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Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 12:18 pm
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: Qua Abr 24, 2019 10:20 pm > Não tem dinheiro agora e o Exército tem como prioridade AAe, Guarani...
> Mantém 1A5 até 2025 - ora, já mudou o discurso? - e depois lança RFI para uma família nova de blindados.
Vocês precisam se decidir:
A) Não tem dinheiro pra comprar usado ou pra desenvolver, construir fábrica, construir protótipos, testar, homologar armamentos estrangeiros, criar infraestrutura de produção seriada de uma VBTP, além do Exército ter prioridades;
B) Há dinheiro e tempo pra ambos os dois.
Quando obtiver essa resposta, eu prossigo com meu argumento, pois o que vejo é sabonetada pra dizer "tem que manter 1A5 - nem vou mais argumentar sobre, deve ser algum problema de aceitação da realidade - e depois gastar R$ 40 bi no desenvolvimento de blindados sobre lagartas".
Por isso fica difícil debater, pois uma hora a opinião é X, outra é Y e depois fica confuso. Queria entender de forma clara e definitiva qual é a sua proposta hipotética.
Olá Gabriel.

Quanto a parte de orçamento, os principais programas do EB, tirando o SISFRONT, são ou serão financiados pelos vencedores de cada programa, haja vista que o orçamento do MD e das forças tão cedo irão receber o tratamento que comentas.
O Guarani VBTP-MR tem sido um caso diferente por questões temporais, e o EB vai se virando do jeito que dá com orçamento que tem. Mas isso serviu de lição para os próximos.
A AAe será resolvida mediante um processo entre as 3 forças. Ao menos essa parece ser a indicação. E muito provavelmente se houver um consenso sobre o material a ser adotado, o MD irá bancar isso, seja com financiamento externo, seja com o próprio orçamento, com esta segunda opção sendo menos concreta.
Da mesma forma uma nova família para a VBTP-SL será encaminha apenas depois da metade da próxima década. Até lá o que será feito são estudos no sentido de amparar um ROB, e subsequentemente, na segunda metade dos anos 2020, em sendo o caso, emitir-se um RFI - que definirá o tipo de custeio que será feito a despeito do bldo - para que a família comece a ser recebida na década seguinte. Mas tudo isso é apenas planejamento, E planejamento em defesa no Brasil via de regra nunca dá certo ou sai como elaborado em princípio.
Os Leopard I vão ficar aí até que o EB consiga uma alternativa viável para a sua manutenção. De preferência algo meia boca, apenas para manter os carros rondando, e servindo como treinador doutrinário. É o máximo que se pode tirar dele.
Agora, tudo isso não descarta a possibilidade de aproveitarmos compras de oportunidade que eventualmente apareçam no meio do caminho. Este é o caso dos Leo. E elas podem aparecer de qualquer lugar, até os menos previstos.
Se vamos aproveitar, ou não, cabe ao EB decidir se vale a pena.

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 12:32 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:18 pm
gabriel219 escreveu: Qua Abr 24, 2019 10:20 pm > Não tem dinheiro agora e o Exército tem como prioridade AAe, Guarani...
> Mantém 1A5 até 2025 - ora, já mudou o discurso? - e depois lança RFI para uma família nova de blindados.
Vocês precisam se decidir:
A) Não tem dinheiro pra comprar usado ou pra desenvolver, construir fábrica, construir protótipos, testar, homologar armamentos estrangeiros, criar infraestrutura de produção seriada de uma VBTP, além do Exército ter prioridades;
B) Há dinheiro e tempo pra ambos os dois.
Quando obtiver essa resposta, eu prossigo com meu argumento, pois o que vejo é sabonetada pra dizer "tem que manter 1A5 - nem vou mais argumentar sobre, deve ser algum problema de aceitação da realidade - e depois gastar R$ 40 bi no desenvolvimento de blindados sobre lagartas".
Por isso fica difícil debater, pois uma hora a opinião é X, outra é Y e depois fica confuso. Queria entender de forma clara e definitiva qual é a sua proposta hipotética.
Olá Gabriel.

