Fórum Defesa Brasil

Quando dá, é assim.

Túlio escreveu:Porque - dizem aqui no DB - falta mão de obra qualificada, têm que importar até soldador da Romênia. Como disse, nada contra ninguém, NE é Brasil igualzinho ao RS mas cada um com suas potencialidades, se não respeitarmos isso acabamos mal. Foi o que falei. Não esperes de mim malucagens do tipo "NE inferior" e bobajadas afins...

Salvo erro o governo Brasileiro ofereceu trabalho aos trabalhadores dos ENVC, mas tem que se meter na fila já que os Holandeses e os Alemães também estão interessados.

Túlio escreveu:Tá, e no Paraná? SC? RS? SP? Só tem água rasa?

Na minha opinião, o primeiro sempre será problemático mesmo, os equipamentos são novos, o pessoal não é treinando, tem a obra em andamento, tudo novo.

O que mais atrapalhou o JC foi a pressa imposta pela pressão política.

E com esse cenário os problemas em um primeiro navio aconteceriam em qualquer lugar!

A vantagem de Suape em relação aos outros locais são as licenças ambientais, as vantagens de infraestrutura, de custo e as utilidades.

A escolha do NE deve ter sido econômica-financeia, custo benefício, se está sendo feito lá é porque vai permitir o melhor retorno!

Os problemas de mão de obra para fazer navios existem em qualquer lugar do país, simplesmente porque não fazemos navios desde a época do Lloyd.

Para a necessidades atuais não formamos engenheiros nem técnicos navais, soldadores, e por ai vai. Na parte de material não fazíamos nem aço suficiente!

E sobre técnicos estrangeiros, fale uma área da engenharia que não está trazendo gente de fora para o mercado de trabalho brasileiro. Todas estão!
Nossa mão de obra especializada está longe, muito longe da demanda e consequentemente, as m@rdas estão acontecendo em todas as áreas, de edifícios desabando, subestações enterradas explodindo, metrôs e trens parando, implosões de estádios falhando, e por ai vai.

Veja bem, não estou dizendo que tudo é ruim, apenas que nossa média é ruim, temos expoentes mundiais nas engenharias e indústrias.

Mas como sou otimista acredito firmemente que mantido essa demanda, em 20 ou 25 anos alçaremos a nossa média há um patamar excelente!

abraço

Loki

Eu achei que com 2 páginas de discussão eu ia ver fotos dos S Hawk da MB e vocês estão discutindo estaleiro mal feito no Brasil...

[]s
CB_Lima

Apois num é!

É pra aumentar o suspense CB.

henriquejr escreveu:Acho que o que mais pesou foi a infraestrutura existe no complexo portuário de Suape/PE. As potencialidades do lugar são imensas!!

Exato. Suape fica a mais ou menos 53 km de Recife e me impressionou muito o tamanho da área do porto e a quantidade de grandes obras de infraestrutura e industriais que estão sendo feitas por lá. São dezenas de kilômeteros de obras em andamento. Sem dúvida PE vai rivalizar com a BA como a maior economia do NE. A falta de mão-de-obra qualificada foi justamente um ponto tocado pelos pernambucanos que conversei e, segundo eles, estão sendo feitos também grandes investimento públicos e privados em cursos profissionalizantes. Por outro lado, quanto ao porto, que tem o maior calado do Nordeste, natural aliás, segundo me informaram outro grande estaleiro será construído em Suape.


Por acaso não tem um tópico apropriado para discutirmos esse assunto? ...


[].

Sea Hawk?

Túlio escreveu:Vou tentar explicar melhor então:

Botem o bendito estaleiro onde já tenha mão de obra qualificada para fazer navio direito.

Encham o NE de SENAIs e Escolas Técnicas.


Feito isso, o NE vai estar cheio de profissionais de primeira. Daí sim, metam estaleiro lá. Tem muito mercado agora, imaginem com o Pré-Sal funcionando full. O que não se faz é botar a carroça na frente dos bois, dá nisso...

