FAB e a definição de seu Sistema Antiaéreo ( RFI e RFP )

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Luís Henrique
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#166 Mensagem por Luís Henrique » Dom Abr 22, 2007 4:38 pm

Esses teus valores estao totalmente baixos, o SSN nao sairia por menos de 800milhoes de dolares, e uma fragata por 350 só se for bem basica


Ja foi dito que o SNA custaria entre U$ 350 e U$ 400 mi.
Lembre-se que é um produto nacional e aqui o que vale é o real. Ou seja, algo em torno de R$ 700 a R$ 800 mi.

A fragata que eu citei também seria nacional com apoio técnico de alguma empresa européia. Provavelmente baseada na classe Niteroi, a qual o Brasil detêm o controle do projeto. Sendo assim também seria mais barata que as fragatas da europa.

-----------

Sobre PAC3 e sistemas americanos acho que não vai rolar.

Apesar dos comentários acho que Venezuela, Argentina, etc. não teriam coragem de nos atacar.

O máximo que pode acontecer é tomarem as Malvias. Mas o Brasil não precisaria entrar na guerra por isso.

Acho mais fácil o Brasil apoiar a Argentina contra a Inglaterra do que o contrário. :?




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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#167 Mensagem por hayes » Dom Abr 22, 2007 5:05 pm

Boa Tarde sr. ZeRo4,


Sacie minha dúvida. Sua explanação sobre o Pantsyr vs. Tor-M1 foi interessante, mas causa-me uma dúvida.

O Tor-M1 é da mesma classe do Pantsyr? Em caso positivo, as diferenças de custo são assim tão absurdas?

Minha dúvida é pela escolha do Tor-M1 pelo Irã, e quais teriam sidos os determinantes desta escolha. Poderias falar mais à respeito?




LUGAR DE OFF TOPIC É NO OUTRO TÓPICO
"Essa é a nossa eterna tragédia. Temos inveja dos outros, mas não queremos fazer os mesmos sacrificios."
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#168 Mensagem por Mapinguari » Dom Abr 22, 2007 5:32 pm

Brasileiro escreveu:
# Os mísseis BVR vão chegar assim que os 12 primeiros F-5 M estiverem operacionais.


Esses são aqueles 10 R-Darter "usados" da África do Sul para testes, ou serão já mísseis novos, operacionais???



abraços]


Os 10 R-Darter usados da África do Sul são para testes de integração com o F-5M mesmo. Os mísseis definitivos são Derby, israelenses. O primeiro lote de 38 unidades já foi adquirido.




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#169 Mensagem por Mapinguari » Dom Abr 22, 2007 5:42 pm

Bolovo escreveu:
Sniper escreveu:
artenobre escreveu:devem ser containers para guardar os Iglas


O Brasil não tem nem 200 Iglas... caberíam todos em um container e ainda sobraría espaço!

Não pode ser, são 24 containers! :roll:

O Equador em 1995 já tinha mais MANPADS do que temos HOJE. :shock:

Minha proposta de AAe seria simples, tudo unificado (todas as FAs).

RBS-70 sob licença para a tropa
RBS-23 BAMSE para proteger os locais da FAB e MB
Ericsson Giraffe (radar único com 100km+)
Skyshield 35mm

E exclusivo ao EB, alguns Gepard para acompanhar os Leopard.

Vai, nem é tão difícil de se fazer o que propus.


Concordo. Sua proposta é bem sensata e dentro de nossa realidade.




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#170 Mensagem por Mapinguari » Dom Abr 22, 2007 6:09 pm

ZeRo4 escreveu:RBS-70,

Apesar do RBS-70 ser mais preciso e imune a medidas em comparação com o Igla, creio que exclusivamente para função Manpad o Igla é mais recomendável do que o RBS-70, primeiro pq é bem mais leve e autônomo e em segundo lugar é fire-and-forget.


Só que o Igla mal consegue travar num T-27. Até o Mistral usado pelos FN é superior.

RBS-23,

É um ótimo sistemas, mas um tanto quanto CARO e estático. O Pantsyr faz quase tudo que o RBS-23 faz a excessão fica por conta do teto que no RBS é de 15.000m e no Pantsyr é de 10.000, mas as vantagens do Pantsyr em mobilidade e versatilidade o fazem candidato ideal para a FAB e para MB além de ser excelente ao EB pois pode disparar em movimento e ainda pode servir como suporte a infantaria enganjando alvos terrestres tanto com os mísseis como com os canhões de 20mm.


