Considerando que os políticos Ingleses colocaram a Inglaterra de quatro e com as calças arriadas pra invasão de hordas de radicais islâmicos durante décadas, e considerando que esses mesmos políticos forçaram durante décadas uma revolução cultural que empurrou goela abaixo a crença demograficamente suicida de que "diversidade é sempre uma boa coisa", eu digo que em 20 anos a Inglaterra vai entregar as Malvinas de mão beijada e ainda com uma indenização pra Argentina.felipexion escreveu:ONU conclui que Malvinas estão em águas argentinas e reacende polêmica
O gabinete do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, minimizou nesta terça (29) uma decisão das Nações Unidas que amplia o limite da plataforma continental da Argentina, deixando dentro de seu território as Ilhas Malvinas (chamadas de Falkland pelos britânicos).
A decisão da ONU foi anunciada na segunda (28) pelo ministério argentino das Relações Exteriores e atende a uma petição apresentada pela Argentina em 2009. Com o aval das Nações Unidas, o país incorpora 1,7 milhão de quilômetros quadrados e aumenta em 35% sua superfície atual.
Segundo o jornal argentino 'Clarín', um porta-voz de Cameron declarou que o governo britânico ainda não recebeu qualquer informe oficial sobre o assunto e ressaltou que a comissão da ONU "é apenas um orgão de conselho".
"É importante notar que é um comitê de conselho, que faz recomendações que não são legalmente obrigatórias. Essa comissão não tem jurisdição sobre questões de soberania", diz o comunicado britânico, que acrescenta ainda que "o importante é o que pensam os moradores das ilhas Falkland. Eles deixaram claro que querem ser um território britânico e apoiamos seu direito de determinar seu futuro".
Ainda de acordo com o Clarín, a mensagem diz ainda que "uma das comissões analisou a questão do território marítimo em litígio. Ainda não recebemos o relatório. Não devemos nos apressar. Há especulações de que o relatório veio da Argentina. Devemos aguardar aquele que virá da comissão (da ONU)".
Exploração das Malvinas
"As Ilhas Malvinas estão dentro da plataforma continental argentina", destacou na segunda-feira Jorge Taiana, atual presidente do Parlasul (Parlamento do Mercosul) e que era chanceler da então presidente Cristina Kirchner em 2009, quando foi apresentada a solicitação às Nações Unidas.
Segundo a agência AFP, Taiana explicou que, "de acordo com a Convenção sobre os Direitos do Mar, as ilhas Malvinas são argentinas. Agora, a Argentina tem direito soberano sobre o fundo do mar, a exploração de hidrocarbonetos e sobre os animais", insistiu o ex-chanceler.
As Ilhas Malvinas são objeto de uma longa disputa de soberania entre a Argentina e o Reino Unido, que as ocupou em 1832. Em 1982, tropas da ditadura militar argentina voltaram às ilhas, dando início a uma guerra que durou 74 dias e terminou com a vitória britânica. O conflito deixou 648 argentinos e 255 britânicos mortos.
Em 2013, quase todos os 3 mil habitantes das Malvinas se manifestaram em um referendo a favor de continuar sob a soberania britânica.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/ ... emica.html
Para ONDE vai a ARGENTINA?
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Enquanto a Argentina não recuperar, pelo menos parcialmente, seu poder militar, a Inglaterra dará os ombros para Buenos Aires.
Não temais ímpias falanges,
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Argentina paga dívida aos fundos 'abutres' e país deixa a moratória
Com pagamento, juiz americano suspendeu medidas contra a Argentina.
País sai do default após mais de 14 anos.
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... toria.html
Com pagamento, juiz americano suspendeu medidas contra a Argentina.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Sterrius escreveu:E especulação continua dando lucro.
A meu ver, o Presidente Macri fez o certo: tirou a Argentina do SPC! Em breve sua confiança estará em ascensão nos mercados, o que facilitará a recuperação econômica de seu País. Afinal, "buitres" ou não, a dívida existia, isso é FATO!
De resto, para ele ser o cara mesmo, resta apenas potencializar suas FFAA, atualmente à míngua, de modo que nossos Generais finalmente tenham de volta O Grande Inimigo e, com isso, alguma razão para berrar por modernizações...
