PRONAE
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Re: PRONAE
Reabastecendo a 1.230km de Pelotas, passamos um pouco até Baía Blanca na Argentina. A Armada argentina teria de se refugiar lá na Patagônia:
- FCarvalho
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Re: PRONAE
Mesmo os Gripen C/D possuem alcance mais que suficiente para cobrir a esquadra em distâncias bem longas. O modelo E/F, como mostrado, é realmente a melhor opção para nós, caso a MB fique sem um Nae pelos próximos vinte ou trinta anos. O tendo a crer será o futuro deste tipo de navio na esquadra.
Por outro lado, partindo do princípio que a esquadra operará muito além da nossa ZEE, há de se pensar em três questões práticas: uma, quem vai fazer o Revo dos caças, e possivelmente outras aeronaves, da aviação naval? Dois, qual a quantidade crível de Gripen E/F para manter uma cobertura efetiva da esquadra em tempos de guerra levando-se em conta disponibilidade, atrito e recursos humanos da aviação naval? E por fim, qual a capacidade ISR e AEW&C que a MB deve possuir para apoiar seus caças navais e a própria esquadra?
Do ponto de vista teórico, a MB continua querendo tudo isso baseado em Nae. Mas na falta de um navio, temos de saber qual/quais melhores recursos BID e/ou importados podem resolver tais questões.
Para ser bem honesto, a meu ver, tudo isso tem de estar à disposição da aviação naval, e integrada totalmente na sua estrutura. Afinal, na hora do pega para capar, cada força, limitadas por suas próprias competência primárias, e recursos materiais, não vai estar disponível para dar conta das outras, dado que já terá muito provavelmente seus próprios problemas para resolver.
Aí entra as opções do KC-390, dos E-Jet E-2 e/ou Praetor da Embraer. Além dos novos modelos de turbohélice comercial ou o STOUT. Até o ATL concorre para fomentar as capacidades da aviação naval.
Muito bom pensar nos caças, mas sem o pessoal que atua "por trás" deles, pode ser o melhor do mundo, mas nada feito.
Por outro lado, partindo do princípio que a esquadra operará muito além da nossa ZEE, há de se pensar em três questões práticas: uma, quem vai fazer o Revo dos caças, e possivelmente outras aeronaves, da aviação naval? Dois, qual a quantidade crível de Gripen E/F para manter uma cobertura efetiva da esquadra em tempos de guerra levando-se em conta disponibilidade, atrito e recursos humanos da aviação naval? E por fim, qual a capacidade ISR e AEW&C que a MB deve possuir para apoiar seus caças navais e a própria esquadra?
Do ponto de vista teórico, a MB continua querendo tudo isso baseado em Nae. Mas na falta de um navio, temos de saber qual/quais melhores recursos BID e/ou importados podem resolver tais questões.
Para ser bem honesto, a meu ver, tudo isso tem de estar à disposição da aviação naval, e integrada totalmente na sua estrutura. Afinal, na hora do pega para capar, cada força, limitadas por suas próprias competência primárias, e recursos materiais, não vai estar disponível para dar conta das outras, dado que já terá muito provavelmente seus próprios problemas para resolver.
Aí entra as opções do KC-390, dos E-Jet E-2 e/ou Praetor da Embraer. Além dos novos modelos de turbohélice comercial ou o STOUT. Até o ATL concorre para fomentar as capacidades da aviação naval.
Muito bom pensar nos caças, mas sem o pessoal que atua "por trás" deles, pode ser o melhor do mundo, mas nada feito.
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Re: PRONAE
https://pt.topcor.ru/18864-rossija-vybr ... nosca.html"Ou seja, o programa de construção de navios porta-aviões pode ser visto como um fardo pesado, ou como uma oportunidade para reconstruir e desenvolver a indústria nacional. O principal é priorizar corretamente."
Sergey Marzhetsky
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Re: PRONAE
Dos 5 submarinos, temos 2 na reserva. O Timbira e o Tapajó (que são subs modernizados) estão parados há mais de 3 anos e o diretor do DGMM reconheceu aquele status.FCarvalho escreveu: Sáb Dez 18, 2021 4:24 pmhttps://pt.topcor.ru/18864-rossija-vybr ... nosca.html"Ou seja, o programa de construção de navios porta-aviões pode ser visto como um fardo pesado, ou como uma oportunidade para reconstruir e desenvolver a indústria nacional. O principal é priorizar corretamente."
Sergey Marzhetsky
Vão querer construir um porta-aviões para "desenvolver a indústria nacional"? Não acham que é um pouco fora da realidade e que vai prejudicar mais a MB??