Só que o Pantsyr é russo. Desculpe, mas esses caras são loucos. Não confio neles MESMO!

Gerpard,

O Gepard é um sistema ultrapassado, só possui canhões anti-aéreos. Em algumas modernizações propostas foram utilizados Iglas e Mistrais em conjunto com os canhões, a única vantagem seria da padronização com os Leopard, mas mesmo assim o Pantsyr se sairia bem melhor.


Mísseis podem sofrer desvios com contramedidas (chaff/flare). O bom e velho chumbo quente, não. Além disso, Gepard se prestariam à proteção de colunas blindadas. Isso não invalidaria a aquisição de um sistema de médio alcance com mísseis para defesa de posições estratégicas. Aliás, sou mais a combinação de mísseis+canhões, sempre. Aqui, o Skyshield cai como uma luva.

O Skyshield de 35mm com munição Ahead eu concordo que seria uma excelente aquisição para proteção contra PGMs.


Ainda bem que concordamos em alguma coisa... :-)




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#171 Mensagem por Mapinguari » Dom Abr 22, 2007 6:19 pm

Carlos Mathias escreveu:Pois é, não vê o Gripen? Fraquinho, fraquinho, mas quem vê a propaganda até acredita que vai longe e leva duas bomba de 100kg...

:lol: :lol: :lol: :lol:

Perco o amigo mas não perco a sacaneada...


Pois é...

Enquanto isso, no País de Alice, tem muito mais gente que acredita que o Su35 cruza o Brasil de Norte a Sul (mais de 5 mil km) com 8 ton de armas, sem cair antes dos 1500km por pane seca! :lol: :lol: :lol: :lol:




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#172 Mensagem por Mapinguari » Dom Abr 22, 2007 6:32 pm

Carlos Mathias escreveu:Os russos tem que fazer urgentemente uns cursos de marketing nos EUA. Pô, quando você vê aqueles filminhos russos mostrando as armas, eles colocam uns corôas(bem corôas mesmo) com uns ternos dos anos 70 e todo descabelado, barrigudo, feio e com cabelo no nariz. O cara deve ser o mestre dos mestres no assunto, mas não é vendedor. Entre o setor de vendas prá aquele pessoal que vende câmera chinesa na TV em 36 prestações(e sai trêz vezes o preço de uma SONY ou CANON). :D


Ou pior:

Fazem como a Rosoboronexport, a agência encarregada de fazer esse "marketing":

- Oferecem um pacote de helicópteros ao Brasil e deixam o representante no país de fora, como último a saber...

- Recebem uma delegação de almirantes e outros oficiais engenheiros navais da MB na Rubin que foram colher informações sobre o programa Amur 1650 e, quando os brasileiros perguntam "qual a cota máxima de mergulho do submarino?", o cara carrancudo, descabelado, barrigudo, feio e com pêlos no nariz do outro lado da mesa e que só fala russo faz o intérprete que fala inglês dizer: "Essa informação é confidencial. Porque vocês querem saber isso?". Aí, ficam olhando os brasileiros se levantarem, agradecer a atenção e irem embora, sem saber o que fizeram de errado!

- Ou então, pra trazer para um fato mais recente, convidam oficiais generais brasileiros para uma visita ao stand da Kamov na LAAD 2007. Os oficiais brasileiros procuram, procuram e descobrem que a Kamov sequer veio pra feira!

Pô, fala sério! Não dá pra confiar mesmo nesses caras! Uma coisa é fazer uma compra de oportunidade de uns lançadores de Igla, coisa simples e que praticamente não depende de manutenção. Outra é querer comprar caças, lançadores de mísseis AAé de longo alcance ou submarinos.
Nessa hora, sou mais Gripen (ou Rafale e, até mesmo, F-16), RBS23 Bamse e U214, mesmo... :-)




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#173 Mensagem por juarez castro » Dom Abr 22, 2007 6:32 pm

Mapinguari escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Pois é, não vê o Gripen? Fraquinho, fraquinho, mas quem vê a propaganda até acredita que vai longe e leva duas bomba de 100kg...

