NOTÍCIAS GERAIS

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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1606 Mensagem por prp » Seg Jun 22, 2015 2:28 am

Eu achei que tinha mudado. rsrsr
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1607 Mensagem por foxbat » Seg Jun 22, 2015 6:12 am

Grep escreveu:Boato via redes sociais espalha suposta mudança na CNH, em RR
Informações estão sendo repassadas via WhatsApp e e-mail.
Diretor do Detran afirma que não há mudanças nas regras vigentes.
Natacha Portal
Do G1 RR


1 comentário
CNH (Foto: G1/AC)
Procedimento para renovação de CNH continua
inalterado (Foto: G1/AC)
Um texto com uma série de mudanças na legislação quanto a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está sendo repassado via redes sociais e tem causado confusão em motoristas roraimenses. As supostas novas regras seriam válidas para a CNH e o uso do extintor veicular.
O texto relata supostas alterações em relação a uma nova regra de renovação da carteira. Segundo o boato, se não for renovada após 30 dias do vencimento, a habilitação será cancelada automaticamente e o condutor obrigado a prestar novamente os exames médico, psicotécnico, de legislação e prática veicular, os mesmos feitos para obtenção da permissão para dirigir.

...

http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/ ... em-rr.html
Obrigado amigo, já estava apavorado.
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1608 Mensagem por cassiosemasas » Ter Jun 30, 2015 4:06 pm

Ministério da Defesa assina acordo de parceria tecnológica com os EUA


DE SÃO PAULO
29/06/2015 18h27

O ministro da Defesa brasileiro, Jaques Wagner, e o secretário de Defesa americano, Ashton Carter, assinaram nesta segunda-feira (29) acordos para aumentar a parceria tecnológica e a troca de informações entre os países.

Os documentos são assinados durante a visita da presidente Dilma Rousseff e de dez ministros aos Estados Unidos. O encontro entre Wagner e Carter aconteceu em Washington.

Imagem
O ministro Jaques Wagner é recebido pelo secretário de Defesa, Ashton Carter, no Pentágono

O primeiro deles permitirá a realização de treinamentos conjuntos, cursos e estágios de membros das Forças Armadas do Brasil e dos Estados Unidos. Também facilita as negociações comerciais de equipamentos e armamentos.

Os dois países também acertaram um mecanismo que permitirá a troca de informações militares entre os comandos militares. Segundo o Ministério da Defesa, isso contribuirá para o avanço tecnológico militar brasileiro.

As negociações para os dois acordos haviam começado em 2010, mas ainda esperavam a aprovação do Congresso. O ministro pressionava os parlamentares para aprová-los antes da viagem aos Estados Unidos.

As iniciativas deverão diminuir a disparidade na balança comercial no setor de defesa. Segundo o Ministério da Defesa, o Brasil importou US$ 42,4 bilhões em equipamentos americanos, contra US$ 31,4 bilhões de exportações.

Antes do encontro com Carter, Wagner apresentou os projetos de cooperação para as Forças Armadas a empresários americanos e brasileiros na Câmara de Comércio dos Estados Unidos.

A comitiva de empresários brasileiros foi chefiada pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança, Sami Hassuani, presidente da Avibras Indústria Aeroespacial.

Fonte.




...
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1609 Mensagem por prp » Ter Jun 30, 2015 6:12 pm

José Cerra rifando a Petrobras neste momento no Senado.!!!!!!!!!!!!
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1610 Mensagem por Clermont » Sex Jul 03, 2015 6:47 pm

Os últimos da fila.

Sabem o que aconteceu nos 22 estados americanos que liberaram o uso e plantio da maconha? Nada, absolutamente nada, o crime não aumentou, nem diminuiu.

Nelson Motta, O Globo - 03/07/2015.

Um dos países mais atrasados do mundo em políticas para drogas, o Brasil tem a tênue esperança de um tardio avanço na próxima decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização dos usuários. Muitos são contra por ignorância: em recente pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, 75% das pessoas dizem não ter informações para fazer um juízo sobre drogas. As resistências mais fortes são dos evangélicos e da Igreja católica, unidos contra a liberdade individual. Mas o Brasil é laico, religiões não mandam nada no Estado.

