Fórum Defesa Brasil

[quote="Carlos Mathias"][quote]Ao saber disso, o chanceler Celso Amorim ponderou sobre o embargo imposto pelos EUA à venda dos Super Tucanos da Embraer para a Venezuela em 2006, exatamente porque o avião brasileiro possui equipamentos fabricados nos EUA.[/quote]

Eu sempre falo aqui que nossa diplomacia adora um prato de vingança frio, gelado.
Aos que não aceitam ou não entendem como funciona, esse é um pequeno exemplo do retorno.
Agora vamos pensar.
Será que valeu realmente à pena phuder (com "u", porque é mais profundo) o Brasil nessa pequena venda de aviões que absolutamente não mudariam porra nenhuma na região e agora perder uma venda de mais de 100 F-18E, fora o mantenimento do alinhamento político brasileiro (até mesmo obrigatório pela ligação logística) com os EUA?

Quem foi o esperto?[/quote]

Pois é...
Será que na época o que os americanos queriam mesmo eram "bloquear" o desenvolvimento da indústria militar brasileira e "bloquear" a influência brasileira na AS ? Uns tucaninhos alí não iam mudar em nada a balança de poder...Não sei mas vai de lição agora para Washington. Melhor uma AS com sotaque brasileiro que com sotaques iranianos, russos e chineses...
O Celso Amorin tinha que largar a chinela nesse povo.

Abs!
Alex

Do Correio Brasiliense:

Por falar em avião

Foi nesse contexto que o chanceler brasileiro aproveitou a conversa com o general Jim Jones, assessor de Barack Obama para Segurança Nacional, para questionar a decisão do governo Bush de vetar a venda de Super Tucanos brasileiros para Chávez… que acabou comprando os caças russos Sukhoi. A emissária do Departamento de Estado que acompanhava o general admitiu que foi uma “gafe política” — da administração anterior, subentenda-se.

Marino escreveu:Do Correio Brasiliense:

Por falar em avião

Foi nesse contexto que o chanceler brasileiro aproveitou a conversa com o general Jim Jones, assessor de Barack Obama para Segurança Nacional, para questionar a decisão do governo Bush de vetar a venda de Super Tucanos brasileiros para Chávez… que acabou comprando os caças russos Sukhoi. A emissária do Departamento de Estado que acompanhava o general admitiu que foi uma “gafe política” — da administração anterior, subentenda-se.

O interessante é que, ontem e antes de ontem (menos que ontem), eu insisti neste ponto, dizendo que a imprensa tinha divulgado este assunto e que não tinha percebido a importância das falas do ministro Amorim. O mais interessante é que voltaram ao assunto e parecem ter percebido a movimentação e o significado de nível para onde foram as negociações. Fico muito feliz em ver a imprensa agindo assim, pena que ainda faltam jornalista "ousados" para ir mais direto ao ponto, se não comentando abertamente, pelo menos deixando o benefício da dúvida sobre o assunto.


Orestes, "cada vez mais gostando do que anda acontecendo".

Vinícius, eu entendo essa máxima que você citou, e digo mesmo que é sim usada na nossa diplomacia, reverenciada no mundo todo como equilibrada.
O que eu quero dizer é que as vezes nossos amigos do fórum querem que o Brasil tome atitudes à lá EUA, peitadas, porradas e afins, que afinal é o estilo deles, certos ou errados. Só que tudo isso tem consequências, para o bem ou para o mal.
O Zacarias já veio aqui pedir arrego e pinico, e agora é a vez de puxarem da pasta as fichas destes fatos e atos americanos.
Quer dizer, talvez pro um ato imediatista, os EUA tenham sua presença enfraquecida na disputa.
Nossos políticos atuais até que se esforçam bastante, colocaram o F-18E na short-list, mas os caras continuam fazendo as mesmas coisas, mandando milico aqui falar besteira em tom que não tem mais nada a ver com a nossa posição atual, parece que estamos ainda nos anos 50, com aquele ternos de linho branco e chapéu havana na cabeça, o estereótipo de sul-americano bananeiro.

