Geopolítica Brasileira
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Re: Geopolítica Brasileira
Não estou surpreso. Nem pelo projeto de um século e pouco sobre o Brasil querer liderar a América Latina e países emergentes. Nem dos EUA quererem sabotar o projeto. Faltou a terceira via de que os países (ou grupos) latino-americanos em questão não reconhecem nenhum dos dois lados ou chamam ambos de imperialistas.
O Brasil se meter em questões internas e influenciar posições internacionais dos países latino-americanos é comum. Como projeto de estado e baseado em fortes pressões de grupos econômicos, políticos, intelectuais e militares. Isso vem desde o começo do século XIX quando o Brasil interviu no Uruguai. Em outros casos do governo brasileiro ter esfaqueados aliados pelas costas e tomar decisões unilaterais é bem comum. O Brasil bobão e da paz existe na história pseudo-oficial da esquerda engajada que não conhece o Brasil.
Os conflitos e tensões com os EUA são bem comuns e vem de longa data. O Brasil nunca se alinhou automaticamente nos EUA. Sempre trabalhou para condenar intervenções norte-americanas na região. E nas organizações internacionais costuma votar contra ao buscar defender o direito internacional. A relação com países em desenvolvimento cresceu durante o Governo Militar como uma saída para evitar dependência dos EUA e abrir novas perspectivas.
Atenção que tem muita coisa que aconteceu na nossa frente e não tomamos a dimensão na época. E tem coisas acontecendo agora que também não identificamo. E olhem com atenção porque as instituições brasileiras não gostam de quem "trabalha ou parece trabalhar para os estrangeiros".
A história não mudou e não vai mudar.
O Brasil se meter em questões internas e influenciar posições internacionais dos países latino-americanos é comum. Como projeto de estado e baseado em fortes pressões de grupos econômicos, políticos, intelectuais e militares. Isso vem desde o começo do século XIX quando o Brasil interviu no Uruguai. Em outros casos do governo brasileiro ter esfaqueados aliados pelas costas e tomar decisões unilaterais é bem comum. O Brasil bobão e da paz existe na história pseudo-oficial da esquerda engajada que não conhece o Brasil.
Os conflitos e tensões com os EUA são bem comuns e vem de longa data. O Brasil nunca se alinhou automaticamente nos EUA. Sempre trabalhou para condenar intervenções norte-americanas na região. E nas organizações internacionais costuma votar contra ao buscar defender o direito internacional. A relação com países em desenvolvimento cresceu durante o Governo Militar como uma saída para evitar dependência dos EUA e abrir novas perspectivas.
Atenção que tem muita coisa que aconteceu na nossa frente e não tomamos a dimensão na época. E tem coisas acontecendo agora que também não identificamo. E olhem com atenção porque as instituições brasileiras não gostam de quem "trabalha ou parece trabalhar para os estrangeiros".
A história não mudou e não vai mudar.
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Re: Geopolítica Brasileira
O livro mais recente que li sobre o Brasil e América Latina. Confesso que tenho preconceito com jornalista que escreve sobre história e livros romanceados, mas desse gostei.
O padrão de comportamento do Brasil é de país soberano, sociedade e elites que não aceitam interferência estrangeira, existe sentimento nacional. Os Europeus, norte-americanos, chineses, iranianos, entre outros tratam diferentes o Brasil porque pode ser um ótimo parceiro para diversos fins ou criar muitos problemas. O porrete não resolve, precisa negociar e oferecer ceder algo em troca.
Na história, o Brasil se comportou como aliado norte-americano em situações específicas e por pouco tempo. Por exemplo, demorou para escolher o lado na Segunda Guerra Mundial e, logo depois, começou a arranjar rusgas com os norte-americanos mesmo com caminhões de dinheiro e investimentos a fundo perdido.
Outro exemplo, o apoio diplomático e de verbas norte-americanas para o Governo Militar não criou um aliado incondicional. Primeiro, os generais negaram o pedido de mandar tropas para o Vietnam e não rompeu com a URSS. Depois, nos governos Medici e Geisel, a relação desgastou. De um lado, o Brasil pensava demais e ignorava as orientações norte-americanas. De outro, começou a querer conversar com todo mundo, estabelecer relações com China, Oriente Médio, África, defender o direito internacional e não intervenção. Aí na década de 1970 vieram o veto de venda de armas sofisticadas e dificultar a venda de peças de reposição. Era forma de punição por não se alinhar. E pode estar em vigor até hoje.
