Fórum Defesa Brasil

Paisano escreveu:Hoje tive notícias de parentes que moram em Teresópolis e graças a Deus todos estão bem.

Uma coisa. O que as FAs estão fazendo??? Cadê os helicopteros, os engenheiros, os soldados e tal?

Pelo que vi no JN, o EB irá, a partir de manhã, montar pontes móveis nos locais onde as ponte originais foram derrubadas pela cabeça d´água.

Amanha?

Pra mim tá demorando muito essa ajuda ae. Tá chovendo desde domingo!

Senhores,

Tenho amigos em Nova Friburgo e há dias estava tentando conseguir notícias sobre eles. Agora pouco consegui falar e Graças a Deus estão todos bem, mas segundo o que me falaram, a cidade foi quase toda destruída e o que aparece nos telejornais é apenas uma parte da tragédia que aconteceu na cidade. Há desabastecimento de água e comida, telefone fixo em algumas regiões já está funcional mas celular está sem sinal. Para conseguir água, uma amiga minha disse que teve que pegar da chuva, pois não há abastecimento de água, comida já está faltando nos supermercados e estão evitando abrir as lojas por medo de saques. É muito triste ouvir aquilo, pois a cidade está praticamente ilhada (as principais saídas da cidade estão bloqueadas), coberta de lama e as pessoas estão temendo por seus empregos, empresas e de um futuro meio incerto...

Estou feliz por meus amigos estarem bem, mas presto publicamente minhas condolências aos familiares de todos aqueles que não tiveram a mesma sorte...

Continuemos a orar pelas famílias...

Até mais!

PS.: E pensar que a dois meses eu estava feliz passeando no teleférico da Praça do Suspiro (que por sinal, era uma praça muito bonita)...

Brigadeiro escreveu:PS.: E pensar que a dois meses eu estava feliz passeando no teleférico da Praça do Suspiro (que por sinal, era uma praça muito bonita)...

Entendo esse seu sentimento, pois fiz várias audências no Fórum de Itaipava.

Quando chegava no Fórum ficava imaginando como deveria ser ótimo morar naquele lugar lindo. Quem conhece Itaipava sabe do que estou falando.

E até agora ainda não consigo compreender como um rio relativamente pequeno pode ser responsável por tamanha tragédia.

As inundações repentinas, chamadas "flash floods" pelos americanos fazem muitas mortes pelo mundo fora.

Aqui em Portugal, tenho família numa zona montanhosa. Nessa localidade lembro-me das histórias dos velhos que até tinham sinais de aviso que seriam nuvens muito negras por cima de determinada região. Eles sabiam que se chovesse em determinada zona, o caudal do rio aumentava de repente e fugiam antes. Não havia ocupação humana junto ao rio, à excepção de moinhos de água, que já se esperava que inundassem. Essas populações de povoados que nalguns casos são milenares tem uma tradição oral de alertas e optaram por morar nos montes e cultivar as terras junto aos rios, longe das suas casas.

Do séc. XIX em diante, começaram a desvalorizar essas lendas e a ocupar cada vez mais os leitos de cheia. No caso do Brasil há a desculpa com a colonização mais recente mas de qualquer forma, achamos certas localizações seguras porque no espaço de muitas gerações, nunca aconteceu nada nessas zonas.

Aproveito para expressar as minhas condolências e esperar que possam reconstruir rapidamente e em segurança.

Cade os Helis das FA´s? Pra mim, agir de imediato, é a melhor propaganda. Depois, não adianta chorar de falta de apoio

Bolovo escreveu:Amanha?

Pra mim tá demorando muito essa ajuda ae. Tá chovendo desde domingo!

Se as prefeituras que vivem o problema todo ano não colocam se quer um sistema de de som de 200 reais para alertar a população porque as FAs deveriam ter um plano de ajuda imediata?

tflash escreveu:As inundações repentinas, chamadas "flash floods" pelos americanos fazem muitas mortes pelo mundo fora.

Aqui em Portugal, tenho família numa zona montanhosa. Nessa localidade lembro-me das histórias dos velhos que até tinham sinais de aviso que seriam nuvens muito negras por cima de determinada região. Eles sabiam que se chovesse em determinada zona, o caudal do rio aumentava de repente e fugiam antes. Não havia ocupação humana junto ao rio, à excepção de moinhos de água, que já se esperava que inundassem. Essas populações de povoados que nalguns casos são milenares tem uma tradição oral de alertas e optaram por morar nos montes e cultivar as terras junto aos rios, longe das suas casas.

Do séc. XIX em diante, começaram a desvalorizar essas lendas e a ocupar cada vez mais os leitos de cheia. No caso do Brasil há a desculpa com a colonização mais recente mas de qualquer forma, achamos certas localizações seguras porque no espaço de muitas gerações, nunca aconteceu nada nessas zonas.

Aproveito para expressar as minhas condolências e esperar que possam reconstruir rapidamente e em segurança.

