O dragão morde sua cauda
Augustin Barletti, jornalista argentino e autor da investigação A Fome do Dragão. O plano da China para comer o mundo, faz soar o alerta sobre as intenções da China na América Latina. (Foto: Cortesia do autor)
POR SABINA NICHOLLS/DIÁLOGO
OUTUBRO 04, 2023
Conclusões da ampla investigação do jornalista Agustín Barletti sobre a China
“A penetração desenfreada da China na América Latina é preocupante”, diz o jornalista, escritor e editor argentino Agustín Barletti, após concluir sua mais recente e profunda investigação: A Fome do Dragão. O plano da China para comer o mundo. Após três anos de estudo, e com um extenso registro de fontes e documentos, Barletti revela as façanhas calculadas da República Popular da China (RPC) para conquistar o mundo e faz soar o alarme sobre as intenções do país asiático na América Latina, uma região que ele não hesita em catalogar como um espelho da África.
Barletti afirma que a situação na América Latina é extremamente desafiadora, pois a China encontrou nela um terreno fértil e um fertilizante fácil para atingir seus objetivos, sendo atualmente a segunda região do mundo com maior penetração do país asiático. Por meio de uma operação sigilosa baseada em carteiras abertas, diz o especialista, a China se alimenta de recursos naturais, manipula votos em organizações internacionais e vigia os países que, por sua vez, estão perdendo a soberania e ganhando dependência dela.
África, a sogra da América Latina
“A China tem fome”, começa dizendo Barletti, em uma conversa com Diálogo. “Tem fome de desafiar a supremacia ocidental em várias partes do mundo e recuperar um lugar histórico com o mandato do nacionalismo.” Barletti se refere à conquista delineada pela China, disputando com o Ocidente a liderança e, assim, tornando-se uma potência mundial por meio do controle absoluto das decisões geopolíticas dos países. “O objetivo é que as decisões futuras não possam ser tomadas de forma soberana sem consultar os desejos da China”, acrescenta.
E, para conseguir isso, a China contou com empréstimos. “Tudo é parte de uma proposta econômica”, diz o jornalista, que também é advogado e especialista em direito público, acrescentando que “trata-se de emprestar dinheiro a países em situações de emergência, mas com a particularidade de que eles não o devolvam”.
É um experimento chinês que começou na África. “Esse é o modelo acabado”, diz Barletti. “A China usou esse continente como uma espécie de laboratório para seu modelo colonizador, que foi bem-sucedido; agora ela busca repetir sua façanha em outros continentes, como a América Latina.”
Barletti condena a África, dizendo que, precisando desesperadamente de investimentos, ela se curvou para se tornar um continente dependente da China. “Hoje, 50 por cento dos grandes projetos de construção da África são controlados por 10.000 empresas chinesas”, declara Barletti. “Não é coincidência então que a dívida pública africana não deixou de crescer.” Em sua investigação, o jornalista revela que, desde 2000, a dívida pública da África passou de 35 por cento do PIB para 50 por cento, e a China é seu principal credor. A isto se somam outros dados preocupantes revelados pelo Banco Mundial em 2020, ao assegurar que sete países africanos estão em dificuldades de endividamento, devido ao volume de empréstimos chineses.
Esta é uma situação alarmante que, de acordo com Barletti, está sendo replicada na América Latina. “A África é aquela sogra a ser observada, é o espelho do que vai acontecer na América Latina se os líderes latino-americanos não colocarem freios nisso.”
Foto de arquivo do pessoal do Exército de Libertação Popular da China, que participa da cerimônia de inauguração da nova base militar da China em Djibuti, em 1º de agosto de 2017. (Foto: AFP)
Poder com carteira aberta e usura
Desde o início do século, o mundo tem visto como a importância econômica e política da RPC na América Latina e no Caribe não parou de crescer. O aumento das relações econômicas e comerciais entre o país asiático e a América Latina tem sido constante, a tal ponto que a China deixou de ser insignificante nas economias dos países da região, para ser hoje o segundo maior parceiro comercial. Mas a grande pergunta a ser respondida é: Como a China conseguiu isso em tão pouco tempo? Quais são seus interesses e que benefícios traz essa relação comercial tão estreita para a região mais distante do país asiático e tão diferente política e culturalmente? “Nenhum”, responde prontamente Barletti.
O jornalista afirma que a penetração da China tem sido marcada por uma estratégia sigilosa baseada no que ele chama de “carteira aberta”. Ele se refere à China como o usurário da região, tendo se tornado um credor de emergência para os países que têm mais dificuldade de acessar empréstimos convencionais, prometendo-lhes dinheiro e convidando-os a participar da iniciativa Cinturão e Rota, que foi projetada para adquirir domínio econômico e político global.