Tipos de ações do governo militar que irritavam os norte-americanos. Era o Brasil pensando no Brasil.
Relacionado ao tema acima e "Brasil imperialista" dois pontos. Um que o Dom Pedro II não gostava de guerra, mas tinha horror sobre a possibilidade de interferências potências estrangeiras (europeias ou os EUA) sobre os interesses brasileiros e no Cone Sul. Outra que tinha que conciliar a defesa dos interesses brasileiro e o equilíbrio para que o Paraguai e aliados não se sentissem ofendidos.
Descrição do produto
Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do Paraguai é uma página desbotada na memória do povo brasileiro.
Passados quase 150 anos das últimas batalhas deste conflito sangrento que envolveu Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se apequenou nos livros didáticos e se restringiu às discussões acadêmicas. Neste livro, fruto de pesquisas históricas rigorosas, mas escrito com o ritmo de uma grande reportagem, o leitor poderá se transportar para o palco dos acontecimentos e acompanhar de perto a grande e trágica aventura que deixou marcas profundas no continente sul-americano.
Por uma narrativa repleta de lances surpreendentes, desfilam não apenas os governantes e líderes militares dos países diretamente envolvidos no conflito, que em momentos alternados viveram papéis de heróis e vilões, como ganham luzes as ações e os dramas de figuras menos conhecidas, mas igualmente fascinantes: a ardilosa amante do líder paraguaio Solano López; religiosos implacáveis; combatentes
submetidos a dores e privações; mulheres e crianças testadas no limite da bravura; e escravos que viram na guerra o caminho para a liberdade. O livro também se ocupa de discutir (e algumas vezes desfazer) os mitos criados ao sabor dos ventos ideológicos que sopraram sobre o continente em diferentes períodos desde então.
https://www.amazon.com.br/dp/B01N0IJQ8N ... TF8&btkr=1
O padrão de comportamento do Brasil é de país soberano, sociedade e elites que não aceitam interferência estrangeira, existe sentimento nacional. Os Europeus, norte-americanos, chineses, iranianos, entre outros tratam diferentes o Brasil porque pode ser um ótimo parceiro para diversos fins ou criar muitos problemas. O porrete não resolve, precisa negociar e oferecer ceder algo em troca.
Na história, o Brasil se comportou como aliado norte-americano em situações específicas e por pouco tempo. Por exemplo, demorou para escolher o lado na Segunda Guerra Mundial e, logo depois, começou a arranjar rusgas com os norte-americanos mesmo com caminhões de dinheiro e investimentos a fundo perdido.
Outro exemplo, o apoio diplomático e de verbas norte-americanas para o Governo Militar não criou um aliado incondicional. Primeiro, os generais negaram o pedido de mandar tropas para o Vietnam e não rompeu com a URSS. Depois, nos governos Medici e Geisel, a relação desgastou. De um lado, o Brasil pensava demais e ignorava as orientações norte-americanas. De outro, começou a querer conversar com todo mundo, estabelecer relações com China, Oriente Médio, África, defender o direito internacional e não intervenção. Aí na década de 1970 vieram o veto de venda de armas sofisticadas e dificultar a venda de peças de reposição. Era forma de punição por não se alinhar. E pode estar em vigor até hoje.
Tipos de ações do governo militar que irritavam os norte-americanos. Era o Brasil pensando no Brasil.
É o tipo de confronto que está na área cinza. Com muita política, comércio e investimento, regras, direito internacional e instituições multilaterais. Nos países da América Latina acaba afetando a politica interna, facilitando ou dificultando a vida de grupos políticos e econômicos, nacionais e estrangeiros.Ancelmo Gois, União Soviética e a ditadura militar brasileira
Qual foi o papel da União Soviética durante a ditadura militar no Brasil?
(...)Moscou e Havana em lados opostos
Por mais que se tenha consolidado no imaginário a ideia de que a ditadura militar brasileira era subserviente às vontades dos Estados Unidos, as relações dos presidentes militares com a União Soviética, se por um lado eram tímidas em 1964, vieram a se ampliar nos anos 1970. A avaliação é feita por Graciela Zubelzú de Bacigalupo, professora Teoria das Relações Internacionais na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina.
