Rafale e Su-35 na FAB

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Bolovo
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#166 Mensagem por Bolovo » Sex Dez 15, 2006 2:00 am

Carlos Mathias escreveu:Bolovo, uma alvo móvel sempre é mais difícil de destruir, um blindado mais ainda. Um TOR-M1 poderia facilmente acompanhar as colunas de CC do EB, sem precisar parar para armar arapuca. Se for para a FAB defender suas bases, aí sim, é uma defesa estática. Mas para acompanhar blindados no campo? Carrocinha, quando nem carro sobre rodas consegue passar em todos os lugares que um CC passa?

Bolovo? Mim? Indio? :mrgreen:




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#167 Mensagem por Mapinguari » Sex Dez 15, 2006 2:35 am

Wolfgang escreveu:Uma pergunta de leigo. A plataforma do SU-35 (que é do SU-27?!) não está mais próxima do fim de evoluções tecnológicas que a do Rafale que está "saindo do forno" agora?


Com certeza.




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#168 Mensagem por Mapinguari » Sex Dez 15, 2006 2:47 am

Carlos Mathias escreveu:Cara, viu o link da KNAAPO? Está à venda. Não tem nada de desenvolvimento e o avião estará disponível para entrega em 2009(apenas dois anos). Esse pequeno período seria e será coberto como já o está, ou seja, com Matusa e F-5M. Portanto, não muda nada. O Rafale eu duvido que a França entregue no mesmo tempo, pois que tem que fazer para si e teria que exportar também. Lembrando que foram quase dois anos para entregar dois Matusa recauchutados(e o resto em 10 anos). Não teremos que arcar com custos de desenvolvimento, a menos que queiramos participar, para mais à frente termos o PAK-FA, que está previsto para 2015 e não para 2009, basta uma pesquisa na net e pode-se saber destas datas.

Novamente essa conversa.....e eu repondo o mesmo...então vamos ter que jogar fora 80% da frota da FAB no lixo. Rolling Eyes

Não, porque 100% da frota da FAB ou usa avião civil, ou usa velharia obsoleta. Poderia-se ter citado o caso dos AIM-120 estocados nos EUA, os secretíssimos códigos fonte do jurássico F-5E, o poderoso demais para nós Vulcan M-60(?), os super-perigosos A-29 que iam para a Venezuela, os CASA 295 da Espanha, TP-2000, e etc, etc, etc. Mas falar da atual frota da FAB como referência tecnológica não dá. Vamos nos ater a caças no estado da arte, como o Gripen :wink:



Não foi o que ele quis dizer, Carlos. Essa história de que o Gripen não é bom porque usa motor americano é que não cola, pois 80% da FAB (incluindo aeronaves fabricadas pela Embraer) usa motores americanos ou de origem americana, assim como aviônicos, radares e outros equipamentos, sem que isso ameaçe a sua operacionalidade.




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#169 Mensagem por Mapinguari » Sex Dez 15, 2006 3:07 am

Alexandre Beraldi escreveu:Carlos,

Apóio você e suas assertivas. Se tem alguém que pode construir, testar e finalizar um excelente caça em pouco tempo, e depois produzir um monte deles num curto espaço de tempo, são os Russos.

Até o meio dos anos 80 era aquela papagaiada de propaganda americana, fazendo fimes como Top Gun e Águia de Aço para mostrar para o mundo a "superioridade" de seus sistemas de armas, mas a realidade por trás disto tudo era deicar o público em geral com a falsa sensação de "está tudo bem, não tem para ninguém!" quando na realidade o DoD (Departamento de Defesa) já tinha indícios dos MIG-29 e SU-27 e se borravam por causa disto.

Imagine, na época, ou seja, meio dos anos 80, um F-15A armado de AIM-9P/L e de AIM-7M (que era o que se tinha pronto para uso) enfrentando um SU-27 armado de R-73 e R-27... Ia ser uma carnificina !!! Ou um F-16A com AIM-9P/L enfrentando um MIG-29 com R-73 e R-27... sem comentários. Esta era a situação atual, o fato que o DoD tinha ciência.