Aliás, já estão começando a se dar bem:
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... atina.html
Só falta saber se farão à moda Lula e se contentarão em viver de commodities (a indústria que Zidane, azar dela) ou se vão inovar de verdade, fazendo lá as baterias. Estão com a faca e o queijo para nos passarem à frente. E bem feito pra nós!
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Não vi os detalhes, mas, pelo título, não estou certo de que era uma coisa boa, a maior parte da dívida havia sido renegociada por uma fração do valor, mas, sob uma condição: nenhum outro título poderia ser renegociado ou pago por um valor maior, ao pagar os fundos abutres a Argentina quebra o acordo com os demais, em outras palavras, agora a dívida se multiplicou e voltou a ficar impagável.
Por exemplo, se antes da moratória a Argentina devia 100, conseguiu renegociar 90 para pagar apenas 30, mas os outros 10 não aceitaram, agora pagaram os outros 10, o problema é que os 60 que eles deviam e foram "perdoados" deixam de ser perdoados e voltam a ser dívida.
Isso é claro, se eu entendi corretamente ao ler o título, por experiência, tudo o que se refere ao Macri é distorcido e eu deveria ler ido mais a fundo porque, provavelmente, não é bem assim, mas, não estou suficientemente preocupado com a Argentina para isso.
Por exemplo, se antes da moratória a Argentina devia 100, conseguiu renegociar 90 para pagar apenas 30, mas os outros 10 não aceitaram, agora pagaram os outros 10, o problema é que os 60 que eles deviam e foram "perdoados" deixam de ser perdoados e voltam a ser dívida.
Isso é claro, se eu entendi corretamente ao ler o título, por experiência, tudo o que se refere ao Macri é distorcido e eu deveria ler ido mais a fundo porque, provavelmente, não é bem assim, mas, não estou suficientemente preocupado com a Argentina para isso.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Ele fez o certo sim, o problema não foi dele nem da kishner, mas o uso politico dos títulos que levaram a perda de uma chance de se atacar o pior tipo de investidor.A meu ver, o Presidente Macri fez o certo: tirou a Argentina do SPC! Em breve sua confiança estará em ascensão nos mercados, o que facilitará a recuperação econômica de seu País. Afinal, "buitres" ou não, a dívida existia, isso é FATO!
De resto, para ele ser o cara mesmo, resta apenas potencializar suas FFAA, atualmente à míngua, de modo que nossos Generais finalmente tenham de volta O Grande Inimigo e, com isso, alguma razão para berrar por modernizações...
Aliás, já estão começando a se dar bem:
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... atina.html
Só falta saber se farão à moda Lula e se contentarão em viver de commodities (a indústria que Zidane, azar dela) ou se vão inovar de verdade, fazendo lá as baterias. Estão com a faca e o queijo para nos passarem à frente. E bem feito pra nós!
Na verdade nem da pra chama-los de investidor porque eles compraram os títulos já podres e inuteis daqueles que se recusaram ao acordo com o governo argentino e entraram em tudo que é justiça internacional até vencerem. São os tipos de pessoas que quebram países sem gerar riqueza para ninguém além deles mesmos.
Também me incomoda o fato da divida externa argentina ter sido decidida em uma corte baixa americana. Colocando-a acima do STF argentino.
Sofrer calote, risco de perder grana etc é parte do pacote ao se investir em um país como a argentina. Ta tudo já calculado nos juros.
È como perder em um cassino americano, um terceiro compra as fichas do perdedor, vai pra Espanha, processar o cassino e faz a espanha prejudicar tal cassino até que ele pague.
Pra mim não é diferente de um mafioso fazendo visita em seu estabelecimento para cobrar proteção.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Um risco real.Marechal-do-ar escreveu:Não vi os detalhes, mas, pelo título, não estou certo de que era uma coisa boa, a maior parte da dívida havia sido renegociada por uma fração do valor, mas, sob uma condição: nenhum outro título poderia ser renegociado ou pago por um valor maior, ao pagar os fundos abutres a Argentina quebra o acordo com os demais, em outras palavras, agora a dívida se multiplicou e voltou a ficar impagável.
A partir de agora todos os demais credores que renegociaram naquela época podem ir a tribunais e exigir tratamento igual. Ou novos fundos abutres podem assumir estes títulos antigos e fazer isso. Não sei o quanto os fundos abutres aceitaram de deságio para fechar o acordo, mas se foi muito mais do que os credores que haviam aceito a renegociação anterior o problema pode ser enorme.