Sabem o que aconteceu nos 22 estados americanos que liberaram o uso e plantio da maconha? Nada, absolutamente nada, o crime não aumentou, nem diminuiu, as lanchonetes não foram invadidas por hordas de doidões famintos, nada mudou na vida das famílias e das instituições, não se bebeu mais nem menos do que antes, as internações hospitalares ficaram estáveis, não aumentou nem diminuiu o consumo de cocaína, heroína ou metanfetamina, ou as prisões por crimes ligados a drogas pesadas. É um tédio: não mudou nada.

A única mudança relevante foi no Colorado, onde a arrecadação de impostos com a plantação e comercialização de maconha superou a expectativa do Orçamento e cada contribuinte recebeu restituição de U$ 7,45 no seu imposto de renda estadual.

Mesmo se a pior direita republicana assumir o poder, enquanto as instituições democráticas funcionarem, é um caminho sem retorno. É quase impossível voltar a uma proibição depois de anos de uma liberação que se mostrou inócua. O mais provável é que outros estados venham a aderir à liberação. Ou vão preferir manter os custos da proibição inútil em vez de controlar o consumo e receber milhões em impostos, agora que 22 estados provaram que os perigos da liberação eram fantasias?

Em Lisboa, cidade com o segundo índice mais baixo de criminalidade da Europa, onde se pode andar sozinho e seguro na rua a qualquer hora, há mais de três anos cada um planta e fuma o que quiser e nada acontece. Já no Rio de Janeiro, a maconha é proibida e combatida ferozmente, queimando tempo, dinheiro e vidas, mas ninguém pode andar na rua em paz.
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1611 Mensagem por Bourne » Dom Jul 05, 2015 12:21 pm

Tenho uma posição bem avançadinhas: liberal tudo, liberal geral!!!

A militarização da guerra contra as drogas serviu para alimentar e criar máfias. Além de jogar o custo de aquisição e qualidade lá embaixo.

Se a política fosse como a guerra contra o cigarro, ai sim poderia ter mais resultados. Olhem como o cigarro é abominado hoje em dia. Sobra o consumo bem visto de charutos e cachimbos que são produtos muito específicos e consumidos em ocasiões especais.
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1612 Mensagem por Sterrius » Dom Jul 05, 2015 4:08 pm

Meu problema são apenas com as drogas sinteticas e ultra pesadas.

Crack seria um exemplo. Altamente viciante e destrutivo.

Quanto as leves tipo a maconha concordo, pode ficar junto com o cigarro.
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1613 Mensagem por Bourne » Dom Jul 05, 2015 4:27 pm

Até agora o governo não consegue controlar os anabolizantes e estimulantes. Isso é muito, mais muito pior que maconha.
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1614 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Jul 05, 2015 4:34 pm

Bourne escreveu:Se a política fosse como a guerra contra o cigarro, ai sim poderia ter mais resultados. Olhem como o cigarro é abominado hoje em dia. Sobra o consumo bem visto de charutos e cachimbos que são produtos muito específicos e consumidos em ocasiões especais.
Mas a estratégia que funcionou com o cigarro não funcionou com o álcool...
Sterrius escreveu:Quanto as leves tipo a maconha concordo, pode ficar junto com o cigarro.
Existem algumas drogas "legais", por exemplo: o álcool, o tabaco, a cafeína, a razão dessas drogas serem legais e a maconha proibida são razões principalmente culturais, não adianta procurar razões médicas ou qualquer outra para o álcool ser permitido e a maconha não... É só cultura mesmo, mas por outro lado, é um caso a se pensar, das drogas legais o álcool é o que causa o maior prejuízo, e os efeitos do THC são mais parecidos com os do álcool do que de qualquer outra droga legal, e é nos resultados das campanhas de "beba com moderação" e nos prejuízos do álcool que deve se projetar qual seria o custo da liberação da maconha, não no cigarro.

Essa é uma das ressalvas que eu tenho em relação a maconha, a segunda, é sobre o tráfico internacional, uma coisa é liberar uma droga em um país que é o destino final das drogas ou a origem, outra coisa é liberar em um país que é uma rota, eu não espero que com a liberação da maconha os traficantes parem de passar cocaína pelo Brasil, ou mesmo que parem de passar maconha "ilegal" pelo país, e nem espero que esses mesmos traficantes não cometam outros crimes, como cometem hoje, o crime não existe porque algo "deveria ser permitido" mas porque tudo que é ilegal é mais lucrativo, até vender bananas ilegalmente é mais lucrativo que legalmente, por isso, acho o argumento do combate a criminalidade um argumento muito, mas muito ruim.