De acordo com as investigações de Barletti, 60 por cento dos países que fazem parte dessa iniciativa têm o que é chamado de crédito lixo. “Ou seja, não têm acesso a organizações multilaterais de crédito”, explica o autor, acrescentando que “quando Pequim atua como credor alternativo, não lhe interessa a legitimidade do governo, nem sua capacidade de retorno financeiro, porque, no fim das contas, o que quer é que não lhe paguem”.
Barletti fala da armadilha da dívida como estratégia da China para ganhar influência política e poder econômico e explica: “por meio da dívida, a China vincula os países para influenciar posições ou determinações que levam à sua perda de soberania”.
Um membro da comunidade uigur segura um cartaz, enquanto participa de uma manifestação para pedir ao Parlamento britânico que reconheça a perseguição da minoria muçulmana da China como genocídio e crimes contra a humanidade, em Londres, em 22 de abril de 2021. (Foto: Justin Tallis/AFP)
Influência vs. dinheiro
É assim que a América Latina se tornou o fantoche da região, diz Barletti, ao mencionar vários exemplos da manipulação da carteira aberta da China para atingir seus objetivos.
Um deles é a falta de apoio que os países democráticos receberam quando Michelle Bachelet liderou uma comitiva, em 2021, enviada para solicitar uma investigação e condenação da China pelas violações contra a minoria muçulmana uigur e os centros de detenção em Xinjiang. “A China não foi condenada, porque vários países da América do Sul e da África votaram a seu favor […].”
Outra das graves alegações feitas pelo jornalista é a pesca ilegal. “É um exército de navios construídos em estaleiros estatais, com tripulações chinesas, que também recebem subsídios estatais para combustível e construção de novos navios e apoio do Exército de Libertação Popular, para localizar áreas de pesca”, diz o especialista. Segundo explica, todos os anos, essas frotas saem da China, atravessam o Pacífico e se instalam ao largo do México, Equador, Chile, cruzam o Estreito de Magalhães e, durante quatro meses, ancoram no limite do mar da Argentina, especialmente em busca de lulas, o recurso pesqueiro mais valorizado do Atlântico Sul.
De acordo com um relatório elaborado pela ONG de conservação Oceania, entre janeiro de 2018 e abril de 2021, dados de satélite mostram que 400 embarcações chinesas saquearam as águas frente ao território argentino. A pesca ilegal de forma e de território também está causando a depredação de animais marinhos e um alto impacto ambiental, mas os países mais afetados não estão se manifestando sobre isso. “Não há uma atitude firme em relação a essa situação delicada, porque isso significaria brigar com a China e eles perderiam ainda mais se a China cortar sua carteira.” Barletti também adverte sobre a projeção de poder geopolítico dessa atividade ilegal: “a frota pesqueira da China é mais do que uma preocupação comercial porque, por meio dela, Pequim também está reforçando sua presença naval e reclamando rotas marítimas preciosas”.
Outro exemplo dado pelo autor é o porto de Chancay, no Peru, do qual a China é a maior acionista. “Está sendo construído um megaporto que viola todas as normas ambientais e ninguém levanta a voz, ou os poucos que o fazem são pequenas organizações ambientais que reclamam do desastre ecológico que está sendo causado por um porto sem nenhuma previsão ambiental, que não está destruindo apenas o meio ambiente, mas também um povo inteiro, e por quê? Tudo porque a carteira chinesa é muito forte e o país onde a China mais penetrou na América Latina foi o Peru.”
De acordo com China Index 2022, uma iniciativa do think tank Doublethink Lab, que classifica a penetração da China no mundo, o Peru é o país latino-americano com maior influência e o quinto entre os 82 países avaliados globalmente.
Foto de arquivo. O navio patrulheiro oceânico ARA Bouchard (à esq.), da Marinha Argentina, detectou e capturou o navio chinês Hong Pu 16, por pescar ilegalmente em águas argentinas, em 5 de maio de 2020. (Foto: Marinha da Argentina)
Perda de ativos e dependência
O peso da influência que a China obteve por meio de empréstimos exorbitantes pode custar muito caro para os países receptores, que, de acordo com Barletti, pagarão um preço alto em termos de perda de ativos e dependência. O setor ferroviário é um exemplo disso, diz Barletti. “A China desembolsa dinheiro para que os países comprem seus trens, comprem os trilhos da China, para que depois os países fiquem presos à compra de todas as peças de reposição em seus países e, além disso, para que o pessoal chinês venha fazer a manutenção e os reparos. Portanto, não é que a China esteja emprestando aos países para modernizar as ferrovias, mas para ajudar a China a financiar seu setor ferroviário, pois, caso contrário, eles poderiam comprar trens da Bélgica com o dinheiro que a China está emprestando a eles? A resposta é não.” E ele continua, dando exemplos concretos, quanto “à situação que está acontecendo na Argentina com o sistema ferroviário, em Santiago do Chile com o metrô, a mesma coisa que vai acontecer em Bogotá e que já está acontecendo com o trem Maya no México”, disse.
