ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#166 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jan 24, 2010 3:05 pm

Francoorp escreveu:
JT8D escreveu:É desanimador ver que não temos capacidade político/gerencial para administrar algo da complexidade de um programa espacial. Nossos técnicos são competentes mas trabalham sem recursos e com salários ridículos, em condições precárias a ponto de colocar suas vidas em risco. Enquanto isso, as grandes decisões, como a desse acordo absurdo em que estamos sendo enganados pelos ucranianos, são tomadas por pessoas despreparadas. Falta um Oziris Silva no programa espacial brasileiro.

[]´s,

JT

No que é de preciso que estamos sendo enganados??????????
Calma, foi um pouco de desabafo do JT8D, a questão não é exatamente assim.

O acordo que assinamos com a Ucrânia desde o princípio previa apenas os lançamentos à partir da base de Alcântara, sendo a construção dos foguetes e as atividades de lançamento de responsabilidade deles. Já se sabia que isto significava que não haveria nenhuma transferência de tecnologia para nosso país, estávamos apenas alugando a base para eles e deixaría-mos a infra-estrutura (estradas, energia, prédios) pronta para que trouxessem e instalassem os equipamentos de que necessitassem para seu uso. Cada foguete a ser lançado viria pronto da Ucrânia, e somente a montagem final seria feita aqui, por ucranianos. E os eventuais lucros de cada lançamento seriam divididos entre os dois países.

Eles nunca nos enganaram a respeito de nada disso, jamais prometeram coisa alguma de diferente.

O que está acontecendo (e era perfeitamente previsível que acontecesse) é que o pessoal brasileiro que tem posições importantes dentro da empresa criada para gerenciar e comercializar os lançamentos do Cyclone-4 (a ACS) passou a apresentar a sua empresa como legítima opção ao programa espacial brasileiro, e como tal com direito a reivindicar o apoio e as verbas públicas que poderiam ser empregadas naquele. E vários políticos e mesmo órgãos de imprensa já ecoaram estas posições, criando uma imagem que hoje se vê com frequência de que a ACS será o futuro do Brasil no espaço, e que portanto o programa genuinamente nacional não é mais importante, não precisamos nos preocupar em mantê-lo e muito menos em reforçá-lo. Isto é muito ruim, pois está-se abandonando toda uma área que poderia prestar grandes serviços ao desenvolvimento tecnológico e industrial do país e é importante até mesmo à imagem que se deseja apresentar para o mundo do Brasil como uma nação madura e no caminho real do desenvolvimento, para simplesmente garantir um ponto de lançamento confortável para outro país que não tem nenhum compromisso conosco. Daí ser importante dizer mesmo que tem gente querendo nos enganar (embora não sejam exatamente os ucranianos).

Não existe nenhum problema básico com o acordo Brasil x Ucrânia, apenas detalhes pontuais (o foguete é realmente poluente, há séria dúvidades sobre se será comercialmente bem sucedido, suas instalações de lançamento ocuparão um espaço que ficou exíguo em Alcântara após a cessão das terras aos quilombolas, etc...). A questão realmente importante é que devia ser deixado muito claro para a população o escopo do acordo e o fato de que ele não acrescenta nada ao programa espacial brasileiro (e por conseguinte ao patrimônio técnico-científico nacional) além de justificar a manutenção da base de Alcântara (os lançamentos de um VLS a cada dois, três ou quatro anos dificilmente justificariam), fora algum eventual dinheiro que se conseguir comercializando o foguete. O custo de tornar a ACS operacional será equivalente a comprar diversos lançamentos em fornecedores tradicionais, como a Rússia ou o consórcio europeu Ariane, e mesmo alegações de que com ele teríamos acesso livre de pressões internacionais ao espaço não são verdadeiras, pois no momento em que a Ucrânia parar de fornecer os foguetes não poderemos lançar mais nada, e como país ela é muito mais vulnerável a pressões do que nós mesmos.


Leandro G. Card




Editado pela última vez por LeandroGCard em Dom Jan 24, 2010 3:14 pm, em um total de 1 vez.
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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#167 Mensagem por JT8D » Dom Jan 24, 2010 3:13 pm

DELTA22 escreveu:JT, andas sumido.
Esperamos mais de vossos aportes por estes lares, amigo!

