Fórum Defesa Brasil

Vinicius Pimenta escreveu:

orestespf escreveu:[ quote="Vinicius Pimenta"]Bom, não foi isso que eu disse. Não entendo assim.

Eu também entendi outra coisa, Vinícius, e que deve ter sido a sua intenção original. Mas é por isso que escrevo muito, mesmo sabendo que os erros aumentam, porém fica mais "esclarecido".

É que às vezes eu prefiro evitar a fadiga. (Copyright Jaiminho Carteiro, do Chaves, o original).

orestespf escreveu:

Vinicius Pimenta escreveu: Apenas retomando o assunto, eu só não concordo com a extrema polarização de decisão nas mãos do Ministro como a tendência das reportagens quer passar. As manchetes são sempre: Escolha de Jobim, Jobim manda, Jobim faz, Jobim acontece, Jobim faz chover... Sei lá, isso dá uma forte impressão de assessoria de imprensa...

Também não gosto disso, sugere dedo do editor, mas acho que "manchetes" assim chamam mais a atenção do leitor, tipicamente ávido por mais um escândalo. Uma lástima!

E o mais interessante é que o texto insinua, até fortemente, que o ministro é outro, pois aborda claramente que o Celso Amorim colocou o dedo dentro do jogo FX-2.

Bom, vamos adentrar pela seara dos "devaneios entrelinhísticos". O texto está muito bem escrito, tem informações que não são públicas. Para isso só tem duas conclusões: ou inventa ou tem fontes "quentes". Como o Claudio Dantas Sequeira parece ser uma pessoa bastante ética e tem uma reputação a zelar, vamos para a opção que são fontes quentes, evidentemente. De repente é interessante pra essa "fonte quente" (ainda que não a própria e sim de forma indireta como um integrante da equipe/assessor) que de alguma forma seu nome apareça em destaque...

Claro que, mais provável, não tenha absolutamente nada a ver, mas é interessante... Lembrando que, como você falou, na grande maioria das vezes é o editor quem escolhe as manchetes, não o repórter.[/quote]

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende anunciar a escolha no dia 7 de setembro.

Por que razão o jornalista disso isso? Quis fazer uma associação com a presença de Sarkozy? Meio estranho...

Vinícius: perfeito, total concordância (adorei a lembrança do "carteiro" ).

Jacques: porque compras assim sempre são anunciadas por Chefes de Estado, apenas um "protocolo" seguido pelo jornalista.


Abraços aos dois,

Orestes

Olha, se o resultado sair 7 de Setembro, é Rafale, obviamente. O Lula não vai anunciar outro vencedor na frente do Sarkozy. Aguardem cenas dos próximos capítulos. Se mais pra frente o Sarkozy for acometido por uma gripe violenta (quem sabe a A?) e "por coincidência" não puder vir ao 7 de Setembro, podem contar que o Rafale dançou. Se a visita se mantiver e a data de anúncio também, é Rafale. Se o anúncio for postergado, aí já pode não ser o Rafale. Não faria sentido não anunciar no 7 de Setembro e aproveitar a oportunidade. Pra mim, em circunstâncias normais, o Rafale só tem uma chance de vencer: 7 de Setembro.

Concordo.

Valor, 07 Agosto 2009

PROJETO F-X2

Conclusão de relatório sobre caças
é adiada para setembro

Daniel Rittner e Danilo Fariello

Aguardado para os próximos dias, o relatório técnico da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre os novos caças de múltiplo emprego ficou para setembro. O comandante da FAB, Juniti Saito, disse que a análise final será encaminhada ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, até o fim do próximo mês. Saito afirmou ainda não ter visto a proposta feita pelos Estados Unidos, que concorre no projeto F-X2 com o caça F-18 Super Hornet E/F (Boeing).

Na reta final da disputa, o lobby dos fornecedores se intensifica. O secretário de Estado da Suécia, HG Wessberg, chega na semana que vem a Brasília para encontros no Ministério da Defesa e no Itamaraty, com a missão de melhorar as chances do Gripen NG, da sueca Saab, na competição. No dia 7 de setembro, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, acompanhará pessoalmente o desfile de aniversário da independência do país, em Brasília, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A francesa Dassault concorre com o caça Rafale.