Em seu artigo “As relações russo-brasileiras no pós-Guerra Fria”, Zubelzú sublinha que a política externa brasileira da época tornou-se mais pragmática e passou a reconhecer “o peso da URSS no cenário internacional e as possibilidades de uma aproximação econômica de Moscou. Firmam-se um convênio de cooperação em 1970 e outro de navegação marítima em 1972, enquanto aumentam as relações comerciais e o Brasil inicia suas importações de petróleo da URSS. Em março de 1975 é assinado um convênio comercial e o intercâmbio total entre os países alcança 440 milhões de dólares em 1976”
Talvez esteja aqui uma possível chave para se entender a posição contrária da União Soviética em relação aos anseios de Cuba de exportar a revolução ao Brasil, bem como à toda América Latina. É uma contradição que, também, reverbera no seio da própria ditadura militar, no tocante às tratativas com Moscou e os demais países socialistas.
É o que flagra o já citado Patto Sá ao argumentar: “o governo Castelo Branco queria conter a influência dos países e das ideias socialistas no Brasil, mas não desejava romper relações diplomáticas com a Europa do leste. Isso gerou uma situação curiosa, e desagradável para os setores mais intransigentes da direita: as atividades culturais dos soviéticos eram monitoradas, mas não inteiramente proibidas”.
(...)
Fonte: https://cultura.estadao.com.br/blogs/es ... rasileira/
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Re: Geopolítica Brasileira
A Estrategia Nacional Planejar é preciso.
https://www.defesaaereanaval.com.br/ana ... reciso-amp
Vale a reflexão.
abs
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Re: Geopolítica Brasileira
O século XXI e a arte da guerra: a defesa da coesão nacional
11 de julho de 2019
https://www.forte.jor.br/2019/07/11/o-s ... -nacional/
11 de julho de 2019
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Re: Geopolítica Brasileira
Militares já não alimentam expectativas. "O governo não será aquilo que esperavam".
Entrevista especial com Suzeley Kalil Mathias
http://www.ihu.unisinos.br/159-noticias ... il-mathias
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Re: Geopolítica Brasileira
COBERTURA ESPECIAL - Brasil - EUA - Geopolítica
17 de Setembro, 2019 - 10:01 ( Brasília )
BR-US: Diálogo de Parceria Estratégica Brasil - EUA
Discursos Secretário Michael R. Pompeo e Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo proferidos na Reunião do Diálogo de Parceria Estratégica Brasil-Estados Unidos
http://www.defesanet.com.br/br_usa/noti ... sil---EUA/
17 de Setembro, 2019 - 10:01 ( Brasília )
BR-US: Diálogo de Parceria Estratégica Brasil - EUA
Discursos Secretário Michael R. Pompeo e Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo proferidos na Reunião do Diálogo de Parceria Estratégica Brasil-Estados Unidos
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Re: Geopolítica Brasileira
17 de Setembro, 2019 - 14:00 ( Brasília )
BR-CN: China e Brasil concordam em avançar laços bilaterais, fortalecer cooperação
As relações diplomáticas, econômicas e militares entre o Brasil e a República Popular da China tomam um rumo diferente da dialética dde campanha do atual governo.
http://www.defesanet.com.br/brasilchina ... ooperacao/
BR-CN: China e Brasil concordam em avançar laços bilaterais, fortalecer cooperação
As relações diplomáticas, econômicas e militares entre o Brasil e a República Popular da China tomam um rumo diferente da dialética dde campanha do atual governo.
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Re: Geopolítica Brasileira
Por outro lado :
El gobierno de Bolsonaro cree que habrá una futura población china en la frontera con Surinam
...
“Hay chinos migrando hacia Surinam y lo que vemos es que podemos tener cinco millones de chinos en la frontera y cero brasileños en el sur”, dice, a modo de alerta, el general [Maynard Santa Rosa, secretario de Asuntos Estratégicos], que presentó en su plan un riesgo de internacionalización de la Amazonía en línea con el pensamiento de Bolsonaro, de que las reservas indígenas impiden el desarrollo y favorecen las ONG extranjeras.
...
China es el principal socio de Brasil desde hace una década, pero con Bolsonaro en el poder la principal prioridad en política externa fue la alianza firmada con Estados Unidos, segundo socio comercial brasileño. Bolsonaro pretende viajar en octubre a China y recibir en noviembre a la cumbre de los Brics en Brasilia.