Grande abraço!
É um prazer encontrá-lo por aqui Delta. Quanto à minha participação, ela é mais ou menos proporcional ao meu conhecimento dos assuntos em discussão, ou seja, prefiro ler o que vocês escrevem :mrgreen:

Abraços,

JT




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#168 Mensagem por DELTA22 » Dom Jan 24, 2010 3:18 pm

JT8D escreveu:
DELTA22 escreveu:JT, andas sumido.
Esperamos mais de vossos aportes por estes lares, amigo!

Grande abraço!
É um prazer encontrá-lo por aqui Delta. Quanto à minha participação, ela é mais ou menos proporcional ao meu conhecimento dos assuntos em discussão, ou seja, prefiro ler o que vocês escrevem :mrgreen:

Abraços,

JT
Modestia a sua! Tens muito a contribuir conosco. Sabes disto! :wink:
[]'s.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#169 Mensagem por JT8D » Dom Jan 24, 2010 3:27 pm

LeandroGCard escreveu: Calma, foi um pouco de desabafo do JT8D, a questão não é exatamente assim ... tem gente querendo nos enganar (embora não sejam exatamente os ucranianos).
Obrigado Leandro, você leu meus pensamentos :mrgreen:

Abraços,

JT




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#170 Mensagem por Francoorp » Ter Jan 26, 2010 1:50 pm

LeandroGCard escreveu:
Francoorp escreveu:
No que é de preciso que estamos sendo enganados??????????
Calma, foi um pouco de desabafo do JT8D, a questão não é exatamente assim.

O acordo que assinamos com a Ucrânia desde o princípio previa apenas os lançamentos à partir da base de Alcântara, sendo a construção dos foguetes e as atividades de lançamento de responsabilidade deles. Já se sabia que isto significava que não haveria nenhuma transferência de tecnologia para nosso país, estávamos apenas alugando a base para eles e deixaría-mos a infra-estrutura (estradas, energia, prédios) pronta para que trouxessem e instalassem os equipamentos de que necessitassem para seu uso. Cada foguete a ser lançado viria pronto da Ucrânia, e somente a montagem final seria feita aqui, por ucranianos. E os eventuais lucros de cada lançamento seriam divididos entre os dois países.

Eles nunca nos enganaram a respeito de nada disso, jamais prometeram coisa alguma de diferente.

O que está acontecendo (e era perfeitamente previsível que acontecesse) é que o pessoal brasileiro que tem posições importantes dentro da empresa criada para gerenciar e comercializar os lançamentos do Cyclone-4 (a ACS) passou a apresentar a sua empresa como legítima opção ao programa espacial brasileiro, e como tal com direito a reivindicar o apoio e as verbas públicas que poderiam ser empregadas naquele. E vários políticos e mesmo órgãos de imprensa já ecoaram estas posições, criando uma imagem que hoje se vê com frequência de que a ACS será o futuro do Brasil no espaço, e que portanto o programa genuinamente nacional não é mais importante, não precisamos nos preocupar em mantê-lo e muito menos em reforçá-lo. Isto é muito ruim, pois está-se abandonando toda uma área que poderia prestar grandes serviços ao desenvolvimento tecnológico e industrial do país e é importante até mesmo à imagem que se deseja apresentar para o mundo do Brasil como uma nação madura e no caminho real do desenvolvimento, para simplesmente garantir um ponto de lançamento confortável para outro país que não tem nenhum compromisso conosco. Daí ser importante dizer mesmo que tem gente querendo nos enganar (embora não sejam exatamente os ucranianos).

Não existe nenhum problema básico com o acordo Brasil x Ucrânia, apenas detalhes pontuais (o foguete é realmente poluente, há séria dúvidades sobre se será comercialmente bem sucedido, suas instalações de lançamento ocuparão um espaço que ficou exíguo em Alcântara após a cessão das terras aos quilombolas, etc...). A questão realmente importante é que devia ser deixado muito claro para a população o escopo do acordo e o fato de que ele não acrescenta nada ao programa espacial brasileiro (e por conseguinte ao patrimônio técnico-científico nacional) além de justificar a manutenção da base de Alcântara (os lançamentos de um VLS a cada dois, três ou quatro anos dificilmente justificariam), fora algum eventual dinheiro que se conseguir comercializando o foguete. O custo de tornar a ACS operacional será equivalente a comprar diversos lançamentos em fornecedores tradicionais, como a Rússia ou o consórcio europeu Ariane, e mesmo alegações de que com ele teríamos acesso livre de pressões internacionais ao espaço não são verdadeiras, pois no momento em que a Ucrânia parar de fornecer os foguetes não poderemos lançar mais nada, e como país ela é muito mais vulnerável a pressões do que nós mesmos.