Quanto a parte de orçamento, os principais programas do EB, tirando o SISFRONT, são ou serão financiados pelos vencedores de cada programa, haja vista que o orçamento do MD e das forças tão cedo irão receber o tratamento que comentas.
O Guarani VBTP-MR tem sido um caso diferente por questões temporais, e o EB vai se virando do jeito que dá com orçamento que tem. Mas isso serviu de lição para os próximos.
A AAe será resolvida mediante um processo entre as 3 forças. Ao menos essa parece ser a indicação. E muito provavelmente se houver um consenso sobre o material a ser adotado, o MD irá bancar isso, seja com financiamento externo, seja com o próprio orçamento, com esta segunda opção sendo menos concreta.
Da mesma forma uma nova família para a VBTP-SL será encaminha apenas depois da metade da próxima década. Até lá o que será feito são estudos no sentido de amparar um ROB, e subsequentemente, na segunda metade dos anos 2020, em sendo o caso, emitir-se um RFI - que definirá o tipo de custeio que será feito a despeito do bldo - para que a família comece a ser recebida na década seguinte. Mas tudo isso é apenas planejamento, E planejamento em defesa no Brasil via de regra nunca dá certo ou sai como elaborado em princípio.
Os Leopard I vão ficar aí até que o EB consiga uma alternativa viável para a sua manutenção. De preferência algo meia boca, apenas para manter os carros rondando, e servindo como treinador doutrinário. É o máximo que se pode tirar dele.
Agora, tudo isso não descarta a possibilidade de aproveitarmos compras de oportunidade que eventualmente apareçam no meio do caminho. Este é o caso dos Leo. E elas podem aparecer de qualquer lugar, até os menos previstos.
Se vamos aproveitar, ou não, cabe ao EB decidir se vale a pena.

abs
Continua deixando a ideia confusa.

Não há nenhuma previsão de RFI ou ROB para VBTP-SL para 2020, não sei de onde tirou essa data.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 12:32 pm
por gabriel219
E pra complementar meu post anterior:

Uma Brigada Blindada nunca terá, mesmo se seus elementos de choque forem MPV's, como o Kaplan 105 mm, Mobilidade Estratégica. Isso nunca foi objetivo de uma GU dessa e nunca será, em nenhum lugar do mundo. Não é a toa que a Rússia possui como arma de choque de Mobilidade Estratégica o 2S25 Sprut-SD, o EUA agora desenvolve o MPV (seja M8 ou Griffin II) como sua arma de choque de Mobilidade Estratégica e assim vai. Ninguém pensa em MBT's fazendo esse papel, nem mesmo nosso Exército.

Por isso eu sou á favor de remodelar a Brigada de Cavalaria Mecanizada (3x RCM + 1 BIMec), agora sendo uma Brigada de Choque com Mobilidade Estratégica, seja Aerotransportada como também transporte rodoviário sobre os próprios meios, que é muito mais veloz que MBT em prancha de cavalo-mecânico. Viaturas como Centauro II + um modelo VBCI do Guarani (30 mm + míssil AC) faz frente a qualquer país da AL, até mesmo aos T-72 por possuir uma eletrônica de tiro muito mais avançada. Seria o modelo de Brigada de Choque Estratégica ideal, não fazer com que Brigadas Blindadas passem de Mobilidade Tática para Mobilidade Estratégica.

O problema é que você fala num trecho "imagine transportar uma Brigada Mecanizada inteira pra lá" e depois fala "agregar RCB na Brigada Inf Mec". É como reclamar de um problema e ir lá criando cinco piores que ele!

No próprio END diz que:
A mobilidade estratégica – entendida como a aptidão para se
chegar rapidamente à região em conflito
– reforçada pela mobilidade tática – entendida como a aptidão para se mover dentro daquela região – é o complemento prioritário do monitoramento/controle e uma das bases do poder de combate, exigindo, das Forças Armadas, ação que, mais do que conjunta,
seja unificada.
Não existe nenhum momento em que a END priorize a mobilidade estratégica e muito menos diga que Carros de Combate futuros devem possuir, acima de tudo, mobilidade estratégica.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 12:34 pm
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:07 pm
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 11:56 am os resultados não foram muito animadores
De onde você tirou essa afirmação de que "resultados não foram muito animadores"?