Já lhe passou pela cabeça que "sair do Rio" incomoda muita gente e que, aliás, tem gente aqui servindo de palanque para vozes terceiras? Que os ingênuos evoluam sempre; que os não ingênuos abram os olhos antes de servir de trampolim para "terceiros" de terceiros.

Em suma, a coisa é realmente assim ou as mudanças provocam/ram reações?

Só vejo reclamações, mas que parecem permeadas por argumentos "fundamentalistas", sempre ofendidos pela "modernidade" (leia-se conservadorismo).

Mano véio, tira este óculos escuro e veja o céu aberto e claro que cobre sua mente; que esta Luz possa lhe iluminar sempre!!! A coisa está aí, a olhos nus; mas não cobre dos ingênuos de plantão, estes nem percebem que servem à terceiros (ou não). A "verdade" está aparecendo, porém apenas através de uma via... Não seria prudente ouvir outras vertentes? Ou aqueles que optaram pelo formato/modelo são tão incompetentes assim? Juro que não sei.


Abração!!!

Orestes, isto tudo pra dizer apenas que "isto" (implantar o estaleiro no nordeste, longe do eixo sul/sudeste) foi opção do governo para levar desenvolvimento social aquela região?

Não teria sido mais fácil dizer diretamente?

Alcantara escreveu:Orestes, isto tudo pra dizer apenas que "isto" (implantar o estaleiro no nordeste, longe do eixo sul/sudeste) foi opção do governo para levar desenvolvimento social aquela região?

Não teria sido mais fácil dizer diretamente?

Entendeu tudo errado, nobre Alcântara, você imagina que sou mais politizado do que realmente sou. A questão da presença militar no Norte e Nordeste do Brasil é estratégica e não sou eu quem afirma tal coisa; este assunto não é do último governo e nem do atual, é antigo. O Brasil é maior do que as regiões Sudeste e Sul, logo precisa se defender além destes espaços reduzidos, visto que a soberania é nacional e não regional. Lembre-se que a preocupação em relação ao Norte e ao Nordeste brasileiro vem dos militares e não dos governos civis.

Problemas que vejo:

1) você acha que tudo o que (eu) falo é de natureza política/poliqueira. Insisto, não é.

2) existe uma limitação técnica em relação a mão de obra do Norte e Nordeste brasileiro; que estes cidadãos sejam inserido nas novas exigências que tangem à soberania nacional;

3) existe um "boato/fama" que diz que a MB não quer sair do Rio; que seus representantes lembrem que a Força está à serviço da Nação e que a Nação não se resume ao Rio (supondo que tal bobagem seja verdadeira);

4) que se lembre que o desenvolvimentismo não se aplica à regionalidade, mas à totalidade;

5) que se tenha sensibilidade para lembrar que defender o Brasil não se resume, apenas, à defesa das regiões Sudeste e Sul;

6) que se perceba, acima de tudo, que a possibilidade ímpar de levar o desenvolvimento às regiões Norte e Nordeste do Brasil não deve ser perdida por preconceitos estúpidos dos moradores do Sul e Sudeste;

7) que se lembre que os moradores do Norte e Nordeste são Cidadãos brasileiros e que devem ser tratados com máximo respeito, sem a mediocridade de tratá-los como seres insignificantes e incapazes como tem se sugerido aqui, ao dizer-se que as "limitações técnicas" são oriundas da INCAPACIDADE de se encontrar capacitação profissional nas citadas regiões. Defender esta tese é uma ofensa sem igual! Se não há capacitação, que se capacite!


Forte abraço!!!

Os itens 2, 4, 5, 6 e 7 refletem justamente o que eu disse: "Levar desenvolvimento social ao nordste".
Por que a celeuma? Não estou discordando nesse ponto. Só perguntei por que não ser direto.