Santa Rosa pone de ejemplo una supuesta estrategia china de imponer su lógica mediante la población de lugares conflictivos, como el Tibet o la frontera rusa en la región de Siberia. “En Siberia hay más chinos que cosacos. Rusia está preocupada por esto y se da cuenta. Nosotros debemos despertar y desarrollar la Amazonía”, dice en su exposición el general Santa Rosa.
...
http://www.telam.com.ar/notas/201909/39 ... china.html
sds.
El gobierno de Bolsonaro cree que habrá una futura población china en la frontera con Surinam
...
“Hay chinos migrando hacia Surinam y lo que vemos es que podemos tener cinco millones de chinos en la frontera y cero brasileños en el sur”, dice, a modo de alerta, el general [Maynard Santa Rosa, secretario de Asuntos Estratégicos], que presentó en su plan un riesgo de internacionalización de la Amazonía en línea con el pensamiento de Bolsonaro, de que las reservas indígenas impiden el desarrollo y favorecen las ONG extranjeras.
...
China es el principal socio de Brasil desde hace una década, pero con Bolsonaro en el poder la principal prioridad en política externa fue la alianza firmada con Estados Unidos, segundo socio comercial brasileño. Bolsonaro pretende viajar en octubre a China y recibir en noviembre a la cumbre de los Brics en Brasilia.
Santa Rosa pone de ejemplo una supuesta estrategia china de imponer su lógica mediante la población de lugares conflictivos, como el Tibet o la frontera rusa en la región de Siberia. “En Siberia hay más chinos que cosacos. Rusia está preocupada por esto y se da cuenta. Nosotros debemos despertar y desarrollar la Amazonía”, dice en su exposición el general Santa Rosa.
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http://www.telam.com.ar/notas/201909/39 ... china.html
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Re: Geopolítica Brasileira
Não damos conta nem dos venezuelanos que escapolem para cá e já são quase maioria em Roraima, vamos bater de frente com os chineses?
Enfim, cinco milhões de chinas no Suriname dá até para eles comprarem o país.
Se alguém não comprar antes, claro.
abs
Enfim, cinco milhões de chinas no Suriname dá até para eles comprarem o país.
Se alguém não comprar antes, claro.
abs
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Re: Geopolítica Brasileira
A população do Suriname é 500mil.....
Vão botar 5 milhões de pessoas aonde?
Vão botar 5 milhões de pessoas aonde?
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Re: Geopolítica Brasileira
Chinês é pequenininho, cabe em qualquer cantinho; p ex, Taiwan tem menos de 1/4 do tamanho do Suriname e enfiaram uns 25 milhões lá...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Geopolítica Brasileira
Brasil não fará parte da cúpula do clima porque não mostrou interesse, afirma ONU
https://sustentabilidade.estadao.com.br ... 0003019143
Segundo reportagem do Financial Times, Brasil não enviou comunicado com considerações para cúpula da próxima segunda-feira; manifestação contra o aquecimento global contou com mais de um milhão de pessoas em todo o mundo
LONDRES - Enquanto as ruas das principais cidades do mundo são tomadas por manifestantes que pedem ações das autoridades globais em relação às mudanças climáticas, o Brasil ficará de fora da cúpula do clima organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na semana que vem, nos Estados Unidos.
O jornal britânico de economia Financial Times disse em uma reportagem em sua versão online que o País não participará do evento porque não mostrou interesse, segundo o secretário-geral António Guterres.
De acordo com Guterres, todos os países que enviaram um comunicado à instituição contendo "desenvolvimentos positivos" sobre o tema teriam tempo para falar na cúpula de segunda-feira. "Ninguém foi recusado", disse ele. "Eles não apareceram." Reino Unido, China, Índia e União Europeia são alguns dos participantes já confirmados. O Brasil está fora assim como Japão, Austrália, Arábia Saudita e os Estados Unidos, que já afirmaram o interesse de se retirarem do acordo climático de Paris.
Nesta sexta-feira, lembrou o FT, mais de um milhão de manifestantes em todo o mundo pediram ações urgentes contra o aquecimento global. Os maiores protestos climáticos da história sobre o tema foram concluídos na véspera da cúpula e o que se espera é que, à medida que os líderes mundiais cheguem para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, novos protestos ocorram.
