Sterrius escreveu:Apesar da nossa aversão a misseis, a de se lembrar que a maioria dos nossos ambientes de combate não são favoraveis a armas de longo alcance.
Centros urbanos altamente populosos, Florestas e relevo extremamente irregular no caso da caatinga.
A impossibilidade de uso de veículos ultra blindados como tanques de 40T ou superior tb torna o uso de morteiros e outros explosivos de menor poder penetrante ainda eficientes.
Não é realmente uma desculpa, misseis AT e AInfantaria deveriam ser um pacote padrão disponível pra todos as operações por todos esses ambientes terem lugares a céu aberto, mesmo que intermitentes. Mas é uma ajuda.
Seria interessante discutir, talvez em outro tópico dedicado a isso, que armamentos (armas leves, pesadas, anticarro, veículos, etc..) seriam apropriados para cada região do Brasil, considerando os cenários descritos pelo colega.
SDS,
Wingate
Re: UCRÂNIA
Enviado: Ter Abr 12, 2016 1:38 pm
por FCarvalho
LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Eu não sei ao certo, mas creio que o uso integrado de AT-4, Carl Gustav + NLAW + um missil AT pesado, seriam a combinação ideal. O resto, morteiros podem dar conta na medida da oportunidade e necessidade.
AT-4 e Carl Gustav são basicamente a mesma coisa, e o que usamos é a Alac, que também é. Infelizmente nenhum deles é muito adequado contra coisas como ninhos de metralhadoras, pelo pequeno alcance. E até onde sei não temos nada como o NLAW.
Bem Leandro, isso vai depender do TO, do esquadro do combate em andamento, e dos objetivos imediatos a serem alcançados, e como se desenvolvem as ações. Este tipo de armamento geralmente atua na faixa dos 300-600 metros. Já os misseis, acima dos 800-1000 metros. Os morteiros idem, do levíssimo 60 ao pesado 120. No caso do NLAW, temos/tínhamos por aqui o Eryx francês da mesma categoria, e que foi testado na brgda pqdt, mas que parece não passou disso. Me parece que este tipo de míssil sim seria mais adequado a algumas situações para apoio direto a infantaria, na defesa ou no ataque como os mostrados no vídeo.
Não sou muito a favor de gastar mísseis AT da forma como se vê no vídeo. Parece que os caras estão usando um RPG-7 nos tempos da vovó... meio complicado isso.
Os argentinos nas Malvinas também não eram.
Mas os ingleses eram sim .
Com certeza deve ter sido porque eles tinham muitos Milan a disposição, e também porque os LAW disponíveis também não se prestavam aos embates naquelas ilhas, geralmente travados a distâncias médias e longas. O que não significa dizer porém, que o trabalho não pudesse ter sido feito com outros recursos, como AT-4/CG se tivesses disponíveis à época.
Em todo caso para nós aqui onde um míssil AT é algo quase que revolucinário para a imensa maioria da tropa, fica a questão e a lição.
E este é um ponto sobre o qual se pensar.
Bem, já se vão mais de vinte anos para desenvolver um simples míssil AT e até hoje nada. A maioria da nossa tropa desconhece ou ignora tecnologia de ponta no SMO e mesmo nos engajados. Honestamente, para um exercito acostumado a se preocupar mais com ACISO e MMI do que com combate e armamento moderno, bem, não se pode dizer muita coisa.
Leandro G. Card
abs.
Re: UCRÂNIA
Enviado: Ter Abr 12, 2016 2:36 pm
por LeandroGCard
FCarvalho escreveu:Com certeza deve ter sido porque eles tinham muitos Milan a disposição, e também porque os LAW disponíveis também não se prestavam aos embates naquelas ilhas, geralmente travados a distâncias médias e longas. O que não significa dizer porém, que o trabalho não pudesse ter sido feito com outros recursos, como AT-4/CG se tivesses disponíveis à época.
Sim, sem dúvida eles tinham muitos mísseis à disposição, PORQUE FIZERAM QUESTÃO DE QUE ASSIM FOSSE, apesar das dificuldades logísticas. Lembre-se de que eles estavam travando uma guerra a milhares de km da base de apoio mais próxima, e tiveram que preparar tudo às pressas. Mas os mísseis estavam lá quando necessários, nas quantidades adequadas, e fizeram a diferença (causando 70% das baixas argentinas ).