Gabriel, levaram duas semanas para chegar em Boa Vista saindo do MS levando apenas um único CC. Se isso não é um resultado pouco animador, então eu não sei o que é. Já imaginou o tamanho do trabalho que é levar um bgda mec ou blda, e até mesmo de infantaria leve, de uma região para outra no Brasil? Creio que sabes.

Sobre você falar que o Exército precisa de um MBT que possa ser transportado rapidamente pelo território nacional me parece um grave desconhecimento do que significa Mobilidade Estratégica e Mobilidade Tática. As Brigadas Blindadas são Brigadas de Mobilidade Tática, logo o Exército nunca disse - nem em manuais, quanto eu qualquer outro lugar - que "precisamos de um MBT com mobilidade para ser transportado rapidamente pelo território Brasileiro". Outra afirmação sua que não sei de onde surgiu.

A mobilidade é uma questão disposta na END. A definição sobre qual ou quais unidades serão encaixadas no quesito é o EB que definirá. As bgdas inf leve do EB são por natureza equipadas e treinadas para isso. Mas as mec e bldas entram nesse contexto em um outro escopo, onde a mobilidade deve ser encarada na medida da sua necessidade e dos meios disponíveis. O EB não tem doutrina de mobilidade hoje porque ainda está trabalhando na sua mudança, tendo em vista a criação das bgdas inf mec e da modernização da cav, seja com os Guarani, seja com a eventual adoção de novos VBTP-SL e CC. Até lá, ficamos com o que temos.

Assim como adotar um RCB na Bda Inf Mec é um erro tremendo, pois faria com que uma Brigada de cunho Estratégico, ou seja que precisa de sua Mobilidade Estratégica, ficaria altamente dependente de um elemento de choque como um RCB que é de uma Unidade de Mobilidade Tática.

Pode até ser na sua opinião, mas já li vários artigos de militares do EB falando que não. Assim como diversas outras propostas para combinar RCB, RCM e infantaria mecanizada. Tudo ainda na fase de discussão técnico e acadêmica.

Por isso fica difícil debater, pois uma hora a opinião é X, outra é Y e depois fica confuso. Queria entender de forma clara e definitiva qual é a sua proposta hipotética.

Já coloquei aqui o que penso uma ou duas páginas atrás. O EB vai lançar estudos agora para a nova VBTP-SL e depois de 2025 organiar um ROB para quem interessar possa. Esse ROB indicará o futuro não apenas daquela nova família como a do futuro CC substituto do Leo 1A5. Há duas alternativas: 1. fazer um CC a partir da plataforma da VBTP-SL (algo parecido com o Armada e derivados) gerando uma família com diferentes atributos, ou simplesmente obter a VBTP-SL e depois se pensa no que fazer com os Leopard. Se ainda houver algum funcionando até lá. Ambas as propostas são para concretude a partir da década de 2030.
[/quote]

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 12:39 pm
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:32 pm Continua deixando a ideia confusa.
Não há nenhuma previsão de RFI ou ROB para VBTP-SL para 2020, não sei de onde tirou essa data.
Não, não há mesmo. O que há é o começo de estudos para fomentar na próxima década a elaboração de um ROB e posteriormente de uma RFi, onde a questão financeira será definida.

Vou ver se acho e ponho aqui onde li sobre isso.

