PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8

[FCarvalho]

Dois "probleminhas":
Ter dinheiro para COMPRAR;
Pior ainda, ter dinheiro para a MANUTENÇÃO e MODERNIZAÇÃO (um dia vai ter que ser feita)!
Como dizia O JOBIM, "a jurisprudência não é nada favorável" (é, eu lembro)...

O que mais se repete nestes docs do EB agora, como se fosse um bordão é: se houver verba.
Vão comprar 98, se houver verba.
Vão receber as 2 de teste, se houver verba.
Vão ter 6 do LED, se houver verba.
Vão receber as 12 direto do fornecedor, se houver verba.
As 6 unidades anuais serão adquiridas, se houver verba...
É simplesmente broxante ler esse tipo de coisa.

[FCarvalho]

Notar que são 16 anos para receber as 98(221) blindados. Isto significa que quando a última for entregue em 2038 os primeiros bldos já terá que estar passando por uma modernização.
Ou alguém em sã consciência acha que a Iveco ou seja lá quem for vai estar oferecendo/produzindo a mesma torre e bldo do mesmo jeitinho de 2021 em 2038?
Serão dois custos ao mesmo tempo. Comprar e modernizar a frota.
Acho muito difícil fazer qualquer um dos dois.

[Túlio]

O que mais se repete nestes docs do EB agora, como se fosse um bordão é: se houver verba.
Vão comprar 98, se houver verba.
Vão receber as 2 de teste, se houver verba.
Vão ter 6 do LED, se houver verba.
Vão receber as 12 direto do fornecedor, se houver verba.
As 6 unidades anuais serão adquiridas, se houver verba...
É simplesmente broxante ler esse tipo de coisa.

Isso nem é o pior, comprar a gente só compra uma vez, mas MANUTENIR tem que ser sempre; se continua isso de "pifou encosta" (e aí passa a ser DUAS verbas), melhor ficar sem mas manter o pouco que se tem full-op.

[FCarvalho]

O que mais se repete nestes docs do EB agora, como se fosse um bordão é: se houver verba.
Vão comprar 98, se houver verba.
Vão receber as 2 de teste, se houver verba.
Vão ter 6 do LED, se houver verba.
Vão receber as 12 direto do fornecedor, se houver verba.
As 6 unidades anuais serão adquiridas, se houver verba...
É simplesmente broxante ler esse tipo de coisa.

Isso nem é o pior, comprar a gente só compra uma vez, mas MANUTENIR tem que ser sempre; se continua isso de "pifou encosta" (e aí passa a ser DUAS verbas), melhor ficar sem mas manter o pouco que se tem full-op.

As compras do EB significam despesas ao longo dos 16 anos propostos no cronograma acima, já que as verbas são liberadas anualmente. O projeto do Guarani está aí a mostrar que assinamos um contrato de compra, mas o pagamento, este vai ocorrer ao longo de anos, cujos recursos o EB sequer tem como estabelecer de fato os aportes previstos no papel.
Some-se a isto o fato de que não temos qualquer forma de dar regularidade e previsibilidade aos custeio orçamentário. Então, bem, fica difícil de qualquer forma.
Se fica com o que tem, continuamos no atraso de sempre. Se tentamos evoluir, não temos grana para comprar e menos ainda para manter.
É uma sinuca de bico da qual não se tem como sair.

[FCarvalho]

Aliás, há de se esperar que o EB na sua análise documental preveja identificar não apenas as despesas com a aquisição dos blindados em si, como, e também, as despesas com o custeio ao longo da vida útil operacional dos blindados. Dos 98 aos 221. Isto deve ser informado pelos proponentes.
Duvido que tais números em 2021 se mantenham por mais do que cinco anos, levando em consideração todos os fatores influentes que contabilizam a questão produtiva e os inerentes avanços tecnológicos pelos quais estes bldos passarão ao longo do tempo.
A ver como o exército irá tratar a questão da substituição dos Cascavel tendo em mente que a operação de bldos 8x8 com certeza irá implicar em custos para os quais o orçamento atual do EB, e previsível nos próximos anos, não deve ter margem de aumento ou lastro para amparar mesmo sua operação nas OM de cav mec.
A ver se o pessoal do ministério da economia concorda com a revisão do orçamento de custeio do EB nos próximos anos, caso ele seja solicitado.
Na verdade, o orçamento de custeio do EB terá que ser revisto obrigatoriamente até o final desta década, se quisermos mesmo operar de fato tudo o que está sendo planejado aí em matéria de novos sistemas. E não vejo muito espaço para isso no curto prazo.

[Lywis]

No ano de 2020 as Forças Armadas gastaram 78% do orçamento militar com pessoal, um aumento de 11% em relação ao orçamento anterior... Talvez até a situação tenha piorado em 2021...