A expectativa é a de que, no evento, sejam feitos mais de 60 novos anúncios climáticos. Os lançamentos, no entanto, competirão com outros assuntos que devem dominar o encontro, como as tensões globais, incluindo a guerra comercial entre EUA e China, e os conflitos no Oriente Médio.
"Estamos testemunhando simultaneamente o aquecimento global e o aquecimento político global, e as duas coisas são combinadas", disse Guterres. "E às vezes eles interagem entre si", acrescentou o secretário-geral, apontando como as mudanças climáticas podem exacerbar desastres naturais e conflitos humanos.
Sobre os protestos de sexta-feira, inclusive na Antártica, pedindo aos governos que tomem ações mais urgentes e reduzam as emissões, a ativista sueca de 16 anos Greta Thunberg, que inspirou o movimento de protesto, disse aos manifestantes de Nova York ontem que eles não eram apenas alguns jovens que faltam à escola ou alguns adultos não vão trabalhar.
"Somos uma onda de mudança", afirmou. “Se você pertence a esse pequeno grupo de pessoas que se sente ameaçado por nós, temos más notícias para você, porque este é apenas o começo. A mudança está chegando, gostem ou não", prometeu, como descreveu o FT.
A cúpula climática da ONU é o ponto mais alto de mais de um ano de trabalho de Guterres, que fez da mudança climática sua assinatura à frente da instituição. No entanto, ele também tentou diminuir ontem as expectativas sobre quais novos compromissos climáticos específicos serão feitos. "Não espero que os anúncios feitos agora sejam uma descrição já detalhada e completa - que será em 2020", disse. "A cúpula precisa ser vista em um continuum."
O próximo ano é o prazo final para os países que assinaram o acordo de Paris endureçam suas metas, conhecidas como contribuições determinadas nacionalmente. "O que gostaríamos de ver nesta cúpula são pessoas anunciando que gostariam de aumentar sua ambição em 2020", disse Guterres. O FT ressaltou que as temperaturas globais aumentaram cerca de 1°C desde a era pré-industrial e que as emissões globais de dióxido de carbono ainda estão subindo, principalmente devido à elevação na China.
Embora quase todos os países do mundo tenham assinado o acordo climático de Paris, que visa a limitar o aquecimento global a um nível bem abaixo de 2°C, os compromissos climáticos atuais sugerem que o mundo está muito longe de atingir esse objetivo, e no caminho de 3°C de aquecimento ou mais até o final do século.
https://sustentabilidade.estadao.com.br ... 0003019143
Segundo reportagem do Financial Times, Brasil não enviou comunicado com considerações para cúpula da próxima segunda-feira; manifestação contra o aquecimento global contou com mais de um milhão de pessoas em todo o mundo
LONDRES - Enquanto as ruas das principais cidades do mundo são tomadas por manifestantes que pedem ações das autoridades globais em relação às mudanças climáticas, o Brasil ficará de fora da cúpula do clima organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na semana que vem, nos Estados Unidos.
O jornal britânico de economia Financial Times disse em uma reportagem em sua versão online que o País não participará do evento porque não mostrou interesse, segundo o secretário-geral António Guterres.
De acordo com Guterres, todos os países que enviaram um comunicado à instituição contendo "desenvolvimentos positivos" sobre o tema teriam tempo para falar na cúpula de segunda-feira. "Ninguém foi recusado", disse ele. "Eles não apareceram." Reino Unido, China, Índia e União Europeia são alguns dos participantes já confirmados. O Brasil está fora assim como Japão, Austrália, Arábia Saudita e os Estados Unidos, que já afirmaram o interesse de se retirarem do acordo climático de Paris.
Nesta sexta-feira, lembrou o FT, mais de um milhão de manifestantes em todo o mundo pediram ações urgentes contra o aquecimento global. Os maiores protestos climáticos da história sobre o tema foram concluídos na véspera da cúpula e o que se espera é que, à medida que os líderes mundiais cheguem para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, novos protestos ocorram.
A expectativa é a de que, no evento, sejam feitos mais de 60 novos anúncios climáticos. Os lançamentos, no entanto, competirão com outros assuntos que devem dominar o encontro, como as tensões globais, incluindo a guerra comercial entre EUA e China, e os conflitos no Oriente Médio.
