#15469
Mensagem
por Lord Nauta » Ter Nov 07, 2017 4:01 pm
Prezados colegas;
Para a nossa profunda reflexão vejam esta noticia do Plano Brasil postada pelo Roberto Lopes.
Continuamos ‘comendo poeira’: Cotecmar e Armada colombiana fixam para o 3º trimestre de 2022 a entrega do 1º patrulheiro de 2.550 tons.(porte comparável ao da CCT brasileira…)
A Marinha da Colômbia e o estaleiro estatal Cotecmar (Corporación de Ciencia y Tecnología para el Desarrollo de la Industria Naval, Marítima y Fluvial Colombiana) anunciarão, na próxima mostra internacional de equipamentos militares Expodefensa, marcada para o período de 2 a 4 de dezembro em Bogotá, a prontificação, no terceiro trimestre de 2022, do seu primeiro navio-patrulha oceânico OPV 93C – ou “OPV de segunda geração” –, de 2.550 toneladas, projeto de porte comparável ao da corveta classe Tamandaré (cuja primeira unidade não deve ficar pronta antes de 2024).
A nova classe resulta da experiência adquirida pelo estaleiro na produção de três patrulheiros Tipo Fässmer OPV 80: 20 de Julio, 7 de Agosto e Victoria (foto). Na Expodefensa a Cotecmar apresentará o desenho da embarcação que, por ter sido completamente desenvolvido em território colombiano – e, portanto, dispensar o pagamento de licenças de construção a outros estaleiros –, envolverá custos de produção significativamente menores.
Ao contrário das incertezas que rondam os programas da Marinha do Brasil, tolhida permanentemente por restrições orçamentárias e a falta de previsibilidade acerca da liberação de recursos, a Armada Colombiana já tem pronto o cronograma relativo à sua nova plataforma.
O projeto da OPV 93C vem sendo desenvolvido desde 2015. As fases do desenho conceitual e preliminar já foram concluídas. Este ano teve início a etapa do desenho contratual (orientação para as especificações técnicas que devem constar do contrato de fabricação), prevista para ser encarrada no segundo semestre de 2018.
A assinatura do contrato relativo à encomenda da embarcação é esperada para o início de 2019 – época em que terá início a fabricação propriamente dita. O lançamento ao mar está previsto para o final de 2021.
Comparativo – O navio foi concebido para cumprir missões de interdição marítima, segurança e controle do tráfego marítimo, busca e salvamento, prevenção de agressões ao meio ambiente, operações de Paz e Ajuda Humanitária.
Os chefes navais colombianos solicitaram recursos para um lote inicial de três OPV 93C, mas dependendo dos préstimos que a nova classe puder demonstrar, essa quantidade pode ser aumentada, para quatro ou até seis unidades.
A seguir a coluna INSIDER traz um breve comparativo das características técnicas da OPV 93C colombiana e da corveta classe Tamandaré CCT).
A coluna apurou que, no Rio de Janeiro, o Centro de Projetos de Navios vem fazendo ligeiras alterações na configuração das CCTs. O deslocamento do navio, por exemplo, passou das 2.750 toneladas para 2.790 toneladas – resultado, possivelmente, de alteração nos equipamentos que a corveta deve embarcar.
Eis o comparativo:
Comprimento:
OPV 93C – 93 m
CCT – 103,4 m (94,2 m na linha d’água)
Boca máxima:
OPV 93C – 14,2 m
CCT – 12,9 m (12,06 m na linha d’água)
Calado (a plena carga):
OPV 93C – 4,1 m
CCT – 4,25 m
Pontal (altura da embarcação desde a quilha até o convés superior):
OPV 93C – 7 m
CCT – 9,3 m
Deslocamento:
OPV 93C – 2.550 tons.
CCT – 2.790 tons. (deslocamento leve: 2.267 tons.)
Velocidade máxima:
OPV 93C – 20 nós (informação de caráter ostensivo; a velocidade é, possivelmente, maior)
CCT – 25 nós (algumas fontes falam em até 28 nós)
Raio de ação:
OPV 93C – 10.000 mn
CCT – 4.000 mn a 14 nós
Autonomia:
OPV 93C – 30 a 40 dias
CCT – 30 dias
Tripulação:
OPV 93C – 64 militares + 36 fuzileiros navais (o que reduziria sua autonomia para 20 dias)
CCT – 165 militares entre tripulantes, forças especiais e pessoal do Destacamento Aéreo Embarcado (DAE)
Aeronaves:
OPV 93C – 01 helicóptero de até 10 tons.
CCT – 01 helicóptero de até 10 tons.
Armamento: Canhões e mísseis, mas em ambos os casos as configurações ainda não estão definidas.
OPV 93E – Durante a Expodefensa a Cotecmar dará ênfase à sua nova OPV como “produto de exportação” (OPV 93E). Nesse sentido, divulgará dados particulares do projeto destinados a atender os requerimentos das diferentes marinhas interessadas:
– Aumento ou diminuição do comprimento da embarcação, pela inserção ou exclusão de blocos;
– Configuração Estratégica Modular;
– Flexibilidade na capacidade de Defesa Aérea;
– Flexibilidade dos níveis de Monitoramento e controle da plataforma;
– Adaptabilidade a pelo menos três tipos de canhão de proa;
– Disposição interna flexível;
– Adaptabilidade a quatro diferentes configurações de propulsão: propulsão convencional a diesel; Diesel CODAD; CODELOD e propulsão combinada Diesel Elétrica);
– Disposição interna que prevê duas salas de Máquinas, o que permite uma separação dos diversos equipamentos da motorização, aumentando a capacidade de sobrevivência e operatividade do barco (especialmente se comparado com os projetos das anteriores Fässmer OPV 80).