Sul e sudeste já estão desenvolvidos, não "precisam" desse tipo de investimento do governo. Por outro lado, é interessante aos olhos do governo federal a instalação de grandes centros produtores ao nordeste, como forma de "socializar" o desenvolvimento nacional, antes, muito concentrado na parte sul/sudeste, como todos nós aqui sabemos.

Porque fábricas de automóveis, refinarias e estaleiros foram orientados ao nordeste? Para criar empregos melhores nessa região.

O item 1, não discuto.

Finalmente, quanto ao item 3, creio que havendo decisão por parte do GF, à MB vai restar somente acatar. Ainda mais se o GF prover os meios necessários para ampliar a Armada para uma segunda frota.


Abraços!

henriquejr escreveu: Por qual razão o EB e a FAB não adquiriram as versões mais modernas do H-60, como o I ou o M??? A diferença de preço é tão grande a ponto de justificar a compra de algo novo que estar para sair de produção e que, num futuro não muito distante terá que ser modernizado para o padrão atual?
Acho até um tanto incoerente a FAB e o EB estarem modernizando sua aviação com equipamentos modernos, com Glass cockipt e tals (como são os EC-725 e serão os Panteras e Esquilos modernizados) e adquirir um equipamento novo com avionica ultrapassada (em termos de geração)...

O EB não tinha como, ja que na epoca em que comprou os seus nem M ou o I existiam.

A FAB idem nos primeiros que foram para Manaus.
Quanto aos restantes, houve bastante discussão e se chegou a conclusão que não valia o preço de investir em um modelo que ainda esta entrando em operação, com todas as implicações que existem neste caso.

Uma aeronave com EFIS não está a frente de outra sem, pois ele é uma das variaveis.
Que eu saiba o HUEY II da PM-RJ tem EFIS, mas continua sendo um HUEY II.
Operacionalmente, ele tem pouco mais do que os HUEY da FAB.
E dependendo dos demais componentes (guincho, tanque auxiliar) ele pode ate vir a ser mais restrito; apesar de ter aquela painel bonito.
Concordo que esse é o futuro, mas grande parte das aeronaves atuais voam com paineis analogicos e cumprem bem a sua missão assim; o que se deve perguntar é: tenho a necessidade de mudar a minha configuração para EFIS?
Porque comprar analogico hoje é impossivel, mas será que vale a pena mudar o que ja se tem?

Tem que ser levado em conta tambem que o ambiente de operação da FAB e do EB é bem diferente do que o da MB vai ser utilizado; alias eles podem ser utilizados em qualquer ambiente: de resgate no mar a infiltração na Amazonia passando por enchente no NE.
E quem já viu a operação de helicopteros nestes tipos de situações sabem que a palavra é: ROBUSTEZ!

Por mais que o fabricante me garanta, eu so acredito vendo que um heli assim vai dormir uma semana na selva e continuar 100%, sem ter que limpar nenhum contato. Outro ponto é que nas aeronaves analogicas a pane de um sistema não inviabiliza a operação, ja no EFIS as coisas estão integradas.

Por ultimo temos sempre a logistica: o M está fora do nosso orçamento, e o I é a mesma aeronave que o da FAB, mas com EFIS.
O proprio fabricante disse que em uma revisão de 2 meses é possivel passar de um modelo A ou L para o I, já a reciproca não existe.
O L já esta testado e conhecido na FAB, valeria a pena abrirmos outra linha de suprimento para metade de uma frota de 16 aeronaves?
E se passassemos todas para o padrão I, vamos ser nos os operadores a descobrir as panes de inicio de projeto, ou vale a pena operar as que temos por mais alguns anos e converter toda a frota no MLU?

Sapão.

O problema é que, pelo que sei, esses UH-60L da FAB serão os últimos a serem produzidos pela fabrica, ou seja, novas encomendas da FAB terão, necessariamente, que ser das versões "I" ou "M"!!! A FAB estar adquirindo HOJE um modelo que estar sendo descontinuado, então terminará tendo que abrir outra linha logistica se quiser mais UH-60, daqui pra frente!