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Re: PRONAE
Nae são um projeto para atingir sua concretude somente daqui a vinte anos. É tempo mais que suficiente para se amparar política e economicamente a sua construção, ou não.knigh7 escreveu: Dom Dez 19, 2021 4:18 pmDos 5 submarinos, temos 2 na reserva. O Timbira e o Tapajó (que são subs modernizados) estão parados há mais de 3 anos e o diretor do DGMM reconheceu aquele status.
Vão querer construir um porta-aviões para "desenvolver a indústria nacional"? Não acham que é um pouco fora da realidade e que vai prejudicar mais a MB??
Como disse no outro tópico da aviação naval, Nae dependem de decisões com foco no longo prazo. Mas isto é praticamente impossível no Brasil fora da academia e de alguns poucos órgãos governamentais, ffaa's incluso.
E beneficiar a indústria nacional é um adendo com o qual quase a totalidade dos projetos militares no Brasil trabalham. E nem poderia ser diferente. Mas novamente, este é um contexto que tem que ser visto no longo prazo, e não olhando para somente o agora.
Se resolvermos todos os problemas da esquadra de hoje ao longo destes vinte anos, talvez seja possível a retomada da operação de Nae no futuro. Mas se não resolvermos, então sou de opinião que a MB deve ser encerrada e transferir todos os seus ativos para a Guarda Costeira Brasileira a ser criada a partir das costelas da MB. E quem não tiver estabilidade funcional, manda embora e/ou faz um programa de demissão voluntária para quem não quiser ficar na nova GCB.
Não vamos precisar - e nem dar conta - de mais nada além disso.
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Re: PRONAE
A construção de um porta-aviões demanda cerca de 10 anos. E tem o grupo aeroembarcado que deve estar preparado até lá. Então estar[iamos falando em começar essa empreitada em 2030.
E aí, então vamos ter apenas 1 submarino nuclear, o Álvaro Alberto? Não né? Seria irracional termos gasto 1€ bi só de ToT e quem tem um não tem nenhum. Na próxima década teremos de gastar com a construção SSNs. Mas um SSN custa 4 vezes mais que um SSK...
E aí, então vamos ter apenas 1 submarino nuclear, o Álvaro Alberto? Não né? Seria irracional termos gasto 1€ bi só de ToT e quem tem um não tem nenhum. Na próxima década teremos de gastar com a construção SSNs. Mas um SSN custa 4 vezes mais que um SSK...
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Re: PRONAE
knigh7 escreveu: Qui Dez 23, 2021 9:32 am A construção de um porta-aviões demanda cerca de 10 anos. E tem o grupo aeroembarcado que deve estar preparado até lá. Então estar[iamos falando em começar essa empreitada em 2030.
E aí, então vamos ter apenas 1 submarino nuclear, o Álvaro Alberto? Não né? Seria irracional termos gasto 1€ bi só de ToT e quem tem um não tem nenhum. Na próxima década teremos de gastar com a construção SSNs. Mas um SSN custa 4 vezes mais que um SSK...
E isso é só o topo do iceberg: o nosso querido Policarpo Quarvalho, em seus infinitos devaneios e loops, compara a indústria do Françuá com A NOSSA!!!
Os caras desenvolvem e fazem em casa praticamente TUDO, enquanto aqui quase tudo vem de fora, até o aço para os cascos dos SSKs, POWS!!!
E desenvolvimentos endógenos, sós ou com parceria? A-Darter, após gastos multimilionários (e com o dólar a 2 reais), foi pra gaveta e vamos de Iris-T (só com o que foi GASTO já dava para comprar uma batelada da EADS); MANSUP vai saber; aquela SMKB, MAR-1 e uma batelada de coisa, tudo tomou Doril. Para não falar que o Françuá, quando diz que um NAe vai ajudar a desenvolver a indústria dele, está dizendo que quase tudo, incluindo reator, sensores, aeronaves (com seus próprios sensores e armas) e armamentos defensivos vai ser desenvolvido e fabricado lá, enquanto aqui até equipamentos de radiocomunicação vêm de fora (claro, sempre dá para importar o recheio, fazer uma caixinha de plástico ou metal escrito Made in Brazil e tá tri, "Produto Nacional de Defesa vindo de uma EED": PUTZ!!!
E nem dá para botar a culpa na Economia e seus ministros malvados, até boa parte da segunda metade dos anos 90 nosso PIB total estava pau-a-pau com o dos Chinas (e no per capita eles só nos passaram lá por 2016/17) e eles já desenvolviam desde aquele tempo o que podiam, sós (incluindo tecnologia reversa) ou pagando BEM caro por ajuda (Israel e Python III, p ex).
