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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Seg Out 11, 2010 1:58 pm
por Junker
Why Are China, India and Brazil Rebounding Faster Than the U.S.?
By David Wessel

Why did China, India and Brazil all emerge so much more rapidly from the global financial crisis than advanced economies did? In a presentation in Denver to the National Association for Business Economics, Nobel Prize-winning economist Michael Spence, now of New York University, offered several reasons:

* These economies learned bitter lessons in the 1997-98 crisis that afflicted them more than advanced economies.
* They were in “a good initial position” with relatively low leverage, and thus didn’t get hit with the severe “balance sheet recession” that hit the U.S.
* They hadn’t any complex securitized financial instruments.
* They had built up large foreign-exchange reserves.
* Their central banks responded, much as advanced countries’ central banks did, with speed and agility to the credit tightening.
* Their economic managers displayed “a high degree of competence.”

“Is this sustainable? Will they keep growing? I think the answer is a qualified yes,” he said. “I wouldn’t have said that 10 years ago.”

Rapidly growing economies aren’t generating the ideas and technology to propel growth; rather, they’re using ideas and technology from advanced countries to catch up.

“There is no reason to believe that will stop,” he said, unless emerging markets make the major mistake of walling them off from the rest of the world, as Brazil did around 1975.

Adding to the sustainability of growth in emerging markets are two other factors, he said: One, they are increasingly trading with each other and thus are less dependent on now slow-growing advanced economies; two, they have become rich enough for their consumers to buy the goods they produce. Spence said that emerging markets can sustain rapid growth even if the advanced economies, including the U.S, grow slowly – but not if the U.S. succumbs to recession.

“There is partial decoupling, but by no means complete decoupling,” he said.

But emerging markets have proven to be far more resilient to downturns in the U.S. than used to be the case.

He added that emerging markets have a large stake in discouraging protectionism in the U.S., and “they know it.”

Continued rapid growth in emerging markets will be a plus for the U.S., but not a big enough plus to pull up U.S. growth, he said. “We can’t compete for that demand right now,” he said, “not for most of it.”

U.S. companies don’t make – at least not in the U.S. – many of the goods that emerging markets are increasingly demanding.
http://blogs.wsj.com/economics/2010/10/ ... an-the-us/

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Seg Out 11, 2010 2:22 pm
por P44
coitadinhos, vou-me fartar de chorar por essa frase a BREMEILHU :twisted:

então mas quem é que DEU á China , e ao Brasil, e etc, a possibilidade de montar fora de portas os seus componentes????

Não foram as grandes empresas americanas, lideradas por gente cuja única equação que sabe é "Aumento do Lucro= Descida dos Salários", que ao ver que na China podiam pagar uma malga de arroz a um "trabalhador", para aí 1/100000000000000000 do que teriam de pagar a um americano (vale para todo o Mundo Ocidental), que foram a correr fazer as malas, deixar as fábricas nos EUA (e na Europa), porque a ÚNICA COISA QUE INTERESSA aos capitalistas é mão de obra barata (se fôr semi-escrava ainda melhor...) , e ir a correr para onde a mão de obra custasse NADA?

E agora choram? Olhem vão-se fvder que só estão a colher os frutos do que semearam!!!!
Provem do próprio veneno!

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Seg Out 11, 2010 2:57 pm
por Centurião
P44 escreveu:coitadinhos, vou-me fartar de chorar por essa frase a BREMEILHU :twisted:

então mas quem é que DEU á China , e ao Brasil, e etc, a possibilidade de montar fora de portas os seus componentes????

Não foram as grandes empresas americanas, lideradas por gente cuja única equação que sabe é "Aumento do Lucro= Descida dos Salários", que ao ver que na China podiam pagar uma malga de arroz a um "trabalhador", para aí 1/100000000000000000 do que teriam de pagar a um americano (vale para todo o Mundo Ocidental), que foram a correr fazer as malas, deixar as fábricas nos EUA (e na Europa), porque a ÚNICA COISA QUE INTERESSA aos capitalistas é mão de obra barata (se fôr semi-escrava ainda melhor...) , e ir a correr para onde a mão de obra custasse NADA?