Já nos filmes, víamos os F-14 do Top Gun abatendo os "MIG" que eram raquíticos F-5, cm todas aquelas "firúlas" e manobras para se colocar atrás da aeronave inimiga e acoplar um Sidewinder... Bem diferente de enfrentar um MIG-29 de verdade apontando seus R-73 "all-aspect" com a mira montada no capacete... Não ia ter nem manobra e nenhum xaveco deste tipo: era olhou, travou e disparou ! E lá se íam o Maverick e o Goose numa bola de fogo... O mesmo naquela papagaiada de Águia de Aço, se ao invés de "temíveis" MIG-23 os F-16 fossem encarar um MIG-29 ou SU-27...

Porque disto tudo que falei? Simples. Os americanos, desde a II GM, descobrirm o enorme poder da propaganda em conquistar corações e mentes, fazendo com que estes tenham atitudes e conceitos que beiram o irracional, mas que favorecem seu ponto de vista. É sempre "o melhor", o "mais eficaz", etc... É isso o que é passado para sua população e para o mundo, das mais variadas formas, como cinema, TV, etc... E é nisso que acreditamos... "Corações e mentes"...

Veja por exemplo a propaganda do F-16: não sei quantas vitórias a zero... É convenientemente "esquecido" que NUNCA o F-16 enfrentou um adversário em condições idênticas. As vitórias contabilizadas do F-16 foram contra MIG-21 voando "cego", MIG-29 sem RWR e Radar, MIG-23 voando na doutrina de controle e vetoração por terra, SU-22 voando com mísseis com validade vencida, contra avião de treinamento armado de mísseis IR, helicóptero e avião de trasporte... Nunca um embate um contra um, dois contra dois, ou o que seja, mas em condições IGUAIS em que REALMENTE SÓ A AERONAVE faria diferença... Sempre hove o apoio de AWACS para colocar os F-16 numa posição em que os inimigos nem os vissem, ou situações congêneres... Nunca hove COMBATE DE FATO. Aliás, uma vez hove um COMBATE DE FATO sobre o Mar Egeu em condições iguais e contra um Mirage 2000... E o F-16 perdeu !!! Mas isso é sempre "contestado", "não confirmado" e "baseado em informações não-oficiais", simplesmente porque é tão contra aquilo que somos levados a acreditar pela propaganda, que a maioria já assume que é "mentira", "invenção", ou "não confirmado"... Se o M2000 tivesse vindo à baixo, aí seria diferente: seria uma prova incontestável da superioridade do F-16...

Creio que os Russos podem fazer o SU-35BM até o ano que vem. Creio que não se pagará mais por "desenvolvimento", pois ele já estará pronto, creio que ele será superior ao Rafale, principalmente em relação ao Radar, capacidade de supercruise, capacidade de armas, alcance, persistência em combate e resistência a danos em combate. Creio que ele será mais facilmente adaptado a operar na Amazônia, por sua maior rusticidade e da alegada facilidade de manutenção. Creio que a Rússia vai fazer de tudo para nós termos uma alta disponibilidade e um desempenho "matador" em todos os exercícios conjuntos, pois NÓS SEREMOS A VITRINE para a AL e para o resto do mundo que duvida da capacidade do Ocidente operar bem com aeronaves Russas. Isso é o que eu acredito que eles querem fazer. Principalmente porque este SU-35BM possui vários sistemas que estarão no PAK-FA e daí também vem o fator vitrine, para mostrar àqueles que JÁ OPERAM o SU-27 como é bom e eficaz seu substituto... A Sukhoi depende disto para sobreviver. Ela sabe que assim que parar de vender a família SU-27/35, sua única chance de sobrevida é emplacar outro sucesso militar, que pretende ser o PAK-FA, mesmo porque ela já viu a concorrência que há no mercado civil, coisa com que não está acostumada e não tem tradição. Seu negócio é reconhecidamente ter o melhor caça feito fora dos EUA e vendê-lo para todo mundo. É isso que ela quer e é isso que ela vai fazer. E nós somos vistos como parte deste plano.


