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VBC Cav 8X8, Exército divulga o cronograma de entrega

https://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-8x8- ... e-entrega/

O EB vai muito conseguir construir estrutura aqui pra montar essas viaturas com um pedido só de 98 unidades.

EDIT:

sendo que o EB pretende adquirir lotes adicionais até um total de até 221 viaturas.

Agora sim. Aí eu acredito.

É de lascar. 16 anos de cronograma para apenas 98 blindados. Se houver verba.
Chega em 221 unidades se houver verba... se houver verba, se houver verba, se houver verba.... pqp.
Dá vergonha ver esses documentos do exército. Toda hora agora é essa putaria de "se houver verba". Como é que alguém lá fora vai querer fazer negócios com uma instituição que sequer tem como comprometer-se com os cronogramas que ela mesma elabora? Pior, com os contratos que assina?
Fica parecendo que o EB está fazendo as coisas à revelia do governo, ou este simplesmente está cagando e andando para o que o ele faz, diz ou precisa. Indiferença seria a palavra certa.
Estranho que só a Iveco teria oferecido uma torre com canhão de 120mm, embora o Patria AMV tenha duas opções de torre e ambas, italiana e belga oferecem capacidade de operar tanto o 105mm como o 120mm. Por que eles abririam mão de oferecer este último sabendo que ele é uma alterativa no RO? Os demais utilizam as torres da Jonh Cockerril, das quais a XC-8c e a CT-CV operam canhões de 120mm da empresa. A não ser que tenham optado pela 3000 Series, limitada ao 105mm.
Considerar que a torre com o canhão de maior calibre influi diretamente no preço e custo do bldo. Para o exército isso não é um pequeno detalhe.
Por outro lado, o bldo canadense da GDLS seria algo interessante para o CFN também já que possuiria em tese alguma comunalidade com os Piranha IIIC. Uma eventual seleção destes bldos poderia ser um motivador para a sua adoção pelos fuzileiros, recuperando uma capacidade perdida há muito desde a aposentadoria dos Cascavel.
Vamos ver os próximos passos.

Viktor Reznov escreveu: ↑Qua Ago 25, 2021 6:40 pm O EB vai muito conseguir construir estrutura aqui pra montar essas viaturas com um pedido só de 98 unidades.
EDIT:

sendo que o EB pretende adquirir lotes adicionais até um total de até 221 viaturas.

Agora sim. Aí eu acredito.

Este processo parece ter sido feito sob encomenda para a Iveco. 221 unidades não é suficiente para abrir uma linha de produção aqui.
Mas os italianos não precisam se preocupar com isso.

Interessante dessa matéria que o colega Aim For The Topcom postou do cronograma de entrega das nova viaturas é a informação que essas viaturas vão ser montadas em regime de CKD e não produzidas mesmo no país.

VBC Cav 8X8, Exército divulga o cronograma de entrega
https://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-8x8- ... e-entrega/

J.Ricardo escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 11:55 am Interessante dessa matéria que o colega Aim For The Topcom postou do cronograma de entrega das nova viaturas é a informação que essas viaturas vão ser montadas em regime de CKD e não produzidas mesmo no país.
VBC Cav 8X8, Exército divulga o cronograma de entrega
https://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-8x8- ... e-entrega/

O CKD é para as 12 primeiras unidades, os demais é em regime de produção no país. Entre 2022 e 2026 serão 4 anos para o eventual vencedor organizar uma linha de produção de verdade no país. Alemães e italianos tem menos problemas que os outros quanto a estes requisitos. Já o resto do pessoal vai ter que correr atrás de parcerias nacionais robustas para deixar a sua proposta em condições de concorrer com aqueles dois países.
Israel, caso tenha oferecido o EITAN não tem esse tipo de suporte, mas como já possui relações com a BID local há anos, talvez seja mais fácil conseguir oferecer a infraestrutura necessária.
Não sei se a Patria (AMV) se aliou a alguma empresa nacional, mas tirando a Avibrás que tem experiência e linha de produção para veículos blindados, não me lembro de mais ninguém que possa oferecer esse suporte no Brasil.
A priori a coisa estaria entre Centauro II e Boxer, com o EITAN correndo por fora. Se os finlandeses arrumaram alguém para ajudar aqui, também tem boas chances.

As doze primeiras serão importavas diretamente do fabricante e as restantes montadas no Brasil
Com CKD.

Atualmente no Brasil o que não falta é linha de produção para o ganhador usar.

abs

marcusv escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 6:04 pm As doze primeiras serão importavas diretamente do fabricante e as restantes montadas no Brasil
Com CKD.

Conforme a tabela exposta são 18 unidades ao todo, considerando 2 de amostra, 6 LED e outras 12 entregues direto do fabricante.
Grato pela correção dos CKD.
A ver agora quem mais tem cacife industrial para colocar a sua proposta em vantagem.

gusmano escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 6:56 pm Atualmente no Brasil o que não falta é linha de produção para o ganhador usar.
abs

Realmente temos muitas linhas de produção no Brasil, mas quantas delas estão aptas para produzir um blindado sobre rodas de 30 ton armado com um canhão?
Falo não somente em termos materiais, mas principalmente em termos de recursos humanos.
Não se encontra todo dia em qualquer esquina pessoal especializado capaz de ser utilizado de pronto em uma montagem de um produto como este.
A própria Iveco teve problemas para contratar gente no Brasil para a sua fábrica em Minas Gerais. Muita gente teve que ser treinada do zero. E isto é um custo a mais que ninguém gosta de ter.