A treta é: eles precisavam disso e hoje precisam ainda mais, que não é mole ser vizinho do Japão, Índia e Rússia (que inclusive lhes tomou um pedação de território no século XIX, e essa gente não esquece nem perdoa), além de inimigo jurado dos EUA. E a gente aqui, propondo Gripen para fazer a Armada da Argentina se esconder na Terra do Fogo ou algo assim: QUE ARMADA? Vamos mandar Gripen para afundar Patrulha?
Já nós, fazer navio em que tudo tem que vir de fora (no caso de umas míseras Fragatas Leves até os desenhos têm que vir da Alemanha), e neguim quer desenvolver e construir NAe "para ajudar a BID"? Com o quê, para quê???
Os caras desenvolvem e fazem em casa praticamente TUDO, enquanto aqui quase tudo vem de fora, até o aço para os cascos dos SSKs, POWS!!!
E desenvolvimentos endógenos, sós ou com parceria? A-Darter, após gastos multimilionários (e com o dólar a 2 reais), foi pra gaveta e vamos de Iris-T (só com o que foi GASTO já dava para comprar uma batelada da EADS); MANSUP vai saber; aquela SMKB, MAR-1 e uma batelada de coisa, tudo tomou Doril. Para não falar que o Françuá, quando diz que um NAe vai ajudar a desenvolver a indústria dele, está dizendo que quase tudo, incluindo reator, sensores, aeronaves (com seus próprios sensores e armas) e armamentos defensivos vai ser desenvolvido e fabricado lá, enquanto aqui até equipamentos de radiocomunicação vêm de fora (claro, sempre dá para importar o recheio, fazer uma caixinha de plástico ou metal escrito Made in Brazil e tá tri, "Produto Nacional de Defesa vindo de uma EED": PUTZ!!!
E nem dá para botar a culpa na Economia e seus ministros malvados, até boa parte da segunda metade dos anos 90 nosso PIB total estava pau-a-pau com o dos Chinas (e no per capita eles só nos passaram lá por 2016/17) e eles já desenvolviam desde aquele tempo o que podiam, sós (incluindo tecnologia reversa) ou pagando BEM caro por ajuda (Israel e Python III, p ex).
A treta é: eles precisavam disso e hoje precisam ainda mais, que não é mole ser vizinho do Japão, Índia e Rússia (que inclusive lhes tomou um pedação de território no século XIX, e essa gente não esquece nem perdoa), além de inimigo jurado dos EUA. E a gente aqui, propondo Gripen para fazer a Armada da Argentina se esconder na Terra do Fogo ou algo assim: QUE ARMADA? Vamos mandar Gripen para afundar Patrulha?
Já nós, fazer navio em que tudo tem que vir de fora (no caso de umas míseras Fragatas Leves até os desenhos têm que vir da Alemanha), e neguim quer desenvolver e construir NAe "para ajudar a BID"? Com o quê, para quê???
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: PRONAE
Esse SSN, se sair, tem tudo para ser filho único de viúva. Além de não ter irmãos, ainda vai viver na pindaíba.knigh7 escreveu: Qui Dez 23, 2021 9:32 am A construção de um porta-aviões demanda cerca de 10 anos. E tem o grupo aeroembarcado que deve estar preparado até lá. Então estar[iamos falando em começar essa empreitada em 2030.
E aí, então vamos ter apenas 1 submarino nuclear, o Álvaro Alberto? Não né? Seria irracional termos gasto 1€ bi só de ToT e quem tem um não tem nenhum. Na próxima década teremos de gastar com a construção SSNs. Mas um SSN custa 4 vezes mais que um SSK...
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Re: PRONAE
Se a MB insistir no NAE e na construção de SSK na próxima década aí, de fato, podemos dar adeus a um outro SSN.
A nossa Marinha é muito desfocada. Fica procurando ter caças. É uma desgraça. Das 3 Forças é a que eu mais dou atenção. Mas é a atenção motivada como a por um bêbado dirigindo...
A nossa Marinha é muito desfocada. Fica procurando ter caças. É uma desgraça. Das 3 Forças é a que eu mais dou atenção. Mas é a atenção motivada como a por um bêbado dirigindo...
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Re: PRONAE
Como disse anteriormente, temos vinte anos para tentar resolver todos os problemas atuais da MB, subnuc e subnac incluso aí. Não admito se pensar em Nae antes de 2050 na MB.knigh7 escreveu: Qui Dez 23, 2021 9:32 am A construção de um porta-aviões demanda cerca de 10 anos. E tem o grupo aeroembarcado que deve estar preparado até lá. Então estar[iamos falando em começar essa empreitada em 2030.