E agora choram? Olhem vão-se fvder que só estão a colher os frutos do que semearam!!!!
Provem do próprio veneno!
Esse não é o caso do Brasil. Pelo menos não na mesma proporção da China. Uma das provas disso é a baixa relação exportações/PIB. Além dos salários da indústria serem mais altos do que na China. O benefício foi indireto. O Brasil se beneficiou de exportar à China recursos naturais. No entanto, o investidor/executivo visa o aumento da produtividade, diminuição de custos e consequente aumento do lucro. Sempre foi assim, não existe gente má nessa história.

Na minha opinião, o que está acontecendo é um ajuste da economia global. Outros países que possuem potencial vão enriquecer porque existe uma diferença de renda para os países ricos.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Seg Out 11, 2010 3:15 pm
por tflash
Mas o que sustenta a industria dos países emergentes como a China e a Índia são as exportações de produtos manufacturados para os países ricos. Com a saída em massa das indústrias que pagavam salários decentes aos trabalhadores, estes perdem poder de compra que eventualmente provoca a quebra de importações e uma crise no país exportador, se não conseguir ter um mercado interno que aguente, mas com baixos salários não dá para ter um mercado interno forte. Para mim esta crise vai atingir estes países também.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Seg Out 11, 2010 3:47 pm
por PRick
Centurião escreveu:
P44 escreveu:coitadinhos, vou-me fartar de chorar por essa frase a BREMEILHU :twisted:

então mas quem é que DEU á China , e ao Brasil, e etc, a possibilidade de montar fora de portas os seus componentes????

Não foram as grandes empresas americanas, lideradas por gente cuja única equação que sabe é "Aumento do Lucro= Descida dos Salários", que ao ver que na China podiam pagar uma malga de arroz a um "trabalhador", para aí 1/100000000000000000 do que teriam de pagar a um americano (vale para todo o Mundo Ocidental), que foram a correr fazer as malas, deixar as fábricas nos EUA (e na Europa), porque a ÚNICA COISA QUE INTERESSA aos capitalistas é mão de obra barata (se fôr semi-escrava ainda melhor...) , e ir a correr para onde a mão de obra custasse NADA?

E agora choram? Olhem vão-se fvder que só estão a colher os frutos do que semearam!!!!
Provem do próprio veneno!
Esse não é o caso do Brasil. Pelo menos não na mesma proporção da China. Uma das provas disso é a baixa relação exportações/PIB. Além dos salários da indústria serem mais altos do que na China. O benefício foi indireto. O Brasil se beneficiou de exportar à China recursos naturais. No entanto, o investidor/executivo visa o aumento da produtividade, diminuição de custos e consequente aumento do lucro. Sempre foi assim, não existe gente má nessa história.

Na minha opinião, o que está acontecendo é um ajuste da economia global. Outros países que possuem potencial vão enriquecer porque existe uma diferença de renda para os países ricos.
O mercado global e sem fronteiras é socialista, no sentido que diminui as diferenças, dado que a competição global tende a baixar a renda nos mais ricos e subir nos emergentes. Na verdade, estamos assistindo o surgimento de um grupo de países emergentes com peso econômico capaz de modificar as relações de forças econômicas até entrão, que são os BRIC, mas eu diria que na verdade são China, India e Brasil os maiores beneficiários, porém, Rússia, Africa do Sul, alguns Tigres Asiáticos, estão se beneficiando também com a nova conjuntura mundial.

