caminhões em uso pelo EB

[gabriel219]

Já eu estou com o Paulo Bastos nessa.

Há excelentes oportunidades via FMS e em estoques Europeus para reequipar nossas tropas e deixar num patamar muito melhor do que agora.

Isso é claro, usando a política de extrair o máximo do equipamento por meio de modernizações. É claro que eu queria algo nacional, mas ai vai $$$ que não temos e mal consegue dar conta do programa Guarani.

Agora imaginem se a lição de casa fosse bem feita.

FMS: M1A1, Bradley, M198, M109A5+, AH-1W Plus+, Sherpa B, M577A2, M88A2 (A2 mesmo, se possível) e HEMTT.

Estoques Europeus: talvez tubos L/49 para M109A5+, Leo 2 e Marder.

Modernizar M113 para funções segundárias, apenas de sermos os "Reis da Sucata" ainda sim é uma força Militar extremamente respeitável e sem sombra em nosso continente.

E dessa lista, nossa industria nacional apenas conseguiria nos fornecer uma, em tempo e sem muito custo: peças 155 mm AR desenvolvidas ou fabricadas sob licença da Norinco.

[Marechal-do-ar]

Por isso entendam, se compra via FMS é porque não se tem dinheiro. Simples assim!!!

Logo após terminar a guerra fria os países começaram a cortar os orçamentos militares e o mercado de usados ficou muito interessante, havia equipamentos relativamente novos por baixos preços durante toda a decada de 90, pena que o Brasil estava quebrado e não aproveitou essa janela... Hoje essa tendência se reverteu, os países continuam cortando efetivos, mas ao invés de cortar, estão aumentando investimentos em equipamentos, e isso tem um efeito no mercado de usados, quer dizer, só é ofertado aquilo que não vale a pena manter, que já está muito velho e é caro demais para manter ou atualizar, e justo agora que nossas forças vão procurar no FMS...

Acho que isso acaba sendo uma economia burra, se gasta menos hoje, mas os custos para manter essas velharias se acumularão no futuro comendo orçamento que fará falta para outras coisas.

Apesar de todos os problemas do país acho que no planejamento de gastos militares o país peca e muito, alias, é mais um dos muitos problemas do país.

[gogogas]

De acordo ! Mas ao menos trará melhorias consideráveis ao EB , se muitos equipamentos velhos que ainda estão operacionais datados da segunda guerra , ou dos anos 60 e 70 é pq ainda temos condições de manter operacionais a um custo do orçamento do EB , além do FMS ser bem favorável nessas horas de crise , não sou a favor dele , mas ao menos teremos avanços significativos e substituir alguns equipamentos que era pra estar em museu .
Concerteza esses equipamentos que estão vindo , o EB escolhe os melhores , em algumas reportagens , falam que muitos desses blindados tem poucas horas de uso ,tornando o equipamento "novo" .

[eligioep]

Olá amigos, tudo bem???

Estou afastado de fóruns há algum tempo, por diversos motivos, mas sempre que posso dou uma passadinha aqui para ler as novidades, mas agora vou aproveitar a discussão sobre a matéria que publiquei na T&D e vou divagar em um espinhoso assunto que tem me incomodado:

Quando o EB recorre aos depósitos de material do DoD em busca de material bélico, não é por que gosta, porque se considera a “Rainha da Sucata” ou por “complexo de vira-lata”. Ele faz isso por desespero, porque se não conseguir lá, não terá capacidade de manter sua força minimamente operacional. Podem ter certeza que os militares do EB são muito, mas muuuuuito mais nacionalistas que o mais fanático aqui (mais até do que o FCarvalho, que considero um dos mais nacionalistas do fórum ).

O mesmo acontece com esse pesquisador aqui, que mesmo quando elogio uma compra no exterior, é óbvio que eu preferiria uma aquisição no mercado interno, pois além de eu também ser um nacionalista, devido a posição que ocupo teria uma oportunidade notável de acompanhar o projeto muito de perto, ver sua fabricação e até me divertir na fábrica , coisa que se for importado eu não tenho.

Mas sim, temos que ser pragmáticos, mesmo que isso incomode tanto, pois, não temos dinheiro e temos necessidades!!! E aí, como fica???

Como disse, qualquer milico do EB preferiria os Socorro da AVIBRAS ao HEMTT dos EUA, mas não tem grana, e a AVIBRAS não dá seus produtos. E se quisermos botar a culpa em alguém por conta disso, que não o façamos em cima da das fábricas, dos militares ou mesmo da mídia, mas na situação calamitosa que a economia de nosso pais atravessa. Acredito piamente que se a situação do pais mudar, em seguida as FA’s também mudarão.

Lógico que o FMS tem a desvantagem de jogar uma "pá de cal" na indústria nacional, mas para mudar isso não basta só “querer mudar”, mas o país trabalhar para ser forte, ter recursos e sabe-los utilizar corretamente.

De que adianta termos uma indústria que produza produtos notáveis, como no passado, se o país não tem dinheiro para comprar esses produtos??? Ou será que alguém aí acha certo tirarmos dinheiro da saúde, educação, infraestruturas e outras coisas fundamentais para nossa nação agora, já que não temos nenhuma ameaça externa declarada no momento, para aplicar na compra de equipamentos militares modernos???