FCarvalho escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 7:19 pm

gusmano escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 6:56 pm Atualmente no Brasil o que não falta é linha de produção para o ganhador usar.
abs

Realmente temos muitas linhas de produção no Brasil, mas quantas delas estão aptas para produzir um blindado sobre rodas de 30 ton armado com um canhão?
Falo não somente em termos materiais, mas principalmente em termos de recursos humanos.
Não se encontra todo dia em qualquer esquina pessoal especializado capaz de ser utilizado de pronto em uma montagem de um produto como este.
A própria Iveco teve problemas para contratar gente no Brasil para a sua fábrica em Minas Gerais. Muita gente teve que ser treinada do zero. E isto é um custo a mais que ninguém gosta de ter.

Por isso mesmo, esse concorrência nasceu com cara de Centauro 2, já que a IVECO é a única que pode atender o cronograma com a montagem no Brasil sem grandes problemas. Inclusive essa de instalar uma linha de montagem para vender apenas 80 veículos, com cadência de 12 ao ano pode ser que inviabilize a participação de muitos competidores, acho eu.
Enfim, se antes já tinha a cara de Centauro 2, acho que agora tem a cara, o corpo, o rabo...

Renato Maurer escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 9:50 pm

FCarvalho escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 7:19 pm

Realmente temos muitas linhas de produção no Brasil, mas quantas delas estão aptas para produzir um blindado sobre rodas de 30 ton armado com um canhão?
Falo não somente em termos materiais, mas principalmente em termos de recursos humanos.
Não se encontra todo dia em qualquer esquina pessoal especializado capaz de ser utilizado de pronto em uma montagem de um produto como este.
A própria Iveco teve problemas para contratar gente no Brasil para a sua fábrica em Minas Gerais. Muita gente teve que ser treinada do zero. E isto é um custo a mais que ninguém gosta de ter.

Por isso mesmo, esse concorrência nasceu com cara de Centauro 2, já que a IVECO é a única que pode atender o cronograma com a montagem no Brasil sem grandes problemas. Inclusive essa de instalar uma linha de montagem para vender apenas 80 veículos, com cadência de 12 ao ano pode ser que inviabilize a participação de muitos competidores, acho eu.
Enfim, se antes já tinha a cara de Centauro 2, acho que agora tem a cara, o corpo, o rabo...

Nos resta é torcer pro TCU não se atentar pra isso porque senão vamos ficar sem essa potencial VBC pro Exército.

Renato Maurer escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 9:50 pm

FCarvalho escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 7:19 pm Realmente temos muitas linhas de produção no Brasil, mas quantas delas estão aptas para produzir um blindado sobre rodas de 30 ton armado com um canhão?
Falo não somente em termos materiais, mas principalmente em termos de recursos humanos.
Não se encontra todo dia em qualquer esquina pessoal especializado capaz de ser utilizado de pronto em uma montagem de um produto como este.
A própria Iveco teve problemas para contratar gente no Brasil para a sua fábrica em Minas Gerais. Muita gente teve que ser treinada do zero. E isto é um custo a mais que ninguém gosta de ter.

Por isso mesmo, esse concorrência nasceu com cara de Centauro 2, já que a IVECO é a única que pode atender o cronograma com a montagem no Brasil sem grandes problemas. Inclusive essa de instalar uma linha de montagem para vender apenas 80 veículos, com cadência de 12 ao ano pode ser que inviabilize a participação de muitos competidores, acho eu.
Enfim, se antes já tinha a cara de Centauro 2, acho que agora tem a cara, o corpo, o rabo...

No final, para quem acompanha o tema Defesa constantemente fica até fácil subentender que este programa VBC Cav é direcionado desde o começo para a Iveco.
Talvez ele tenha se tornado "necessário" em vista do preço e custos do Centauro II, que está muito longe da nossa capacidade de mantê-lo por aqui tal como ele é hoje. E também uma forma de fazer os italianos se darem conta de que se não encontrarem um meio de baixar custos e preços deste eventual Centauro 2 BR, então o Exército não se furtará de escolher outro candidato qualquer que consiga pagar e manter o mesmo.
Para quem olha tudo isso de fora, e de longe, está tudo conforme as regras. E é isso que vale para o EB. Inclusive perante os órgãos de fiscalização. Se houvesse alguma.

Viktor Reznov escreveu: ↑Qui Ago 26, 2021 10:42 pm Nos resta é torcer pro TCU não se atentar pra isso porque senão vamos ficar sem essa potencial VBC pro Exército.

Eu não me preocuparia com os burocratas do TCU que só tem olhos para papeis, dados, gráficos, e tudo o mais que se atente à legislação e ao conteúdo meritório dos processos técnico-administrativos do poder público.
Se o processo de seleção estiver de acordo com a legislação, e não for notado nada que obstaculize o devido amparo legal e técnico, nada a declarar.
Claro, alguma empresa pode se achar prejudicada e tentar melar o negócio caso não seja selecionada.
Ademais, tal como está sendo feito toda a coisa, ninguém pode reclamar depois do resultado final. É um risco para futuros negócios potenciais com o EB, e demais forças, como também é muito difícil o TCU defenestrar o processo sem que para isso haja provas mais que concretas de favorecimento desta ou daquela empresa. E isso, pelo menos até agora, não se pôde provar ou ter indícios materiais.
A ver