:lol: :lol: :lol: :lol:

Perco o amigo mas não perco a sacaneada...


Pois é...

Enquanto isso, no País de Alice, tem muito mais gente que acredita que o Su35 cruza o Brasil de Norte a Sul (mais de 5 mil km) com 8 ton de armas, sem cair antes dos 1500km por pane seca! :lol: :lol: :lol: :lol:


Essa valeu o dia :lol: :lol: :lol: :lol:

Grande abraço




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#174 Mensagem por Jet Crash® » Dom Abr 22, 2007 6:37 pm

Mapinguari escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Os russos tem que fazer urgentemente uns cursos de marketing nos EUA. Pô, quando você vê aqueles filminhos russos mostrando as armas, eles colocam uns corôas(bem corôas mesmo) com uns ternos dos anos 70 e todo descabelado, barrigudo, feio e com cabelo no nariz. O cara deve ser o mestre dos mestres no assunto, mas não é vendedor. Entre o setor de vendas prá aquele pessoal que vende câmera chinesa na TV em 36 prestações(e sai trêz vezes o preço de uma SONY ou CANON). :D


Ou pior:

Fazem como a Rosoboronexport, a agência encarregada de fazer esse "marketing":

- Oferecem um pacote de helicópteros ao Brasil e deixam o representante no país de fora, como último a saber...

- Recebem uma delegação de almirantes e outros oficiais engenheiros navais da MB na Rubin que foram colher informações sobre o programa Amur 1650 e, quando os brasileiros perguntam "qual a cota máxima de mergulho do submarino?", o cara carrancudo, descabelado, barrigudo, feio e com pêlos no nariz do outro lado da mesa e que só fala russo faz o intérprete que fala inglês dizer: "Essa informação é confidencial. Porque vocês querem saber isso?". Aí, ficam olhando os brasileiros se levantarem, agradecer a atenção e irem embora, sem saber o que fizeram de errado!

- Ou então, pra trazer para um fato mais recente, convidam oficiais generais brasileiros para uma visita ao stand da Kamov na LAAD 2007. Os oficiais brasileiros procuram, procuram e descobrem que a Kamov sequer veio pra feira!

Pô, fala sério! Não dá pra confiar mesmo nesses caras! Uma coisa é fazer uma compra de oportunidade de uns lançadores de Igla, coisa simples e que praticamente não depende de manutenção. Outra é querer comprar caças, lançadores de mísseis AAé de longo alcance ou submarinos.
Nessa hora, sou mais Gripen (ou Rafale e, até mesmo, F-16), RBS23 Bamse e U214, mesmo... :-)


Está esquecendo dos manuais em russo, do remendo de fita-crepe no painel do Flanker e é claro do parafusos que apertam no sentido anti-horário o que seria um enorme desafio aos mecânicos da FAB e não esquecendo que o Flanker é muito alto e que seria necessário a troca de todas as escadas de manutenção da FAB :roll: :roll: :roll: .




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#175 Mensagem por chm0d » Dom Abr 22, 2007 7:06 pm

Jet Crash® escreveu:
Mapinguari escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Os russos tem que fazer urgentemente uns cursos de marketing nos EUA. Pô, quando você vê aqueles filminhos russos mostrando as armas, eles colocam uns corôas(bem corôas mesmo) com uns ternos dos anos 70 e todo descabelado, barrigudo, feio e com cabelo no nariz. O cara deve ser o mestre dos mestres no assunto, mas não é vendedor. Entre o setor de vendas prá aquele pessoal que vende câmera chinesa na TV em 36 prestações(e sai trêz vezes o preço de uma SONY ou CANON). :D


Ou pior:

Fazem como a Rosoboronexport, a agência encarregada de fazer esse "marketing":

- Oferecem um pacote de helicópteros ao Brasil e deixam o representante no país de fora, como último a saber...

- Recebem uma delegação de almirantes e outros oficiais engenheiros navais da MB na Rubin que foram colher informações sobre o programa Amur 1650 e, quando os brasileiros perguntam "qual a cota máxima de mergulho do submarino?", o cara carrancudo, descabelado, barrigudo, feio e com pêlos no nariz do outro lado da mesa e que só fala russo faz o intérprete que fala inglês dizer: "Essa informação é confidencial. Porque vocês querem saber isso?". Aí, ficam olhando os brasileiros se levantarem, agradecer a atenção e irem embora, sem saber o que fizeram de errado!

