Fórum Defesa Brasil

Sou um grande fã do Sucuri II, imagino que hoje mesmo eles fazem falta lá na fronteira norte, mas quanto ao Osório, acredito que muito poderia ser nacionalizado, sendo um grande produto de exportação se dessem a chance, acredito que o Chile e a Venezuela do Chaves poderiam ser possíveis operadores dele na AL, mas o tempo passou e hoje a realidade são os Leo 1A5, até quando não sei...

É que na época o Brasil estava quebrado, a década de 90 foi osso, mas o EB poderia ter abraçado a Engesa e mesmo tornado ela uma estatal, mesmo que depois privatizassem ela para algum fundo de pensão como era comum naquela época.

Sucuri II tinha um potencial enorme, se fosse 8x8 ao invés de 6x6 seria um concorrente seríssimo ao Centauro B1 e ao AMX-10RC.

Quantas coisas perdemos ! Só de lembrar que éramos o 5 país exportador de armas , acredito que hj em dia se essas empresas estivessem vivas ,teríamos blindados no estado da arte !

J.Ricardo escreveu: ↑Sex Mai 10, 2019 2:20 pm Sou um grande fã do Sucuri II, imagino que hoje mesmo eles fazem falta lá na fronteira norte, mas quanto ao Osório, acredito que muito poderia ser nacionalizado, sendo um grande produto de exportação se dessem a chance, acredito que o Chile e a Venezuela do Chaves poderiam ser possíveis operadores dele na AL, mas o tempo passou e hoje a realidade são os Leo 1A5, até quando não sei...

É que na época o Brasil estava quebrado, a década de 90 foi osso, mas o EB poderia ter abraçado a Engesa e mesmo tornado ela uma estatal, mesmo que depois privatizassem ela para algum fundo de pensão como era comum naquela época.

Sim, a intenção já era essa, tudo foi escolhido já com a intenção de ser nacionalizado.

Perdemos o tempo e a condição de desenvolver um MBT de verdade. E o conhecimento para isso se foi também junto com seus mentores e personagens, como o Bacchi.
Essa marcha a ré nos remeteu hoje em pleno século XXI à mesma situação em que estávamos nos anos 60/70. E sem nenhuma perspectiva séria de compensar o tempo e os erros cometidos.

Abs

Se não fossem os gastos exagerados do Geisel e depois as merdas do Maluf, muito provavelmente o Brasil estaria numa situação mais confortável ao ponto de salvar a Engesa. O problema é que os próprios Militares do EB, até onde sei, nem ligavam pro Osório, queriam o Tamoyo, que nunca vi nada mais que um M41 atualizado.

Não sei porque falam dele como se fosse um Leopard 2 Brasileiro, quando era uma mera atualização do projeto do M41. Se fosse algo mais novo, elaborado, faria muito mais sentido da babação em cima dele.

O Tamoyo era na verdade um CC feito na justa medida das capacidades da BID à época, e coerente com a realidade da defesa no Brasil. Ademais, foi feito com base justamente na logística já implementada e conhecida aqui em termos de cavalaria. Não era um senhor carro de combate - nunca foi este o objetivo - mas era o que de melhor a industria poderia oferecer sem as megalomanias do EE-T1.
O projeto chegou a ter um terceiro protótipo equipado com um canhão L7 105, e caminhava para ser um bom substituto dos vestutos M-41. E mais importante, seria nosso, com tecnologia nacional e liberdade para mexer nele a vontade onde e quando quiséssemos.
Se tivesse sido adotado, talvez hoje estaríamos falando da substituição da sua versão III, IV ou V, e não fazendo contas para saber se dá para trocar um CC muito usado por outro nem tão usado assim.
Mas essa é a nossa paga pelo papel ridículo que fizemos à época, em um país com quase metade da população chafurdando na merda e no analfabetismo e os generais pensando em CC de primeiro mundo...

abs.

Um artigo que neste momento vale a pena refletir.

http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/NFBSL.pdf

abs

Tudo que você PRECISA saber sobre a ENGESA (RARÍSSIMO))
By Roberto Caiafa



abs

Relendo o doc do exercito exposto aqui, a coisa é bem simples no que tange um novo CC.
Se o EB não conseguir ninguém que faça os up grades necessários, e mínimos, por um preço que ele consiga pagar, o Leo só dura até mais uns 5 ou 6 anos do jeito que está. Depois disso já era.
Então, entre o que resta de 2018 e durante 2019 o pessoal do GT para a cavalaria vai ter de arrumar uma solução nacional para eles.
Se não conseguir, o EB se verá diante do fato inevitável de ter de abrir uma concorrência internacional para produzir aqui o CC que melhor se encaixe nas condições impostas quando do lançamento do ROB, que o próprio documento lançado recentemente já dá o tom do que será.
Olhando puramente o aspecto financeiro, o K1A2 do Rotem sul-coerana, se oferecido, tem a vantagem muito importante do preço unitário do bldo, uma vez provada ser verdadeiro o seu custo de US 4-4,5 milhões. A saber se na adaptação do mesmo aos requisitos impostos pelo EB eles conseguirão manter o nível financeiro da oferta e do veículo. Mas desde já é, na minha opinião, um fortíssimo candidato, dado que une em seu conceito e conteúdos, o melhor da engenharia de dois mundos já bem conhecidos por aqui.
No mais, alemães, americanos, turcos, e outros irão correr contra o tempo e contra os custos de suas ofertas.
Pois bem, até 2020 saberemos que rumo tomar. Mas creio que desde já todos os interessados nesse jogo estão movendo as suas peças.
Vai ser algo bem interessante.

abs

O meu sonho de consumo é o Type-10 japonês, mas é muito caro. Minha aposta hoje é no Kaplan-20/Kaplan MT da Turquia ou no Ajax britânico.

