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Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 1:46 am
por Crisaman
gabriel219 escreveu: Ter Abr 16, 2019 2:13 pm Sim, ok, mas e o motor, transmissão, suspensão...? Pacote de eletrônica e outros componentes qualquer um merda faz, até eu.

Ainda quero saber de onde tiraram o número de 400 MTU 838 que o Exército teria. O primeiro contrato de EU$7,985 milhões (Q/T43B/60062/6 B135/0001/2006) só previa aquisição das viaturas, não há nada expresso no contrato. Depois houve um segundo contrato de apoio logístico, em 2011, custando EU$ 21,701 milhões e nada constava a compra de motores MTU 838.
“01.1.1 Prestação de serviços de assistência técnica para a execução da manutenção preventiva e corretiva em veículos blindados e em equipamentos (simuladores, torres didáticas etc) adquiridos junto ao governo alemão, dentro do Projeto Leopard 1, relacionados no item Nr
01.1.6 a seguir;

Estabelecimento de um nível de disponibilidade média anual de, no mínimo, 70% desses equipamentos, nos termos da cláusula oitava do presente Termo de Contrato;

Manutenção corretiva de itens reparáveis;

Fornecimento de todo o suprimento (consumíveis e sobressalentes), nas especificações técnicas, periodicidade e quantidades previstas nos manuais, necessários à execução dos serviços anteriormente citados, excetuando-se o fornecimento de combustíveis, óleos, graxas e afins;

Desmontagem de 74 (setenta e quatro) VBCCC Leopard 1A1 e 06 (seis) VBCCC Leopard 1A5 e processamento de itens visando ao fornecimento de peças para a frota de VBCCC Leopard 1A5, nos termos do item 01.2.6.

ITENS AOS QUAIS SE APLICARÃO AS AÇÕES DESTE TERMO DE CONTRATO
- 220 (duzentos e vinte) Viaturas Blindadas de Combate Leopard 1 A5 BR;
- 74 (setenta e quatro) VBCCC Leopard 1A1 e 06 (seis) VBCCC Leopard 1A5 (desmontagem e processamento);
- 08 (oito) Viaturas Blindadas Especializadas Socorro Leopard 1 BR;
- 04 (quatro) Viaturas Blindadas Especializadas Lançadoras-de-Ponte Leopard 1A5 BR;
- 04 (quatro) Viaturas Blindadas de Combate de Engenharia Leopard 1 BR;
- 04 (quatro) Viaturas Blindadas Especializadas Escola de Motorista Leopard 1A5BR;
- 07 (sete) Torres Didáticas de Guarnição;
- 01 (uma) Torre Didática de Manutenção;
- 01 (uma) Torre Didática Especial;
- 01 (um) conjunto de quatro cabines de simuladores Leopard 1 A5 BR;
- 07 (sete) conjuntos de simuladores portáteis Leopard 1 A5 BR;
- 08 (oito) simuladores para motorista Leopard 1 A5 BR; e
- 02 (dois) conjuntos de simuladores portáteis para lançadora-de-ponte Leopard 1
Ou seja, já em 2011 as peças do 1A5 eram provenientes de unidades desmanchadas, depois recondicionadas e colocadas nos 1A5 que continuariam em operação.

Ainda houve um gênio que fechou um contrato que limitava o uso dos 1A5. Por que será?
“5.1 Para efeito de cálculo do suprimento necessário e das manutenções a serem realizadas a CONTRATANTE estabelece que os equipamentos serão utilizados de acordo com o perfil a seguir:

- deslocamento de até 200 Km (média) em diferentes tipos de terrenos e estradas, por veículo, por ano, para a frota de VBCCC Leopard 1 A5 BR e Veículos Especiais;
- Até 800 Km para cada uma das Viaturas Blindadas Especializadas Escola de Motorista Leopard 1 A5 BR;
- disparo de até 1,6 de desgaste no Equivalente de Carga Máxima (ECM), por ano, por VBCCC Leopard 1 A5.
- utiliza-se para fins de planejamento o seguinte fator:
* Tiro de munição não-cinética (Ex: HESH-T ou HEAT): Fator de desgaste 0,1 no ECM; ECM.
* Tiro de munição cinética (Ex: APDS ou APFSDS-T): Fator de desgaste 0,2 no

5.1.1 Admite-se que a CONTRATANTE realize disparos com qualquer outro tipo de munição, porém o fator de desgaste anual para esses tiros não deverá ultrapassar 1,6 tiros ECM/ano.