Eu sempre coloquei minha opinião quanto à minha preferência para o futuro F-X da FAB de forma simples: disse que preferia que fosse o Gripen, por um monte de razões. Mas adoro o Flanker. Só não acho ele o mais adequado para a FAB.
Mas isso não quer dizer que, se a FAB o escolher, ficaria chateado, em absoluto. Acredito que o esforço pela operação do Flanker na FAB seria enorme e seu custo operacional, bem alto. Até disse, algumas vezes que, se a FAB escolhesse o Flanker, seria "apesar" dos trapalhões dos russos e de seus representantes no Brasil, mas sim pelo seu desempenho.
Mas tenho que concordar contigo, Beraldi, quando vc diz que, se a FAB escolhesse o Flanker, os russos fariam de tudo para garantir que sua operação não tivesse sobressaltos.
Apesar de tudo isso, se a coisa ficar resumida em Su-35 e Rafale (sem Gripen), acho que vai dar Rafale.




Mapinguari

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Carlos Mathias

#170 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Dez 15, 2006 12:23 pm

Mapinguari, como eu já cansei de falar aqui, uma coisa é operar motores de aviões mlitares com aplicação civil també, ou ainda aviões antigos(velhos mesmo) e sem nada em termos de tecnologia de ponta. Mas quando estamos falando do Gripen, estamos falando do GE-404/RM-12, por exemplo. Não existe nada nem sequer parecido na FAB em termos de tecnologia, e olha que é um motor relativamente antigo! Mas prá não ficar só nos motores à jato, qual foi a parte que os americanos vetaram na venda dos super-tucanos? Motor, não foi? Deve ter entrado algo mais, mas o principal são as PW. Isso para um réles de um turbo-hélice, e tem o caso do TP-2000 ainda... Agora, imaginemos se depois de tantas cortadas americanas(sem entrar no mérito da questão), nossas FAs vão estar à vontade com equipamento deles, ou mesmo algo que dependa de permissão deles prá algo! Cara, não dá. Por melhor que o Gripen seja, e é mesmo, a Suécia vai ter que colocar equipamento no mínimo europeu nele se quiser vender prá nós. Mas aí eu te digo, prá que esperar se a Rússia tá lá de portas bertas e doida prá se enrolar com o Brasil? Devemos é aproveitar esta janela de oportunidade e tirarmos o máximo desta situação, melhor ainda se um ajudar o outro, não é?




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Gente, não discutam outras alternativas...

#171 Mensagem por Pepê Rezende » Sex Dez 15, 2006 12:39 pm

É Su-35 (e a Venezuela JÁ FEZ OPÇÃO por um esquadrão deles a partir de 2010) ou Rafale. Não há alternativas. Gripen, Typhoon e F-35 JÁ FORAM DESCARTADOS.

Quanto a F-18 na MB, não sonhem. Nâo virão. Estão remendando os A-4 para tentar recolocá-los em operação.

Abraços

Pepê




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Carcará
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#172 Mensagem por Carcará » Sex Dez 15, 2006 12:42 pm

Brasil - Brazil
Defesanet 15 Dezembro 2006
Itamaraty 14 Dezembro 2006

Visita Oficial do Ministro dos Negócios Estrangeiros
da Federação da Rússia ao Brasil
Declaração Conjunta


A Visita Oficial à República Federativa do Brasil do Senhor Serguei V. Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, no período de 14 a 15 de dezembro de 2006, a convite do Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Senhor Celso Amorim, inscreve-se na continuidade do diálogo político de alto nível, iniciado em 2002, no contexto da parceria estratégica entre o Brasil e a Rússia. Essa concertação política foi renovada durante a visita ao Brasil do Presidente Vladimir V. Putin, em novembro de 2004 – a primeira de um Chefe de Estado da Rússia ao Brasil –, quando se estabeleceu a aliança tecnológica Brasil-Rússia -, e reafirmada por ocasião das visitas do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Moscou, em outubro de 2005, e a São Petersburgo, em julho de 2006, para participar, a convite do Presidente Putin, do segmento ampliado do G-8.