"Estamos testemunhando simultaneamente o aquecimento global e o aquecimento político global, e as duas coisas são combinadas", disse Guterres. "E às vezes eles interagem entre si", acrescentou o secretário-geral, apontando como as mudanças climáticas podem exacerbar desastres naturais e conflitos humanos.
Sobre os protestos de sexta-feira, inclusive na Antártica, pedindo aos governos que tomem ações mais urgentes e reduzam as emissões, a ativista sueca de 16 anos Greta Thunberg, que inspirou o movimento de protesto, disse aos manifestantes de Nova York ontem que eles não eram apenas alguns jovens que faltam à escola ou alguns adultos não vão trabalhar.
"Somos uma onda de mudança", afirmou. “Se você pertence a esse pequeno grupo de pessoas que se sente ameaçado por nós, temos más notícias para você, porque este é apenas o começo. A mudança está chegando, gostem ou não", prometeu, como descreveu o FT.
A cúpula climática da ONU é o ponto mais alto de mais de um ano de trabalho de Guterres, que fez da mudança climática sua assinatura à frente da instituição. No entanto, ele também tentou diminuir ontem as expectativas sobre quais novos compromissos climáticos específicos serão feitos. "Não espero que os anúncios feitos agora sejam uma descrição já detalhada e completa - que será em 2020", disse. "A cúpula precisa ser vista em um continuum."
O próximo ano é o prazo final para os países que assinaram o acordo de Paris endureçam suas metas, conhecidas como contribuições determinadas nacionalmente. "O que gostaríamos de ver nesta cúpula são pessoas anunciando que gostariam de aumentar sua ambição em 2020", disse Guterres. O FT ressaltou que as temperaturas globais aumentaram cerca de 1°C desde a era pré-industrial e que as emissões globais de dióxido de carbono ainda estão subindo, principalmente devido à elevação na China.
Embora quase todos os países do mundo tenham assinado o acordo climático de Paris, que visa a limitar o aquecimento global a um nível bem abaixo de 2°C, os compromissos climáticos atuais sugerem que o mundo está muito longe de atingir esse objetivo, e no caminho de 3°C de aquecimento ou mais até o final do século.
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Re: Geopolítica Brasileira
Vão fazer o que no Suriname? Chines gosta de abrir lojinha de quinquilharias eletrônicas, pastelaria, lancheria, etc...Da vida urbana em resumo. Vão fazer o que no meio do mato, com calor, febre amarela, malária e mosquito. Ao contrário da Guyana, o Suriname não tem nenhuma ligação decente com o Brasil. O pessoal inventa cada coisa para pedir verba que nem o diabo acredita.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Geopolítica Brasileira
delmar escreveu: ↑Sáb Set 21, 2019 10:55 pm
Vão fazer o que no Suriname? Chines gosta de abrir lojinha de quinquilharias eletrônicas, pastelaria, lancheria, etc...Da vida urbana em resumo. Vão fazer o que no meio do mato, com calor, febre amarela, malária e mosquito. Ao contrário da Guyana, o Suriname não tem nenhuma ligação decente com o Brasil. O pessoal inventa cada coisa para pedir verba que nem o diabo acredita.