[]´s

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Sáb Out 16, 2010 1:39 pm
por Francoorp
A economia de Terceiro Mundo dos Estados Unidos

Imagem

Durante alguns anos, escrevi sobre o relatório mensal do emprego não agrícola nos Estados Unidos. Os dados não endossavam os elogios tecidos pelos economistas à “Nova Economia”. A “Nova Economia” era constituída, supostamente, por serviços financeiros, inovação e serviços de alta tecnologia.

Esta economia tomava o lugar da velha economia braçal da indústria e da manufatura. A educação reciclaria a força de trabalho e passaríamos para um nível mais alto de prosperidade.

Por vezes seguidas, informei que não havia sinal dos empregos da “Nova Economia”, mas os empregos da velha economia estavam desaparecendo. Os únicos novos empregos eram em serviços domésticos de baixa remuneração, como os de garçonete e garçom, vendedor de loja, assistência social e de saúde (principalmente serviços de ambulatório) e, antes do estouro da bolha, construção.

Os dados, divulgados mensalmente pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA, não tiveram impacto sobre a propaganda da “Nova Economia”. Os economistas continuaram a insistir com eloquência na ideia de que o globalismo era uma bênção para nosso futuro.

Os milhões de desempregados de hoje são creditados à explosão da bolha imobiliária e à crise financeira dos derivativos subprime. No entanto, a economia dos EUA vem perdendo empregos há uma década. À medida que a manufatura, a tecnologia da informação, a engenharia de software, a pesquisa, o desenvolvimento e os serviços profissionais comerciáveis foram transferidos para o exterior, a classe média norte-americana encolheu. As escadas de mobilidade ascendente que transformaram a sociedade norte-americana em uma “sociedade da oportunidade” foram demolidas.

A economia na folha de pagamento obtida com a entrega dos empregos dos norte-americanos aos chineses e indianos enriqueceu os CEOs corporativos, os acionistas e Wall Street, à custa da classe média e da economia de consumo da América.

A perda de renda e trabalho da classe média foi escondida durante anos pela expansão da dívida dos consumidores, em substituição à falta de crescimento da renda. Os norte-americanos refinanciaram suas casas, gastaram suas reservas e atingiram o limite de seus cartões de crédito.

A expansão da dívida do consumidor já teve sua vez, e não há como continuar a impulsionar a economia desta maneira.

Economistas e dirigentes continuam a ignorar o fato de que todo emprego em serviços e bens comerciáveis pode ser transferido para o exterior (ou preenchido por estrangeiros trazidos com vistos H-1b e L-1). Os únicos empregos de reposição são em serviços domésticos não comerciáveis, ou seja, aqueles trabalhos que requerem a “mão na massa”, como serviços de saúde ambulatoriais, barbearia, serviços de limpeza, garçonetes e garçons – empregos que descrevem a força de trabalho de um país de terceiro mundo. Muitos desses empregos inclusive já foram preenchidos por estrangeiros trazidos com vistos tipo R-1 da Rússia, Ucrânia, Tailândia, Romênia e outros lugares.

A perda de empregos dos norte-americanos e a redução da renda do consumidor por causa dos baixos salários excluiu a demanda de consumo como o motor da economia. É por isso que as políticas fiscais e monetárias de expansão não estão surtindo efeito.

O último relatório de emprego mostra que a transformação da América em uma economia de terceiro mundo continua. A economia perdeu 95.000 postos de trabalho em setembro, graças principalmente a cortes na educação local e no emprego federal. Parte da perda de 159.000 empregos públicos foi compensada por 64.000 novos empregos no setor privado.

Onde estão os novos empregos? Em serviços domésticos não comerciáveis de baixa remuneração: 32.000 em serviços de saúde e sociais e 33.900 em serviços de alimentação e bares.

Aqui está. Esta é a “Nova Economia” da América.

*Paul Craig Roberts é economista e ex-secretário assistente do Tesouro na administração de Ronald de Reagan. Artigo originalmente publicado no Global Research.