Sinceramente, depois de assistir Coração de Ferro (Fury), tive a noção do que seriam nossos soldados em uma guerra, virariam churrasco dentro de nossos tanques velhos e defasados.

Crisaman escreveu: ↑Seg Jul 01, 2019 9:59 amO meu sonho de consumo é o Type-10 japonês, mas é muito caro. Minha aposta hoje é no Kaplan-20/Kaplan MT da Turquia ou no Ajax britânico.

Crisaman, o preço do carro japonês não está muito distante da maioria dos MBT modernos oferecidos no mercado. Tem alguns que são bem mais salgados que ele, como o Altay e seus US 13 milhões de dólares. Na média, um CC novo hoje em dia não sai por menos de 6-8 milhões a unidade. Isso se a encomenda justificar muito choro e vela na hora de negociar, e ainda assim se estivermos falando de quantidades consideráveis.
E falando em VBC, eu tive cá comigo uma ideia talvez nem tão nova assim. Já que somos ferrados e mau pagos desde sempre no quesito defesa e não adianta mesmo querer arrumar tudo do jeito que seria necessário, temos de colocar os pés no chão e envidar soluções diferentes e adaptadas para a nossa realidade.
Uma solução possível para isso, seria, no caso das Bgdas Cav Mec, ao invés de mobiliar os RCB com os mesmos tanques dos RCC, fazê-lo com um derivado dos VBC que irão equipara BIB e RCB, como no caso do Kaplan 20/30 e Kaplan MT. Estou cintando estes apenas como exemplo, apesar de considerar que o projeto deles tem quase tudo que o EB espera de uma VBC, principalmente no que consiste a capacidade anfíbia, mesmo pesando mais de 20 ton. Essa é uma opção para obter-se uma padronização e tentar diminuir os custos de aquisição e manutenção da frota, e ainda permitir a modernização da cavalaria em um nível, que se não o ideal, o suficiente e necessário para o nosso TO. Existem outros modelos de VBC que oferecem este tipo de oportunidade. Se viável para nós, seria uma questão de revisão doutrinal e operacional. A meu ver, no final, o uso de um veículo SL equipado com um canhão de 105, ou mesmo 120, se for o caso, mesmo derivado de uma VBC, para a missão das Bgdas Cav Mec é uma solução de consenso e interessante sob diversos aspectos citos no doc do EB recém exposto.
Isto poderia nos permitir focar nos 4 RCC a adoção de um MBT mais parrudo, inclusive, e deixar a tropa em um nível de equipamento e qualificação ótimo, dado que não haveria a necessidade de tantos CC a serem adquiridos. Lembrar que a compra de qualquer CC também vai impor a adoção de sua família de bldos de apoio, o que só corrobora a opção por diversificar as nossas escolhas quanto ao tipo de equipamento a ser empregado.
Inclusive, os bldos Kaplan e suas versões, poderiam muito bem substituir os M-113 e SK-105 no CFN sem maiores problemas, considerando que eles oferecem também toda uma gama de versões que ajudariam a facilitar o reequipamento e dotação da tropa como um todo, fugindo daquelas soluções de compromisso onde sempre se tem de escolher entre cobrir os pés ou a cabeça.

ps: lendo sobre o projeto do AJAX, vi que os britânicos vão gastar 3,5 bilhões de libras esterlinas para comprar pouco mais de 700 bldo em diversas versões. Ou seja, um custo bastante oneroso para uma VBC. Dá para ver que não é para qualquer um. E estamos falando de um veículo que praticamente é um derivado do ASCOD, ou seja, nem novidade propriamente ele é. Imagina se fosse.


abs

J.Ricardo escreveu: ↑Seg Jul 01, 2019 4:48 pm Sinceramente, depois de assistir Coração de Ferro (Fury), tive a noção do que seriam nossos soldados em uma guerra, virariam churrasco dentro de nossos tanques velhos e defasados.

Bom, se depender de argentinos, paraguaios e uruguaios, podes dormir o sonho dos anjos.
Da Venezuela também não sai nada.
Então, churrasquinho de tanquista brazuca talvez só daqui uns tempos.
Até lá a gente aproveita, e pega um bronze na lataria dos Leo.

abs

Leitura interessante da visão de quem está dentro do problema e estuda soluções.

A Forja 67

http://www.cibld.eb.mil.br/index.php/pe ... a-forja-67