2. O Chanceler Serguei V. Lavrov, em audiência com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou a disposição da Federação da Rússia de aprofundar o relacionamento com o Brasil. Na reunião de trabalho que o Ministro Celso Amorim e o Ministro Serguei V. Lavrov mantiveram em Brasília, no dia 14 de dezembro, foram avaliados os principais temas da pauta bilateral e discutidas possibilidades de intensificação do relacionamento entre os dois países nos mais diversos campos. Foram ainda analisadas questões regionais e multilaterais de interesse mútuo.

3. Nesse contexto, os dois Chanceleres recordaram o encontro mantido à margem da 61ª Assembléia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, em setembro de 2006, e congratularam-se pela excelência dos trabalhos da IV Reunião da Comissão Brasileiro-Russa de Alto Nível de Cooperação (CAN), realizada em Brasília, em 4 de abril de 2006, sob a co-presidência do Vice-Presidente da República, Senhor José Alencar, e do Presidente do Governo da Federação da Rússia, Senhor Mikhail E. Fradkov. Expressaram, ainda, expectativa positiva quanto aos trabalhos da V Reunião da Comissão Intergovernamental Brasil-Rússia de Cooperação Econômica, Comercial, Científica e Tecnológica (CIC), a realizar-se no Brasil, no primeiro semestre de 2007, para a dinamização da cooperação bilateral nas áreas econômico-comercial, científica, tecnológica, cultural e esportiva.

4. O Ministro Celso Amorim e o Ministro Serguei V. Lavrov destacaram que os desafios e ameaças atuais, tais como o terrorismo internacional, o crime organizado transnacional e o tráfico ilícito de drogas têm caráter global e que é possível combatê-los de uma maneira eficaz, mediante a união de esforços de toda a comunidade internacional, seguindo os princípios e mecanismos de cooperação acordados com base no direito internacional. Reiteraram o compromisso dos dois países com o multilateralismo e com as ações coletivas no contexto dos esforços em prol do desarmamento geral e completo e da não-proliferação, bem como da prevenção da corrida armamentista no espaço exterior de acordo com as decisões da ONU.

5. Brasil e Rússia reconheceram o direito de todos os Estados à escolha independente e autônoma de seu caminho de desenvolvimento, de acordo com a sua própria experiência histórica, bem como a participação, com igualdade de direitos, na condução dos assuntos internacionais. Enfatizaram também a necessidade de respeito à diversidade de culturas e civilizações no mundo contemporâneo.

6. Os Ministros assinalaram o compromisso dos dois países com uma nova ordem mundial mais justa e democrática, baseada no primado do direito internacional e no fortalecimento do multilateralismo, de acordo com a Carta da ONU, com vistas a assegurar a estabilidade e segurança nos níveis global e regional e a criar condições favoráveis para o desenvolvimento sustentável.

7. Brasil e Rússia compartilham a convicção de que somente os meios político-diplomáticos devem ser empregados na busca da solução para conflitos e crises internacionais e regionais, com a observância rigorosa dos princípios e normas do direito internacional, e levando em consideração os interesses legítimos de todas as partes envolvidas.

8. Os Ministros reiteraram a disposição do Brasil e da Rússia, expressa pelos Presidentes dos dois países, de desenvolver o diálogo bilateral e promover esforços conjuntos na prevenção e combate às ameaças de uso das tecnologias de informação e comunicação para fins que comprometam a segurança dos Estados. Ratificaram o interesse de fortalecer a segurança da informação nos níveis nacional, regional e internacional. Esforços pertinentes serão empreendidos pelos dois países no âmbito da ONU e de outros organismos e foros internacionais.

9. O Ministro Celso Amorim agradeceu ao Ministro Serguei V. Lavrov o apoio da Rússia ao Brasil na qualidade de um dos candidatos fortes a uma vaga de membro permanente de um Conselho de Segurança das Nações Unidas reformado, no entendimento de que seja tomada decisão, mediante acordo, sobre a ampliação do Conselho de Segurança da ONU em ambas as categorias.