Fonte: Operamundi via Plano Brasil.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Sáb Out 16, 2010 1:41 pm
por Bourne
Interessante é que a "nova economia" começou no governo Reagan. :mrgreen:

*Paul Craig Roberts é economista e ex-secretário assistente do Tesouro na administração de Ronald de Reagan

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Sáb Out 16, 2010 2:10 pm
por Francoorp
E mesmo assim não trouxe melhorias para a classe média e baixa, somente para os ricos... pouco importa onde começou, os resultados são sempre os mesmos, deslocalização do trabalho da classe média e baixa para as nações emergentes... bom pra nós!!! :twisted:

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Sáb Out 16, 2010 4:47 pm
por EDSON
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, afirmou hoje que o aumento da pobreza no país após a crise econômica é uma "tragédia nacional", ao celebrar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que será amanhã.

"Com nossa crise econômica, as brechas [econômicas] se exacerbaram, o número de pessoas imersas na pobreza aumentou, e esta é uma calamidade nacional, uma tragédia nacional", disse Susan em mensagem de vídeo no YouTube.

"Estamos trabalhando o melhor possível para criar empregos, estimular a economia e estender a riqueza às comunidades tradicionalmente pobres", afirmou Susan, que tratou o tema como assunto de segurança nacional para o país.

A lenta recuperação econômica após a recessão iniciada em dezembro de 2007, elevou o nível de pobreza nos EUA de 13,2 %, em 2008, para 14,3 %, em 2009, e se transformou em um tema eleitoral dominante nas vésperas das eleições legislativas, em 17 dias.

A embaixadora americana assinalou que em um mundo interligado o subdesenvolvimento, a segurança alimentar e a segurança nacional estão "inextricavelmente vinculados".

Nesse sentido, Susan acrescentou que o Governo do presidente Barack Obama mantém seu compromisso com a assistência ao exterior, destacando como exemplos uma nova iniciativa de saúde global de US$ 63 bilhões e um fundo adicional de US$ 3,5 bilhões para o fomento da segurança alimentar.

A realização do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza começou com a adoção de uma resolução das Nações Unidas em 1992.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Sáb Out 16, 2010 5:17 pm
por Francoorp
Realmente o bicho está pegando la... mas para os grandes do capitalismo, tais como os fundos de investimento, bancos que sobrevivem de subsídios do estado e grandes industriais, tudo esta bom, alias até melhorando, os lucros estão subindo!!!

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Sáb Out 16, 2010 7:38 pm
por soultrain
Gosto muito dos artigos do Paul Roberts, podem lê-los aqui:

http://www.globalresearch.ca/index.php? ... me=Roberts

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Out 19, 2010 12:30 am
por PRick
A maxi desvalorização do US$

Uma das coisas mais intrigantes do mundo é o grafico abaixo:

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Ele mostra o % da capacidade instalada da industria nos EUA que está sendo usado… ele caiu dos 81 pct que eram a norma antes da crise, para 68 pct no pior momento da crise, e então vinha se recuperando fortemente mas de repente parou nos 75% e dá sinas que pode vir a cair…..

Ora, com economia mundial se recuperando, Alemanha bombando, não deveríamos esperar uma recuperaçao maior da industria dos EUA?

O que se argumenta é que o consumidor americano está endividado e não tem gas para consumir. Mas o consumidor dos BRICs não estao assim….

SE este for o caso, os EUA devem estar reduzindo seu deficit externo, pois volume de importação deve estar caindo, na medida que consumidores americanos que não consomem produtos americanos devem estar consumindo menos ainda produto que vem de fora…. porém grafico do saldo da balança comercial não mostra isto…

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Vemos que saldo comercial teve uma tendência de queda desde 1997, entrando na região de elevados deficits até 2007, marcada em amarelo. Com a crise, as importações cairam, o que fez com que saldo subisse, como marcado em verde. Porém, como vemos pelo gráfico vermelho ( mostra saldo médio dos últimos 12 meses), desde o começo deste ano o saldo voltou a cair….