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 12:40 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:34 pm Gabriel, levaram duas semanas para chegar em Boa Vista saindo do MS levando apenas um único CC. Se isso não é um resultado pouco animador, então eu não sei o que é. Já imaginou o tamanho do trabalho que é levar um bgda mec ou blda, e até mesmo de infantaria leve, de uma região para outra no Brasil? Creio que sabes.
Limite esse pensamento a você, pois me parece que você continua desconhecendo o que é Mobilidade Estratégica e Mobilidade Tática, querendo que Brigadas Blindadas ou Regimentos Blindados tenham capacidade estratégica. Isso é de um desconhecimento doutrinário gigantesco.
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:34 pmA mobilidade é uma questão disposta na END. A definição sobre qual ou quais unidades serão encaixadas no quesito é o EB que definirá. As bgdas inf leve do EB são por natureza equipadas e treinadas para isso. Mas as mec e bldas entram nesse contexto em um outro escopo, onde a mobilidade deve ser encarada na medida da sua necessidade e dos meios disponíveis. O EB não tem doutrina de mobilidade hoje porque ainda está trabalhando na sua mudança, tendo em vista a criação das bgdas inf mec e da modernização da cav, seja com os Guarani, seja com a eventual adoção de novos VBTP-SL e CC. Até lá, ficamos com o que temos.
Afirmação falsa.

Na END é explícito, como deixei acima, que tanto a Mobilidade Estratégica quanto a Tática são consideradas e em momento algum citam uma mudança para somente Mobilidade Estratégica e muito menos citam mudança das Brigadas Blindadas para Brigadas de Mobilidade Estratégica.

Você continua desconhecendo a diferença entre ambos.
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:34 pmPode até ser na sua opinião, mas já li vários artigos de militares do EB falando que não. Assim como diversas outras propostas para combinar RCB, RCM e infantaria mecanizada. Tudo ainda na fase de discussão técnico e acadêmica.
Quais artigos? Me aponte um único que fale em colocar um RCB na Bda Inf Mec.

Se uma Bda Inf Mec é uma Brigada criada na sua totalidade como uma Brigada de Mobilidade Estratégica, porque diabos inserir uma Unidade de Mobilidade Tática que fornecerá todo apoio de choque, deixando a Brigada sem sua principal Unidade de Choque em deslocamentos Estratégicos e pior sem uma Unidade de Reconhecimento para a Brigada?

EUA colocou algo parecido com RCB nas suas SBCT? Itália fez isso nas Brigata Media?
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:34 pmJá coloquei aqui o que penso uma ou duas páginas atrás. O EB vai lançar estudos agora para a nova VBTP-SL e depois de 2025 organiar um ROB para quem interessar possa. Esse ROB indicará o futuro não apenas daquela nova família como a do futuro CC substituto do Leo 1A5. Há duas alternativas: 1. fazer um CC a partir da plataforma da VBTP-SL (algo parecido com o Armada e derivados) gerando uma família com diferentes atributos, ou simplesmente obter a VBTP-SL e depois se pensa no que fazer com os Leopard. Se ainda houver algum funcionando até lá. Ambas as propostas são para concretude a partir da década de 2030.
Mais uma de suas sabonetadas, quando foi no caso da "informação" que os P-3AM dariam baixa na próxima década.

Em lugar nenhum diz que o EB vai lançar RFI do VBTP-SL. Antes você disse 2022, agora diz 2025, quando nem 1A5 operando mais teremos.

Se é suposição sua, basta dizer que é opinião ou suposição, mas vejo que um de seus erros é atribuir pensamento do Exército ou da END algo que é baseado da sua cabeça.
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:39 pm Não, não há mesmo. O que há é o começo de estudos para fomentar na próxima década a elaboração de um ROB e posteriormente de uma RFi, onde a questão financeira será definida.

Vou ver se acho e ponho aqui onde li sobre isso.

abs
Se há um estudo sobre quando vai surgir um ROB e esse estudo terminar em 2025, é por obviedade que o Exército só pensa na entrada de serviço do VBTP-SL após 2035. Qualquer um que entenda minimamente do projeto e construção de blindados tão complexos sabe disso.

Ai você pega isso e se baseia pra tentar defender uma tese de manter o 1A5 até lá?

