Fórum Defesa Brasil

Pior é que o M113 nem pra "tempos de paz" serve. Está proibido de subir morro no rio, tem proteção pior que os Caveirões do BOPE.

Até em tempos de paz, é ridículo

Quem não tem cão, caça com o gato do vizinho.
No nosso caso, até o gato tá ruim de fazer o serviço.

Abs

E como não podemos comprar nada novo, Marder com UT-30BR de VBCI e Bradley com UT-30MK2 de VBCI reconhecedor não seria nada mal, adotando Pzg Br.

Mas o pessoal acha que gastar centenas de dólares em M113 pra não acrescentar nada é legal.

Seria honesto da parte do EB ao menos ver se a blindagem do Guarani poderia ser adaptada a estes bldos. Acho que colocar aquelas placas não deve ser tão difícil assim. É talvez não implicasse tão negativamente no seu desempenho.

A versão para o CFN em termos gerais é superior a do EB. E tem proteção externa, mesmo não sendo fixa. E isso não deixou ele pior, ao contrário.

Infelizmente não há estudo ou projeto neste sentido para os M113 do exército. Desconheço se houve melhora nos optronicos. Mas a julgar pelas limitações de mais esta reforma, vai ser algo surpreendente se tiver sido feito.

Abs

Tenho quase certeza que se colocar blindagem extra no M113, ele não pode transpor rios.

Difícilmente você consegue imagens de um M113 fazendo isso.

Talvez blindagens leves como AMAP-P, mas ainda sim teria uma gravíssima deficiência contra munições cinéticas.

O máximo que fizeram foi pintar, mudar um pouquinho de nada o interior, colocar lagartas novas e motor novo (?). Pagamos mais de USD 100 mi por isso.

Ai vem com "não dá pra ser Bradley ou Marder porque não são anfíbios e nem transportam um GC inteiro", simples a solução: adota uma torre com canhão automático 30 mm totalmebte externa (UT-30BR ou UT-30MK2) no lugar da original e cabem os 8 fuzileiros + 3 tripulantes (comprovado no Marder Revolution e no chamado Bradley Turretless). Já que quer algo anfíbio, mantém um Plt Fz Blind com M113 em cada Btl/RCB somente pra transpor rios.

Mas bom mesmo é comprar caviar e retirar M113 de combate contra traficantes.

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jun 16, 2018 11:34 pmSeria honesto da parte do EB ao menos ver se a blindagem do Guarani poderia ser adaptada a estes bldos.

O "problema" da blindagem do M113 é que é de alumínio, um material macio que é perfurado por munições perfurantes, ao contrário do aço do Guarani que é duro.

E coloquei o "problema" entre aspas porque a principal ameaça a um VBTP como o M113 são fragmentos de artilharia e não tiros de fuzis de traficantes e para isso a blindagem de alumínio do M113 é muito superior a blindagem de aço do Guarani, colocar a blindagem do Guarani no M113 é simplesmente trocar o alumínio por aço (o que não é algo tão trivial, digasse de passagem, já que vai alterar toda a estrutura do veículo), mas talvez seja possível colocar uma camada de um material mais duro por cima do alumínio para deter munições perfurantes, e nem precisa ser uma camada muito grossa (e pesada) já que o alumínio por baixo é capaz de oferecer a resistência necessária, e se for necessário tirar alguns quilinhos talvez até desse para raspar um pouco do alumínio.

Assim o M113 estaria apto a realizar uma missão para o qual nunca foi projetado: Combater traficantes de drogas.

Marechal, eu tenho certeza que solução há para isso. O que não há é nem haverá é vontade e interesse do EB em se dar o trabalho de saber. Como disse até os M113 do CFN ficaram melhores. E nem por isso o bldo ficou uma merda.

Mas são visões e opções diferentes sobre a mesma necessidade. Uma tropa é operacional, a outra pau mandado de Brasília na hora da repressão.

Viva-se com isso.

Abs

Não é questão de combater ou não tráfico de drogas, é a questão de que nosso blindado que deveria equipar as Brigadas mais poderosas não suporta combates contra traficantes pouco organizados.

Agora compare isso á um conflito, onde o inimigo é melhor treinado e equipado, inclusive com munição perfurante.

Foi-se a época em que a preocupação de VBTP's restringissem em estilhaços de artilharia, tanto é que hoje o uso de materiais duros são muito mais aceitos que metais moles. Sem falar que esses blindados acompanharam CC's, seria a coisa mais comum do mundo achar .50 inimiga no meio disso.