A sensação que dá é que os EUA não conseguem crescer sua economia sem apresentar um déficit externo crescente….

O Brasil era assim até 2002….

Os EUA financiam seu déficit através da captação de investimentos estrangeiros de portfolio, sejam em Ações, títulos privados ou títulos públicos, denominados em US$. No caso de países emergentes, quando apresentamos um déficit externos só conseguimos financiá-los através de dívida denominda em moeda estrangeira. Os EUA conseguem se financiar emitindo papéis em sua própria moeda , o US$. Por que? Os EUA tem o maior e mais sofisticado mercado financeiro e de capitais do mundo. Eles foram pioneiros ao globalizar o US$, tornando-a a moeda preferida de todos aqueles que querem ter alguma reserva de valor em moeda diferente da de seu país natal. Tudo por que os EUA foram mais espertos e invadiram o mercado financeiro global nos anos 90, estabelecendo seus padrões de funcionamento e se colocando na vanguarda das finanças globais…

A situação atual dos EUA não é diferente da situação dos países asiáticos que explodiram suas bolhas de crédito no final dos Anos 90. Naquela época países como Koreia chegaram a quebrar, com o colpaso de seu sistema financeiro super alavancado, financiado com poupança externa, com uma bolha de crédito que fora alimentada por déficts externos insustentáveis, financiados por dívida de curto prazo em moeda estrangeira.

Com o colapso do sistema financeiro, aquelas economias tiveram que deixar suas moedas perderem valor de uma maneira violenta, como vemos no chart abaixo:

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Tal grafico mostra o valor de um KRW em us$. Mostramos aí a grande desvalorização ocorrida em 97, a recuperação bastante gradual que o KRW teve até 2007, quando caiu novamente em virtude da crise americana marcada em veremelho(????), para então voltar a se recuperar mais recentemente.

A experiência da crise asiática em 97 mostra que a desvalorizaçao cambial é um instrumento vigoroso para ajudar países sairem de crises, em particular quando é preciso reduzir a demanda interna, para se restaurar o equilíbrio no saldo externo.

O gráfico abaixo mostra o valor do dolar vis a visa as moedas de seus principais parceiros comerciais nos últimos anos:

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Em primeiro lugar é importante destacar a enorme volatilidade do us$ versus outras moedas.

No período anterior a 2008, notamos que dólar vinha tendo uma tendência gradual de queda, marcada em amarelo,causada pela elevação dos déficits externos que ocorreu naquela época. Os mercados achavam que tais déficits não seram sustentáveis e que eua iriam precisar desvalorizar sua moeda.

Tal movimento parou em 2008, quando acrise explodiu. E surpreendentemente, embora a crise tenha nascido no quintal americano, o uS$ voltou a se recuperar com força até meados de 2009, como vemos marcado em branco. A razão é simples: quando há uma crise de confiança, voce quer liquidez , caixa. E liquidez global é us$, pois esta é a moeda global das transações financeiras e comerciais. Logo preciso de us$ para poder honrar meus compromissos em US$… As outras moedas não tinham este caráter de moeda global, este status…

Quando a crise começou a arrefecer, o us$ voltou a cair, como vemos em vermelho, pois o déficit externo dos EUA ainda eram bastante grande. E como economia dos EUA estava muito fragilizada, FED afrouxou política monetária , o que induziu a uma rápida queda no valor do us$. Havia excesso de liquidez na moeda global, o us$. Logo demanda por liquidez global baixa derrubou o preço do us$…

No início de 2010, o us$ reverte sua tendência de queda quando a crise nos países periféricos europeus começou a piorar, o que poderia afetar saúde do sistema financeiro global, detonando uma nova crise de confiança internacional. Mais uma vez os investidores procuravam liquidez, na moeda da liquidez global, ou seja, o us$, que voltou a subir de valor, como podemos ver no gráfico em azul…

Com mega pacote de ajuda na Europa e com os sinais de desaquecimento na economia dos EUA, o mercado voltou a vender us$, derrubando a cotação do mesmo….