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 12:43 pm
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:32 pm E pra complementar meu post anterior:
Uma Brigada Blindada nunca terá, mesmo se seus elementos de choque forem MPV's, como o Kaplan 105 mm, Mobilidade Estratégica. Isso nunca foi objetivo de uma GU dessa e nunca será, em nenhum lugar do mundo. Não é a toa que a Rússia possui como arma de choque de Mobilidade Estratégica o 2S25 Sprut-SD, o EUA agora desenvolve o MPV (seja M8 ou Griffin II) como sua arma de choque de Mobilidade Estratégica e assim vai. Ninguém pensa em MBT's fazendo esse papel, nem mesmo nosso Exército.
Por isso eu sou á favor de remodelar a Brigada de Cavalaria Mecanizada (3x RCM + 1 BIMec), agora sendo uma Brigada de Choque com Mobilidade Estratégica, seja Aerotransportada como também transporte rodoviário sobre os próprios meios, que é muito mais veloz que MBT em prancha de cavalo-mecânico. Viaturas como Centauro II + um modelo VBCI do Guarani (30 mm + míssil AC) faz frente a qualquer país da AL, até mesmo aos T-72 por possuir uma eletrônica de tiro muito mais avançada. Seria o modelo de Brigada de Choque Estratégica ideal, não fazer com que Brigadas Blindadas passem de Mobilidade Tática para Mobilidade Estratégica.
O problema é que você fala num trecho "imagine transportar uma Brigada Mecanizada inteira pra lá" e depois fala "agregar RCB na Brigada Inf Mec". É como reclamar de um problema e ir lá criando cinco piores que ele!
No próprio END diz que:
A mobilidade estratégica – entendida como a aptidão para se
chegar rapidamente à região em conflito
– reforçada pela mobilidade tática – entendida como a aptidão para se mover dentro daquela região – é o complemento prioritário do monitoramento/controle e uma das bases do poder de combate, exigindo, das Forças Armadas, ação que, mais do que conjunta,
seja unificada.
Não existe nenhum momento em que a END priorize a mobilidade estratégica e muito menos diga que Carros de Combate futuros devem possuir, acima de tudo, mobilidade estratégica.
Como fala no texto da própria END, a questão é mobilidade como aptidão. Em nenhum momento ela diz ou determina de que manteira e/ou quais meios as forças farão isso. Ela apenas identifica a necessidade de obter-se tais qualidades.

Se e como o EB vai definir o que fazer em relação a isso no que tange os CC, bem, vamos ter que esperar bastante. Por enquanto, aparentemente não sabem nem o que fazer para manter os atuais.

De resto, nem as bgdas inf mec tem um conceito e organização prontos. As de cav mec e blda continuam como estão. Até que haja uma definição, que por mim, só vai haver quando novos meios lhes forem adicionados.

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 12:51 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:43 pm Como fala no texto da própria END, a questão é mobilidade como aptidão. Em nenhum momento ela diz ou determina de que manteira e/ou quais meios as forças farão isso. Ela apenas identifica a necessidade de obter-se tais qualidades.

Se e como o EB vai definir o que fazer em relação a isso no que tange os CC, bem, vamos ter que esperar bastante. Por enquanto, aparentemente não sabem nem o que fazer para manter os atuais.

De resto, nem as bgdas inf mec tem um conceito e organização prontos. As de cav mec e blda continuam como estão. Até que haja uma definição, que por mim, só vai haver quando novos meios lhes forem adicionados.

abs
Flávio, não enrola!

O Exército já definiu há décadas o que é Mobilidade Tática e o que é Mobilidade Estratégica, elegendo qual Brigada vai ser o que, quando e onde. Não há qualquer previsão para mudar isso e não haverá por motivos óbvios.

Ninguém no mundo elevou Brigadas Blindadas ao posto de Brigadas Estratégicas por um motivo que é tão óbvio que eu sinceramente não vejo necessidade de explicita-lo. Mais uma vez você pega algo que é exclusivamente sua opinião e tenta imputa-la como opinião da Força, num malabarismo mental tremendo.

E quais artigos você viu que corrobora colocar uma Unidade Tática numa Grande Unidade Estratégica?