A movimentação diplomática ocorre depois da visita do assessor de segurança nacional da Casa Branca, James Jones, que entregou a autoridades brasileiras, na quarta-feira, uma nova proposta de transferência de tecnologia, na tentativa de convencer o governo a comprar o F-18 Super Hornet da Boeing. Uma carta da secretária de Estado, Hillary Clinton, também chegou ao Itamaraty para driblar a suspeita brasileira de que a transferência de tecnologia pode não ocorrer. Isso tem sido colocada por Jobim como "ponto de honra" nas negociações. De acordo com Saito, a decisão final, após a entrega do relatório técnico da FAB, deverá ser tomada ainda em 2009.

Em seu relatório, a Aeronáutica fará uma análise de aspectos técnicos, operacionais, logísticos, de compensação comercial/industrial e de transferência de tecnologia. A tendência é que o documento aponte um caça preferido dos militares, mas poderá somente indicar vantagens e desvantagens, em detalhes, de cada uma das aeronaves. O Ministério da Defesa informou que, após a entrega a Jobim, o assunto será levado ao presidente. Lula poderá, inclusive, convocar o Conselho de Defesa Nacional para discutir o assunto com as demais autoridades que compõem o fórum - um conjunto de ministros de Estado, além dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

As três concorrentes estão respondendo as últimas dúvidas da FAB sobre aspectos legais do futuro contrato. A encomenda inicial, de 36 caças, deverá custar pelo menos R$ 4 bilhões. As primeiras unidades chegarão em 2014 e a FAB sinaliza com a possibilidade de elevar gradualmente o número de caças encomendados, à medida que for acabando a vida útil do restante da frota, composta de aviões como o F-5 e o AMX, nas próximas décadas.

A sinalização de Saito, apontando a conclusão do relatório da FAB apenas em setembro, permite aos americanos e suecos respirar aliviados, já que eles temiam uma definição da disputa às vésperas da visita de Nicolas Sarkozy. A Dassault tem sido apontada como favorita no processo, devido ao interesse do ministro da Defesa por armamentos e tecnologias francesas, como os quatro submarinos convencionais, o casco de um submarino nuclear e os 51 helicópteros de transporte recém-adquiridos.

Pois é, Santiago. Temos informações conflitantes. E agora?

Opinião de um caçador, piloto de A-1:

Edilson,
Não conheço os detalhes específicos dos caças que foram selecionados pela FAB.
O que vejo e escuto são somente informes totalmente infundados de revistas e sites "especializados".
Uma boa fonte de pesquisa é a Revista Força Aérea. Nela, há reportagens feitas com os três finalistas.
Ali há a confiabilidade das palavras do TC Salvatore, ex-comandante do meu Esquadrão.
Quanto à pergunta feita, concordo com o que vcs estão dizendo. No entanto, há algumas variáveis no processo.
Logisticamente, um dos fatores mais importantes de todo o processo é a facilidade de compra. Nisso, o americano é imbatível.
As Forças Armadas Americanas possuem um sistema de compras chamado FMS que é modelo para o resto do mundo.
O F-5, o H1-H, o C-130 e outros projetos antigos voam até hoje graças a tal sistema.
Além disso, comprar pelo FMS é relativamente barato.
Quanto ao Gripen, projeto pelo qual tenho grande empatia, acredito que ele realmente seja barato. É importante lembrar a excelente experiência que nós tivemos com a eletrônica do E/R99.
Quanto ao Rafale/Francês, tenho minhas ressalvas. Isso é pessoal!
Abraços, DNL

Vinicius Pimenta escreveu:Pois é, Santiago. Temos informações conflitantes. E agora?

Não vi conflito ainda, Vinícius, mas provavelmente estou errado. O que vi foi muita lógica em tudo. Veja o "roteiro": notificação ao congresso americano => "apelo para aprovação" => "governo brasileiro sensibilizou-se" => prazo dilatado dentro do solicitado.

OBS: o entre-aspas é especulação minha, nada mais do que isso.

Sobre seu post anterior, concordo em partes. Se houver anúncio até dia 7 de setembro (inclusive), então o Rafale me parece mais do que natural. Porém, se o anúncio ficar pra depois, nada se pode dizer. Digo "nada se pode dizer" porque acredito que a dilatação do prazo não é devido a necessidade da FAB ou do MD, mas apenas uma "oportunidade" (pagar pra ver?) e isto não implica que o Rafale perderia, digamos que fica muito mais difícil de se concluir algo.