5.2 Os demais equipamentos previstos no item 01.1.6 não possuem limites em sua utilização.”
Chutar que "temos 400 motores MTU 838" tirados do além só faz empobrecer ainda mais o debate.
O Exército comprou 128 Leopards 1Be + 250 Leopards 1A5BR + Vários veículos de engenharia da família Leopard 1 todos com o mesmo motor ou seja (+ ou - 400 motores). Ou esses veículos são impulsionados pelo poder da imaginação?

Os Leopard 1Be não estão operacionais porque não existe peças de reposição para a torre. Os motores desses veículos podiam ser os primeiros a serem recondicionados e trazidos a condição de 0Km e substituírem já com uma nova transmissão os motores dos Leopard 1A5BR. Os motores desses Leopards 1A5BR passariam pelo mesmo processo até completar toda a frota e no final sobrariam mais de 100 motores já retificados que poderiam ser usados como "spare". Esse processo é feito na Russia com os motores de T-72, nos EUA com os motores de M60 e Abrams e em vários outros países e não existe razão que não possa ser feito aqui com apoio de alguma empresa alemã. Tá bom assim ou quer que eu desenhe???

O que empobrece o debate é a tua falta de educação,respeito e a tua soberba para com os outros integrantes do fórum.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 9:32 am
por Fab-Wan
Crisaman escreveu: Qua Abr 17, 2019 1:46 am
gabriel219 escreveu: Ter Abr 16, 2019 2:13 pm Sim, ok, mas e o motor, transmissão, suspensão...? Pacote de eletrônica e outros componentes qualquer um merda faz, até eu.

Ainda quero saber de onde tiraram o número de 400 MTU 838 que o Exército teria. O primeiro contrato de EU$7,985 milhões (Q/T43B/60062/6 B135/0001/2006) só previa aquisição das viaturas, não há nada expresso no contrato. Depois houve um segundo contrato de apoio logístico, em 2011, custando EU$ 21,701 milhões e nada constava a compra de motores MTU 838.

Ou seja, já em 2011 as peças do 1A5 eram provenientes de unidades desmanchadas, depois recondicionadas e colocadas nos 1A5 que continuariam em operação.

Ainda houve um gênio que fechou um contrato que limitava o uso dos 1A5. Por que será?


Chutar que "temos 400 motores MTU 838" tirados do além só faz empobrecer ainda mais o debate.
O Exército comprou 128 Leopards 1Be + 250 Leopards 1A5BR + Vários veículos de engenharia da família Leopard 1 todos com o mesmo motor ou seja (+ ou - 400 motores). Ou esses veículos são impulsionados pelo poder da imaginação?

Os Leopard 1Be não estão operacionais porque não existe peças de reposição para a torre. Os motores desses veículos podiam ser os primeiros a serem recondicionados e trazidos a condição de 0Km e substituírem já com uma nova transmissão os motores dos Leopard 1A5BR. Os motores desses Leopards 1A5BR passariam pelo mesmo processo até completar toda a frota e no final sobrariam mais de 100 motores já retificados que poderiam ser usados como "spare". Esse processo é feito na Russia com os motores de T-72, nos EUA com os motores de M60 e Abrams e em vários outros países e não existe razão que não possa ser feito aqui com apoio de alguma empresa alemã. Tá bom assim ou quer que eu desenhe???

O que empobrece o debate é a tua falta de educação,respeito e a tua soberba para com os outros integrantes do fórum.
E ainda tem os Gepards não?!