Mas seu interesse não é apenas por meio de investimentos em infraestrutura; também cria dependência nos vários setores de insumos e recursos naturais que exportam para a China. “Um exemplo disso é o que está acontecendo na Argentina com a soja: 80 por cento da produção de soja, sua farinha, óleo, todos os seus produtos são exportados para a China, e hoje a China já comprou empresas na Argentina que têm portos, que têm fábricas de processamento de sementes oleaginosas, o que significa que 20 por cento da soja da Argentina já vem de empresas chinesas sediadas na Argentina.”
Em termos de aquisição de ativos, o caso clássico do que é conhecido como armadilha da dívida, um exemplo claro do que poderia acontecer na região é o porto do Sri Lanka. Apesar de estudos de viabilidade concluírem que um porto na cidade de Hambantota não seria lucrativo, o governo do Sri Lanka aceitou um empréstimo de US$ 1.080 milhões de Pequim para a construção do porto com uma condição. “A mesma de sempre”, diz Barletti, “que o grupo Communications Construction Company [CCCC], uma das maiores empresas estatais da China e executora do Partido Comunista Chinês no mundo, construísse o porto. Mas o projeto fracassou e Pequim cobrou. “Executou a hipoteca e o Sri Lanka acabou entregando as operações portuárias à China por 99 anos, e agora a China está construindo uma base naval no local e navios de guerra já estão chegando. Esse é o negócio deles”, afirmou Barletti.
No Equador, a situação foi semelhante. A usina hidrelétrica de Coca Codo Sinclair, o mais importante projeto de infraestrutura da história do país, foi construída pelos chineses e hoje apresenta inúmeras falhas de construção. “Ela não funciona nem com 12 por cento de sua capacidade e os chineses perdoaram uma parte da dívida em troca de uma concessão por 30 anos; em outras palavras, os chineses geram a eletricidade e a vendem ao Equador.”
Perda de soberania
Talvez, de todos os riscos apresentados por Barletti, a perda de soberania seja o mais preocupante. “Esse já é o ponto de inflexão”, diz o autor. A América Latina cedeu à China espaços que dificilmente conseguirá recuperar, como, por exemplo, os terrenos onde estão localizadas as 11 bases espaciais que a China já tem na região. “Essas bases são administradas pelo Exército de Libertação Popular, onde os países, detentores da soberania, não podem entrar sem autorização.” De acordo com a investigação de Barletti, baseada em estudos e dados documentados, são bases para a espionagem. “De lá, a China monitora tudo o que acontece nos satélites que orbitam a América Latina e o Hemisfério Sul.”
A Estação Espacio Lejano na província de Neuquén, que chama bastante a atenção por seu potencial uso duplo e tem sido envolvida em controvérsias, é o resultado de acordos entre a Direção Geral de Controle de Lançamento e Rastreamento de Satélites da China e a Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina. (Foto: Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina)
Vigilância e fim das liberdades: a maior ameaça
Entre as manobras assustadoras da China para cumprir seu plano de dominação mundial que revela o autor, a espionagem é uma das principais prioridades. “A China está avançando pela força da vigilância, como aconteceu em 4 de fevereiro de 2023, com um balão espião que sobrevoou os Estados Unidos, a Colômbia e o Peru.” Seu olho controlador – como diz o jornalista – se estende além de suas fronteiras e, por meio de várias táticas, a China consegue vigiar seus cidadãos no exílio e os países onde penetrou. “Ela faz isso por meio de delegacias de polícia clandestinas”, diz Barletti. De acordo com os dados de sua investigação da organização internacional Safeguard Defenders, na América do Sul há delegacias secretas da polícia chinesa em Quito e Guayaquil, no Equador, Viña del Mar, no Chile, Rio de Janeiro e São Paulo, no Brasil, e Buenos Aires, na Argentina.
Mas também o faz, de acordo com as investigações, por meio de suas empresas, como a Huawei, por exemplo. A investigação de Barletti reflete que todas as empresas chinesas com mais de 500 pessoas são obrigadas a ter um membro do Partido Comunista em seu conselho, mas não apenas isso, mas, por lei, qualquer empresa chinesa é obrigada a fornecer todas as informações que coleta ao Partido Comunista Chinês, e isso se aplica a todos os tipos de empresas, incluindo empresas de tecnologia. “Isso é o que mais deveria preocupar os governantes. O fato de que a China esteja tentando transferir as ameaças às liberdades individuais para a região, de modo que nenhum país possa tomar decisões soberanas sem antes consultar o Partido Comunista, é muito sério”, condena Barletti.
Fim da anestesia?