- Ou então, pra trazer para um fato mais recente, convidam oficiais generais brasileiros para uma visita ao stand da Kamov na LAAD 2007. Os oficiais brasileiros procuram, procuram e descobrem que a Kamov sequer veio pra feira!

Pô, fala sério! Não dá pra confiar mesmo nesses caras! Uma coisa é fazer uma compra de oportunidade de uns lançadores de Igla, coisa simples e que praticamente não depende de manutenção. Outra é querer comprar caças, lançadores de mísseis AAé de longo alcance ou submarinos.
Nessa hora, sou mais Gripen (ou Rafale e, até mesmo, F-16), RBS23 Bamse e U214, mesmo... :-)


Está esquecendo dos manuais em russo, do remendo de fita-crepe no painel do Flanker e é claro do parafusos que apertam no sentido anti-horário o que seria um enorme desafio aos mecânicos da FAB e não esquecendo que o Flanker é muito alto e que seria necessário a troca de todas as escadas de manutenção da FAB :roll: :roll: :roll: .


Não esqueça dos F-16 venezuelanos no chão...

Abs.




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#176 Mensagem por alcmartin » Dom Abr 22, 2007 7:13 pm

Jet Crash escreveu:
Está esquecendo dos manuais em russo, do remendo de fita-crepe no painel do Flanker e é claro do parafusos que apertam no sentido anti-horário o que seria um enorme desafio aos mecânicos da FAB e não esquecendo que o Flanker é muito alto e que seria necessário a troca de todas as escadas de manutenção da FAB :roll: :roll: :roll: .


Jet, não sei se usou linguagem figurada, mas quando se compra produtos de alto valor agregado, como aviões, não é o custo de um tradutor que mela negócio...
A Airbus vende com manual todo em inglês e a EMBRAER também.
Quanto as escadas, Xavante tem um tamanho, F5 outro, Mirage outro e T27 outro...
Abs!
MITOS E VERDADES SOBRE O SU-35 SUPER FLANKER



Fornecimento de Material Aeronáutico da Rússia



AS CRÍTICAS



01 - Trata-se de material desconhecido. Como saber em que estamos nos envolvendo.

02 - O material é descartável. Não fazem nenhuma manutenção.

03 - A tecnologia é toda diferente. Os padrões também. Usam o sistema métrico o que não é de nossa cultura.

04 - Não têm literatura e o pouco que têm está toda em russo.

05 - Não teremos garantia do fornecimento de peças para reposição. O país é muito longe.Não tem capacidade de prestar apoio logístico.

06 - A Rússia está numa enorme instabilidade. Pode acabar.Poderá não estar em posição de fornecer assistência de qualquer tipo muito em breve.

07 - A aeronave é o de menos. A cauda logística é o perigo. Vamos ter que mudar toda nossa logística para nos adaptarmos à deles. E os equipamentos de solo e pista? Vamos ter que jogar fora os que temos?

08 - Não importa que a aeronave Sukhoi tenha inigualável capacidade aerodinâmica. Isso não conta mais. O que conta são os aviônicos, mesmo porque combate aéreo como antigamente não existe mais. De longe, “beyond visual range”, os mísseis são lançados e acabou-se o combate.

09 - E por falar em aviônicos os russos não os têm e os que possuem são anacrônicos e não se comparam aos ocidentais. Falta-lhes eletrônica avançada.

10 - Tudo no cockpit vai estar em russo. Como entender?11 - Os equipamentos são mal acabados. Falta-lhes refinamento de acabamento.

12 - E como se pode confiar nos russos? Veja o que aconteceu no Peru. Equipamento russo jogado abandonado por todo lado. Ninguém mais compra isso.

13 - É melhor continuarmos com os fornecedores que já conhecemos que partir para novos e desconhecidos. Há também uma questão de alinhamento.