Tirando essas duas ressalvas, faz-se um plebiscito, "legaliza a maconha?" Se o sim vencer, adiciona mais essa droga legal, se o não vencer, se combate de verdade, não esse "finge que é proibido" que é hoje.

Das drogas sintéticas e as mais pesadas como o Sterrius falou, ai já é um problema de saúde pública.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1615 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jul 05, 2015 5:08 pm

Marechal-do-ar escreveu:Essa é uma das ressalvas que eu tenho em relação a maconha, a segunda, é sobre o tráfico internacional, uma coisa é liberar uma droga em um país que é o destino final das drogas ou a origem, outra coisa é liberar em um país que é uma rota, eu não espero que com a liberação da maconha os traficantes parem de passar cocaína pelo Brasil, ou mesmo que parem de passar maconha "ilegal" pelo país, e nem espero que esses mesmos traficantes não cometam outros crimes, como cometem hoje, o crime não existe porque algo "deveria ser permitido" mas porque tudo que é ilegal é mais lucrativo, até vender bananas ilegalmente é mais lucrativo que legalmente, por isso, acho o argumento do combate a criminalidade um argumento muito, mas muito ruim.
Existe um aspecto adicional a considerar neste ponto.

A eventual liberação da maconha liberaria recursos policiais para aumentar a repressão contra o tráfico de outras drogas mais pesadas, ao mesmo tempo que reduziria consideravelmente a quantidade de recursos disponíveis para os traficantes. Afinal, ninguém iria comprar drogas de bandidos se elas estivessem disponíveis em lojas legalizadas, a menos que eles dessem um bom desconto nos preços, o que de qualquer forma reduziria seus lucros que hoje são exorbitantes. Isso em si já geraria benefícios que devem também ser somados à equação.


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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1616 Mensagem por Bourne » Dom Jul 05, 2015 5:23 pm

Lembrem que a venda legalizada também permite que existam parâmetros legais para qualidade do produto, além de produção caseira e artesanal. Outro aspecto é a exigência de qualidade pelo consumidor e transformar em algo glamouroso como vinhos e charutos.

Os traficantes vão partir para outros negócios. Por que não terão como competir com mercado legal e ter lucro para compensar os riscos. Hoje mesmo cigarros contrabandeados decaiu por ser muito arriscado o contrabando.

Como diz um blog/canal de charutos e cachaças que acompanho "isso faz mal. Saiba disso. Se for comprar que seja de qualidade e aprecie. E não vá fumar 8 charutos por dia."
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1617 Mensagem por prp » Dom Jul 05, 2015 7:15 pm

Tem gente ai que aprecia um charuto [082]
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1618 Mensagem por Wingate » Qui Jul 09, 2015 4:51 pm

Deu curto-circuito no AC/DC:




Phil Rudd, AC/DC drummer, sentenced to house detention

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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1619 Mensagem por Wingate » Ter Jul 14, 2015 12:52 pm

Oportunidades de emprego temporário no Canadá (TI e indústria):


Canadá busca brasileiros para trabalho temporário


http://exame.abril.com.br/carreira/noti ... temporario

Oportunidades / Empresa
Analista em administração de banco de dados Revenu Québec
Analista em sistemas de informática Systématix
Desenvolvedor sênior front-end ABACUS RH
Desenvolvedor de software Multiplataforma C++ - especialista QT GUI ABACUS RH
Profissional atuante na área de produtos pré-fabricados de concreto Béton Bolduc
Analista programador Systématix
Programador analista sênior (TelDig) TelDig Inc.
Programador analista pleno TelDig Inc.
Desenvolvedor de banco de dados ABACUS RH
Desenvolvedor de software .Net ABACUS RH
Operador de máquina CNC AMEC Usinage
Especialista de contact center - Genesys Paxyl Solutions
Arquiteto .Net L-IPSE
Analista L-IPSE
Analista programador .NET L-IPSE
Consultor em gestão de projetos Revenu Québec
Especialista na metodologia SCRUM Revenu Québec
Consultor em infraestrutura de tecnologia Revenu Québec
Arquiteto .Net L-IPSE
Analista programador .Net L-IPSE
Operador de prensa multifuncional Béton Bolduc
Eletromecânico Béton Bolduc
Desenvolvedor Java ABACUS RH
Projetista de moldes I. Thibault
Operador de máquina CNC I. Thibault
Consultor em arquitetura de TI Revenu Québec

