FCarvalho escreveu: Qua Out 30, 2019 10:50 am
Dos 6 DN no litoral brasileiro, 3 estão no N/NE brasileiro, sendo que estes respondem por mais da metade do nosso mar territorial e ZEE.
Ainda no NE estava planejada uma segunda esquadra que seria baseada em São Luis, MA. Hoje a MB possui bases em Belém, Natal e Salvador. Estas bases recebem os meios navais distritais que operam na região, e que tradicionalmente sempre foram em menor quantidade e qualidade. Sempre que a MB recebe um meio novo, os usados ainda em condições de uso são transferidos para o N/NE. Isto não mudou até hoje.
Uma decisão simples que poderia ajudar no curto prazo a vigilância destas águas seria a transferência imediata da patrulha naval da FAB para a MB e lançar mão dos C-105 que esta dispõe e ainda irá receber da versão C-SAR ( equipados com radares com capacidade de varredura e vigilância), além de completar a frota destes com os 5 dos 8 requeridos inicialmente. Em todo caso, seria mesmo possível transformar alguns dos já existentes em versão C-SAR caso a compra de outras 5 unidades não seja possível. A FAB com certeza iria retrucar, mas poderia ser compensada com mais undes do KC-390 para o 1o/7o Gav em Manaus e 1o/15o Gav em Campo Grande, e até mesmo uma versão C-SAR/SAR específica desta aeronave, o que também interessaria muito à própria MB. A distribuição destas 20 aeronaves entre cargo e SAR ao longo das 4 bases aéreas em que operam/operavam a patrulha naval na FAB seria uma forma rápida, prática e essencialmente com um custo acessível ao orçamento.
Além destes aviões, o MD poderia no curto prazo unificar os programas do UHL e IHL da marinha com as necessidades do exército e força aérea e demandar uma solução comum para ambos. A FAB quer trocar os seus Esquilo em Natal até 2021, a MB tenta se livrar dos Bell há anos e não consegue substituir totalmente os Esquilo nos 4 HU que dispõe do mesmo. A Avex irá utilizar os Esquilo no treinamento por muitos anos depois da modernização por que passaram. Bem, no que concerne ao treinamento, não vejo solução mais simples e óbvia do que continuar utilizando os Esquilo para todas as 3 ffaa's. No caso do UHL, são/seriam 60 aeronaves pretendidas para mobiliar os HU-1, HU-3,HU-4 e HU-5. Bem, com tal quantidade seria possível também organizar ao menos mais dois HU em Natal e Salvador. Para este programa, os pretendentes são os AW-109, Bell-429 e H-145. Todos eles tem competências e qualidades para também suprir lacunas existentes hoje na Avex e nos esquadrões do 8o Gav. Conquanto, a Leonardo, opinião pessoal, me parece, seria a melhor opção no que tange off set, tot's e amplitude de negócios e investimentos na indústria aqui, já que eles há tempos procuram espaços e oportunidades para ampliar aqui sua unidade comercial em termos de implantação de uma linha de produção/montagem de seus modelos. Isso, se bem utilizado, pode nos servir como um bom argumento para negociar preços, custos e vantagens em um eventual negócio de aquisição dos seus modelos para as 3 ffaa's.
Então, a MB está deslocando UH-15 para Belém, onde já há o núcleo do esquadrão HU-41, e pretende também fazer o mesmo em Florianópolis. Faltaria ainda substituir os UH-14, e dispor ao HU-3, ou a uma nova unidade, os HU-15 em Manaus. Da mesma forma, em Ladário, onde está o futuro 3o BtlOpRb Fz, haverá a necessidade de mais HU-15 para apoio aquela OM. Em Tabatinga também estava previsto uma OM nível Btl, no caso o 4o BtlOpRb Fz, que por óbvio também demandaria mais UH-15 em apoio. Tudo isso é planejamento, e se a tal 2a Esquadra por acaso começar a sair do papel, seria interessante também a ativação de um núcleo de esquadrão em São Luis com os HU-15, dado que a criação deste tipo de OM não depende obrigatoriamente da existência de uma 2a Esquadra.
Por fim, outra questão prática, é colocar no orçamento da MB para 2021 o início da implantação do SIGAAZ. junto à sua integração com o SISCEAB em um primeiro momento.
Tudo isso exigiria um desembolso de valores que podem ser conseguidos no curto e médio prazo, e não estão longe de poderem se tornar reais.
Por fim, a criação de uma guarda costeira tirada das costelas da MB, como tenho defendido aqui insistentemente, é condição sine qua non para que os meios de patrulha naval e fluvial finalmente tenham reconhecidos a sua importância e colocados no devido lugar que lhes faz jus. Mas isso jamais será feito enquanto tivermos um militar a frente do MD, e militares decidindo independentemente tudo o que lhes convém ou bem aprouver em termos materiais e planejamento.
Mas precisamos começar em algum momento.
abs