OS FATOS



Todas essas críticas aproveitam-se do desconhecimento quase que generalizado do equipamento russo e na insegurança que nos causa o que não é de rotina. De fato e na realidade:

01 - Claro que é material desconhecido e sem tradição no país. A única maneira de ter tradição é iniciá-la. Também eram desconhecidos os Gloster Meteors, os Mirages, os F-5 enfim, todas as aeronaves que um dia foram compradas. Também não se sabia em que “estávamos nos metendo”, mas uma confiança estranhamente profunda bordejando fé, naqueles fornecedores estrangeiros levou à compra. Com isso eles dominaram o mercado e só eles passaram a vender e só deles era a perspectiva implantada.

02 - Isso é puro folclore. Como disse um técnico russo ao Cel. Sued (delegação chefiada pelo Brig. Veiga em visita à Rússia em 1995): ”claro que consertamos tudo. Só os árabes podem se dar ao luxo de não consertar nada, jogar fora e comprar tudo novo”. A delegação teve a oportunidade de verificar esse ponto em detalhe numa visita a um parque da Força Aérea Russa.

03 - A tecnologia só é diferente no que ela é mais avançada (especialmente aerodinâmica, materiais compostos, radar e controle). No mais os problemas são os mesmos que todo mundo enfrenta. Como poderia ser tão diferente? De fato usam o sistema métrico. Mas o Brasil também é um país que adotou o sistema métrico. A Europa é toda métrica e a Grã-Bretanha converte-se a passos largos. Os USA, por razões puramente econômicas retardam o passo. Nossa cultura não ser métrica, como afirmado, diz muito de nossa intensa dependência. Entretanto não há qualquer problema em todas as indicações dos instrumentos serem no sistema não métrico se assim for desejado. E, com todas as indicações em Português, ou, se mais conveniente, em inglês.

04 - Completamente falso. Há literatura abundante, ordens de serviço (atualizações) e em várias línguas pois o caça está sendo fornecido a muitos países. Inglês e espanhol, por exemplo, são amplamente usados na literatura do caça.

05 - Um país que mobilizava, armava e sustentava 17 outros países para confrontar os USA (Pacto de Varsóvia) dificilmente seria incapaz de fazer o mesmo, em tempo de paz ou de guerra muito limitada, a um único país como o Brasil. Quanto a ser longe, distância é qualificada pelo meio de transporte. Qualquer peça pode ser transportada de Moscou ao Rio em menos de 48 horas (há uma diferença de fuso de 7 horas). Afinal, não fazemos também negócios com o Japão? E Moscou fica a somente 3,5 horas de vôo de Frankfurt. É quase que o mesmo tempo de vôo do Rio a Manaus.

06 - A Rússia tem mais de 1000 anos. Moscou mais de 800. Nós temos pouco mais de 500. É uma potência. Outros países têm muito mais chances de entrarem em instabilidade e se destruírem que a Rússia. Há aqui a questão de visibilidade externa, como um país é visto pelos que estão do lado de fora . A imprensa condensa, concentra tudo em poucas páginas e a impressão que causa pode levar a imagens terríveis em nada correspondendo corretamente à realidade. Isso sabemos e sentimos no caso do Brasil.

07 - A cauda logística existe para toda e qualquer aeronave. Mas os problemas enfrentados por todas as Forças Aéreas são semelhantes. Porque a cauda logística seria tão diferente? Claro que o equipamento de pista e hangar hoje existentes seriam na maior parte aproveitáveis. Afinal os tratos que os aviões necessitam são basicamente os mesmos. Isso em particular foi verificado pela delegação chefiada pelo Brig. Veiga quando lá esteve.

08 - Isso não é opinião de piloto de caça... Se colocarmos indivíduos com essas idéias para pilotar os aviões perderemos todas as guerras. As ações e os combates aéreos são muito mais complexos do que um jogo de vídeo game. “Lançam-se os mísseis “beyond visual range” e acabou-se o combate”, revela muita ingenuidade e falta de experiência significativa.

09 - Bem, a Mir, primeiro e único “hotel no cosmos” certamente não foi feita com eletrônica elementar. Os atuais mísseis (ex. R-77E) não são gerados por eletrônica elementar. Nem os atuais radares que não encontram competidores. O que não há em abundância é a eletrônica comercial, radinhos e walkie-talks de tanta penetração junto à população. E a razão é simples: eles não têm aplicação para a guerra e aqui fala-se em equipamento bélico, não de entretenimento.