10. Os Ministros expressaram satisfação com o notável incremento da corrente de comércio entre os dois países, que atingiu, em 2005, cifras superiores a US$ 3,6 bilhões, representando incremento de cerca de 50% sobre o ano precedente. Ademais, os ministros manifestaram a disposição de ampliar e diversificar a corrente bilateral de comércio, com vistas à maior participação de produtos de alto valor agregado, triplicando o montante do intercâmbio bilateral, de forma a atingir a cifra de US$ 10 bilhões até o ano de 2010. Expressaram também o desejo mútuo de intensificar a cooperação no campo da promoção do turismo entre o Brasil e Rússia.

11. Os Chanceleres Celso Amorim e Serguei V. Lavrov dedicaram particular atenção à cooperação bilateral nos campos da ciência e tecnologia, reiterando a importância de consolidar a aliança tecnológica estabelecida pelos Presidentes da República Federativa do Brasil e da Federação da Rússia. Nesse sentido, ressaltaram os progressos alcançados na área do uso pacífico do espaço exterior e destacaram a missão do cosmonauta brasileiro ao segmento russo da Estação Espacial Internacional como marco dessa parceria. No contexto do aprofundamento da cooperação nessa área, enfatizaram a importância da assinatura, no dia 14 de dezembro, do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Federação da Rússia sobre Proteção Mútua de Tecnologias Associadas à Cooperação na Exploração e Uso do Espaço Exterior para Fins Pacíficos.

12. Congratularam-se, ainda, pela troca das cartas de ratificação do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e a Federação da Rússia, instrumento que aprofundará a cooperação jurídica entre os dois países.

13. Os Chanceleres Celso Amorim e Serguei V. Lavrov expressaram sua satisfação com a conclusão do Memorando de Entendimento para o Estabelecimento do Mecanismo de Diálogo Político e Cooperação entre os Estados Parte e Estados Associados do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e a Federação da Rússia, a ser assinado por ocasião da XXXI Reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, a realizar-se em Brasília, no dia 15 de dezembro. O referido instrumento dará ensejo a uma maior coordenação entre os membros plenos e associados do Mercosul e a Federação da Rússia, sobre temas de interesse mútuo, propiciando o incremento dos contatos políticos, econômicos, técnicos e culturais entre o Mercosul e a Rússia.

14. Após analisarem as complementaridades econômicas dos países do Grupo BRICs, os dois Chanceleres fizeram avaliação positiva da primeira reunião do Grupo, realizada por iniciativa da Federação da Rússia, em setembro último, em Nova York, à margem da 61a AGNU. O Ministro Celso Amorim e o Chanceler Serguei V. Lavrov expressaram a expectativa de dar continuidade ao processo de coordenação no âmbito do Grupo BRICs, mediante a realização de reunião ministerial em 2007.

15. Os Ministros das Relações Exteriores do Brasil e da Rússia expressaram satisfação com os resultados alcançados durante a visita e reiteraram a determinação de contribuir para a diversificação e intensificação do relacionamento Brasil-Rússia, bem como para a crescente aproximação entre os povos dos dois países. Da mesma forma, situaram o relacionamento Brasil-Rússia no contexto mais amplo da construção de uma ordem internacional multipolar, capaz de assegurar a paz e o desenvolvimento com justiça social, em ambiente de crescente cooperação num sistema multilateral fortalecido.

Brasília, em 14 de dezembro de 2006.




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#173 Mensagem por Bolovo » Sex Dez 15, 2006 2:04 pm

Carlos Mathias escreveu:Mapinguari, como eu já cansei de falar aqui, uma coisa é operar motores de aviões mlitares com aplicação civil també, ou ainda aviões antigos(velhos mesmo) e sem nada em termos de tecnologia de ponta. Mas quando estamos falando do Gripen, estamos falando do GE-404/RM-12, por exemplo. Não existe nada nem sequer parecido na FAB em termos de tecnologia, e olha que é um motor relativamente antigo! Mas prá não ficar só nos motores à jato, qual foi a parte que os americanos vetaram na venda dos super-tucanos? Motor, não foi? Deve ter entrado algo mais, mas o principal são as PW. Isso para um réles de um turbo-hélice, e tem o caso do TP-2000 ainda... Agora, imaginemos se depois de tantas cortadas americanas(sem entrar no mérito da questão), nossas FAs vão estar à vontade com equipamento deles, ou mesmo algo que dependa de permissão deles prá algo! Cara, não dá. Por melhor que o Gripen seja, e é mesmo, a Suécia vai ter que colocar equipamento no mínimo europeu nele se quiser vender prá nós. Mas aí eu te digo, prá que esperar se a Rússia tá lá de portas bertas e doida prá se enrolar com o Brasil? Devemos é aproveitar esta janela de oportunidade e tirarmos o máximo desta situação, melhor ainda se um ajudar o outro, não é?

