Portugal entre os 20 melhores em gestão ambiental
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Peritos de Yale e Colúmbia estabelecem 'ranking' para 163 países. O País destaca-se nas políticas da floresta, água e
Com piores desempenhos nas políticas contra a poluição do ar e seus efeitos nos ecossistemas e nas medidas de combate às alterações climáticas, Portugal ocupa ainda assim um confortável 19.º lugar num ranking de 163 países avaliados por peritos das universidades norte-americanas de Yale e Colúmbia. Trata-se do Environmental Performance Index (EPI), que vai na terceira edição e cujos resultados foram divulgados ontem em Davos, na Suíça.
O EPI é um índice de desempenho ambiental que avalia 25 parâmetros diferentes agrupados em dez categorias que incluem a saúde ambiental, a qualidade dos ar, a gestão da água, a biodiversidade e o habitat, as florestas, pescas, agricultura e as mudanças climáticas. Os efeitos na saúde humana e nos ecossistemas em cada uma destas categorias são também avaliados pelo EPI.
É nas políticas da floresta e das pescas que Portugal apresenta os melhores resultados, com notas de 100 e 97,3 respectivamente, numa escala de 0 a 100.
Também nas políticas da água, com uma nota de 98,6, o País marca pontos. Acesso à água e saneamento básico são áreas fortes de Portugal.
Já os impactos da poluição do ar nos ecossistemas e a protecção da biodiversidade e dos habitats apresentam piores resultados, com o País a ocupar, respectivamente, os lugares 136 e 89 no ranking dos países em relação a estes parâmetros específicos.
Em relação ao anterior EPI, divulgado em 2008, o nosso país caiu uma posição no relatório de 2010, mas manteve-se no grupo dos segundos melhores (en- tre 70 e 85), com uma nota glo- bal de 73, num máximo de cem.
Neste relatório de 2010, a Islândia lidera o ranking dos 163 países. Para os peritos de Yale e Colúmbia, é o país que melhor gere os problemas de poluição e os recursos naturais.
A sua posição de topo fica a dever-se sobretudo ao bom desempenho na área da saúde pública, no controlo das emissões de ga-ses com efeito de estufa e nas suas actividades de reflorestação, de acordo com o relatório.
Costa Rica, Suécia, Noruega e Suíça são outros exemplos de países com boas notas em políticas e resultados ambientais.
Em contraste com estas boas práticas, estão os desempenhos ambientais dos cinco últimos países na lista. Estão neste grupo o Togo, Angola, a Mauritânia, a República Centro-Africana e a Serra Leoa, todos do continente africano.
Segundo o relatório, estes são "países pobres que não têm boas qualidades ambientais nem capacidade política".
Os Estados Unidos surgem em 61º lugar neste ranking de 2010 do EPI. O que significa uma queda a pique de 22 lugares em relação aos resultados do relatório de 2008, no qual os norte-americanos ocupavam o 39.º lugar.
De acordo com os autores do documento, os Estados Unidos têm bons resultados em parâmetros como a disponibilidade e distribuição de água potável ou nas florestas, mas apresentam uma prestação muito fraca em áreas como o controlo das emissões de gases com efeito de estufa e da poluição do ar em diferentes locais.
Os autores do EPI 2010 ressalvam, no entanto, que este relatório ainda não reflecte as políticas ambientais que foram, entretanto, implementadas pela administração do actual Presidente Barack Obama.