Pode não acontecer, mas a abertura está dada e se acontecer a emenda poderá ser bem pior que o soneto.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
manda quem pode, obedece quem tem juízoSterrius escreveu:Também me incomoda o fato da divida externa argentina ter sido decidida em uma corte baixa americana. Colocando-a acima do STF argentino.
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Não chega a ser tanto, afinal a Argentina não foi obrigada a pegar os empréstimos a juros elevados à força, ela procurou por eles. Mas a renegociação foi aceita pela grande maioria dos credores, mostrando que também não estava de todo errada. São os riscos do ramo, e eles não só sabiam disso como de qualquer forma tiveram maior lucro com a Argentina mesmo após a renegociação do que teriam se tivessem colocado o mesmo capital em títulos dos EUA ou da Europa.Sofrer calote, risco de perder grana etc é parte do pacote ao se investir em um país como a argentina. Ta tudo já calculado nos juros.
È como perder em um cassino americano, um terceiro compra as fichas do perdedor, vai pra Espanha, processar o cassino e faz a espanha prejudicar tal cassino até que ele pague.
Pra mim não é diferente de um mafioso fazendo visita em seu estabelecimento para cobrar proteção.
Quem criou confusão foram os abutres mesmo, que nem eram credores da Argentina. Eles vivem disso, por isso receberam este nome.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
No acordo estava claro que se a Argentina pagasse qualquer credor fora do acordado naquela época o acordo estaria automaticamente desfeito. Como nenhuma mídia noticiou que o acordo foi mantido é quase certo que a Argentina vai tomar no fiofó bonitinho. Já que todos os credores estão livres para ferrá-los ao bel prazer. KKKKKKKKKKKKMarechal-do-ar escreveu:Não vi os detalhes, mas, pelo título, não estou certo de que era uma coisa boa, a maior parte da dívida havia sido renegociada por uma fração do valor, mas, sob uma condição: nenhum outro título poderia ser renegociado ou pago por um valor maior, ao pagar os fundos abutres a Argentina quebra o acordo com os demais, em outras palavras, agora a dívida se multiplicou e voltou a ficar impagável.
Por exemplo, se antes da moratória a Argentina devia 100, conseguiu renegociar 90 para pagar apenas 30, mas os outros 10 não aceitaram, agora pagaram os outros 10, o problema é que os 60 que eles deviam e foram "perdoados" deixam de ser perdoados e voltam a ser dívida.
Isso é claro, se eu entendi corretamente ao ler o título, por experiência, tudo o que se refere ao Macri é distorcido e eu deveria ler ido mais a fundo porque, provavelmente, não é bem assim, mas, não estou suficientemente preocupado com a Argentina para isso.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
A promessa da guinada liberal é o paraíso futuro. Mas por hora a realidade é ir do purgatório ao inferno
Desemprego e inflação em crescimento e perda do poder aquisitivo. A dívida internacional do país subiu 16,8 bilhões só para pagar os credores (a juros bastante elevados), com o risco de que isso inicie uma corrida aos tribunais pelos que detinham títulos antigos.
Leandro G. Card
Desemprego e inflação em crescimento e perda do poder aquisitivo. A dívida internacional do país subiu 16,8 bilhões só para pagar os credores (a juros bastante elevados), com o risco de que isso inicie uma corrida aos tribunais pelos que detinham títulos antigos.
Mas com tudo isso eles não se atrevem a trabalhar com taxas de juros reais acima da previsão de inflação (inflação de 40%, taxa de juros de 38%, com expectativas de baixar junto com a inflação). Então ainda há esperança para o futuro, ao contrário de um certo outro país da região.Antes de melhorar, piora
Na Argentina, o novo presidente não perdeu tempo em reformar a economia. Por ora, os resultados são dolorosos
The Economist, 26 Abril 2016
Mauricio Macri está na Casa Rosada há apenas quatro meses. Para Constanza Pimentel, que, em sociedade com a mãe e um irmão, é dona de uma pequena vinícola nos arredores de Mendoza, capital da vinicultura do país, até agora o novo governo tem sido uma bênção um tanto ambígua. Com um vinhedo de 50 hectares, sua Bodega Caelum produz 70 mil garrafas de Torrontés, Malbec e outros vinhos por ano. Os últimos tempos não foram fáceis.