Desta vez há algo mais interessante neste cenário: o fed estimulou este movimento de desvalorização ao anunciar que pretende aumentar ainda mais a liquidez por lá, o que, como ja´vimos, tem o efeito de desvalorizar o us$ ao aumentar a oferta de liquidez na moeda global….

Acho que o FED deseja fazer com que o uS$ se desvalorize, da mesma forma que ocorreu com as moedas asiaticas depois da crise dos anos 90. A persistencia do déficit externo americano e a dificuldade da indústria em retomar um nível de utilização da capacidade similar ao existente antes da crise mostram que há sim algo de errado na terra do tio sam…

Eu acho que este quantitative easing tem uma e somente uma agenda: eles querem desvalorizar o us$, para corrigir os desequilibrios externos e aumentar a poupança interna, sem colocar o país numa recessão ainda ou deflação…. uma maxi desvalorizaçao a la delfim netto!!!!!!!!!!!!!! É fiscalmente indolor, e gera emprego na veia!

Talvez os EUA estejam mesmo precisando de uma maxi , como a que vivemos em 2002, ou como os asiaticos viveram em 97…. ou talvez EUA estejam brincando com fogo….

De fato, pense assim: um us$ mais fraco não quebra empresa americana, pois elas não devem em moeda estrangeira… não quebra o Tesouro, pois tesouro deles não deve em moeda estrangeira…. e pense que 30% do lucro das grandes empresas americanas é gerado fora dos EUA…uma desvalorização só ajuda tais empresas…. e quanto a concorrência dos importados tende a cair bastante com um us$ mais barato…. de fato vai ficar mais barato fabricar carros em detroit do que em São Bernardo do jeito que as coisas andam…..

O que conspirou contra uma maxi desvalorização do us$ após crise de 2008 foi o seu status de moeda da liquidez internacional… veja que apesar da forte queda do us$ até agora ele não chegou aos níveis do começo de 2008… logo, deve haver uma enorme tentação por lá de usar o remédio asiatico para combater as doenças americanas…

Porém, como vimos no passado, haja sangue frio….pois se esta desvalorização sair do controle…. não quero nem ver….

A maxi do us$ ainda não ocorreu….. mas do jeito que as coisas andam por lá, acho que ela vai acontecer sim…. a menos que …. tenhamos outra crise…. seria a próxima crise a crise do us$??? Imagine que coisa irônica: uma crise que faria us$ disparar para cima, por que os EUA erraram a mão ao tentar desvalorizar dólar rápido demais…. esta crise começaria com juro de 10 anos disparando para 20% aa….. MR Volcker….

fonte http://colunistas.ig.com.br/ricardogall ... cao-do-us/

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Out 19, 2010 1:42 am
por Francoorp
Cavolo, esta reportagem é boa hein... os Yankees estão indo pro brejo mais rápido do que eu pensava, cadê a indústria??? a produção em massa que fez deles o que são, o será que o que foram??

Tem que lembrar que atualmente os movimentos em moedas nacionais dos emergentes podem colocar o dolar em xeque perante esta tal de "Confiança e solidez da mesma... vamos ver, se fizer como o Delfim Neto, deve lembrar que depois tivemos uma década de Hiper-inflação devido ao excesso de liquidez de nossa moeda no mercado interno... vamos ver o que vai dar, e esta estrada ai vai ser dura!