Algo assim

Pq tem dinheiro infinito do governo federal (quando querem), porque tem homens, porque tem helicopteros, porque tem caminhões, porque tem hospital de campanha, porque o que os caras estão enfrentando lá é basicamente um cenário de guerra. Não é comum morrer 600 pessoas em uma semana. Nem a prefeitura de Gordon City dá um jeito nisso. Alias, pelo fato das prefeituras serem umas porcarias, acho que o governo federal deveria por esse motivo mesmo ter se mobilizado mais rápido.

Bourne escreveu:

tflash escreveu:As inundações repentinas, chamadas "flash floods" pelos americanos fazem muitas mortes pelo mundo fora.

Aqui em Portugal, tenho família numa zona montanhosa. Nessa localidade lembro-me das histórias dos velhos que até tinham sinais de aviso que seriam nuvens muito negras por cima de determinada região. Eles sabiam que se chovesse em determinada zona, o caudal do rio aumentava de repente e fugiam antes. Não havia ocupação humana junto ao rio, à excepção de moinhos de água, que já se esperava que inundassem. Essas populações de povoados que nalguns casos são milenares tem uma tradição oral de alertas e optaram por morar nos montes e cultivar as terras junto aos rios, longe das suas casas.

Do séc. XIX em diante, começaram a desvalorizar essas lendas e a ocupar cada vez mais os leitos de cheia. No caso do Brasil há a desculpa com a colonização mais recente mas de qualquer forma, achamos certas localizações seguras porque no espaço de muitas gerações, nunca aconteceu nada nessas zonas.

Aproveito para expressar as minhas condolências e esperar que possam reconstruir rapidamente e em segurança.

Algo assim

Aqui no Brasil esse fenômeno atende pelo nome de "cabeça d´água".

Paisano, Bourne, tflash e demais foristas, e se olhar o video, quando a câmera foca a esquerda, na direção da "enchente", vemos que o terreno é plano. Agora imaginem áreas cercadas de montanhas como as do Rio, a velocidade e intensidade da destruição são infinitamente maiores...Lógico que a ocupação desordenada contribuiu com inúmeras vítimas, mas uma chuva dessas e desabamentos de muitas encostas, a tragédia seria inevitável. A maioria das vítimas seria poupada, com sistema de alerta eficaz e ocupação correta do solo, mas um desastre desses não há como evitar-se por completo. Infelizmente.

FAB oferece ração usada em situações de combate para vítimas da chuva

Fonte: http://www.jb.com.br/tragedia-na-serra/ ... -da-chuva/

A Força Aérea Brasileira (FAB) fez neste domingo a distribuição emergencial de rações usadas em “situação de combate” para as pessoas que estão em áreas de difícil acesso nas cidades da região serrana do estado, afetada pelas chuvas dos últimos dias.

A ração operacional é produzida pela FAB na Fazenda da Aeronáutica de Pirassununga, no interior de São Paulo, em conjunto com a Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp.

“A alimentação é utilizada pelas tropas das Forças Armadas e atende às necessidades diárias do militar em situações de combate, campanha e de sobrevivência em lugares onde o preparo de alimentos é difícil ou inviável”, diz nota da FAB.

As nossas FA's têm que estar preparada para estas catástrofes para pronto emprego. O EB ontem começou a aparecer na área, mas, com a função de dar cobertura em vigia contra saques, bloqueio de pontes, etc. Helicópteros foram muito poucos os que vi, mesmo assim aqui no DB. Enquanto isto havia revoadas de helicópteros dos canais de televisão. Hoje, o EB passou a fazer resgate em Nova Friburgo, e, esta eu não entendi, ele está trazendo pontes do Rio Grande do Sul para serem utilizadas na região serrana do Rio de Janeiro! Tem pontes no Sudeste não? Onde estão os batalhões de Engenharia de Campanha do EB, dos Fuzileiros do Rio de Janeiro, ali, do ladinho?
Sendo militares e/ou civis, equipamentos como pontes, hospitais de campanha, barracas de campanha, cozinhas de capamnha, kits para filtrar água (estão vendendo água de galão a R$ 42,00 - PQP! Os morcegos estão caindo em cima destes flagelados!), materiais de pronto-socorro, etc... isto deveria existir em quantidades e em todos os estados brasileiros, prontos para serem carregados e transportados até o(s) local(is) da(s) tragédias(s). Não estou querendo ensinar vigário a rezar missa, mas, apenas ilustrar minha indignação.
Todo ano, sem falta, é esse filme de terror! E, cada ano que passa, quando pensamos que medidas preventivas foram tomadas pelas autoridades, a desgraceira se despeja toda na cabeça dos menos favorecidos.

Aqui no Brasil dá a impressão de que as tragédias funcionam na base do rodízio. Uma temporada no Sul, outra no Sudeste, outra no Centro-Oeste, outra no Nordeste e outra no Norte. Assim passamos o ano e os anos, com os noticiários sempre muito ocupados e os brasileiros (graças a Deus! Um exemplo de solidariedade!) cada vez mais se mobilizando para as ajudas humanitárias. Estamos ficando craques nisso!
Em compensação, nossas autoridades...