Leandro G. Card

Excelente discernimento, parabéns!!! Tudo muito claro e preciso... mesmo que eu prefiro o Ariane V. :twisted:

Falou!!




As Nossas vidas não são nada, A Nossa Pátria é tudo !!!

Imagem http://francoorp.blogspot.com/
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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#171 Mensagem por ZeRo4 » Qua Jan 27, 2010 7:16 pm

Na minha opinião essa empresa já nasceu errada achando que poderia competir com os Russos, Americanos, Europeus e a SeaLaunch!

Quanto ao programa Brasileiro, a minha opinião é que deveríamos cancelar tudo e projetar inicialmente um lançador nos mesmos moldes do Falcon, isso nos permitiria lançar uma gama de satélites doméstico, o que daria um boost no programa espacial. O lançador é simples, não requer uma torre, é integrado facilmente... enfim, acho que é o melhor caminho atualmente, pois todos os outros requerem uma mudança drástica no programa.




As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#172 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 28, 2010 9:07 am

ZeRo4 escreveu:Na minha opinião essa empresa já nasceu errada achando que poderia competir com os Russos, Americanos, Europeus e a SeaLaunch!

Quanto ao programa Brasileiro, a minha opinião é que deveríamos cancelar tudo e projetar inicialmente um lançador nos mesmos moldes do Falcon, isso nos permitiria lançar uma gama de satélites doméstico, o que daria um boost no programa espacial. O lançador é simples, não requer uma torre, é integrado facilmente... enfim, acho que é o melhor caminho atualmente, pois todos os outros requerem uma mudança drástica no programa.
Na minha opinião, o passo seguinte do programa espacial brasileiro depende do objetivo que quisermos que ele atinja. Se for apenas a capacidade de lançar satélites do porte dos previstos para o VLS ou pouco maiores, até o tamanho e órbita de um CERBS, um conjunto propulsor do tipo do Falcon até que seria uma solução bem adequada. Mas não acredito muito nas propostas da SpaceX de à partir do Falcon chegar a um lançador de grande porte, este teria que ser um desenvolvimento totalmente novo.

Mas poucos programas de desenvolvimento de foguetes espaciais no mundo tem como objetivo apenas o lançamento de satélites, a grande maioria (na verdade todos os que eu conheço) tem também um componente estratégico-militar, que é o domínio da tecnologia de mísseis. Novamente na minha opinião pessoal, acho que o programa brasileiro também deveria manter este objetivo em mente. Neste caso seria mais adequado partir para um motor maior de combustível sólido que substituísse o “cacho” de motores do VLS, com uma versão mais curta constituindo o segundo estágio. O foguete seria completado com um último estágio que poderia usar combustível líquido e ser derivado do terceiro estágio que já está em desenvolvimento para o VLS-1B. Um lançador assim seria mais racional e eficiente que o VLS, e se um dia fosse necessário trocando-se o terceiro estágio por outro de combustível sólido teríamos um ICBM da classe do Topol. E seguindo esta linha seria possível aproveitar todo o desenvolvimento já no programa do VLS, sem ter que recomeçar tudo do zero.

Para satélites maiores em órbitas mais altas usaríamos foguetes estrangeiros como o Cyclone ou o Lançador-A (através da Arianespace ou diretamente com os russos) por um bom tempo, e talvez no futuro retomássemos um programa como o Cruzeiro do Sul. O importante é que os programas de desenvolvimento de satélites não poderiam de forma alguma ser prejudicados pela falta de lançadores nacionais, pois as aplicações espaciais ainda são um campo que puxa o desenvolvimento da tecnologia, ao passo que o desenvolvimento de foguetes lançadores não é mais já faz algumas décadas.