Por outro lado, supondo que a decisão extrapole o 7 de setembro (estou convencido disso), então devemos ficar atentos às declarações do Presidente Lula. Primeiro porque ele será cobrado pela imprensa, segundo porque tem o hábito de soltar alguma coisa (mesmo sutilmente) e terceiro é que será mais do que revelador. Se ele não aceitar falar absolutamente nada sobre o assunto, mesmo sobre pressão da imprensa, aí sim poderia ser interpretado como um "gesto diplomático" para não constranger o Sarkozy (leia-se Rafale dançou ou estará por um fio). Igualmente importante é ouvir as falas do ministro Celso Amorim, mais do que as próprias do ministro Nelson Jobim, que, acredito, serão retóricas apenas (insisto, caso não se defina tudo até a citada data).


Grande abraço,

Orestes

Jacobs escreveu:Opinião de um caçador, piloto de A-1:

Edilson,
Não conheço os detalhes específicos dos caças que foram selecionados pela FAB.
O que vejo e escuto são somente informes totalmente infundados de revistas e sites "especializados".
Uma boa fonte de pesquisa é a Revista Força Aérea. Nela, há reportagens feitas com os três finalistas.
Ali há a confiabilidade das palavras do TC Salvatore, ex-comandante do meu Esquadrão.
Quanto à pergunta feita, concordo com o que vcs estão dizendo. No entanto, há algumas variáveis no processo.
Logisticamente, um dos fatores mais importantes de todo o processo é a facilidade de compra. Nisso, o americano é imbatível.
As Forças Armadas Americanas possuem um sistema de compras chamado FMS que é modelo para o resto do mundo.
O F-5, o H1-H, o C-130 e outros projetos antigos voam até hoje graças a tal sistema.
Além disso, comprar pelo FMS é relativamente barato.
Quanto ao Gripen, projeto pelo qual tenho grande empatia, acredito que ele realmente seja barato. É importante lembrar a excelente experiência que nós tivemos com a eletrônica do E/R99.
Quanto ao Rafale/Francês, tenho minhas ressalvas. Isso é pessoal!
Abraços, DNL

Não ajudou muito, o cara claramente não sabe o que está acontecendo, disse apenas o que acha e o que não gosta (caça, no caso, o Rafale) e deixou claríssimo a sua preferência pelo caça americano. Em suma, fez o que fazemos o tempo todo aqui no DB.


Abração!!!

O Palpiteiro já disse que piloto normalmente entende muito é do avião que ele voa.

Olha... cheguei atrasado (como sempre), mas concordo que essa foi uma excelente matéria!!





É aguardar...

[]s
CB_Lima

O emblemático para mim foi o seguinte...

O comandante da FAB, Juniti Saito, disse que a análise final será encaminhada ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, até o fim do próximo mês. Saito afirmou ainda não ter visto a proposta feita pelos Estados Unidos, que concorre no projeto F-X2 com o caça F-18 Super Hornet E/F (Boeing).

Ou seja, quem está aparentemente dando a cadência do jogo é a FAB.

É melhor deixar as poeiras assentarem....Colombia x Venezuela, 7 de setembro e é claro as últimas ofertas/garantias.

[]s

Carlos Mathias escreveu:O Palpiteiro já disse que piloto normalmente entende muito é do avião que ele voa.

Tem muito mais coisas envolvidas na profissao de piloto doque entender do aviao em que esta voando no momento ...

Olha, sem torcer para nenhum, parece que se o Rafale não for anunciado até 7 de setembro próximo, talvez a coisa tenha dado uma pendida para o Super Hornet...
Só espero, mesmo, é que seja feita a escolha logo, contratos sejam assinados, senão daqui a pouco fica para depois. É trauma do FX-1.

Abraços

A notificação do Congresso não significa nada demais. Eu pelo menos penso assim; um "simples" aviso de uma possível compra; procedimento.

Se o jogo não terminar em 07/09, teremos prorrogação. Todo mundo, aparentemente, empatado (ou quase). E o Super Hornet com, digamos, "um fôlego a mais".



Abraços,