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 11:03 am
por dalton romao
certíssimo, Crisaman, pode ser feito exatamente isso mesmo em relação aos motores.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 11:13 am
por FCarvalho
Qual ou quais empresas no Brasil estariam habilitadas para fazer esse tipo de retifica nos motores dos Leopard do EB?

A MTU eu sei que tem uma base local mas não sei se fabricam motores ou só fazem o apoio de serviços pós venda.

Abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 12:41 pm
por gabriel219
Crisaman escreveu: Qua Abr 17, 2019 1:46 am
gabriel219 escreveu: Ter Abr 16, 2019 2:13 pm Sim, ok, mas e o motor, transmissão, suspensão...? Pacote de eletrônica e outros componentes qualquer um merda faz, até eu.

Ainda quero saber de onde tiraram o número de 400 MTU 838 que o Exército teria. O primeiro contrato de EU$7,985 milhões (Q/T43B/60062/6 B135/0001/2006) só previa aquisição das viaturas, não há nada expresso no contrato. Depois houve um segundo contrato de apoio logístico, em 2011, custando EU$ 21,701 milhões e nada constava a compra de motores MTU 838.

Ou seja, já em 2011 as peças do 1A5 eram provenientes de unidades desmanchadas, depois recondicionadas e colocadas nos 1A5 que continuariam em operação.

Ainda houve um gênio que fechou um contrato que limitava o uso dos 1A5. Por que será?


Chutar que "temos 400 motores MTU 838" tirados do além só faz empobrecer ainda mais o debate.
O Exército comprou 128 Leopards 1Be + 250 Leopards 1A5BR + Vários veículos de engenharia da família Leopard 1 todos com o mesmo motor ou seja (+ ou - 400 motores). Ou esses veículos são impulsionados pelo poder da imaginação?

Os Leopard 1Be não estão operacionais porque não existe peças de reposição para a torre. Os motores desses veículos podiam ser os primeiros a serem recondicionados e trazidos a condição de 0Km e substituírem já com uma nova transmissão os motores dos Leopard 1A5BR. Os motores desses Leopards 1A5BR passariam pelo mesmo processo até completar toda a frota e no final sobrariam mais de 100 motores já retificados que poderiam ser usados como "spare". Esse processo é feito na Russia com os motores de T-72, nos EUA com os motores de M60 e Abrams e em vários outros países e não existe razão que não possa ser feito aqui com apoio de alguma empresa alemã. Tá bom assim ou quer que eu desenhe???

O que empobrece o debate é a tua falta de educação,respeito e a tua soberba para com os outros integrantes do fórum.
Olha como são as coisas e como você pega alguém que fala coisas que não faz a mínima ideia...

É uma falsidade atrás da outra!

As AGT são recondicionadas ao 0 km atravez de peças novas FABRICADAS do próprio modelo. A Turbina ainda é produzida. São peças de fábrica substituindo peças antigas. http://www.defenseworld.net/news/23455/ ... LdGiR5v80M

As versões novas do T-72 não possuem motores recondicionados e sim MOTORES NOVOS. O T-72B1 utiliza o V-84-1, o T-72B2 utiliza o V-92S2 e o T-72B3 possui o V-92S2F (motor original V46-V12). Até mesmo o T-72BA, que é uma modernização dos T-72 mais antigos, usava outro motor, o V-84MS. Desde a década de 90 que versões mais novas (modernizações) utilizam um novo motor. Mais uma mentira desmentida.

Peças do AV1790 eram produzidas até a década de 90, pois ainda haviam muitos M60, principalmente no USMC, operando até na guerra do Golfo. Qualquer modernização atual acompanha troca do motor.

O MTU 838 não é produzido desde a década de 80 e não há peças novas há quase uma década. Não se recondiciona motores sem peça alguma, isso não existe. Um mecânico de esquina sabe disso!

