "casualmente" já dona dos mares. Claro, pode ser uma conta de soma zero, afinal, bastaria nomear seu próprio filho, aqui Pedro I e aí Pedro IV, como Vice-Rei e ele poderia se sentir tentado a declarar a Independência de Portugal. What ifs costumam ter este tipo de peculiaridade...

Ao segundo respondo que é discurso de véio, que desde que o mundo é mundo sempre subestima quem é jovem e o culpa por sê-lo, no fundo escondendo que adoraria voltar a ser: um tipo de jovem é aquele que ainda vive às custas dos pais e não sabe que há realidades que se sobrepõem às utopias, como por exemplo que no fim do mês há que se ter dinheiro para pagar as contas e ideólogo algum fará isso por ele nem o guito cairá do céu; outro tipo é o que passou a viver às próprias custas e ter responsabilidade por sua própria sobrevivência; mais adiante, aquele que ainda por cima passa a ser responsável por uma família, criando outros jovens que serão como ele era e deplorando sua visão de mundo, esquecido de que a sua na mesma idade não era tão diferente; por fim, aquele "ex-jovem" que é como o festejado Autor, totalmente esquecido das estroinices ideológicas do seu próprio passado e voltando a se tornar no que era, agora com novas estroinices.

Muita gente não se dá conta que o ciclo da vida não deixa de ser uma grande ironia: no começo dela não temos dentes e precisamos usar fraldas, sendo dependentes de outras pessoas para tudo; se vivermos o suficiente, retornaremos exatamente ao mesmo ponto até tomarmos o caminho inverso, com o caixão tomando o lugar do útero.

Vamos dar uma chance à garotada, o mimixentx "de esquerda" ou "de direita" de hoje um dia terá contas a pagar, filhos a criar e objetivos a perseguir, e neste trajeto vai descobrir que bem poucos conseguem se sustentar à custa de vender IDEOLOGICE e sua "preciosa" e "irretorquível" opinião. Para a maioria essa moleza não virá (como nunca veio): historicamente era a nobreza e o alto clero, mais adiante (até hoje) são os políticos e...o alto clero; mas nem todos podiam ser nobres ou pertencer ao alto clero, e isso se estende aos políticos e alto clero de hoje. A lógica é sempre a mesma, realmente um determinismo: precisa pelo menos MIL pobres para fazer UM "remediado" e muitos milhares para fazer UM rico. E o Estado não produz sequer para manter-se, ou extrai de quem o faz ou é o caos; quando se mete a produzir é ineficiente por suas próprias contradições intrínsecas.

Por fim, a internet não é em absoluto um inibidor do individualismo: mesmo o garoto entusiasmado por fazer parte da manada vai crescer e ter que tratar da vida como um indivíduo e não como um grupo (mesmo fazendo necessariamente parte de um, outro aparente paradoxo) e aí, mesmo que a citada internet continue a fazer parte de sua vida - que é o caso, não se pode mais ignorá-la - irá cada vez mais confrontando os elevados ideais que lhe forem oferecidos como A Panacéia Universal Para Todos Os Males com a Vida Real e descobrindo o quão IDIOTA já foi: aceitou como verdade a ilusão de que um zé mané filho de um zé ninguém poderá chegar ao fim da vida nas mesmas condições que um "bem nascido". Até esta falácia é demonstrada na internet, para quem não é muito chegado na Vida Real...




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Re: Notícias desde Espanha

#1701 Mensagem por P44 » Seg Out 12, 2020 8:13 am

Imagem

Más notícias para a monarquia espanhola, uam sondagem que vai abanar a casa real

Pela primeira vez, a maioria do povo espanhol votaria para a República.

Reparem na votação dos jovens.. A monarquia está com os dias contados em Espanha




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Re: Notícias desde Espanha

#1702 Mensagem por Túlio » Seg Out 12, 2020 1:08 pm

P44 escreveu: Seg Out 12, 2020 8:13 am Imagem

Más notícias para a monarquia espanhola, uam sondagem que vai abanar a casa real

Pela primeira vez, a maioria do povo espanhol votaria para a República.