Fica difícil realmente ter dinheiro pra qualquer coisa, quiçá VBR – MR 8X8.

[FCarvalho]

No ano de 2020 as Forças Armadas gastaram 78% do orçamento militar com pessoal, um aumento de 11% em relação ao orçamento anterior... Talvez até a situação tenha piorado em 2021...
Fica difícil realmente ter dinheiro pra qualquer coisa, quiçá VBR – MR 8X8.

Sem resolver este ponto definitivamente, jamais haverá orçamento para nada além de pagar pessoal, pensões e aposentadorias.
Mas é muito difícil demover os militares de suas posições na questão. E não existe vontade e nem intencionalidade da parte do MD e menos ainda do Planalto ou Congresso para modificar o status quo.

[Lywis]

No ano de 2020 as Forças Armadas gastaram 78% do orçamento militar com pessoal, um aumento de 11% em relação ao orçamento anterior... Talvez até a situação tenha piorado em 2021...
Fica difícil realmente ter dinheiro pra qualquer coisa, quiçá VBR – MR 8X8.

Sem resolver este ponto definitivamente, jamais haverá orçamento para nada além de pagar pessoal, pensões e aposentadorias.
Mas é muito difícil demover os militares de suas posições na questão. E não existe vontade e nem intencionalidade da parte do MD e menos ainda do Planalto ou Congresso para modificar o status quo.

Em tese os militares são submissos a um governo civil. Se houver vontade política e uma política de estado que reestruture as Forças Armadas, os militares podem até ter opinião contrária, mas terão de acatar... O problema é quando o governo civil tá cheio de militar.

[MMerlin]

Sem resolver este ponto definitivamente, jamais haverá orçamento para nada além de pagar pessoal, pensões e aposentadorias.
...

Alguns números pregam uma queda gradual ao longo dos 10 anos. Outros pregam um acréscimo no custo devido aumento do tempo ativo somado as promoções.
Concordo que o contingente é grande e o custo gasto com pessoal é alto. Principalmente no que tange oficiais. Diferente do setor privado (até setor público), onde promoções ocorrem devido a necessidade de preenchimento de cargos pela empresa, no setor militar as promoções, vantagens, gratificações e adicionais é por tempo de serviço. Claro que existe um número limite, mas é preciso que reconhecer que possivelmente existe um número excedente.
Acredito que uma solução viável seria a abertura de um PDV, voltado para a fonte principal de custos, ou seja, oficiais.
O PDV tem um alto custo inicial, mas se paga em médio prazo. Claro, acompanhado deve vir uma reforma administração e barrada qualquer tentativa de inclusão de gratificações, benefícios ou pensões.

[Túlio]

Em tese os militares são submissos a um governo civil. Se houver vontade política e uma política de estado que reestruture as Forças Armadas, os militares podem até ter opinião contrária, mas terão de acatar... O problema é quando o governo civil tá cheio de militar.

Eu nunca vou entender esse apego ao véio CANETAÇO: as pessoas se apegam às supostas vantagens e nem notam as óbvias desvantagens! E ainda a achismos, mesmo sabendo que já tivemos governo militar cheio de civil, governo civil sem ou quase sem militares e agora um governo civil com um número razoável de militares (e não falta quem queira mais) e em todos vimos o mesmo: pouco ou nada mudou! E não foi de graça, o desarmado nunca está em igualdade de condições com o armado, logo, brabo de tirar coisas dele; é como imaginar um assaltante que me conhece, sabe que ando armado e tenho treinamento suficiente (físico e psicológico) para usar bem o que porto, chegar e me apontar o dedo indicador fazendo cara feia e dizendo "aí coroa, passa a grana, senão..." esperando que eu me renda apenas porque sim.

Se o mesmo esforço proposto fosse feito sobre as regalias de gente intermediária (nem falei dos do topo(*), aí ia ser COVARDIA) dos três poderes, muitos dos quais custando muito mas MUITO mais do que um Gen Ex com filha e tudo, a economia obtida seria imensamente maior. Mas nisso ninguém fala, provavelmente porque alguns fazem parte da tchurminha e outros têm cônjuges, filhos/as, cupinchas & quetales na mesma. Não, o problema de não ter verba pra Defesa é culpa das filhas dos generais, não das viúvas dos "marajás" e deles próprios.


(*) - Só um DepFed e um $enador nos cu$tam provavelmente mais do que todas as filhas de OGs falecidos JUNTAS! E eles/as são várias CENTENAS! Se a isso agregarmos montes de milhares de chefias e subchefias recebendo salários e vantagens indecentes em relação à iniciativa privada e sem a menor obrigação de mostrar resultados, aí sim veremos a enormidade do problema.

Mas CLAAAARO, a culpa é dos generais...