Lembrem-se que o país começou a crescer economicamente no governo FHC, atingiu seu ápice no governo Lula (PELOAMORDEDEUS, não deturpem minhas palavras, não estou fazendo propaganda política para ninguém!!!! ) e foi exatamente nessa época que começaram os projetos reais de modernização do EB. Ou seja, se o Brasil crescer, e souber aplicar seus recursos, nossas forças armadas também crescerão, senão, teremos que acostumar com o velho FMS, igual acontecia antes dos anos 70....

Por isso entendam, se compra via FMS é porque não se tem dinheiro. Simples assim!!!

Um forte abraço,
Paulo Bastos

Parabéns, Paulo.
Muito elucidativo e coerente o teu texto.
Quisera que todos tivessem a tua lucidez para entender o que as FA estão passando.
Certamente todos gostaríamos de ver material nacional, mas......

Best regard's!

[knigh7]

"Com o fim da Guerra Fria"..

O pessoal acha que é tudo material que estão há 30 anos estocados.

[Marechal-do-ar]

Rapaz, se foi isso que você entendeu deveria fazer um curso para interpretar textos...

[FCarvalho]

Quando um dia defesa for um assunto sério e reconhecido como importante no Brasil, talvez tenhamos algum investimento regular e longevo.

Do contrário, melhor esperar na rede e embalando.

FMS forever.

Abs

[knigh7]

Rapaz, se foi isso que você entendeu deveria fazer um curso para interpretar textos...

E os equipamentos usados que vc deu a entender são oriundos de qual época?

Olha os valores dos equipamentos usados adquiridos pelo Brasil via FMS continuam baixos Aliás, quase todos os que o Brasil vem comprando são doados. O custo é com o transporte, revisão e modernização se o caso.

Quanto ao custo operacional do que o EB vem adquirindo, isso é bastante discutível. Até porque não há dados divulgados sobre isso.

[FCarvalho]

Qualquer coisa que o EB receber, seja doado, comprado, cedido ou alugado sempre terá um custo alto.
Não pelo material em si, mas pela pífia e ridícula gestão orçamentária da defesa.
Ou alguém acha barato operar apenas 10 veículos que sequer tem peças no Brasil?

Abs

[knigh7]

Esse veículo usa um Caterpillar C15 com transmissão Allison 4500.

Eles são relativamente comuns aqui.

Equipamentos americanos são bons aqui no Brasil por causa dessas coisas. Têm bastante suporte aqui.

O que não se pode falar da Grande Mãe Russia e da França (lembram da comuna da Paris) que os esquerdinhas de fóruns A-DO-RAM.

[FCarvalho]

Esse veículo usa um Caterpillar C15 com transmissão Allison 4500.
Eles são relativamente comuns aqui.
Equipamentos americanos são bons aqui no Brasil por causa dessas coisas. Têm bastante suporte aqui.
O que não se pode falar da Grande Mãe Russia e da França que os esquerdinhas de fóruns A-DO-RAM.

Sem quantidades adequadas a relação custo x benefício do se torna onerosa.
Se estivéssemos falando de cem ou mais unidades, vá lá, até se justifica, mas mera dezena não é bom negócio, mesmo tendo algum suporte aqui.
Mas duvido que no caso desse veículo isso seja válido para toda a sua cadeia de suprimentos.

Abs

[knigh7]

Olha Carvalho eu acredito que seja mais para um teste na Força. Se der certo, o EB vai acabar comprando mais.

Esses caminhões são feitos buscando uma máxima comunalidade, usando componentes da indústria automotiva do país. Aqui no Brasil é grande a presença da indústria automotiva norte-americana.

[FCarvalho]

Sim, eu sei. E até por isso esse tipo de compra sempre acaba sendo um tiro no pé.
Como não temos planejamentos que funcionem, acaba se tornando um eterno círculo vicioso.
E como vivemos no país do Carnaval...

ps: se for realmente um teste e der certo, espero que se faça o logico, ou seja, que se invista no veículo da Avibras. Se não, ao menos uma simples concorrência para adquirir algo realmente novo e que possa ser feito aqui.

Abs

[knigh7]

Pessoal,

Eu não quis antes dar o exemplo do heli de ataque americano sobre o assunto por não ser do tópico,mas considerei pertinente:

Há materiais americanos na reserva em bom estado: como é o caso de 26 células Whiskey do AH-1. Essas células estão com metade da vida útil estrutural. Os americanos garantem as operações dessas 26 células até 2032. Pela matéria da T&D, o EB solicitou 8 delas.

Já as unidades Cobra que a AvEx avaliou em 2014, estavam surradas e não teve interesse.

Antes de uma Força Armada (no caso do EB) encaminhar uma solicitação de aquisição ( Letter of Offer and Acceptance (LOA) ), são realizadas vistorias no material que está na reserva norte-americana.

[FCarvalho]

É o de sempre. Quem não tem cão caça com o gato do vizinho.

Abs