Deve ser um artigo de algum General que é um Napoleão misturado com Alexandre III reincarnado, pois nenhuma força no mundo faz isso. Todo mundo está errado, talvez só quem escreveu esse artigo (?) esteja certo. Rússia não utiliza CC's em sua unidade de Mobilidade Estratégica mais vital, a VDV, utilizando um MGS que é o 2S25 Sprut-SD; US Army agora desenvolve o MPV, que será um MGS para unidades Estratégicas que são as IBCT's; Itália preferiu MGS/VBR's como Unidades de Choque com Mobilidade Estratégica e dai surgiu o Centauro. Os exemplos são enormes quanto aos Exércitos preferirem viaturas com uma relativa capacidade de choque, mas ainda sim bem mais leves que CC's, para servirem como armas de choque em Brigadas Estratégicas, NUNCA usando CC's para isso e muito menos os substituindo.

Vá e tente entender o que é Mobilidade Tática e Estratégica, a diferença e porque ambos são complementares. Depois releia tudo que escreveu, vai entender bem o porque das minhas respostas.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 1:54 pm
por J.Ricardo
Lendo esses post sobre mobilidade, fico imaginando o ganho para o exército quanto terminarem a ferrovia norte-sul e leste-oeste.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 2:03 pm
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:51 pm Vá e tente entender o que é Mobilidade Tática e Estratégica, a diferença e porque ambos são complementares. Depois releia tudo que escreveu, vai entender bem o porque das minhas respostas.
Acho que já li sobre isso em algum lugar há tempos atrás. Mas não vou me dar o trabalho novamente.
Conquanto, os artigos que li falavam sobre a (re)organização das bgdas inf, no caso a transformação das mtz em mec.
Na internet, na Biblex e nos sites das OM do exército pode-se encontrar farto material sobre isso. O que não falta é gente falando e dando palpite sobre como estruturar o EB a partir da inserção de novos meios, como o Guarani. Não li e não falei nada a despeito de mudar essa ou aquela OM em caráter de mobilidade estratégica ou tática. O que falei foi sobre a questão da mobilidade como referencial de capacidade para as fffaa's segundo a END. Só isso.
A questão do CC vai resolvida a seu tempo. E vai demorar. Com ou sem Leopard I.

abs.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 2:10 pm
por gabriel219
J.Ricardo escreveu: Qui Abr 25, 2019 1:54 pm Lendo esses post sobre mobilidade, fico imaginando o ganho para o exército quanto terminarem a ferrovia norte-sul e leste-oeste.
Isso sim é algo a ser levado em contra para Brigadas Blindadas. Eu tenho a seguinte concepção, baseado no que o EB decide hoje:

:arrow: Brigadas Leves (Mobilidade Estratégica): Aeromóvel, Montanha e Selva.
:arrow: Brigadas Médias (Mobilidade Estratégica): Infantaria Mecanizada.
:arrow: Brigadas Pesadas (Mobilidade Tática): Infantaria e Cavalaria Blindada.

A Cavalaria Mecanizada fica entre Médias e Pesadas. Fica um Gap semelhante ao que há hoje no EUA, uma ausente capacidade Estratégica de infringir choque e fogo no inimigo, forte em Cavalaria. Mesmo que eles tenham centenas de C-17 e C-5, eles não consideram Abrams para isso e agora desenvolvem o MPV.

A minha ideia é justamente pegar as 4 Brigadas de Cavalaria Mecanizada e reorganiza-las em missão, tornando-as as Brigadas Estratégicas de Choque, podendo ter suas U's aerotransportadas ou movidas por rodovias/ferrovias, além na facilidade de transpor rios com M3 Amphibious Rig. Alocar uma Brigada por região do Brasil (uma no Sul, uma no Nordeste, uma no Norte e outra no Centro-Oeste), essas brigadas com um futuro Guarani, canhão 120 mm, derivados do Centauro II (pesando 25 toneladas vazio e 30 toneladas equipado para combate, com munição e blindagem adicional) podem fazer frente aos CC's da região o suficiente para servir a esse propósito.