Reparem na votação dos jovens.. A monarquia está com os dias contados em Espanha
...e aqui no Brasil o que não falta é PANACA querendo esse treco de volta, sem ter a menor ideia de para que isso serve ou como REALMENTE funciona (quando funciona). Na Espanha foi um caso especialíssimo, recordo da época (sodas ser véio :evil: ), era amplamente comentado na imprensa daqui (que pelo menos tentava ser séria) que no pós-Franco o País estava virando rapidamente numa baita zona, arriscava a Europa a ter os seus Bálcans uns vinte anos antes (aliás, daria um belo what if imaginar como seria para Portugal, que poderia acabar sendo arrastado para a confusão, como QUASE foi na vez anterior - e falem mal do Salazar mas teve habilidade e malandragem para engambelar todo mundo e ficar quieto no seu canto, já o pessoal daquele tempo nem sabia direito o que estava fazendo) e muito mas MUITO mais feio, a ÚNICA saída pacífica era a restauração da monarquia (complicou quanto pegaram recentemente O PRÓPRIO REI ROUBANDO :shock: e ele teve que dar no pé pra não ser O LULA ESPANHOL :mrgreen: ). Lembrar, havia soviéticos então, e nada melhor do que ajudar a OTAN (se não me engano a Espanha - já monárquica - só pôde passar a fazer parte após resolverem as tretas, lá pelos 80) a pegar fogo, imaginem os EUA tacando bomba na Europa em plenos anos 70 e pouco depois do desastre do Vietnã, mas (bright side), como membro fundador, Portugal não escaparia de participar, talvez tivesse até recuperado Olivença no meio do freje... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Notícias desde Espanha

#1703 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Out 13, 2020 12:32 pm

P44 escreveu: Seg Out 12, 2020 8:13 am Imagem

Más notícias para a monarquia espanhola, uam sondagem que vai abanar a casa real

Pela primeira vez, a maioria do povo espanhol votaria para a República.

Reparem na votação dos jovens.. A monarquia está com os dias contados em Espanha
Estás maluco ou quê?! Aquilo sem Monarquia é guerra civil em dois tempos!

A monarquia está mal vista por causa do pai exilado, e do cunhado corrupto, já o atual Rei até goza de boa reputação.

https://english.elpais.com/spanish_news ... los-i.html




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Re: Notícias desde Espanha

#1704 Mensagem por Túlio » Ter Out 13, 2020 1:05 pm

cabeça de martelo escreveu: Ter Out 13, 2020 12:32 pm

Estás maluco ou quê?! Aquilo sem Monarquia é guerra civil em dois tempos!
Talvez o plano seja esse.
cabeça de martelo escreveu: Ter Out 13, 2020 12:32 pm A monarquia está mal vista por causa do pai exilado
Por ser LADRÃO! Essa eu não tinha visto ainda... :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: Notícias desde Espanha

#1705 Mensagem por P44 » Sex Dez 04, 2020 10:39 am

Espanha pondera reduzir semana de trabalho para quatro dias
ECO
9:42
105
Ministério do trabalho espanhol está a estudar a possibilidade de reduzir a semana de trabalho para apenas quatro dias. Objetivo é o de fazer aumentar o emprego.


Numa altura em que Espanha prepara o aumento do salário mínimo nacional para mil euros, o ministério do trabalho espanhol está a estudar a possibilidade de reduzir a semana de trabalho para quatro dias, avança o El Economista (acesso livre).

https://eco.sapo.pt/2020/12/04/espanha- ... atro-dias/




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Re: Notícias desde Espanha

#1706 Mensagem por Túlio » Sex Dez 04, 2020 10:46 am

P44 escreveu: Sex Dez 04, 2020 10:39 am Espanha pondera reduzir semana de trabalho para quatro dias
ECO
9:42
105
Ministério do trabalho espanhol está a estudar a possibilidade de reduzir a semana de trabalho para apenas quatro dias. Objetivo é o de fazer aumentar o emprego.


Numa altura em que Espanha prepara o aumento do salário mínimo nacional para mil euros, o ministério do trabalho espanhol está a estudar a possibilidade de reduzir a semana de trabalho para quatro dias, avança o El Economista (acesso livre).

https://eco.sapo.pt/2020/12/04/espanha- ... atro-dias/
Depois reclamam quando os "frugais" não querem repartir seu dinheiro com eles... [006]




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Re: Notícias desde Espanha

#1707 Mensagem por P44 » Seg Dez 07, 2020 3:14 pm

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Re: Notícias desde Espanha

#1708 Mensagem por Túlio » Seg Dez 07, 2020 3:16 pm

NUSSS, o pessoal em Espanha é MEIO DRAMÁTICO, não?




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Re: Notícias desde Espanha

#1709 Mensagem por P44 » Ter Dez 08, 2020 11:56 am

Bem,em 1981 ainda tentaram uma golpada




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Re: Notícias desde Espanha

#1710 Mensagem por P44 » Dom Jan 10, 2021 7:28 am

Maior nevão dos últimos 50 anos em Madrid





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