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Re: NOTÍCIAS GERAIS

#1620 Mensagem por cassiosemasas » Sex Jul 31, 2015 5:15 pm

'Só sei quem é o Lulinha por foto na internet’, diz presidente da JBS

Ruth Costas
Da BBC Brasil em São Paulo
31/07/201508h59


Imagem
O presidente da JBS, Wesley Batista


A empresa JBS, dona da marca Friboi, há algum tempo já é a maior produtora de carne bovina e a maior processadora de proteína animal do mundo. Mas, desde o ano passado, acrescentou mais um título à sua coleção de superlativos. Após um aumento de 30% nas vendas, superou a Vale para se tornar a maior empresa privada do Brasil.

A diversificação geográfica e de produtos explica a resiliência à estagnação da economia brasileira, segundo o presidente da empresa, Wesley Batista. Parte das operações da JBS está nos EUA, o que significa um grande faturamento em dólar. Além disso, se a crise faz o brasileiro deixar de comer carne bovina, impulsiona o consumo de frango - também produzido pela JBS.

Fundada pela família Batista em Anápolis, Goiás, a JBS tem uma história de sucesso incontestável, mas permeada por algumas polêmicas. Hoje, também é a maior doadora de campanha do país, tendo contribuído com mais de R$ 300 milhões só nas eleições de 2014.

Qual o objetivo das doações? "Fazer um Brasil melhor", promete Batista, em entrevista exclusiva à BBC Brasil. Mas, se o objetivo é esse, investir em político não é arriscado? "Sem dúvida", admite, acrescentando que o risco "faz parte".

Em uma conversa na sede da empresa, em São Paulo, Batista falou sobre a relação da JBS com o BNDES, a Lava Jato e os rumores de que o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis da Silva, conhecido como Lulinha, seria um sócio oculto de sua empresa. Confira:

BBC Brasil - Pedi para um taxista me trazer na JBS e ele perguntou: A empresa do Lulinha? Qual a origem desses rumores?

Wesley Batista - [Risos] Vamos ter de fazer uma reunião com taxistas, porque já ouvi isso de muita gente. Talvez organizar um evento com o sindicato para eles pararem com essa palhaçada. Essa conversa é absurda e sem nexo. É difícil dizer de onde saem [esses rumores]. A impressão que temos é que foram plantados em campanhas por adversários políticos [do PT]. Parece que foi um site específico.

Mas não é só isso. Nossa empresa tem uma história. Meu pai começou esse negócio do nada, 60 e poucos anos atrás. Quando [o presidente] Juscelino [Kubitschek] decidiu erguer Brasília, meu pai foi vender carne para as empresas que estavam construindo a cidade em uma precariedade danada. Trabalhou duro, fez uma reputação. E, sem falsa modéstia, somos bem-sucedidos no que fazemos.

Não sei se é um tema cultural, mas, se você pesquisar, vai achar vários empresários bem-sucedidos acusados de receber ajuda. Parece que no Brasil há uma dificuldade de se reconhecer que alguém pode crescer por ser competente ou por força do seu trabalho - e não por sorte ou porque é testa de ferro ou sócio de alguém.

Como assim?

Há 15 anos, em Goiás, quando éramos muito menores, você ia achar muitos taxistas dizendo que [a JBS, na época Friboi] era do Íris Rezende, que foi governador do Estado várias vezes. Era parecido com essa história do Lulinha. Sempre crescemos muito e as pessoas tinham de achar uma justificativa: "Como eu não cresço e o outro cresce?".

Aqui neste lugar [sede da JBS] funcionava o escritório do Bordon, que chegou a ser uma das maiores empresas de carne bovina do Brasil. O Bordon por muitos anos "foi" do Delfim Neto [ex-ministro da Fazenda]. Quer dizer, foi enquanto ia bem. Quando começou a ir mal, ninguém mais falava que era do Delfim.

Talvez isso [rumores] tomou uma proporção maior pelo tamanho que a empresa ganhou. E em função das redes sociais. Mas o que a JBS tem feito é fruto do trabalho e das pessoas competentes que tem aqui dentro.

Como é sua relação com Lula?