E aí, então vamos ter apenas 1 submarino nuclear, o Álvaro Alberto? Não né? Seria irracional termos gasto 1€ bi só de ToT e quem tem um não tem nenhum. Na próxima década teremos de gastar com a construção SSNs. Mas um SSN custa 4 vezes mais que um SSK...
Então, na melhor das hipóteses, um Nae poderá ser objeto de atenção concreta apenas no próximo PEM 2060, que obviamente contemplará o período de 2040 a 2060.
Antes disso é absolutamente inviável falar em Nae de qualquer tipo na MB. A não ser que neste meio tempo algo ou muitas coisas mudem radicalmente o nosso sôfrego panorama geoestratégico no Atlântico Sul. O que parece não irá acontecer em prazo tão curto.
A ver.
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Re: PRONAE
Se eu entendi corretamente a tradução do texto, ele é de autoria de um russo e versa sobre a marinha e indústria da Rússia.Túlio escreveu: Qui Dez 23, 2021 12:42 pmE isso é só o topo do iceberg: o nosso querido Policarpo Quarvalho, em seus infinitos devaneios e loops, compara a indústria do Françuá com A NOSSA!!!
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Já nós, fazer navio em que tudo tem que vir de fora (no caso de umas míseras Fragatas Leves até os desenhos têm que vir da Alemanha), e neguim quer desenvolver e construir NAe "para ajudar a BID"? Com o quê, para quê???
Tenho plena ciência de todos os pontos que levantastes, e não discordo de nenhum deles. No entanto, como também comentei no meu post, a possibilidade de um Nae na Marinha é algo que talvez nos seja realista, se conseguirmos resolver todos os problemas da MB nos próximo 20 anos, ou seja, no prazo de validade do atual PEM 2040.
Antes disso não vejo nem como se pensar em Nae, a não que que a realidade geoestratégica sul americana mude radicalmente, "nos forçando" a investir em defesa tudo o que não fizemos nos últimos 200 anos.
Mas esta é apenas uma suposição. Não há nada no horizonte que indique tal perspectiva. Então seguimos no nosso calvário cotidiano de ostracismo e indiferença.
Agora, se não mais que por acaso o país der conta de resolver os problemas que a MB tem em vinte anos - BID e indústria no meio - pode ser que um Nae seja o passo natural e consequente a este. Ou pode ser que simplesmente ele seja defenestrado de uma vez por todas. Mas isso só enquanto a decisão por ter ou não um Nae for apenas e tão somente da MB, e não do congresso ou do Planalto, que não por acaso, não costumam se imiscuir neste tipo de decisão das forças armadas.
Fazer o que.
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Re: PRONAE
Novo burburinho sobre o natimorto Pronae.
Diz-se que a MB foi passear por um feira de produtos navais na coreia do sul e de lambuja conversou a boca pequena com a marinha de lá sobre vários projetos em andamento deles e capacidades industriais. Nae no meio da conversa.
Com isso agora de KF-X Naval, o pessoal vai deve estar mais animado ainda.
Segundo diz-se também, a MB tem acompanhado de perto do apronto final do INS Vycrant indiano.
Diz-se que a MB foi passear por um feira de produtos navais na coreia do sul e de lambuja conversou a boca pequena com a marinha de lá sobre vários projetos em andamento deles e capacidades industriais. Nae no meio da conversa.
Com isso agora de KF-X Naval, o pessoal vai deve estar mais animado ainda.
Segundo diz-se também, a MB tem acompanhado de perto do apronto final do INS Vycrant indiano.
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Re: PRONAE
Uma Marinha que não consegue ter meia dúzia de escoltas decentes pensar em porta aviões é de cair o c u da bunda
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Re: PRONAE
Temos que ter em mente duas coisas: uma, entre projeto, construção e operacionalização, um Nae em um país que leva defesa a sério demora de 10 a 15 anos para ficar pronto totalmente. exceção feita à China, é claro; e dois, a MB apesar de manter a decisão por dispor de Nae, não determinou cronograma efetivo para sua aquisição e\ou desenvolvimento no PEM2040. Isto em termos práticos significa que não teremos um novo Nae para chamar de nosso nos próximos vinte anos, pelo menos.
Os planos da MB no seu planejamento estratégico atual não demandam cronogramas ou quantidades apontadas para qualquer meio aventado nele. Ou seja, estamos entregues à boa vontade do deus orçamento anual, vulgo PLOA, em termos de PDI e investimento em novos meios.