Como o Brasil é amplo e não podemos depender da Mobilidade Tática das Brigadas de Choque (Blindadas), essa seria a ideia que poderia resolver esse gap, não comprando CC (?) com mobilidade estratégica, que não existe.

O crucial é o que Túlio disse: entender a diferença entre Mobilidade Estratégica e Mobilidade Tática, entender como funcionam e compreender que são complementares, não substitutas.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 25, 2019 2:17 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Qui Abr 25, 2019 2:03 pm
gabriel219 escreveu: Qui Abr 25, 2019 12:51 pm Vá e tente entender o que é Mobilidade Tática e Estratégica, a diferença e porque ambos são complementares. Depois releia tudo que escreveu, vai entender bem o porque das minhas respostas.
Acho que já li sobre isso em algum lugar há tempos atrás. Mas não vou me dar o trabalho novamente.
Conquanto, os artigos que li falavam sobre a (re)organização das bgdas inf, no caso a transformação das mtz em mec.
Na internet, na Biblex e nos sites das OM do exército pode-se encontrar farto material sobre isso. O que não falta é gente falando e dando palpite sobre como estruturar o EB a partir da inserção de novos meios, como o Guarani. Não li e não falei nada a despeito de mudar essa ou aquela OM em caráter de mobilidade estratégica ou tática. O que falei foi sobre a questão da mobilidade como referencial de capacidade para as fffaa's segundo a END. Só isso.
A questão do CC vai resolvida a seu tempo. E vai demorar. Com ou sem Leopard I.

abs.
Se você tem tanta certeza de que leu em algum lugar sobre ideia de por RCB em Bda Inf Mec, no mínimo poderia simplesmente apontar o motivo. Não tem problema, pode falar que a opinião é sua, mas dizer que viu isso em um artigo e depois simplesmente não apontar onde lhe coloca dúvidas da veracidade disso.

No EB só existem referencial de RCM e RCC-SR para as Bda Inf Mec, não há absolutamente nenhum artigo ou ensaio de enfiar um RCB na Brigada pois o EB sabe a besteira enorme que iria dar. O Regimento de Cavalaria, seja RCC-SR ou RCM, também será responsável por reconhecimento e segurança, além de fornecer apoio de fogo direto e ação de choque para a Brigada. Sabendo disso, propor que haja um RCB, que não pode ser aerotransportado e não tem a rapidez de deslocamento das demais Unidades da Brigada é praticamente a destruição da Mobilidade Estratégica e até operativa da Brigada, já que em necessidade de se mover estrategicamente, ficariam sem sua Unidade de reconhecimento, segurança e ação de choque ou teria seu deslocamento retardado o suficiente para não servirem mais como Brigadas de Mobilidade Estratégica.

Só isso também põe dúvidas se você realmente entende o conceito de ambos.

Não, não há NENHUM referencial na END sobre tornar regimentos blindados como estrategicamente móveis. No livro da END existem 5 citações de Mobilidade Tática e 7 de Mobilidade Estratégica, nenhuma fala o que você diz ter no documento. Você já está, novamente, enrolando.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Sex Mai 10, 2019 12:05 am
por FCarvalho
Creio que esse vídeo merece ser postado aqui. Para os amantes de história militar que nem eu. Faz refletir.



Da página do Caiafa no Youtube

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Sex Mai 10, 2019 2:08 pm
por J.Ricardo
Era válido pelo esforço de engenharia, mas pra época já era fraco, o canhão de 90mm mesmo...

Acho que o grande erro se deu com o Osório, esse sim um legítimo MBT, mas era carro demais pra exército de menos...

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Sex Mai 10, 2019 2:14 pm
por gabriel219
O problema do Osório foi a própria Engesa. O carro era um verdadeiro pesadelo logístico, tinha canhões Franceses, motor Alemão, blindagem Inglesa...

Acho que a Engesa se daria muito melhor não concorrendo e se voltando para projetos como Sucuri II e entre outros, talvez o destino fosse diferente.