Esqueceste as carinhas, tem vez que a gente não entende a piada. Se fosse levar a sério, teria que admitir que o mesmo índio que, mais de uma década atrás, apostou cerveja comigo como os EUA não iam quebrar de vez com a Grande Crise - e eu tinha certeza disso, POWS - agora se dedica a dar aulas de preconceito estereotípico e desprezo por áreas fundamentais do conhecimento humano como História e Geopolítica. Mas não, se tem alguém que sabe muito sobre estes assuntos é precisamente o Delmar, com quem debato já faz bem mais de uma década. Assim, em atenção a quem não o conhece e pode achar que é sério, aqui vai uma tentativa de esclarecer, e começo pela
HISTÓRIA - No final dos anos 40 a loooooooonga guerra civil que grassava na China chegava a um ponto de inflexão, no qual um dos líderes já não tinha mais como ser derrotado e o oposto tinha diante de si apenas escolhas ruins. A menos pior era se mudar, com seu pessoal, para uma ilha a menos de 100 nm da China Continental chamada Formosa, na qual ele já tinha gente mandando mesmo. Era e é pequena (menos de 1/4 da superfície do Suriname), pouco populosa (como é o Suriname), sendo em grande parte composta por montanhas (muito maiores e mais numerosas que as do Suriname) e selva (como o Suriname) e com um clima e meteorologia muito piores do que no Suriname, além de desprovida das riquezas minerais que o citado Suriname tem sobrando (ouro, bauxita, etc. Até petróleo tem lá!). Mesmo assim, o
GEOPOLÍTICA - Uma das coisas que até a criançada sabe sobre a China é que se trata de gente prudente e pacienciosa, para quem 12 horas não são tão diferentes assim de 12 anos. Assim, se tem algo muito mas MUITO improvável é que tentem executar um plano como esse que o General falou (supondo-se, claro, que seja real) em tempos de Trump ao norte e Bolsonaro ao sul. Um é perigoso por estar armado até os dentes (muito mais e melhor do que a China, aliás, e isto está sendo afirmado por quem DETESTA clickbait e "notícias" sem pé nem cabeça sobre "armas milagrosas") e o outro por poder fazer na maior boa vontade o que Vargas teve que fazer na marra na 2GM, que é liberar temporariamente espaços para os ianques erguerem bases e instalações, que depois ficam para nós, além de possivelmente mais alguma$ vantagen$ (Volta Redonda manda lembrança). Mas a coisa na vizinhança é mais enferrusqueada ainda pros chinas, pois a leste há um departamento ultramarino da França, ou seja, OTAN, ou seja, EUA; a oeste fica a República da Guiana, que é mais conhecida por uma parte de seu território ser cobiçada (e até estar na bandeira como mais uma estrelinha) por um dos maiores inimiguinhos de agora dos EUA, a Red Venezuela; e bem menos conhecida por conter em seu território o único pedacinho (menos de 20.000 km²) do território Brasileiro que já foi tomado e mantido por uma potência da Europa (UK). Sem o Trump e o Bolsonaro (e não é por nada que quase todas as mídias e seus indefectíveis "influenciadores digitais" urram seus mai$ elevado$ ideiai$ para que sofram impeachment ou pelo menos não sejam reeleitos, pois um é faxixtx que
Assim, embora não veja como ameaça IMEDIATA o estabelecimento de uma importante, crescente e, com o tempo, dominante colônia Chinesa lá no norte, a uns 5 MIL km daqui dos cafundós onde moro e mesmo da cidade onde nasci e fui criado onde, de fato, os únicos "Chineses" que conheci estavam mesmo fritando pastel e vendendo bugiganga eletrônica (para se situarem no tempo, comprei um Walkman de fita e AM/FM) eram todos COREANOS! O pastel, aliás, comprei num lugar conhecido como Esquina Democrática (Borges com Andradas) que, paradoxalmente, é ponto de encontro tradicional de entusiastas das mais sanguinárias tiranias. Coisa de Gaúcho...
PS: pronto, Delmar, botei as carinhas. De nada.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- delmar
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Re: Geopolítica Brasileira
O ponto central da discussão está na informação dos 5 milhões de chineses no Suriname. Os imigrantes chineses tem como objetivo as zonas urbanas das grandes cidades onde podem dedicar-se ao pequeno comércio. Na Argentina, especialmente em Buenos Aires, os mercadinhos são conhecido como "mercados chinos". No Brasil há uma grande população chinesa em São Paulo. Eles não tem tradição de fixarem-se em regiões remotas, pouco povoadas. Nos Estados Unidos tem uma rede de fast-food chinesa chamada PANDA EXPRESS que, o menos na Califórnia, está por toda parte.
Através da história os chineses sempre valorizaram mais os laços familiares que os políticos. O período comunista é apenas um soluço na longa história da China. Tudo pode mudar rapidamente e os chineses sabem disso. As famílias ricas e poderosas da China mandam os filhos estudarem no ocidente e investem ali para, quando as coisas ficarem ruim na China, eles terem um lugar para ir.
Agora uma coisa é certa, nem o chines pobre e nem o chines rico vai querer ir para o mato no Suriname.
Através da história os chineses sempre valorizaram mais os laços familiares que os políticos. O período comunista é apenas um soluço na longa história da China. Tudo pode mudar rapidamente e os chineses sabem disso. As famílias ricas e poderosas da China mandam os filhos estudarem no ocidente e investem ali para, quando as coisas ficarem ruim na China, eles terem um lugar para ir.
Agora uma coisa é certa, nem o chines pobre e nem o chines rico vai querer ir para o mato no Suriname.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.