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#173 Mensagem por Junker » Qui Fev 04, 2010 3:19 pm

2 de fevereiro de 2010
Imagem
Motor de marcha e do leme


Segundo o centro de imprensa da empresa Yuzhnoye SDO, foi acabado a série das provas do motor RD 861 K para o foguete Cyclone-4.
O motor sem tira-lo de mostruário era provado durante 1,5 mês.
Em resultado foram acabados todas as provas preliminares e foram eleitos os elementos básicos da construção principal do motor. Depois planeja-se conduzir as provas em condições de balanço de motor que será a etapa precedente das provas finais.
O foguete Cyclone-4 inventa-se no âmbito do conjunto projeto espacial da Ucrânia e Brasil. O lançamento do foguete será acontecido no cosmódromo de Alcântara no Brasil. Segundo a Agência Nacional Espacial da Ucrânia, a exploração de Cyclone-4 seria em 2011.
O foguete Cyclone-4 inventa-se na base de Cyclone-3 e é o nova e mais potente variante do foguete que dá a possibilidade de lançar os aparelhos espaciais em peso de 5.5 toneladas para o órbita em 500 km de terra.
http://www.mfa.gov.ua/brazil/port/news/detail/33944.htm




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#174 Mensagem por Brazilian Space » Sex Fev 05, 2010 9:43 pm

IBAMA Aprova Audiência Pública Realizada em Alcântara

Olá amigos!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (05/02) no site da Alcântara Cyclone Space, destacando que IBAMA ficou satisfeito com a primeira Audiência Pública da ACS realizada em Alcântara dia 18 de dezembro de 2009.

Duda Falcão

Audiência Pública de Alcântara é Aprovada pelo IBAMA

05/02/2010

A Audiência Pública realizada e coordenada pelo IBAMA para validar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da ACS, ocorrida em 18 de dezembro de 2009, em Alcântara, contou com a presença de aproximadamente 400 pessoas. Foram apresentados os resultados do EIA que podem ser verificados com a chegada da Alcântara Cyclone Space (ACS) a Alcântara.

Alguns impactos positivos precisam ser potencializados, por meio de ações junto à população de Alcântara e às comunidades quilombolas de Mamuna, Baracatatiua e Brito, impactadas diretamente pelo empreendimento. Aqueles que precisam ser mitigados por meio dos Planos Básicos Ambientais (PBAs) serão detalhados na próxima fase do processo de obtenção do Licenciamento Ambiental.

Moradores das comunidades de descendentes de quilombolas, representantes da sociedade alcantarense, representantes dos poderes públicos municipal, estadual e federal, integrantes de Organizações Não Governamentais, de sindicatos e estudantes de São Luís assistiram aos esclarecimentos prestados pela ACS.

Todos os participantes puderam entender melhor e com detalhes o que é a empresa, quais as atividades a serem realizadas em Alcântara com a chegada do empreendimento e quais os impactos decorrentes dessa chegada. A imprensa local e nacional também acompanhou a Audiência.

Após o encontro, o IBAMA agendou uma nova Audiência Pública, desta vez em São Luís, que ocorreu em 21 de Janeiro.


Fonte: Site da Alcântara Cyclone Space (ACS)

Comentário: Fazer o que? Dizer o que? Lamentar o desastre que se avizinha.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#175 Mensagem por Brazilian Space » Sex Fev 05, 2010 9:47 pm

IBAMA Aprova Audiência Pública Realizada em São Luís

Olá amigos!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (05/02) no site da Alcântara Cyclone Space, destacando que IBAMA ficou satisfeito com a segunda Audiência Pública da ACS realizada em São Luís dia 21 de janeiro.

Duda Falcão

IBAMA Satisfeito com Audiência Pública Realizada em São Luís

05/02/2010


No dia 21 de Janeiro, uma segunda Audiência Pública foi realizada e coordenada pelo IBAMA. O pedido havia sido feito Ministério Público Federal (MPF) no Estado do Maranhão, que não participou da Audiência Pública realizada em Alcântara, mas, desta, fez-se presente.