Já sistemas como o AT-4/CG não foram tão úteis neste caso (e os ingleses também os tinham). O terreno era aberto, com pouca cobertura de árvores ou construções e muitas colinas. Os argentinos posicionaram diversos ninhos de metralhadoras em pontos elevados ao redor de Port Stanley e no entorno das vias de acesso, garantindo bons campos de tiro, e o alcance e precisão das metralhadores é superior ao do AT-4/CG. Seria suicídio tentar eliminar as posições argentinas se aproximando à distância de disparo efetiva de um lança-rojão. Já os mísseis permitiam eliminá-las facilmente de fora do alcance das metralhadoras.
Lança-rojão de ombro são mais úteis em cidades ou áreas mais arborizadas, onde se pode preparar emboscadas ou se aproximar do inimigo por caminhos alternativos sem abandonar a proteção. Mas se o inimigo tem um campo de tiro livre eles tem pouca utilidade. Morteiros poderiam talvez fazer o serviço, mas sua baixa precisão inerente (CEP de até dezenas de metros) tornariam necessário muito mais munição e tempo. Os mísseis, por outro lado, permitiam eliminar os pontos defensivos argentinos praticamente assim que ele eram descobertos, sem riscos para os atacantes. Esta foi a principal razão para a celeridade do avanço inglês mesmo sem muitos veículos blindados no apoio (eles levaram apenas 4 Scorpion e 4 Scimitar).
Leandro G. Card
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qua Abr 13, 2016 12:45 pm
por Lirolfuti
Hipocrisia 1.000%
Os entendidos entenderam....
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qua Abr 13, 2016 1:34 pm
por Bolovo
Um membro de uma unidade com viés neonazista carregando um fuzil israelense...
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qua Abr 13, 2016 2:10 pm
por Wingate
Curiosidade: Os primeiros esquadrões de caças da nascente Força Aérea Israelense eram compostos de Messerchmitts Me-109, comprados logo depois do fim da guerra, na Tchecoslováquia.
Um outro exemplo de onde bons e confiáveis armamentos vão parar. A história está cheia de exemplos.
Wingate
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qua Abr 13, 2016 4:05 pm
por J.Ricardo
Na verdade era uma versão produzida na Tchecoslováquia com ferramental deixado pelo alemães, mas me parece que não chegavam aos pés dos originais, principalmente por não contarem com os mesmos motores.
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qua Abr 13, 2016 8:57 pm
por EDSON
Unidade de Donbass se dirigindo para linha de frente.
5º Brigada de Dombass.
6º Brigada de Donbass
10º Brigada de Artilharia de Lugansk
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qui Abr 14, 2016 1:57 pm
por FCarvalho
Interessante como estes guerrilheiros estão bem organizados e equipados. Até parecem um exercito de verdade.
abs.
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qui Abr 14, 2016 2:35 pm
por EDSON
FCarvalho escreveu:Interessante como estes guerrilheiros estão bem organizados e equipados. Até parecem um exercito de verdade.
abs.
Eles se organizaram em 9 brigadas e três regimentos. Tem material capturado mas boa parte do equipamento acima agora é fornecido pelos russos.
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qui Abr 14, 2016 3:39 pm
por FCarvalho
EDSON escreveu:
FCarvalho escreveu:Interessante como estes guerrilheiros estão bem organizados e equipados. Até parecem um exercito de verdade.
abs.
Eles se organizaram em 9 brigadas e três regimentos. Tem material capturado mas boa parte do equipamento acima agora é fornecido pelos russos.
Era de se esperar. Agora só falra na verdade o exercito russo de vez na história.
abs.
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qui Abr 14, 2016 3:48 pm
por FCarvalho
LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Com certeza deve ter sido porque eles tinham muitos Milan a disposição, e também porque os LAW disponíveis também não se prestavam aos embates naquelas ilhas, geralmente travados a distâncias médias e longas. O que não significa dizer porém, que o trabalho não pudesse ter sido feito com outros recursos, como AT-4/CG se tivesses disponíveis à época.
Sim, sem dúvida eles tinham muitos mísseis à disposição, PORQUE FIZERAM QUESTÃO DE QUE ASSIM FOSSE, apesar das dificuldades logísticas. Lembre-se de que eles estavam travando uma guerra a milhares de km da base de apoio mais próxima, e tiveram que preparar tudo às pressas. Mas os mísseis estavam lá quando necessários, nas quantidades adequadas, e fizeram a diferença (causando 70% das baixas argentinas ).