Fala como fosse o dono da verdade. :roll:

O próprio Presidente da Volvo já disse que não teriamos problemas em comprar o Volvo RM12 (GE404). Já aconteceu algo parecido quando os Equatorianos compraram os Kfir C7 e os americanos barraram o motor GE J79, mas foi só os equatorianos presionarem um pouco e o motor foi liberado. Isso foi na época que os vetos americanos imperavam, diferente de hoje, que tá mais liberado.

O Gripen viria com tudo, com direito a usar tudo, assim como qualquer outro participante do FX.




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#174 Mensagem por thelmo rodrigues » Sex Dez 15, 2006 2:07 pm

Amigos,

Com tantas notícias, especulações, "coincidências", viagens, acordos, etc saiu no Jornal Vale Paraibano e no Globo mais uma " coincidência". Talvez seja realmente para a área civil da empresa, talvez nem tanto:

A Embraer vai contratar 3.000 pessoas em 2007 e investir US$ 1 bilhão nos próximos dois anos para atingir os níveis de produção necessários às entregas crescentes de jatos. As novas vagas serão, em sua maioria, no setor de produção das duas fábricas em São José --a sede e a unidade de Eugênio de Melo. Segundo o vice-presidente para o mercado de aviação comercial, Frederico Fleury Curado, as contratações serão feitas ao longo do próximo ano. A empresa deve encerrar 2006 com 19 mil trabalhadores no país e 2007 com 22 mil funcionários. O aumento do efetivo irá garantir, junto com investimentos na ampliação da capacidade instalada, as entregas de até 165 jatos aos clientes em 2007. "Vislumbramos um novo investimento do mesmo porte dos US$ 2,6 bilhões investidos de 1995 a 2006, mas em prazo muito menor", disse o presidente da Embraer, Maurício Botelho. Para o prefeito Eduardo Cury (PSDB), o crescimento da Embraer se refletirá em vários setores da economia de São José, como serviços, comércio e a área industrial.




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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#175 Mensagem por Brasileiro » Sex Dez 15, 2006 2:58 pm

É Su-35 (e a Venezuela JÁ FEZ OPÇÃO por um esquadrão deles a partir de 2010) ou Rafale. Não há alternativas. Gripen, Typhoon e F-35 JÁ FORAM DESCARTADOS.


Eu realmente não entendo o descarte do Gripen, é um avião que tem um potencial de evolução enorme, usa tecnologia de ponta e não deve ser caro de comprar nem de operar.
O Su-35 e Rafale (principalmente o Sukhoi) podem ter todas as suas vantagens, mas não sei até que ponto vai a capacidade da FAB de mantê-los e voar as horas necessárias para o desenvolvimento dos pilotos (se bem que os simuladores ajudam muito, mas...)
Um ponto interessante, caso vença o Sukhoi é que poderíamos como contrapartida, montar uma cadeia de produção aqui de peças de reposição para os nossos caças e os venezuelanos. Ter um centro de manutenção de motores e eletrônica aqui no Brasil, atendendo também os chapolins.


abraços]




PRick

#176 Mensagem por PRick » Sex Dez 15, 2006 3:15 pm

Brasileiro escreveu:
É Su-35 (e a Venezuela JÁ FEZ OPÇÃO por um esquadrão deles a partir de 2010) ou Rafale. Não há alternativas. Gripen, Typhoon e F-35 JÁ FORAM DESCARTADOS.