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Qua Out 20, 2010 9:29 am
por soultrain
Wall Of Worry Redux: 24 Statistics Confirming America's Decline

Three months ago we presented the Coto Report's 50 ugliest facts about the US economy. Today, the Economic Collapse has followed up this list with 24 facts of their own, which confirm what Zero Hedge readers know: namely that the US economy has officially entered the "Late Roman Empire" phase of its civilization. Perhaps it is not too late to reverse course yet: As Economic Collapse states: " Urgent action must be taken if things are going to be turned around. It is time to get our heads out of the sand. It is not guaranteed that the United States will always be the greatest economy in the world or that we will even continue to be prosperous. For many Americans, it will be incredibly difficult to admit that our nation has become a debt addict and an economic punching bag for the rest of the world. But if we are never willing to admit what the problems are, how are we ever going to come up with the solutions? What you are about to read below is going to absolutely shock many of you. But hopefully it will shock you enough to get you to take action. We desperately need to change course as a nation." Alas, unless the current ruling oligarchy, in which both parties are merely a front for Wall Street money, and the entire political and financial system are changed drastically, and fast, the decline will merely accelerate until there is nothing left of America's once greatness.

And here is the list:

#1 Ten years ago, the United States was ranked number one in average wealth per adult. In 2010, the United States has fallen to seventh.

#2 The United States once had the highest proportion of young adults with post-secondary degrees in the world. Today, the U.S. has fallen to 12th.

#3 In the 2009 "prosperity index" published by the Legatum Institute, the United States was ranked as just the ninth most prosperous country in the world. That was down five places from 2008.

#4 In 2001, the United States ranked fourth in the world in per capita broadband Internet use. Today it ranks 15th.

#5 The economy of India is projected to become larger than the U.S. economy by the year 2050.

#6 One prominent economist now says that the Chinese economy will be three times larger than the U.S. economy by the year 2040.

#7 According to a new study conducted by Thompson Reuters, China could become the global leader in patent filings by next year.

#8 The United States has lost approximately 42,400 factories since 2001. Approximately 75 percent of those factories employed at least 500 workers while they were still in operation.

#9 The United States has lost a staggering 32 percent of its manufacturing jobs since the year 2000.

#10 Manufacturing employment in the U.S. computer industry is actually lower in 2010 than it was in 1975.

#11 In 1959, manufacturing represented 28 percent of all U.S. economic output. In 2008, it represented only 11.5 percent.

#12 The television manufacturing industry began in the United States. So how many televisions are manufactured in the United States today? According to Princeton University economist Alan S. Blinder, the grand total is zero.

#13 As of the end of 2009, less than 12 million Americans worked in manufacturing. The last time that less than 12 million Americans were employed in manufacturing was in 1941.

#14 Back in 1980, the United States imported approximately 37 percent of the oil that we use. Now we import nearly 60 percent of the oil that we use.

#15 The U.S. trade deficit is running about 40 or 50 billion dollars a month in 2010. That means that by the end of the year approximately half a trillion dollars (or more) will have left the United States for good.

#16 Between 2000 and 2009, America's trade deficit with China increased nearly 300 percent.

#17 Today, the United States spends approximately $3.90 on Chinese goods for every $1 that China spends on goods from the United States.

#18 According to a new study conducted by the Economic Policy Institute, if the U.S. trade deficit with China continues to increase at its current rate, the U.S. economy will lose over half a million jobs this year alone.

#19 American 15-year-olds do not even rank in the top half of all advanced nations when it comes to math or science literacy.



#20 Median household income in the U.S. declined from $51,726 in 2008 to $50,221 in 2009. That was the second yearly decline in a row.

#21 The United States has the third worst poverty rate among the advanced nations tracked by the Organization for Economic Cooperation and Development.

#22 Since the Federal Reserve was created in 1913, the U.S. dollar has lost over 95 percent of its purchasing power.

#23 U.S. government spending as a percentage of GDP is now up to approximately 36 percent.

#24 The Congressional Budget Office is projecting that U.S. government public debt will hit 716 percent of GDP by the year 2080.

http://www.zerohedge.com/article/wall-w ... as-decline

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Qua Out 20, 2010 9:37 am
por cabeça de martelo
Já cá tinha colocado esse artigo... 8-]