Abraços!

A diplomacia americana é péssima, se você quer saber. Veja que nosso governo "comunista" tá fazendo de tudo, mas os caras parecem que são bipolares.

Ó, dias atrás conversei com o presidente de uma empresa americana e ele me disse que ainda somos simplesmente desconhecidos lá como país, por mais incrível que isso nos possa parecer. Isso em relação ao americano médio, este cara mesmo, que só melhorou a imagem da gente depois de conhecer certas coisas que lhe mostrei, nosso lado de país industrializado.

Carlos Mathias escreveu:Ó, dias atrás conversei com o presidente de uma empresa americana e ele me disse que ainda somos simplesmente desconhecidos lá como país, por mais incrível que isso nos possa parecer. Isso em relação ao americano médio, este cara mesmo, que só melhorou a imagem da gente depois de conhecer certas coisas que lhe mostrei, nosso lado de país industrializado.

E acha que para o europeu ou francês médio é diferente? Pela minha parca experiência não.

O Brasil está saindo de líder regional para assumir uma nova posição no cenário mundial , acho que isso explica o porque dos americanos e grande parte dos europeus não saberem o que é Brasil, ou achar que agente fala espanhol

CM, entendi seu argumento, usei a expressão justamente para tentar corroborar com ele.

orestespf escreveu:Obrigado por me "ajudar" neste assunto, Vinícius, achei que estava ficando doido ao insistir neste assunto e ver que os demais insistiam no contrário, como este comentário vem você... Ufa!!!

E concordo com seu último parágrafo, tem mesmo que perguntar, mesmo tendo consciência que eles farão de tudo para se esquivar. Bem, vou pensar em algo (perguntas ou "temas") e lhe envio por MP, talvez consiga aproveitar alguma coisa.


Grande abraço,

Orestes

Está aberta a temporada de perguntas. Já vi que vão me expulsar da coletiva... Manda por MP sim. Já anotei várias sugestões. Dificil vai ser conseguir fazer todas, mas eu tento.

Sugestão Minha:

Aborde sobre a proposta deles com relação a TOTs,suporte,aborde também sobre os códigos-fonte(se teremos acesso total aos códigos-fonte), armamentos, e questões sobre o vetor em si.

Edit: E pergunte se as armas não ficarão estocadas. , e sobre a tal fadiga que ums dizem que tem no F-18E (que na verdade é no F-18C)

Vinicius Pimenta escreveu:

Carlos Mathias escreveu: Eu sempre falo aqui que nossa diplomacia adora um prato de vingança frio, gelado.
Aos que não aceitam ou não entendem como funciona, esse é um pequeno exemplo do retorno.
Agora vamos pensar.
Será que valeu realmente à pena phuder (com "u", porque é mais profundo) o Brasil nessa pequena venda de aviões que absolutamente não mudariam porra nenhuma na região e agora perder uma venda de mais de 100 F-18E, fora o mantenimento do alinhamento político brasileiro (até mesmo obrigatório pela ligação logística) com os EUA?

Quem foi o esperto?

Perdoe seus inimigos, mas nunca esqueça os seus nomes.

Perfeito!

Se o Brasil quer ser uma potência independente, o melhor caminho não é o EUA.


[]'S

Bom, não foi isso que eu disse. Não entendo assim.

Bourne escreveu:

Carlos Mathias escreveu:Ó, dias atrás conversei com o presidente de uma empresa americana e ele me disse que ainda somos simplesmente desconhecidos lá como país, por mais incrível que isso nos possa parecer. Isso em relação ao americano médio, este cara mesmo, que só melhorou a imagem da gente depois de conhecer certas coisas que lhe mostrei, nosso lado de país industrializado.