Novamente moradores das comunidades de remanescentes de quilombolas, representantes da sociedade alcantarense, representantes dos poderes públicos municipal, estadual e federal, integrantes de Organizações Não Governamentais, sindicatos e estudantes de São Luís assistiram aos esclarecimentos prestados pela Alcântara Cyclone Space (ACS).

Ficou bastante evidente que as comunidades de remanescentes de quilombolas de Mamuna, Baracatatiua e Brito participarão do processo de negociação que definirá as ações práticas a serem adotadas para mitigar os impactos ambientais gerados pela instalação do Complexo Terrestre Cyclone-4.

Todos os integrantes da mesa, inclusive o representante do IBAMA e presidente da mesa, demonstraram estarem satisfeitos com o resultado da Audiência. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes, com presença menor de moradores de Alcântara, o que reforçou a importância da Audiência Pública realizada no final de 2009, em Alcântara.


Fonte: Site da Alcântara Cyclone Space (ACS)

Comentário: Fazer o que? Dizer o que? Continuar lamentando o desastre que se avizinha.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#176 Mensagem por GustavoB » Qui Fev 11, 2010 9:49 am

Estudo alerta para baixo investimento em política espacial

Orçamento caiu de R$ 415 milhões em 2009 para R$ 353 milhões em 2010,
valor bem menor do que o de outros países do BRIC


Estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, divulgado nesta semana, alerta para a fragilidade institucional e orçamentária da atual Política Espacial Brasileira. Para 2010, o orçamento previsto na proposta orçamentária é de R$ 353 milhões, contra R$ 415 milhões em 2009. Segundo o diretor da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganen, para fazer frente a todos os desafios, seria necessário o dobro dos recursos atuais.
Os outros países do BRIC, no mesmo patamar de desenvolvimento do Brasil, destinam muito mais recursos públicos aos seus programas. A China investe mais de US$ 1 bilhão e planeja vôos tripulados à Lua até 2020. A Índia tem orçamento superior a US$ 800 milhões ao ano e a agência espacial russa conta com orçamento da ordem de US$ 2 bilhões.

Atrasos

As conseqüências são a postergação das metas estabelecidas pelo programa espacial brasileiro. Alguns exemplos, apenas para mencionar os principais projetos, são: atraso no lançamento do CBERS-3, inicialmente previsto para 2009 e adiado para 2011, e atraso no lançamento do VLS 1, cujo lançamento do quarto protótipo estava previsto para 2007 - e agora está marcado, para efeito de teste, para 2011.
A Agência Espacial Brasileira planeja lançar três satélites geoestacionários até 2013, para comunicação de dados, sendo o primeiro deles conhecido como SGB, Satélite Geoestacionário Brasileiro. Caso esses artefatos não sejam colocados em órbita, o Brasil poderá perder posições orbitais definidas pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Fatia pequena

Em todo o mundo, a necessidade crescente de telecomunicações e a evolução tecnológica no setor, como a implantação
da TV Digital, estão transformando o setor de satélites numa indústria multibilionária. Segundo dados de 2008 da Space Foundation, a atividade espacial mundial, incluindo bens e serviços, indivíduos, corporações e governos, movimentou US$ 257 bilhões, dos quais 35% em serviços satelitais comerciais; 32% em infraestrutura comercial; 26% só do orçamento espacial do Governo dos EUA; 6% dos outros governos; e somente 1% com lançadores e indústria de suporte.
Os Estados Unidos detêm 41% do mercado global de satélites, deixando 59% para o restante do mundo, sendo de 1,9% a participação do mercado brasileiro.

Para acessar a íntegra do estudo, clique aqui. http://www2.camara.gov.br/internet/fiqu ... islativa-1

Assessoria de Imprensa da Câmara Federal
Secretaria de Comunicação Social




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#177 Mensagem por LeandroGCard » Qui Fev 11, 2010 9:58 pm

Fico muito triste em ver que todas as discussões oficiais relativas ao programa espacial brasileiro sempre se resumem aos valores dos investimentos, quando o problema na verdade está muito além disso. Se a Câmara dos deputados está preocupada com o programa espacial brasileiro ela deveria realizar uma auditoria muito mais profunda, indo até a estrutura dos órgãos e agências envolvidos com o o programa e a definição das políticas de desenvolvimento do setor.