M113 não serve mais pra combate, somente como viatura de apoio em determinadas situações e olhe lá.

gabriel219 escreveu: ↑Dom Jun 17, 2018 3:47 pm M113 não serve mais pra combate, somente como viatura de apoio em determinadas situações e olhe lá.

Isso é notório desde que o M113 foi projetado.

Ele nunca foi projetado para ficar na linha de tiro do inimigo, ele não é um IFV, aqui o problema não é o M113, é a falta de um IFV*.

*Também falta um MBT de verdade que acho bem mais prioritário, mas aí entra em um loop do qual não estou disposto a participar.

Por ele não ser projetado pra ser um IFV é o PRINCIPAL motivo para que ele seja substituído por um IFV de verdade.

É a revolta que tenho por gastas mais de uma centena de milhões de dólares em um blindado que, nítidamente, não consegue cumprir a missão moderna que tropas blindadas precisam: proteger seus CC's.

Hoje CC sozinho ou somente Infantaria cobrindo, como o EB defende, é suicídio. Precisa ter um VBCI com canhão e mísseis anticarro para protege-lo de Infantaria e de até mesmo outros CC's.

Hoje o M113 não consegue cumprir missão alguma, a não ser apoio.

Ainda vejo seu uso como Porta-Morteiro 120 mm (com blindagem extra), Missile Carrier (Spike NLOS e blindagem extra), VBTP apenas pra transpor rios e cuidar da retaguarda (blindagem extra mais leve ou flutuadores) e demais funções de retaguarda, mas pra acompanhar CC's não tem como, prefiro que Guarani faça essa função.

Posso estar enganado mas a nossa engenharia de combate não é nem de longe a melhor equipada para suprir o apoio de CC e infantaria e cav mec.

A ausência deste tipo de apoio mais próximo e capaz de suportar as agruras do combate com certeza é um dos maiores motivos pelo qual o EB tanto insiste em vbtp anfíbio.

Abs

Não tem nada á ver, é extremamente comum ver M113 atravessando rio em pranchas e raro de ver o mesmo fazer transposição de curso d'água em Exercícios. Se já fazem isso com o M113, não teriam qualquer dificuldades pra fazer isso com um Marder CCV ou Bradley "BR".

A questão de ser anfíbio é pela quantidade de rios que cortam o Sul do país, onde - na cabecinha minúscula de nosso Generais - levaremos uma Blitzkrieg das superpotêbcias blindadas Uruguai, Paraguai e Argentina.

Se a questão é essa, pega 60 M113, coloca flutuadores da IMI e uma REMAX, pronto:

Atua como VBTP atrás da linha de frente e quando precisar transpor algum rio, pra fazer a segurança, assim o faz.

De resto, fica cobrindo os M113 Porta-Morteiros 120 mm e os M113 Exactor (Spike NLOS), com Fuzileiros Embarcados.

Marder e Bradley modernizados não chegariam á 40 toneladas e nós já nos damos muito bem com um CC de 52 toneladas (M60), não haveria desculpas logísticas. Com torre externa, cabe 11 homens dentro de cada um e terá um poder de fogo + blindagem nunca visto.

Somente nessa imagem há 54.5 toneladas em deslocamento.

Conclusão: não há nenhuma desculpa, motivo ou razão pra continuar gastando dinheiro com M113 á toda. A estrutura existente já suportaria "novos" VBCI.

As imagens que sempre vejo da engenharia de combate em ação são quase sempre meio que propagandas, onde as condições são ideais para transposição de cursos d'água.
Mas se levarmos isso para a realidade de um conflito real, seria a mesma coisa?
Eu acho que não.

Abs

Se não conseguissem transpor um Marder ou Bradley modernizados com, no máximo 40 toneladas, então pra quê Leopard 1A5, que pesa mais de 42 toneladas?

M113 não vai transpor rio e lutar sozinho, só vai transpor pra fazer a segurança para a Engenharia fazer o translado do resto sobre pranchas.

Ainda assim eu creio que falta muita coisa na engenharia de combate para oferecer o suporte necessário a cav e inf.
Mas ao menos para o que se tem dá pra fazer o básico.
Só penso que cedo ou tarde com novos bldos sendo adquiridos, algo terá de ser feito para adequar o apoio da engenharia.
Mas essa é outra história para outro tópico.

Abs