Os controles cambiais impostos pela antecessora de Macri, Cristina Kirchner, mantiveram o peso artificialmente valorizado, inviabilizando as exportações. Em dezembro, quando Macri permitiu que o câmbio flutuasse livremente, Constanza se entusiasmou: ela quer ampliar as vendas para Estados Unidos e Reino Unido este ano. Mas, por enquanto, seus vinhos estão sendo consumidos basicamente por enófilos argentinos.
Em março, a vinícola promoveu uma alta de 12% nos preços, para acompanhar a inflação. “O vinho está se tornando um artigo de luxo”, lamenta Constanza. “Os clientes pensam duas vezes antes de colocar a mão no bolso.”
Não se pode culpá-los por isso. Macri, cuja eleição pôs fim a 12 anos de governos populistas, sob o comando de Cristina e de seu marido, o falecido Néstor Kirchner, tem sido festejado no exterior. O novo presidente encerrou um impasse de 14 anos com os credores internacionais do país; em março, recebeu a visita de Barack Obama. Para a maioria dos argentinos, porém, a vida está piorando. A inflação anual aproxima-se dos 40%, segundo estimativas independentes. É a mais elevada da América Latina, depois da inflação venezuelana. O preço da carne subiu 44% em 12 meses.
Estudo da Universidade Católica informa que, entre janeiro e março deste ano, 1,4 milhão de argentinos foram empurrados para baixo da linha da pobreza. Macri herdou as altas taxas de inflação. Durante o reinado de Cristina, o banco central emitia dinheiro para pagar um sem-fim de subsídios, que no ano passado chegaram a 4% do PIB. Mas as medidas que o novo presidente tomou para estabilizar a economia fizeram com que as coisas ficassem – temporariamente – piores.
A livre flutuação do peso, que tem por objetivo tornar as exportações competitivas e estancar a sangria das reservas internacionais, pressionou a inflação. Mesmo efeito teve a redução dos subsídios ao consumo de eletricidade, água, gás e transporte, que contribuíram significativamente para o déficit fiscal de 5,8% do PIB em 2015. No dia 8 de abril, as passagens de ônibus e trens em Buenos Aires dobraram de preço. De dezembro até agora, o setor público dispensou quase 11 mil funcionários. A economia deve sofrer retração de 0,5% este ano.
Macri advertiu os argentinos de que o remédio seria amargo, mas não avisou que causaria vertigens. Seu governo não deve cumprir a meta de inflação de 2016, fixada entre 20% e 25%, em parte porque as poderosas centrais sindicais do país reivindicam aumentos salariais da ordem de 30%. O ministro de Finanças, Alfonso Prat-Gay, agora promete que a inflação cairá no segundo semestre do ano e prevê um índice de 17% para 2017. “Estamos bastante confiantes de que conseguiremos atingir essa taxa”, afirmou Prat-Gay em 5 de abril.
Confiança. Uma razão para o otimismo do ministro foi o retorno da Argentina ao mercado internacional de capitais. Em 13 de abril, uma decisão da Justiça de Nova York abriu caminho para que o país pague os detentores de títulos que se recusaram a participar das rodadas anteriores de reestruturação da dívida. Com isso, após 14 anos de jejum, a Argentina emitiu na semana passada US$ 16,5 bilhões em títulos, na maior operação já realizada por país emergente. Os investidores fizeram ofertas de compra de US$ 68,6 bilhões. A maior parte dos recursos captados será destinada ao pagamento desses investidores. O restante será usado para cobrir as despesas do setor público, reduzindo a necessidade de financiar o déficit com mais inflação.
A livre flutuação do peso, que tem por objetivo tornar as exportações competitivas, pressiona a inflação
O governo argentino aposta que o retorno ao mercado de crédito estimulará as empresas estrangeiras a investir no país. Os sinais, por ora, são animadores. Depois que Macri tomou posse, a Dow Chemical e a American Energy Partners anunciaram investimentos conjuntos com a estatal YPF, para explorar gás e petróleo de xisto na promissora jazida de Vaca Muerta. A Coca-Cola prometeu investir US$ 1 bilhão no país ao longo dos próximos quatro anos; a italiana Fiat Chrysler disse que gastará US$ 500 milhões para modernizar sua planta em Córdoba, região central da Argentina.
