Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu:

rodrigo malaquias escreveu:O IA2 em base baseia-se nos maiores defeitos do FAL. O MD97 já tinha seus problemas, mas conseguiram criar outros defeitos no IA2. E falo como usuário.

De acordo, e nem usuário sou, apenas Operador treinado (sem tiro, que estava proibido por Portaria em fins de 2013) no EB.

Pois é, parece que definitivamente o IA-2 não é mesmo uma unanimidade. Não ao menos dentro do EB,, pois MB/CFN e FAB sequer querem saber dele.

Duvido que isso seja apenas questão de projeto. Aí tem com certeza má gestão.

abs.

Dá pra descrever esses tais problemas, Rodrigo?

Vou começar com o básico, ele é o mesmíssimo md97 só adicionaram perfumarias, até sendo 200 gr mais pesado,. O percursor do Md97 até o ao Ia2 foi construido em quatro versões por erro básico de projeto inicial, o 1º inercial que com o manuseio do ferrolho permitia movimento do percursor em direção a espoleta ocasionando o disparo acidental, Não vou me aprofundar muito pois são muitas coisas que teria de enumerar. Esta arma inicial na Força Nacional foi responsável por inúmeros desligamentos de servidores por disparo acidental. Outra questão é utilizar alumínio em lugar do aço forjado utilizado no Fal, situação que levou a varias quebras até hoje nos MD97 em uso nas policias militares. Pra utilizar-se do alumínio teria de ser uma peça única como o projeto Ar-15/M-16. Só par citar algumas características existentes. Um erro do passado se gostam tando do FAL porque não pleitearam uma arma similar ao FN FNC ou a versão AK5 produzida na Suécia?

Desculpem por alguns erros de digitação.

Mas esses erros de projeto, se não me engano, aconteceram no primeiro lote. Isso foi sanado

Mudanças cosméticas mascaram mas não resolvem, tem coisa que não tem solução exatamente pelo que eu já mencionei.

Só observar o documento feito pela imbel após o incidente com o IA2 na PMESP. Já acontecia com o MD e só prosseguiu com o IA2, por que vem da origem do desenho. Preferem fazer um fuzil mais caro com mais mazelas para sanar do que muitos possam imaginar.

Vou ter pesadelos com essas imagens de FALs modificados da Argentina. Deveriam colocar um "viewer discretion advised" antes.

wagnerm25 escreveu:Vou ter pesadelos com essas imagens de FALs modificados da Argentina. Deveriam colocar um "viewer discretion advised" antes.

Daí eu só queria as versões sniper e atirador designado. É o que nos falta por aqui, e serão muito necessários nas próximas missões da ONU. As coisas estão mudando, e não podemos esperar que um dia a Imbel tenha uma revelação divina para fazer algo tão óbvio quanto estes modelos, ainda que sejam uma atualização com kits importados, como os argentinos fizeram.
Ao menos não vai ter a desculpa de não ser um FAL.

abs.

Aqui uma possível regeneração para os nossos vestutos FAP, que poderiam ser aproveitados ainda por mais um tempo, ou como solução até mesmo permanente, para uso nos GC's do exército.



https://www.armyrecognition.com/sitdef_ ... 05171.html

Fico pensando em quanto tempo nós perdemos aqui tentando re-inventar a roda com projetos que não saem do lugar enquanto uma empresa quase que artesanal nos USA consegue propor projetos de modernização dos FAL que passam muito longe das porcarias feitas por aqui.

Mas quem sabe um dia.

abs

FCarvalho escreveu:Aqui uma possível regeneração para os nossos vestutos FAP, que poderiam ser aproveitados ainda por mais um tempo, ou como solução até mesmo permanente, para uso nos GC's do exército.



https://www.armyrecognition.com/sitdef_ ... 05171.html

Fico pensando em quanto tempo nós perdemos aqui tentando re-inventar a roda com projetos que não saem do lugar enquanto uma empresa quase que artesanal nos USA consegue propor projetos de modernização dos FAL que passam muito longe das porcarias feitas por aqui.

Mas quem sabe um dia.

abs

Nada ali clama por modernização de qualidade. O carregador é conhecido por causar problemas de fiabilidade, o bipé é considerado por muitos uma bela porcaria. Mas sim, há coisas interessantes feitas por essa empresa.

Cabeça, pelo (baixíssimo) nível de coisas com as quais estamos acostumados aqui, qualquer material oferecido por aquela empresa já seria para nós um verdadeiro luxo.

Mas até mesmo os recursos oferecidos por esta empresa podem ser considerados aqui quase como que anátema em relação ao FAL. O pessoal gosta dele mesmo é do jeitão que ele veio ao mundo há mais de 60 anos atrás. E alteração que modifique isso, é peremptoriamente recusada.

Fazer o quê...

abs

Que me perdoem os defensores do IA-2, mas bem que a Imbel poderia ter sido comprada por esta empresa Com certeza hoje estaríamos bem melhor em termos de armamento individual do que estamos hoje. E quem sabe até inventando novos produtos e ainda exportando.



abs.