Lula foi presidente por oito anos. Só o encontrei uma vez nesse período, em uma reunião setorial no palácio, com 30 pessoas na sala, ministros, CEOs etc. Não tenho certeza sobre meu irmão [Joesley Batista], mas acho que ele nunca encontrou o Lula quando ele era presidente. Fomos conhecê-lo depois, porque nos chamaram no Instituto Lula justamente para explicar isso [os rumores]. Eles perguntaram: "Que diabos é isso? São vocês que estão falando isso?". Respondemos: "De jeito nenhum, presidente Lula, achamos isso um negócio sem pé nem cabeça".

No total, encontrei o Lula três vezes depois que ele deixou a Presidência. Teve um evento de uma revista em um hotel. Sentei na mesa, ele estava almoçando. E teve outra vez em uma inauguração de alguma coisa. Essa é a relação. É muito distante.

E com o Lulinha?

Nunca vi o Lulinha na minha vida. Sei quem ele é por foto na internet. Um amigo um dia falou: "Wesley, ele é parecido com você". Eu respondi: "Tá louco!". Aí fui olhar. Mas nunca apertei a mão do Lulinha. Meu irmão encontrou ele uma vez em um evento social, uma festa. Uma pessoa que estava lá ainda brincou: "Vem cá que eu vou te apresentar teu sócio. O sócio que você não conhece". Aí meu irmão disse: "Rapaz, o povo fala que somos sócios e nunca nem tinha te visto".

Outro tema polêmico são os recursos que a JBS recebeu do BNDES.

Aí temos outro mito descabido. Ouço constantemente que a JBS recebe dinheiro subsidiado do BNDES. As pessoas não se dão ao trabalho [de conferir]. A JBS não recebe empréstimos do BNDES. Ponto. Isso é público. A JBS não deve um centavo ao BNDES. Público. Para não falar que não deve um centavo, deve R$ 40 e poucos milhões, que veio de aquisições que fizemos, da Tyson e da Seara.

Mas a empresa recebeu aportes via BNDESPar (o braço de participações do BNDES. Ele compra ações de empresas. Não faz empréstimos, mas se torna 'sócio' das companhias).

A JBS vendeu participação acionária para o BNDESPar, que participa em 200 ou mais empresas. E importantíssimo: depois que a JBS já tinha capital aberto. A transparência foi total. Além disso, se formos olhar o investimento que o BNDESPar fez e o que tem hoje, eles tiveram um resultado extraordinário. Provavelmente, um dos melhores da sua carteira. No que diz respeito ao valor [dessas operações] também existe um engano tremendo, [uma confusão] do que foi compra na JBS e em empresas que depois viemos a adquirir. O total de aportes na JBS foi da ordem de R$ 5 bilhões. Eles compraram isso em ações que hoje, felizmente, valem muito mais.

A JBS seria desse tamanho não fosse a ajuda do BNDES na fase quente de aquisições para a empresa, 2007, 2008, 2009?

Primeiro, a gente não acha que foi ajuda. O BNDES não nos ajudou. Ele fez um negócio e nós fizemos um negócio. E nós entregamos. Ajudar é quando você dá um dinheiro e não cobra. Por outro lado, de forma nenhuma podemos dizer que a participação do BNDES não foi importante. Como os outros acionistas, eles foram importantes para a JBS emitir ações, levantar equity.

É difícil responder o que teria sido sem o BNDES. Há fundos soberanos em vários países e teríamos corrido atrás de interessados. Mas não dá para garantir que teríamos atraído outros fundos.

O BNDES é um banco público. O que a aposta na JBS trouxe de resultado para a sociedade?

Se for o caso, a sociedade precisa discutir o papel do BNDES, não o fato do banco investir na JBS ou na Vale. Hoje politizaram esse debate e a discussão política não cabe a nós. Em vários lugares do mundo você tem bancos de desenvolvimento que atuam de forma semelhante. O BNDES tem uma gama de objetivos ampla, que vai desde a questão social e econômica ao desenvolvimento do mercado de capital brasileiro - e a JBS é hoje uma das companhias mais valiosas nesse mercado. Toda a sociedade ganha com um mercado de capital fortalecido.

Além disso, há a questão a internacionalização. Hoje, o Brasil tem uma presença no território americano muito mais expressiva que há 10 anos. Só a JBS tem 70 mil funcionários nos EUA. E isso não pesa nas relações de país a país? Sem dúvida.

Também contribuímos para a formalização de nosso setor e da cadeia pecuária. A indústria frigorífica do país era informal e já deu prejuízos astronômicos. Hoje, tem três empresas listadas em bolsa, com transparência. O setor se profissionalizou.

