O Brasil está preparado para uma eventual Guerra?

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DELTA22
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Re: O Brasil está preparado para uma eventual Guerra?

#166 Mensagem por DELTA22 » Qui Out 13, 2011 11:18 am

gingerfish escreveu:Delta, é aí que está... eu não disse que eu sou a favor disso, em caso de confronto... eu seria contra, indepentemente de acontecer a guerra, sabe? O fato é que, na AMAN, isso é ensinado aos cadetes pelos instrutores. É lógico que eles devem, também, falar dos efeitos colaterais, porque, porra, é uma academia militar e, não é possível, mas não é possível mesmo, que não haja dano colateral e bem como é impossível eles alagarem toda a Argentina... e eu concordo com você o quão isso seria burrice!!! O fato é que, como eu disse, eles ensinam isso na AMAN. Inacreditável eles ensinarem algo tão perverso na AMAN... só pode ser porque se trata de argentinos... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :o :shock: :shock: :shock: :shock: que isso, ow, os caras são gente como a gente...
Meu caro, não disse que você é a favor de nada, disse que essa proposta é absurda, só isso e a parte de "efeitos colaterais" é só ilustração do disparate dessa ação! E reafirmo: conhecendo um pouco a capacidade dos militares brasileiros, duvido muito que essa seja uma hipótese sequer aventada em caso de conflito com a Argentina ou outro país da região (Paraguai, por exemplo), e assim sendo, duvido ainda mais que isso seja instrução para os Cadetes da AMAN. Seu amigo Tenente deve ter considerado uma brincadeira como algo real. Como estrategista que é, dada a formação que tem (AMAN), não poderia sequer ter levado tal coisa a sério.

[]'s.




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gingerfish
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Re: O Brasil está preparado para uma eventual Guerra?

#167 Mensagem por gingerfish » Qui Out 13, 2011 11:19 am

As brincadeiras são compreensíveis. Não se trata de destruir uma represa para 'ganhar' uma guerra. Pelo que eu fiquei sabendo, na AMAN eles informam isso aos cadetes... nunca se sabe; eles têm que conhecer tudo; todas as possibilidades, todas as vulnerabilidades, todas as formas de ataque, etc., bem como os efeitos colaterais. E 'uma semana em baixo d'água' é tempo bastante pra matar muita gente afogada... eu, por exemplo, não aguento nem 3 minutos... ainda mais uma semana. Concordo que a ação seria estúpida, mas o fato é que isso é comentado na AMAN... não sei se eles se aproveitariam dessa alternativa, para um ataque rápido... particularmente, acho que não. Não sei por que esse negócio está prosperando tanto... só ouvi falar, e quis ver se outras pessoas daqui também já ouviram falar dessa hipótese.




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rodrigo
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Re: O Brasil está preparado para uma eventual Guerra?

#168 Mensagem por rodrigo » Seg Mar 19, 2012 7:08 pm

Amazônia: A Defesa com as armas que temos


Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva

Essa estória inacabada para boi dormir de comprar caças, construir de submarinos que só ficarão prontos até 2030 e adquirir helicópteros para o Exército, tudo com transferência “duvidosa” de tecnologia, já se transformou de há muito em ”discussão sobre o sexo dos anjos”, quiçá uma enfadonha “conversa de ébrios” sem objetivos definidos e nenhum resultado palpável. A nação não pode esperar mais. O que se pode fazer hoje, agora, com o menor custo para lutar, já que assinamos o atestado de incompetência para dispormos de um poder nuclear de caráter defensivo?

As idéias que serão expostas são fruto de meticuloso amadurecimento e já vêm sendo ventiladas, comentadas e discutidas por especialistas reconhecidos, com os quais não há como discordar. O cidadão brasileiro, entretanto, por diversas razões, ainda não se flagrou, o que é de se lamentar porque sem aviso, principalmente o natural da grande região norte, vai se ver mergulhado até o pescoço, junto com o Exército, no combate de resistência aos “soldados universais de uma coalizão internacional” quando menos esperar.

A Força Terrestre, particularmente, terá que negar-se ao enfrentamento em batalhas convencionais, elegendo a selva, os morros e as cidades como suas arenas preferidas. Deve ser priorizada, com a ênfase que se faz tiranicamente necessária, a dotação de suas unidades, de combate, apoio ao combate e logísticas, de mísseis para enfrentar o inimigo alado que, fatalmente, terá a primazia da superioridade aérea. Que se diga, quanto mais cedo melhor, deve se adestrar o cidadão civil do entorno dos aquartelamentos a manejar este tipo de armamento, fazendo-se a propaganda pela mídia deste procedimento para que os próximos oponentes passem a temer o que vão enfrentar.

O aprofundamento do domínio do emprego das minas e das armas acionadas à distância por controle remoto ou sensores deve ter o seu lugar, isto sem esquecer que a pesquisa detalhada sobre as formas de comunicação utilizadas pelos maquis/vietkongs/afegãos, para compensar a dificuldade de manutenção das ligações necessárias entre os escalões de comando da resistência, é fundamental.

Desde já, nos entornos das unidades de selva, o tempo perdido deve ser recuperado: programando o adestramento de pequenos efetivos de valor pelotão, que seriam o embrião das forças subterrâneas para reforço às ações do Exército, assim como de um grupo logístico, embrionário das forças de sustentação; iniciando agora o recrutamento do que chamaríamos de “Voluntários da Pátria”, de preferência nas faculdades e escolas de nível médio para estas frações; aproveitando o nível deste recrutamento para transformá-los em combatentes exímios nas técnicas de explosivos e destruições, minas e armadilhas e eliminação de militares inimigos, particularmente de oficiais e graduados.

Esses pelotões seriam recrutados para, por um dia na semana em unidade incumbida do adestramento, serem instruídos à noite. Seus relacionamento e licenciamento se fariam após a conclusão de período determinado. Assim, pela repetição do processo, se disporia de massa crítica capaz de, para missões especiais de maior envergadura, serem constituídas companhias/subunidades, se fosse o caso. Essas providências, de fácil implementação, poderiam ser postas em execução ostensivamente, em curto prazo, e exploradas amiúde pela mídia, aliada vital com que se contaria para efeito de ação psicológica dissuasória no exterior.

Aviões, helicópteros, lanchas superartilhadas, aquelas dos filmes do “Rambo”, serão utilizadas à larga ao longo das calhas dos rios pelo inimigo. Para abatê-los torna-se vital, para ontem, que a AViBRÁS assuma de pronto a fabricação dos mísseis pertinentes para se bater os diferentes alvos, inclusive no que se refere às minas e explosivos acionados por controle remoto. Atenção! Um fuzil novo com coronha rebatida para substituir o “velho modelo automático leve fabricado em 1965”! Cidadão, a 6ª potência econômica ainda usa mosquetões do século XX!?

Sem desprezar essas providências, todavia, uma reengenharia do tratado nuclear com a Argentina, evoluindo para um projeto defensivo estratégico binacional cairia como uma luva.

Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva. Originalmente publicado no “DIÁRIO DO AMAZONAS” em 14 de março de 2012




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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Re: O Brasil está preparado para uma eventual Guerra?

#169 Mensagem por cassiosemasas » Ter Mar 20, 2012 12:54 am

Sem desprezar essas providências, todavia, uma reengenharia do tratado nuclear com a Argentina, evoluindo para um projeto defensivo estratégico binacional cairia como uma luva.

Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva. Originalmente publicado no “DIÁRIO DO AMAZONAS” em 14 de março de 2012
essa é uma possibilidade muito interessante boa!!!




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