Vocês dizem que o IA2 é uma bosta por ser um FAL maquiado, ai pedem o kit da DSArms e que deveríamos ter feito o mesmo que os Argies, que é pegar um FAL e trocar as peças, mantendo o grosso do Fuzil intacto. Decidam-se.

O problema no percursor do IA2 está sanado desde o primeiro lote, os problemas de incidente de tiro após o lote piloto ocorreram devido ao tipo de munição que alguns da SegPub começaram a usar, como o .223 ao invés do SS109 ou a cópia do M855 que a Imbel desenvolveu, tanto é que os mesmos incidentes de tiro não ocorreram mais no IA2 que está com o EB. A PC daqui de PE recebeu uns IA2 e utilizam o 5.56 mm neles, não houve se quer acidente de tiro por aqui, assim como os fuzis do 72º Btl. Eu mesmo fui lá e pude dar uns tiros com o mesmo.

E outra, das demais Forças, só a FAB que forçou para não usar o IA2. O CFN devolveu os fuzis e só vez exigências em acessórios do mesmo (coronha, seletor, alavanca de manejo e sistema de mira), nada falaram sobre a confiabilidade do fuzil. Desde então o EB está concentrado em atender os requisitos do CFN e desenvolver outras versões (Fz Ass 7.62, DMR 5.56 e 7.62...).

Não é defender a Imbel, é simplesmente falar a verdade. Eu mesmo acho uma bosta aquele seletor de tiro, eu odiei, mas de resto... Eu enchi o fuzil de areia e continuei atirando normalmente (abri o ferrolho e joguei areia dentro). Concordo com o Abuldog, eu não gostei do sistema de mira, precisa melhorar. Consegui ter um aproveitamento melhor com aquelas miras da Newcon, mas tem uma precisão boa (muito boa pra quem tem cano de pouco menos que 14") e o recuo é extremamente controlável.

Só falta mudar as outras porcarias dele, mas o básico já faz e muito bem.

Fui um dos maiores críticos do IA2 e ainda continuo sendo com algumas coisas no fuzil, mas coisas como "É um FAL maquiado", "O fuzil explode com munição 5.56 mm", "ta falhando direto"... isso ai já é faltar com a verdade.

gabriel219 escreveu:Vocês dizem que o IA2 é uma bosta por ser um FAL maquiado, ai pedem o kit da DSArms e que deveríamos ter feito o mesmo que os Argies, que é pegar um FAL e trocar as peças, mantendo o grosso do Fuzil intacto. Decidam-se.

Gabriel, se o IA-2 é uma bosta ou não, deixo aos colegas do fórum que sabem lidar com armas de fogo para opinar. Eu mesmo nunca faria isso, até porque, além de não entender nada sobre seu funcionamento, a miopia/astiguimatismo não colaboraria para seu uso por mim. Eu me considero um perigo para mim mesmo, e para os outros, com uma arma de fogo na mão.

Quanto a cita empresa acima, visitei o site dela e vi muitas coisas interessantes em relação ao que eles fazem com o FAL, e também com versões a partir da AR-15. Minha ideia não é, e nunca foi substituir o IA-2 por kits da DSArms, mas que eles fossem uma alternativa, se temporária ou não é outra coisa, de vários fuzis que temos aqui nas OM's de combate no sentido de complementar brechas em usos específicos para os quais não temos , ainda, o IA-2 como modelo de referencia.

A lista é variada e bem interessante. Podemos atualizar desde o FAP até usá-lo como rifle sniper ou DMR, assim como na sua função original de apoio de fogo. Da mesma forma, o FAL pode ser utilizado em diversas funções como as acima, dentre outras. É só olhar o site que se pode verificar as várias formas de reutilização daquela arma dando uma sobrevida a ela com um pouco melhor de qualidade e adaptação as necessidades do soldado no combate atual. Creio que não seja nada demais. E pelo que pude constatar, quase tudo ali é barato e está a venda para quem quiser. Claro, nos USA, ou em países que não tem a mesma regulamentação sobre armas que o nosso.

Não vejo problema nenhum em, por exemplo, adaptar alguns FAL/FAP com estes kits para os nossos soldados em serviço a favor da ONU. Até que um dia o IA-2 esteja provado o suficiente.

Por fim, o IA-2 vai demorar ainda muitos anos até se tornar o fuzil padrão do EB, e quiçá de outras forças. Neste meio tempo, nada impede que continuemos desenvolvendo aquele fuzil, e ao mesmo tempo, ir melhorando o que já temos. Se eu fosse um soldado profissional e pudesse optar, entre um FAL original do jeito que saiu da caixa e um usado mais com o kit da DSArms, com certeza ficaria com o segundo. Mas esse sou eu, um sujeito que nunca atirou com uma arma de verdade na vida. E que nem pretende fazê-lo. Deixo isso a quem tem qualidades pessoais e profissionais para tal.

abs.