Não falta uma abertura maior das informações do banco? O TCU já pediu para acessar dados sobre os acordos com a JBS...

É difícil opinar. Acho que isso tem mais a ver com um debate político. É usado como gancho desse debate.

Mas a JBS apoia uma abertura maior dos termos dos acordos? O banco alega que isso prejudicaria as empresas.

É difícil falar. O TCU não nos pediu nada. Eles pediram ao BNDES. Não temos conhecimento, no detalhe, de que tipo de informações estão pedindo. A maioria das coisas já é pública. Quanto a JBS deve ao BNDES? Divulgo isso em minha demonstração de resultado. Quanto ele comprou de participação acionária? Quanto valia quando ele comprou e quanto vale agora? Tudo é público.

Talvez: quais os critérios para a escolha da JBS? Por que não o frigorífico X ou Y?

Não vou responder pelo BNDES, mas às vezes pode ser porque, naquele momento, foi a JBS que foi atrás, que bateu na porta. A JBS não tem como opinar.

Delatores da Lava Jato têm relatado como doações de campanha foram usadas para abrir portas. A JBS é a maior doadora de campanha no Brasil. O que espera conseguir com essas doações?

Está se criando uma imagem de que a doação de campanha existe porque há alguma contrapartida. Mas não é assim, você não pode generalizar. Há setores e setores. Primeiro, a JBS não tem negócios com o governo, não faz obra e não vende [para o governo]. Se vende é coisa insignificante para alguma prefeitura, talvez merenda escolar. Não é uma empresa cuja atividade depende desse relacionamento. Nem tem dinheiro a receber.

Por que doação de campanha? Primeiro porque esse é o modelo brasileiro. As campanhas são financiadas com doações privadas. E o que você espera? Espera que o Brasil seja melhor. Para a JBS um país melhor tem um valor financeiro gigantesco. Por que a JBS participa em doações de campanha? Porque acredita que, participando, tem condições de apoiar partidos e pessoas que, se ganham, podem contribuir para a gente ter um país melhor. E com um pais melhor, automaticamente, a JBS tem um ganho de valor extraordinário.

Mas a JBS doa tanto para o governo quanto para a oposição. Qual a lógica disso? Vocês acham que qualquer um que ganhe o país melhora?

Não é assim. A bolsa brasileira é de 50 mil pontos. Se fosse de 80 mil pontos, a JBS valeria 50% a mais, ou R$ 25 bilhões [a mais]. Então você tem um negócio relevante. Aí você diz: "Mas a JBS doou pra um e para outro". É verdade. Tem um defeito no modelo brasileiro. São tantos partidos que você não quer ficar rotulado como um cara que tem partido. Não temos partido. Por exemplo, o finado Eduardo Campos era um político no qual achávamos que valia investir. Era promissor .

Se você doa para políticos que concorrem entre si, não parece estar identificando os "promissores".

Idealmente, você deveria escolher alguns. Mas ninguém quer ficar rotulado como "aliado" ou "opositor". A gente sempre fala para qualquer político que vem aqui: não somos políticos, somos empresários. Queremos contribuir apoiando bons políticos, mas não temos lado. Não é uma questão de escolha.

Se o objetivo é um Brasil melhor, o investimento em político não é arriscado? Não seria melhor um instituto de combate à pobreza ou algo do tipo?

Sem dúvida é arriscado. Temos investimentos em outras áreas [sociais]. Dentro dessa sede da empresa, há uma escola com 600 alunos, porque acreditamos que o maior gap que o Brasil tem não é infraestrutura, é educação.

É um investimento arriscado, claro. Investimos alguns milhões no Eduardo [Campos]. Investimos em alguns partidos ou políticos que depois olhamos e falamos: "Poxa, erramos. Era melhor o outro candidato". Isso faz parte. Se eu soubesse e pudesse só acertar.

Tivemos o escândalo do HSBC recentemente. O que leva alguns grandes empresários a colocarem a reputação em risco para sonegar imposto?

Acho que não há uma ou duas ou três explicações. Cada caso é um caso. Às vezes fico vendo empresas que pagaram para receber dinheiro [ao qual tinham direito] do governo. É errado, claro. Não tem de pagar ninguém. Mas é difícil julgar porque às vezes a pessoa precisa do recurso. Fica entre a cruz e a espada e acaba indo para o caminho incorreto para salvar a empresa. É preciso ver em que circunstâncias o sujeito fez isso. Não estou falando do funcionário público ou político que recebeu propina, porque eles estão ali para prestar um serviço público. Também tem empresários e empresários. Mas é difícil julgar.