E acha que para o europeu ou francês médio é diferente? Pela minha parca experiência não.

desculpa mas mais nenhum povo é tão ignorante em relação ao mundo que o rodeia como os americanos...

e vcs têm ganho IMENSO [ironismo mode on] ao longo dos anos que têm feito vénias ao grande irmão do norte... desejo-vos melhor sorte , agora se continuarem atrelados aos gringos...

Acorda Brasil! (já ouvi isto em qq lado, não me lembro onde )

Marino escreveu:E está por dentro do que está acontecendo "nos bastidores".
Realmente, o melhor texto até agora publicado na "mídia leiga".

Apenas retomando o assunto, eu só não concordo com a extrema polarização de decisão nas mãos do Ministro como a tendência das reportagens quer passar. As manchetes são sempre: Escolha de Jobim, Jobim manda, Jobim faz, Jobim acontece, Jobim faz chover... Sei lá, isso dá uma forte impressão de assessoria de imprensa...

Vinicius Pimenta escreveu:Bom, não foi isso que eu disse. Não entendo assim.

Eu também entendi outra coisa, Vinícius, e que deve ter sido a sua intenção original. Mas é por isso que escrevo muito, mesmo sabendo que os erros aumentam, porém fica mais "esclarecido".

Vinicius Pimenta escreveu:

Marino escreveu:E está por dentro do que está acontecendo "nos bastidores".
Realmente, o melhor texto até agora publicado na "mídia leiga".

Apenas retomando o assunto, eu só não concordo com a extrema polarização de decisão nas mãos do Ministro como a tendência das reportagens quer passar. As manchetes são sempre: Escolha de Jobim, Jobim manda, Jobim faz, Jobim acontece, Jobim faz chover... Sei lá, isso dá uma forte impressão de assessoria de imprensa...

Também não gosto disso, sugere dedo do editor, mas acho que "manchetes" assim chamam mais a atenção do leitor, tipicamente ávido por mais um escândalo. Uma lástima!

E o mais interessante é que o texto insinua, até fortemente, que o ministro é outro, pois aborda claramente que o Celso Amorim colocou o dedo dentro do jogo FX-2.

orestespf escreveu:

Vinicius Pimenta escreveu:Bom, não foi isso que eu disse. Não entendo assim.

Eu também entendi outra coisa, Vinícius, e que deve ter sido a sua intenção original. Mas é por isso que escrevo muito, mesmo sabendo que os erros aumentam, porém fica mais "esclarecido".

É que às vezes eu prefiro evitar a fadiga. (Copyright Jaiminho Carteiro, do Chaves, o original).

orestespf escreveu:

Vinicius Pimenta escreveu: Apenas retomando o assunto, eu só não concordo com a extrema polarização de decisão nas mãos do Ministro como a tendência das reportagens quer passar. As manchetes são sempre: Escolha de Jobim, Jobim manda, Jobim faz, Jobim acontece, Jobim faz chover... Sei lá, isso dá uma forte impressão de assessoria de imprensa...

Também não gosto disso, sugere dedo do editor, mas acho que "manchetes" assim chamam mais a atenção do leitor, tipicamente ávido por mais um escândalo. Uma lástima!

E o mais interessante é que o texto insinua, até fortemente, que o ministro é outro, pois aborda claramente que o Celso Amorim colocou o dedo dentro do jogo FX-2.

Bom, vamos adentrar pela seara dos "devaneios entrelinhísticos". O texto está muito bem escrito, tem informações que não são públicas. Para isso só tem duas conclusões: ou inventa ou tem fontes "quentes". Como o Claudio Dantas Sequeira parece ser uma pessoa bastante ética e tem uma reputação a zelar, vamos para a opção que são fontes quentes, evidentemente. De repente é interessante pra essa "fonte quente" (ainda que não a própria e sim de forma indireta como um integrante da equipe/assessor) que de alguma forma seu nome apareça em destaque...

Claro que, mais provável, não tenha absolutamente nada a ver, mas é interessante... Lembrando que, como você falou, na grande maioria das vezes é o editor quem escolhe as manchetes, não o repórter.