10 - No cockpit tudo poderá estar em russo se assim for desejado. Ou em qualquer outra língua sem qualquer problema. Poderá ser em Português ou em Inglês se não se desejar mudanças no status quo.
11 - Acabamento refinado pode não ser útil para combate. Pode também ser prejudicial se os custos forem elevados, constituindo-se em recursos desviados do objetivo principal que é ter uma arma eficaz. O acabamento russo é plenamente adequando para equipamento de emprego militar. Talvez para fins de entretenimento não seja realmente refinado o suficiente. A ênfase é em robustez e confiabilidade. Ser capaz de desferir e agüentar ataques. Esforço e dinheiro foram aplicados também em medidas protetoras ao combatente. O assento ejetor do Sukhoi por exemplo, já deu demonstrações públicas reais de sua eficácia.

12 - No Peru não aconteceu nada que pudesse desmerecer o equipamento russo fornecido. Deve-se ouvir os oficiais brasileiros que serviram lá e fizeram muito uso de helicópteros russos entre outros. Após a queda do presidente, Gen Meza, entrou um governo que não deu continuidade ao relacionamento com a Rússia e com isso a manutenção e fornecimento de sobressalentes ficaram extremamente prejudicados. Com os outros governos tudo voltou a normalidade e hoje o Peru tem enorme quantidade de material russo, em especial na sua Força Aérea. O Equador e vários países da América Central têm comprado quantidade significativa de equipamento militar russo. Há aviões leves Sukhoi voando na Argentina e também em aeroclubes do Brasil. Como se pode confiar nos russos? Da mesma maneira que nos outros países com que negociamos. Vale observar que os russos não tendo investimentos significativos no Brasil não tem capacidade de nos pressionar em comprar o que não nos serve.

13 - Os fornecedores que hoje temos foram um dia desconhecidos. Hoje os conhecemos até em demasia. Não é uma desvantagem ter um leque maior de escolha de fornecedores. Quanto a alinhamento a situação mundial de globalização e outras nuances, falam por si só. Alinhamento é uma expressão de outras épocas geopolíticas.



L.M.Vianna Camargo

Rosoboronexport

Agente Autorizado

E-mail: camargoL@aol.com

Fone: (** 51 21) 2286-5419 - Fax: (** 55 21) 2285 1983




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#177 Mensagem por alcmartin » Dom Abr 22, 2007 7:36 pm

Mapinguari escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Os russos tem que fazer urgentemente uns cursos de marketing nos EUA. Pô, quando você vê aqueles filminhos russos mostrando as armas, eles colocam uns corôas(bem corôas mesmo) com uns ternos dos anos 70 e todo descabelado, barrigudo, feio e com cabelo no nariz. O cara deve ser o mestre dos mestres no assunto, mas não é vendedor. Entre o setor de vendas prá aquele pessoal que vende câmera chinesa na TV em 36 prestações(e sai trêz vezes o preço de uma SONY ou CANON). :D


Ou pior:

Fazem como a Rosoboronexport, a agência encarregada de fazer esse "marketing":

- Oferecem um pacote de helicópteros ao Brasil e deixam o representante no país de fora, como último a saber...

- Recebem uma delegação de almirantes e outros oficiais engenheiros navais da MB na Rubin que foram colher informações sobre o programa Amur 1650 e, quando os brasileiros perguntam "qual a cota máxima de mergulho do submarino?", o cara carrancudo, descabelado, barrigudo, feio e com pêlos no nariz do outro lado da mesa e que só fala russo faz o intérprete que fala inglês dizer: "Essa informação é confidencial. Porque vocês querem saber isso?". Aí, ficam olhando os brasileiros se levantarem, agradecer a atenção e irem embora, sem saber o que fizeram de errado!

- Ou então, pra trazer para um fato mais recente, convidam oficiais generais brasileiros para uma visita ao stand da Kamov na LAAD 2007. Os oficiais brasileiros procuram, procuram e descobrem que a Kamov sequer veio pra feira!