Atualmente, como o Lord Nauta\Viking tem reiterado aqui, a marinha hoje espera poder contar com apenas 12 navios até o final do PEM2040. Ou seja, vamos levar vinte anos, ou mais, para obter míseras duas dúzias de navios com cara de corvetas anabolizadas, e ficamos por aí. Depois disso, vemos o que acontece. No mínimo é irracível se pensar em ter Nae com uma esquadra de doze navios do porte - e capacidades - das FCT tal como são agora. Fossem A300 ou A400, até se poderia considerar, mas Meko 100 escoltando Nae isso sim é de cair o c... da bunda.
Olhar o que tem por aí faz parte do trabalho da MB de manter-se atualizada sobre o que existe de mais moderno na seara de Nae. Isto serve para recolher informações, embasar estudos, doutrina, e questões operacionais, para quando um dia, em havendo vontade, e recursos, para uma decisão de obter-se um novo Nae, tenhamos em mãos o que seja necessário para tomar tal decisão, a amparar o poder político sobre a mesma.
Eu queria uma Land Rover Discovery 4 na minha garagem, e também queria um Audi, um Jeep, e uma Dodge RAM 2500 Laramie. Mas eu só consigo pensar em manter o Pálio Economy 1.0 2010 do meu pai que eu uso.
E neste meio tempo, vamos estar tentando arrumar recursos para fabricar novos navios de patrulha e, também, mais complexo, substituir o NAM Atlântico e o Bahia, além de obter navios auxiliares de vários tipos e tonelagens, que também são necessários. E não há qualquer vislumbre de que esse ou qualquer outro governo no futuro se empenhe de verdade em comprometer-se em autorizar e financiar esses e quaisquer outros meios para a marinha. Que se dirá um Nae.
Os planos da MB no seu planejamento estratégico atual não demandam cronogramas ou quantidades apontadas para qualquer meio aventado nele. Ou seja, estamos entregues à boa vontade do deus orçamento anual, vulgo PLOA, em termos de PDI e investimento em novos meios.
Atualmente, como o Lord Nauta\Viking tem reiterado aqui, a marinha hoje espera poder contar com apenas 12 navios até o final do PEM2040. Ou seja, vamos levar vinte anos, ou mais, para obter míseras duas dúzias de navios com cara de corvetas anabolizadas, e ficamos por aí. Depois disso, vemos o que acontece. No mínimo é irracível se pensar em ter Nae com uma esquadra de doze navios do porte - e capacidades - das FCT tal como são agora. Fossem A300 ou A400, até se poderia considerar, mas Meko 100 escoltando Nae isso sim é de cair o c... da bunda.
Olhar o que tem por aí faz parte do trabalho da MB de manter-se atualizada sobre o que existe de mais moderno na seara de Nae. Isto serve para recolher informações, embasar estudos, doutrina, e questões operacionais, para quando um dia, em havendo vontade, e recursos, para uma decisão de obter-se um novo Nae, tenhamos em mãos o que seja necessário para tomar tal decisão, a amparar o poder político sobre a mesma.
Eu queria uma Land Rover Discovery 4 na minha garagem, e também queria um Audi, um Jeep, e uma Dodge RAM 2500 Laramie. Mas eu só consigo pensar em manter o Pálio Economy 1.0 2010 do meu pai que eu uso.
E neste meio tempo, vamos estar tentando arrumar recursos para fabricar novos navios de patrulha e, também, mais complexo, substituir o NAM Atlântico e o Bahia, além de obter navios auxiliares de vários tipos e tonelagens, que também são necessários. E não há qualquer vislumbre de que esse ou qualquer outro governo no futuro se empenhe de verdade em comprometer-se em autorizar e financiar esses e quaisquer outros meios para a marinha. Que se dirá um Nae.
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Re: PRONAE
Em minha opinião uma meta factível para a MB, objetivando a substituição dos Bahia e Atlântico, seria a construção de dois LPH na faixa de 30.000/35.000 ton semelhantes ao CAVOUR. Neste projeto seria possível contarmos com a expertise italiana. Estes navios teriam grupos embarcados compostos por helicópteros, aeronaves Tiltrotor e SARP com unidades de vigilância/reconhecimento e ataque.
Tenho convicção que estes navios e suas aeronaves, além da capacidade anfíbia, seriam uma solução adequada a dissuasão em nosso entorno estratégico e compatíveis com a capacidade de investimento em Defesa do Brasil.
Sds
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Sds