Só ficar falando em quantidade de dinheiro gasta no Brasil e comparando-a como que gastam outros países não vai levar a nada.


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#178 Mensagem por Sterrius » Ter Mar 02, 2010 9:27 pm

O Brasil poderia facilmente manter um orçamento de 1 bilhão de reais anuais ao orçamento espacial e subir lentamente até 1bilhão de dolares!

Mas realmente falta visão dos politicos quanto a area. E pior que os militares, nao tem força politica pra sair da situação sem ajuda de algum outro ministerio com mais influencia.

Tb concordo leandro que o problema nao é so dinheiro! Realmente o programa espacial brasileiro deveria ser revisado e centralizado. Mas enquanto isso nao ocorre é preciso manter o dinheiro correndo pra pelo menos manter os projetos atuais andando.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#179 Mensagem por Brazilian Space » Qua Mar 10, 2010 10:13 am

Empresa Ucraniana Fornecerá Equipamentos do Cyclone-4

Olá amigos!

Segue uma notícia postada em Inglês hoje (10/03) no site do jornal ucraniano “Kyiv Post” destacando que a empresa ucraniana “Azovobschemash” irá fornecer esquipamentos e o lançador do foguete Cyclone-4 que serão instalados no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/

Azovobschemash to Supply Equipment for
Cyclone 4 Missile Launcher in Brazil


Today at 14:01 Interfax-Ukraine

OJSC Azovobschemash, part of Azovmash (Mariupol, Donetsk region), a leader in heavy engineering in Ukraine, has signed a contract to supply equipment for the Cyclone 4 missile launcher being created at the Alcantara launch center in Brazil with Alcantara Cyclone Space bi-national company.

The press service of Azovmash reported on Tuesday that the equipment is to be supplied in 14-18 months from the moment of receiving payments as a part of the contract, the value of which is not disclosed.

The press service told Interfax-Ukraine that the first payments have been received.

Azovmash have drawn up technical documents. Almost all production facilities would be involved in the work. The equipment will be shipped by sea.

"After the implementation of the contract conditions, the customer plans to continue business relations with Azovmash when starting the second stage of the launcher development. The second stage includes the designing and production of car industry products," the press service said.

As reported, in 2003 Ukraine and Brazil signed an agreement on long-term cooperation on the creation of the Cyclone 4 missile launcher to launch spacecraft at the Alcântara launch center.

The first launch is scheduled for 2011


Fonte: Site do jornal ucraniano “Kyiv Post” - 10/03/2010

Comentário: Pois é amigos, segue em andamento o projeto dessa loucura que se chama Alcântara Cyclone Space. Pobre erário público, pobre povo brasileiro, pobre Brasil.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#180 Mensagem por Brazilian Space » Qua Abr 14, 2010 9:40 am

IBAMA Autoriza Base de Foguete Ucraniano

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (14/04) no jornal “Folha de São Paulo” destacando que o IBAMA autorizou a construção do sítio de lançamento do Cyclone-4.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/


IBAMA Autoriza Base de Foguete Ucraniano

Ricardo Mioto
14/04/2010


O Ibama emitiu na semana passada a licença prévia para construção da base que abrigará o Foguete Cyclone 4 no Centro de Lançamento de Alcântara (MA). Publicada ontem no Diário Oficial da União, a medida destrava uma das principais barreiras que atrasavam as metas da empresa binacional Alcântara Cyclone Space, parceira com a Ucrânia.

Roberto Amaral, diretor-geral da ACS, diz que a meta é realizar os primeiros lançamentos comerciais em 2012 -o objetivo inicial era conseguir isso ainda no governo Lula.

O atraso se deve, também, à resistência das comunidades quilombolas de Alcântara ao projeto.

O próximo passo é obter a licença permanente de instalação, que requer uma avaliação sobre os impactos socioambientais da instalação da ACS.


Fonte: Jornal Folha de São Paulo - 14/04/2010

Comentário: Pois é amigos, água mole em pedra dura, tanto bate até que fura e neste caso para a nossa infelicidade. Infelizmente essa coisa chamada ACS vai ser implantada mesmo e só resta torcer que pelo menos esse desastre resulte em algo de positivo. Não acreditamos nisso, mas..




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