Pô, fala sério! Não dá pra confiar mesmo nesses caras! Uma coisa é fazer uma compra de oportunidade de uns lançadores de Igla, coisa simples e que praticamente não depende de manutenção. Outra é querer comprar caças, lançadores de mísseis AAé de longo alcance ou submarinos.
Nessa hora, sou mais Gripen (ou Rafale e, até mesmo, F-16), RBS23 Bamse e U214, mesmo... :-)


Mapinguari, só uma opinião:
quando se trata de negócio, não se pode ter preconceito, opiniões pré-concebidas, etc...
Um pezinho atrás, tudo bem, he,he : :wink: :
Sobre o Igla mal travar em T27, lembre-se que a assinatura de um turbohélice não é como de um motor a jato. Vide aquele lançamento mal sucedido de um Sidewinder, a partir de um Sea Harrier britânico, nas Malvinas, contra um Hércules argentino.
E mancadas individuais podem prejudicar um negócio, mas não penalize o produto.
Uma "estorinha":
Anos atrás um empresário brasileiro da aviação, quase desconhecido, desembarcou em Seattle. Não marcou hora, nem nada. Foi lá. Queria comprar Boeings 737.
Os americanos, sismados, deixaram o cara numa sala durante horas. Verificações, etc., depois deram o preço p/o cara. Preço cheio, nenhum desconto.
O cara foi embora.
Pouco tempo depois, a Boeing descobriu que a Airbus recebeu, ofertou e bancou uma grande compra desse cara. Então correram e mandaram representantes p/ofertar um preço melhor p/o cara. Ao chegar na cia. do cara, os americanos foram deixados numa sala. Horas. Depois, recebeu e soube da oferta. Agradeceu, ficou de pensar.
Depois, procurou a Airbus, mostrou a oferta americana. A Airbus baixou mais. Vendeu e formou um cliente com frota exclusiva até recentemente, quando uma nova direção( o cara morreu) da firma comprou Boeings.

Pergunto: Boeing(qualquer um) é ruim?

Abs!




Editado pela última vez por alcmartin em Dom Abr 22, 2007 7:41 pm, em um total de 1 vez.
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#178 Mensagem por ZeRo4 » Dom Abr 22, 2007 7:40 pm

Hayes,

Eu tenho soh 24 anos ;D não precisa me chamar de "Sr" pow ;D

O Tor-M1 é sim da mesma classe do Pantsyr, os chamados SHORADs, pelos contratos de compra que eu analisei, por notícias veículadas na internet o custo de ambos os sistemas fica na casa de 15mi por veículo.

Quanto a sua dúvida, a única coisa que eu enxergo para o "sucesso" comercial do Tor-M1 é que a mesma empresa que projetou e fabrica o Tor-M1, o consórcio Almaz-Antey, também projetou diversos outros sistemas mais famosos como o S-300PMU, S-300V, S-400, Buk-M1 entre outros sistemas interessantes.

Enquanto a KBP que projetou o Pantsyr, não tem tanta experiência nessa área, sendo seu único produto o Tunguska, que é o antecessor do Pantsyr.




As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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#179 Mensagem por Brasileiro » Dom Abr 22, 2007 7:47 pm

Será que eles não vendem uma bateria de Patriot pra gente com uns 150 mísseis por uns 200 milhões????
Quanto custaria uma bateria nova?


abraços]




hayes
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#180 Mensagem por hayes » Dom Abr 22, 2007 7:53 pm

ZeRo4 escreveu:Hayes,

Eu tenho soh 24 anos ;D não precisa me chamar de "Sr" pow ;D

O Tor-M1 é sim da mesma classe do Pantsyr, os chamados SHORADs, pelos contratos de compra que eu analisei, por notícias veículadas na internet o custo de ambos os sistemas fica na casa de 15mi por veículo.

Quanto a sua dúvida, a única coisa que eu enxergo para o "sucesso" comercial do Tor-M1 é que a mesma empresa que projetou e fabrica o Tor-M1, o consórcio Almaz-Antey, também projetou diversos outros sistemas mais famosos como o S-300PMU, S-300V, S-400, Buk-M1 entre outros sistemas interessantes.

Enquanto a KBP que projetou o Pantsyr, não tem tanta experiência nessa área, sendo seu único produto o Tunguska, que é o antecessor do Pantsyr.

Obrigado ZeRo4! Sobre o "sr.", é cacoete de tratamento.




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"Essa é a nossa eterna tragédia. Temos inveja dos outros, mas não queremos fazer os mesmos sacrificios."
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