Embora o quadro apresentado por Barletti pareça cinzento, o jornalista garante que a China está em um declínio relativo de poder. “O ponto de inflexão foi a COVID-19”, diz Barletti, convencido de que a pandemia abriu os olhos do mundo. “Quando a China se fecha, a economia mundial sofre uma crise e os alarmes disparam, porque eles percebem a dependência econômica de todos os países em relação à China.”
Desde então, diz Barletti, os países começaram a tomar medidas concretas e conjuntas, para conter o plano colossal da China, o que não teriam feito até então. Um exemplo disso é a conquista da China pelos mares. “O último grande avanço que a China tentou foi a compra do porto comercial de Hamburgo, o maior e mais importante da Alemanha e o terceiro maior da Europa; mas a pressão dos EUA e da Alemanha impediu a compra de quase 100 por cento e, no final, eles concordaram com 24,9 por cento, mas com a condição de proibir qualquer aquisição acima do limite de 25 por cento e de dar a si mesmos o direito de veto.” A China passou de uma participação estratégica, com uma minoria de bloqueio, para uma simples participação financeira.
A esse freio soma-se outro ainda mais poderoso, o da guerra fria tecnológica. “Quem controlar os semicondutores vai dominar o mundo”, diz Barletti. E ele conta como a China já está lutando para vencer essa batalha em que os minutos valem ouro. “Na Holanda, há uma fábrica que é a única no mundo que produz uma parte mínima, mas necessária, dos microchips mais avançados do mundo e que tinha um acordo assinado com os chineses. No entanto, a pressão do Ocidente fez com que a Holanda rescindisse o contrato e a China vai ficar três ou quatro anos para trás.”
Essas são apenas algumas das ações diretas que estão sendo tomadas contra o poder chinês. As reações também estão ocorrendo na África. “Depois de quase meio século desde a chegada da China, esse continente está acordando”, comenta Barletti. “O desejo de Xi Jinping de fazer que o exemplo africano, baseado no financiamento de infraestrutura, seja o espelho no qual os países em desenvolvimento podem se ver refletidos, parece estar crepitando.” Entre algumas das ações reveladas pelo autor, estão as denúncias feitas em fevereiro deste ano pela República Democrática do Congo contra as violações de Pequim a um acordo assinado para o desenvolvimento de infraestrutura em troca da exploração de minerais congoleses. “Embora tenham pago caro, eles já estão reagindo”, acrescenta Barletti.
Embora haja países que se tornaram mais conscientes, há outros que permanecem adormecidos, como a Colômbia, condena o autor. “A China viu a Colômbia como um dos países onde há pouca ou nenhuma consciência sobre o perigo chinês”, diz o especialista, acrescentando: “eu não vejo nenhum alerta na Colômbia, ninguém está levantando a voz sobre o que está acontecendo e os chineses, sem dúvida, tirarão proveito dessa situação”.
O navio de rastreamento de satélites e mísseis balísticos Yuan Wang 5, do Exército de Libertação Popular, chega ao Porto de Hambantota, no Sri Lanka, que foi arrendado à China por 99 anos, em 16 de agosto de 2022. (Foto: Ishara S. Kodikara/AFP)
Colocando freios na China
Mas Barletti não parece estar preocupado com a letargia em que alguns países continuam a se deixar embalar diante da penetração da China, como seria de se esperar, porque o especialista tem sua própria previsão. “Não é que eles não conseguirão, porque o mundo vai impedi-los, mas o próprio regime autocrático deles, juntamente com o declínio econômico pelo qual estão passando, será a força vital que afogará esse projeto.”
O autor fala sobre a crise econômica pela qual está atravessando a China, passando de um crescimento de 8 por cento para 3 por cento. “É uma catástrofe”, exclama. Soma-se a isso o envelhecimento da população, fábricas e empresários que estão indo embora e uma grande desconfiança em relação às empresas de construção, o que, segundo o autor, causará sérios problemas internos que colocarão a China entre a espada e a parede. “Em 1980, após o massacre na Praça Tianamen, o povo chinês abriu mão de suas liberdades em troca de benefícios econômicos, tão entorpecido que estava, que não sentiu nem mesmo o cheiro da Primavera Árabe. O problema agora é que nem isso eles terão, porque a crise econômica chinesa está atingindo todos os lugares e as pessoas vão se revoltar”, diz Barletti.
O prognóstico de Barletti, após mais de três anos de investigação, é que o plano da China de se tornar a maior potência mundial pode não dar em nada. Ele se preocupa com a extensão em que essa situação afetará os países latino-americanos que hoje são tão dependentes da economia chinesa. “A China começará a andar em uma corda bamba e terá que decidir se executa sua hipoteca e afunda os países da região ou se mantém a influência política e continua a lançar boias salva-vidas, mas boias salva-vidas de chumbo, porque no final elas afundarão”, assim conclui Barletti suas reflexões de alerta.
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