O senhor parece estar se referindo à Lava Jato. É isso?

De novo, acho que tem casos e casos. Pode ter casos em que [o empresário] fez errado, que corrompeu o corrompido, que foi iniciativa da empresa. É horrível. Não que de outra forma não seja horrível. Mas generalizar não é correto. Tem bons empresários e maus empresários. Boas empresas e más empresas. E também é preciso ver as circunstâncias em que as coisas aconteceram. Não dá para sair julgando. O Brasil precisa de um amadurecimento, até da imprensa. Há uma imprensa cuidadosa, mas outra que emite opinião sem fatos e dados suficientes.

Por exemplo?

Nós tivemos dois casos nesse sentido, que mostram que não dá para sair julgando. Fizemos um pagamento da compra de um frigorífico em Ponta Porã e um centro de distribuição no Paraná em uma conta, porque a pessoa mandou [fazer o depósito] contra ordem de terceiro. A conta estava no meio da Lava Jato. Foi um barulho [sem propósito].

O outro [caso] diz respeito a anotação [encontrada em uma planilha] de Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras e delator da Lava Jato]?

Ele fez uma anotação numa agenda, ou sei lá no que. "J&F (holding controladora da JBS): tantos mil pra mim, tantos pro fulano". Na operação, a Policia Federal pegou isso e saiu [na imprensa] algo que fazia parecer que a JBS fez um negócio [ilícito].

Na prática, foi algo tão descabido: uma pessoa que conhecia meu irmão ligou para ele um dia e disse que tinha um amigo que queria vê-lo para oferecer uma empresa. Normal no mundo empresarial. Meu irmão falou: "Tudo bem, traz seu amigo para falar com um diretor meu". Essa pessoa era o Paulo Roberto Costa, que foi lá oferecer a Astromarítima. Ele estava pensando em ganhar corretagem [com a venda da empresa], o que também é normal, desde que ele declare essa comissão. A proposta não interessou. Mas nesse meio tempo o cara deve ter feito a continha: "Se eu vender, recebo tanto". Virou um negócio que "meu Deus".

Também confundiram os nomes. Esse amigo do meu irmão tinha o primeiro ou segundo nome igual ao de um executivo da OAS preso. A imprensa deduziu que era a mesma pessoa. Isso tudo já está explicado. Mas se cria um negócio não concreto, um julgamento de valor. Opinar quem fez e quem não fez na Lava Jato é para os procuradores, juízes e investigadores.

Com a desaceleração da economia, há o medo que o Brasil reverta os ganhos sociais dos últimos anos. Há quem defenda que os ricos poderiam pagar mais impostos para aliviar o impacto do ajuste sobre os pobres. Sua família está no topo da pirâmide social brasileira. O que acha?

Pergunta difícil. Essa você pegou pesado. Olha, isso não é uma novidade. Em vários países, quem tem mais paga mais. Nós temos uma situação específica do Brasil. Já temos uma das maiores cargas tributárias do mundo, e aí é que eu acho que está o debate. Não é se se cobra mais de quem tem mais e menos de quem tem menos. Já temos impostos demais e os impostos aqui são muito complicados. Além do custo de pagar, o custo de administrar, isso é monstruoso. Nossa companhia nos EUA é tão grande quanto no Brasil, mas temos aqui dez vezes mais pessoas envolvidas com a questão dos tributos. O foco deveria ser simplificar esse troço.

BBC Brasil - Os processos trabalhistas são o tema de muitos comentários negativos contra a JBS nas redes sociais. O que vocês estão fazendo para diminuir isso?

Muita coisa. Cada dia mais. Temos uma área de compliance trabalhista composta por engenheiros de segurança do trabalho, ergonomistas, advogados, um grupo multifuncional que vai de fábrica em fábrica. Lógico que não somos perfeitos. Temos problemas, mas isso às vezes é superdimensionado. Dado o universo que a JBS trabalha, a quantidade de fábricas, nossos indicadores são bons. Temos 120 mil funcionários no Brasil. É claro que não queríamos ter problema nenhum. Nenhum acidente. A gente trabalha para isso. Mas, infelizmente, às vezes tem alguns casos.



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