Eu realmente não entendo o descarte do Gripen, é um avião que tem um potencial de evolução enorme, usa tecnologia de ponta e não deve ser caro de comprar nem de operar.
O Su-35 e Rafale (principalmente o Sukhoi) podem ter todas as suas vantagens, mas não sei até que ponto vai a capacidade da FAB de mantê-los e voar as horas necessárias para o desenvolvimento dos pilotos (se bem que os simuladores ajudam muito, mas...)
Um ponto interessante, caso vença o Sukhoi é que poderíamos como contrapartida, montar uma cadeia de produção aqui de peças de reposição para os nossos caças e os venezuelanos. Ter um centro de manutenção de motores e eletrônica aqui no Brasil, atendendo também os chapolins.


abraços]


O problema todo é que o SU-35, não é um Su-30, este é um modelo derivado dos SU-27. O SU-35, como o próprio fabricante assume, tem aparência externa igual aos SU-27/SU-30, mas e estrutura usa de forma intensiva material composto, os sistemas de vôo são digitais FBW, radar e sistemas de armas são diferentes. Assim, o SU-35 é um novo avião desenvolvido a partir da experiência dos SU-27/30, mas não pode ser considerado uma versão dos SU-27/30.

Por este motivo, não acredito na propagando do fabricante, afirmando que pode entregar um novo modelo, que não dispõe de nenhum protótipo, em tal data. Em nenhum lugar do mundo, isto ocorreu, não conheço programas de caças modernos que não sofreram atrasos de anos, em seus cronogramas.

Assim, podemos até montar aqui toda a estrutura de manutenção dos SU-35, mas não serviria muita coisa para apoiar os SU-30, em termos de fabricação de sobressalentes.

Podemos pegar Su-27/30 como tampão, enquanto não chegam os SU-35, o galho é que tampão já existe um, o M-2000C. Tudo bem né, 10 helos diferentes, 50 modelos de aviões diferentes, enfim, a FAB gosta da diversidade democrática em seu inventário. :lol:

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#177 Mensagem por Morcego » Sex Dez 15, 2006 3:21 pm

PRick escreveu:
Brasileiro escreveu:
É Su-35 (e a Venezuela JÁ FEZ OPÇÃO por um esquadrão deles a partir de 2010) ou Rafale. Não há alternativas. Gripen, Typhoon e F-35 JÁ FORAM DESCARTADOS.


Eu realmente não entendo o descarte do Gripen, é um avião que tem um potencial de evolução enorme, usa tecnologia de ponta e não deve ser caro de comprar nem de operar.
O Su-35 e Rafale (principalmente o Sukhoi) podem ter todas as suas vantagens, mas não sei até que ponto vai a capacidade da FAB de mantê-los e voar as horas necessárias para o desenvolvimento dos pilotos (se bem que os simuladores ajudam muito, mas...)
Um ponto interessante, caso vença o Sukhoi é que poderíamos como contrapartida, montar uma cadeia de produção aqui de peças de reposição para os nossos caças e os venezuelanos. Ter um centro de manutenção de motores e eletrônica aqui no Brasil, atendendo também os chapolins.


abraços]


O problema todo é que o SU-35, não é um Su-30, este é um modelo derivado dos SU-27. O SU-35, como o próprio fabricante assume, tem aparência externa igual aos SU-27/SU-30, mas e estrutura usa de forma intensiva material composto, os sistemas de vôo são digitais FBW, radar e sistemas de armas são diferentes. Assim, o SU-35 é um novo avião desenvolvido a partir da experiência dos SU-27/30, mas não pode ser considerado uma versão dos SU-27/30.

Por este motivo, não acredito na propagando do fabricante, afirmando que pode entregar um novo modelo, que não dispõe de nenhum protótipo, em tal data. Em nenhum lugar do mundo, isto ocorreu, não conheço programas de caças modernos que não sofreram atrasos de anos, em seus cronogramas.

Assim, podemos até montar aqui toda a estrutura de manutenção dos SU-35, mas não serviria muita coisa para apoiar os SU-30, em termos de fabricação de sobressalentes.