PS.: minhas desculpas ao Moderador de Área, o ganda @J.Ricardo, por prosseguir um OT, mas olha só o "nível" a que se chega num debate sobre um blindado SR; IMO a tigrada anda indócil, querem mesmo é falar de POLÍTICA, e aí tudo serve de pretexto. Aqui não é Seção Moderada POR MING, pois se fosse, bueno...

[J.Ricardo]

Srs vamos nos ater ao tema em debate, desviar o assunto para política sempre acaba em chororo, em debates sobre reforma tributária, e tal, temos o assuntos gerais para isso, inclusive sobre economia, se não tomarmos cuidado, esse tipo de assunto gera páginas e páginas de lamúrias, e postagens deprimentes.

[gabriel219]

Não sei se posso falar isso ou é off-topic, mas pessoal, há um erro ai. Os gastos que aumentaram com 11% foram com pessoal mas não está claro ser sobre salários. Lembrem-se que está ocorrendo MUITO mais operações em relação a anos passados, inclusive muitas delas, que eram operações exclusivas de cada força, estão sendo ampliadas e tendo a participação das três forças, como a Tápio e a Formosa recente.

Além disso, há muito movimento do EB na região Amazônia, a Operação Amazônia 2021 está sendo a maior do Exército e foi dividida em 2 partes, sendo a primeira com trabalho sendo feito para Guerra de Resistência e agora o apronto para Guerra Convencional.

Gastos como salário e custo operacional estão colocados no mesmo lugar.

[FIGHTERCOM]

Realmente temos muitas linhas de produção no Brasil, mas quantas delas estão aptas para produzir um blindado sobre rodas de 30 ton armado com um canhão?
Falo não somente em termos materiais, mas principalmente em termos de recursos humanos.
Não se encontra todo dia em qualquer esquina pessoal especializado capaz de ser utilizado de pronto em uma montagem de um produto como este.
A própria Iveco teve problemas para contratar gente no Brasil para a sua fábrica em Minas Gerais. Muita gente teve que ser treinada do zero. E isto é um custo a mais que ninguém gosta de ter.

Por isso mesmo, esse concorrência nasceu com cara de Centauro 2, já que a IVECO é a única que pode atender o cronograma com a montagem no Brasil sem grandes problemas. Inclusive essa de instalar uma linha de montagem para vender apenas 80 veículos, com cadência de 12 ao ano pode ser que inviabilize a participação de muitos competidores, acho eu.
Enfim, se antes já tinha a cara de Centauro 2, acho que agora tem a cara, o corpo, o rabo...

Apesar de achar que essa concorrência tem a cara da Iveco, não seria surpresa a Avibrás se associar com algum outro fabricante. O percentual de 40% de produção local, para ser nacionalizado, não seria algo tão díficil de ser alcançado.

Abraços,

Wesley

[FCarvalho]

Apesar de achar que essa concorrência tem a cara da Iveco, não seria surpresa a Avibrás se associar com algum outro fabricante. O percentual de 40% de produção local, para ser nacionalizado, não seria algo tão díficil de ser alcançado.
Abraços,
Wesley

Tirando Iveco e KMW que já possuem infraestruturas montada no país, os demais teriam que cooptar a Avibrás a fim de oferecer sua capacidade industrial no processo.
Mas, a Avibrás teria algum interesse em se meter nesta seara do EB, tendo em vista que ela já possui contratos vultosos com todas as 3 forças e não depende, neste momento, de mais recursos para continuar operando?
A empresa tem sido lucrativa nos últimos anos. E nada indica que vá mudar o seu atual modelo de gestão para ampliar seus negócios.
O que faria a Avibras se aliar, hoje, com alguma empresa estrangeira para entrar na VBC Cav?
Lembra que a empresa praticamente terá sobre si toda a logística de base dos projetos atuais e futuros da artilharia de campanha do EB, para os quais, inclusive já apresentou soluções próprias e/ou em parceria.

[Túlio]

Por isso mesmo, esse concorrência nasceu com cara de Centauro 2, já que a IVECO é a única que pode atender o cronograma com a montagem no Brasil sem grandes problemas. Inclusive essa de instalar uma linha de montagem para vender apenas 80 veículos, com cadência de 12 ao ano pode ser que inviabilize a participação de muitos competidores, acho eu.
Enfim, se antes já tinha a cara de Centauro 2, acho que agora tem a cara, o corpo, o rabo...

Apesar de achar que essa concorrência tem a cara da Iveco, não seria surpresa a Avibrás se associar com algum outro fabricante. O percentual de 40% de produção local, para ser nacionalizado, não seria algo tão díficil de ser alcançado.

Abraços,

Wesley

Só queria ver qual empresa abriria uma linha de montagem da qual sairia - e isso nos no anos bons - uma dúzia de blindados.