Já sistemas como o AT-4/CG não foram tão úteis neste caso (e os ingleses também os tinham). O terreno era aberto, com pouca cobertura de árvores ou construções e muitas colinas. Os argentinos posicionaram diversos ninhos de metralhadoras em pontos elevados ao redor de Port Stanley e no entorno das vias de acesso, garantindo bons campos de tiro, e o alcance e precisão das metralhadores é superior ao do AT-4/CG. Seria suicídio tentar eliminar as posições argentinas se aproximando à distância de disparo efetiva de um lança-rojão. Já os mísseis permitiam eliminá-las facilmente de fora do alcance das metralhadoras.
Lança-rojão de ombro são mais úteis em cidades ou áreas mais arborizadas, onde se pode preparar emboscadas ou se aproximar do inimigo por caminhos alternativos sem abandonar a proteção. Mas se o inimigo tem um campo de tiro livre eles tem pouca utilidade. Morteiros poderiam talvez fazer o serviço, mas sua baixa precisão inerente (CEP de até dezenas de metros) tornariam necessário muito mais munição e tempo. Os mísseis, por outro lado, permitiam eliminar os pontos defensivos argentinos praticamente assim que ele eram descobertos, sem riscos para os atacantes. Esta foi a principal razão para a celeridade do avanço inglês mesmo sem muitos veículos blindados no apoio (eles levaram apenas 4 Scorpion e 4 Scimitar).
Leandro G. Card
Leandro, aqui temos de levar em consideração também o seguinte: os argentinos estavam enfrentando um exercito da OTAN. Era de se esperar então que misseis AT aos milhares fosse algo até esperado nas tropas britânicas. E como havia muitos mesmo, por motivos óbvios, eles então utilizaram o que tinham para o que se pode aproveitar em relação ao TO e ao tipo de combate. Azar dos argentinos que nem isso não tinham.
abs
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qui Abr 14, 2016 4:02 pm
por LeandroGCard
FCarvalho escreveu:Leandro, aqui temos de levar em consideração também o seguinte: os argentinos estavam enfrentando um exercito da OTAN. Era de se esperar então que misseis AT aos milhares fosse algo até esperado nas tropas britânicas. E como havia muitos mesmo, por motivos óbvios, eles então utilizaram o que tinham para o que se pode aproveitar em relação ao TO e ao tipo de combate. Azar dos argentinos que nem isso não tinham.
abs
30 anos atrás era por aí mesmo. Mas hoje usar mísseis AT em massa é padrão até para o Hezbollah, o Isis e os Houtis do Iêmem.
Já estamos no século XXI.
Leandro G. Card
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qui Abr 14, 2016 4:41 pm
por EDSON
FCarvalho escreveu:
EDSON escreveu:
Eles se organizaram em 9 brigadas e três regimentos. Tem material capturado mas boa parte do equipamento acima agora é fornecido pelos russos.
Era de se esperar. Agora só falra na verdade o exercito russo de vez na história.
abs.
O exército russo não utiliza muitos destes equipamentos cedidos e portanto são de seus estoques. Seus batalhões blindados não utilizam BMP1 e muito menos T64 com ERA que é uma versão totalmente ucraniana já que os os russos derreteram seus T64 e os que possuem não tem ERA.
Sempre comentei aqui que os exército russo possui elementos nas fileiras federadas principalmente no que tange seus Sptenatz. A participação a nível de brigadas completas seriam facilmente detectáveis pelo transbordo da fronteira pelos satélites americanos já que a quantidade veículos envolvidos não teria como esconder. A brigada Chechena( da qual não me lembro o número ) pode ter participado do envolvimento do Exército Ucraniano em Iloviask onde pereceram 1.000 membros das forças de segurança ucranianasé a versão mais cabível de unidades russas de proporções acima de um batalhão ou companhia mas isto até agora não pode ser provado.
Re: UCRÂNIA
Enviado: Qui Abr 14, 2016 5:14 pm
por Bolovo
Algumas unidades regulares, em pequenas unidades, equipadas com T-72B3, T-90 e Pantsir também já aparecerem no leste ucraniano.