Podemos pegar Su-27/30 como tampão, enquanto não chegam os SU-35, o galho é que tampão já existe um, o M-2000C. Tudo bem né, 10 helos diferentes, 50 modelos de aviões diferentes, enfim, a FAB gosta da diversidade democrática em seu inventário. :lol:

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então, significa que na verdade os recentes esquadrões Russos não estão usando SU35BMPOQUVXZ estão usando o SU-30 que é uma variante do su-27?




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#178 Mensagem por Brasileiro » Sex Dez 15, 2006 3:22 pm

Então Prick, mas os motores, que são cruciais, apesar de serem um pouco diferentes, têm muita coisa em comum, a mesma assistência técnica que cuida do motor do Su-35 poderia cuidar do motor do Su-30, não devem ser tão diferentes. Aliás, gostaria de saber qual o motor do Su-35, em cada lugar aparece um diferente....
As peças trocáveis, como pastilhas de freio, baterias, pára-quedas, peças para o assento, etc, devem ser intercambiáveis sim.
Eu falei isso também, porque alguém falou aqui que a Venezuela quer ter um esquadrão de Su-35, que já viabilizaria o que eu disse.
E outra, comprando Sukhoi não precisa de caça tampão, os russos são de entrega rápida, o único problema seria o convívio entre Mirages e Sukhois naquele meio-termo de entregas...
Continuo sem entender o descarte dos Gripens...

abraços]




PRick

#179 Mensagem por PRick » Sex Dez 15, 2006 4:03 pm

Brasileiro escreveu:Então Prick, mas os motores, que são cruciais, apesar de serem um pouco diferentes, têm muita coisa em comum, a mesma assistência técnica que cuida do motor do Su-35 poderia cuidar do motor do Su-30, não devem ser tão diferentes. Aliás, gostaria de saber qual o motor do Su-35, em cada lugar aparece um diferente....
As peças trocáveis, como pastilhas de freio, baterias, pára-quedas, peças para o assento, etc, devem ser intercambiáveis sim.
Eu falei isso também, porque alguém falou aqui que a Venezuela quer ter um esquadrão de Su-35, que já viabilizaria o que eu disse.
E outra, comprando Sukhoi não precisa de caça tampão, os russos são de entrega rápida, o único problema seria o convívio entre Mirages e Sukhois naquele meio-termo de entregas...
Continuo sem entender o descarte dos Gripens...

abraços]


Mas me parece que os Venezuelanos estão montando uma estrutura de apoio para os Su-30 deles, e se eles pretendem comprar os SU-35, merecem também troféu abacaxi de manutenção, ora, pq não comprar então logo tudo em SU-35?

Calculo que existam peças comuns entre dos diversos modelos, mas qual o grau de compatibilidade, eu não li nada a respeito.

Os Su-35 não são SU-30, eles não existem, na versão atual. Só mesmo o que afirma o fabricante, então, não se trata de SU-30, estes estão em produção, existem centenas operacionais. Assim, não fique tão certo nos prazos de entrega, podemos pegar SU-30 tampão, mas aí foi o que falei, 02 tipos de caça tampão.

Ora se a análise está sendo feita sobre Rafales e SU-35, acho correto o abondono dos Gripen, são caças de categorias diferentes, bimotores, etc.. Seriam mais um incoerência absurda, que seria herdada do finado F-X.

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#180 Mensagem por Brasileiro » Sex Dez 15, 2006 4:14 pm

Ora se a análise está sendo feita sobre Rafales e SU-35, acho correto o abondono dos Gripen, são caças de categorias diferentes, bimotores, etc.. Seriam mais um incoerência absurda, que seria herdada do finado F-X.

Bom, então se a FAB quer mesmo um avião mais "heavy metal", quer dizer que ela deve ter certeza que conseguirá operar bem.
PRick, não sei se você vai concordar comigo (acho que vai sim), mas seu eu fosse 'dono' da Sukhoi, ao invés de oferecer o Su-35, eu ofereceria um Su-30 com versão monoposto e eletrônica do Su-35. Sem complicar demais.
Uma outra coisa que eu não entendo é isso, eles oferecem um caça legal para os outros e para nós oferecem um avião que não é, que não tem linha de montagem.


abraços]




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