No entanto, é possível que a retomada dos investimentos não aconteça em ritmo acelerado o bastante para funcionar como a injeção de ânimo com que conta o governo. Maior parceiro comercial do país, o Brasil vive sua pior recessão desde os anos 30. Alguns analistas sustentam que Macri precisa se esforçar mais para restaurar a confiança. Martín Redrado, presidente do banco central argentino entre 2004 e 2010, acha que os investimentos não se recuperarão enquanto os preços não se estabilizarem.
Recursos. Mesmo com o retorno ao mercado internacional de capitais, o governo terá de levantar muitos recursos com os investidores locais para pagar suas contas – ou então recorrer ao financiamento via banco central. Para reforçar a confiança, Redrado recomenda que Macri crie um “conselho de estabilidade macroeconômica”, atribuindo ao novo órgão a responsabilidade por estabelecer metas de inflação e crescimento com pelo menos dois anos de antecedência.
Constanza “confia” nas boas intenções de Macri e acha que “levará algum tempo” para que a economia se recupere. O presidente aposta suas fichas na paciência de eleitores como a vinicultora. De acordo com levantamento feito em março pela consultoria Isonomía, 72% dos argentinos têm uma imagem positiva de Macri e 69% acreditam que ele conseguirá controlar a inflação.
Talvez essa opinião favorável tenha sido abalada quando o nome do presidente apareceu nos “Panama Papers”, mostrando sua participação como diretor de uma empresa offshore criada por seu pai. Macri diz que nunca auferiu rendimentos da empresa e que não tem nada a esconder. A Justiça investiga o caso.
Os argentinos estão dando ao presidente o benefício da dúvida. Se a inflação não recuar até o fim do ano, podem se voltar contra ele.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Vixe.
Argentinos recorrem ao Brasil e Paraguai para abastecer o tanque
Combustível subiu 31% desde dezembro no país. Abastecer nos vizinhos rende economia de até 300 reais
Buenos Aires 4 MAI 2016 - 20:38 CEST
Encher o tanque do carro na Argentina custa 75 reais mais caro do que no Brasil e 88 reais mais caro do que no Paraguai, após o último aumento aprovado pelo Executivo de Macri. Em toda a América do Sul, somente o Uruguai tem preços mais altos. Por esse motivo, aumenta cada vez mais o número de habitantes de províncias argentinas fronteiriças, como Misiones e Formosa, norte do país, que vão aos países vizinhos para abastecer. No total, a economia mensal em combustível pode superar os 1.200 pesos (300 reais). A tendência só se inverte na província oriental de Entre Ríos, que se beneficia do tráfego de uruguaios que mudam de margem para ir aos postos argentinos, que oferecem gasolina três pesos (0,75 reais) por litro mais barata do que em seu país.
El Pais
Argentinos recorrem ao Brasil e Paraguai para abastecer o tanque
Combustível subiu 31% desde dezembro no país. Abastecer nos vizinhos rende economia de até 300 reais
Buenos Aires 4 MAI 2016 - 20:38 CEST
Encher o tanque do carro na Argentina custa 75 reais mais caro do que no Brasil e 88 reais mais caro do que no Paraguai, após o último aumento aprovado pelo Executivo de Macri. Em toda a América do Sul, somente o Uruguai tem preços mais altos. Por esse motivo, aumenta cada vez mais o número de habitantes de províncias argentinas fronteiriças, como Misiones e Formosa, norte do país, que vão aos países vizinhos para abastecer. No total, a economia mensal em combustível pode superar os 1.200 pesos (300 reais). A tendência só se inverte na província oriental de Entre Ríos, que se beneficia do tráfego de uruguaios que mudam de margem para ir aos postos argentinos, que oferecem gasolina três pesos (0,75 reais) por litro mais barata do que em seu país.
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"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Bom mesmo era uma ladra no poder, um déficit de 4% PIB, câmbio artificial e com o país em decadência né...vamos ver daqui mais alguns anos como estará a Argentina. Daí podemos avaliar o governo do Macri. Pra mim, nada mais que um choque de realidade.