Não existem nem mesmo 128 1BE, 74 foram desmanchados, sobraram em torno de 39. A contagem de motores não significa nada se não existem peças novas para recondiciona-los. Vai fazer o quê, desmanchar os 1A5 mais "novinhos" pra colocar as peças nos mais antigos?

Não minta, use argumentos ou mesmo dê apenas opiniões baseados em fatos. O que não me surpreende, baseado em seu histórico de mentiras e provocações.

Sobre educação, pra gente igual a você que gosta de mentir pra ganhar qualquer debate, não devo educação nenhuma, só lamento quem precisa mentir pra ganhar alguma coisa.

Volte aos livros de mecânica e aprenda mais sobre os T-72.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 12:42 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Qua Abr 17, 2019 11:13 am Qual ou quais empresas no Brasil estariam habilitadas para fazer esse tipo de retifica nos motores dos Leopard do EB?

A MTU eu sei que tem uma base local mas não sei se fabricam motores ou só fazem o apoio de serviços pós venda.

Abs
Alguma aqui produz o MTU 838? Se não, está respondido.

Quem fala que dá pra recondicionar motores da década de 70 que já foram recondicionados com peças usadas é simplesmente maluco que nunca apertou um parafuso de algum motor na vida.

Não se pode ficar recondicionando motor ad eternum sem que haja peças novas. Os 1A5 foram recondicionados antes de vim com peças boas, algumas novas, depois recondicionados novamente depois de 2016 e agora receberam as últimas peças existentes, que algumas foram colocadas do jeito que está.

Vai recondicionar motor já recondicionado?

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 1:22 pm
por gabriel219
O que é um motor recondicionado? É quando você inicia grandes reparos em peças como Eixo da Manivela, Válvulas, retífica do Bloco, cilindros, Bielas, pistão, pinos, anéis e entre outros. Para isso você precisa de outras peças, novas ou semi-novas, que sejam muito mais novas que as originais. Muitas peças originais são irrecuperáveis devido ao desgaste, ainda mais um motor diesel de um MBT de 42 toneladas.

Não dá pra ficar demonstando peça e usinando motor eternamente, há um limite, ainda mais quando seu motor já possui peças recondicionadas e outras não.

Ai vão as perguntas:

1) Existem peças disponíveis pro MTU 838 no mercado? Não.

2) O Exército vai pegar os 1A5 mais novinhos, desmonta-los e usar as peças para recondicionar os 1A5 mais velhos? Duvido.

Mas claro, vem um doido e diz "dá pra recondicionar, os Russos fazem isso com T-72" ai "nossa, caramba, o cara é um gênio, tem total razão, principalmente porque cada versão nova do T-72 tem um motor novo diferente ou versão nova da anterior, então é a mesma coisa que um MTU 838 que não é fabricado há mais de 40 anos".

Como eu disse antes, já que o debate não é sério, coloquem a torre do T-72 no 1A5.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 3:11 pm
por Crisaman
FCarvalho escreveu: Qua Abr 17, 2019 11:13 am Qual ou quais empresas no Brasil estariam habilitadas para fazer esse tipo de retifica nos motores dos Leopard do EB?

A MTU eu sei que tem uma base local mas não sei se fabricam motores ou só fazem o apoio de serviços pós venda.

Abs
Caro Carvalho

O EB pode fazer uma parceria com a MTU ou com outra empresa alemã, ou turca ou italiana etc... e montar uma oficina de retificação em um dos parques de manutenção do exército. Isso claro se não tiver nenhuma empresa civil apta e disposta a fazer esse trabalho para o exército.

Para peças podem desde encomendar peças novas a uma empresa nacional com apoio da MTU até o emprego de maquinas CNC de 5 eixos que fazem qualquer peça em vários tipos de materiais. É só ver qual solução tem melhor custo x beneficio.

Ou em caso extremo trocar os motores. Tudo depende custo. Motor não é um bicho de sete cabeças.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 4:45 pm
por marcusv
A própria mtu oferece em seu site remanufatura de motores usados em veículos militares

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 5:04 pm
por gabriel219
marcusv escreveu: Qua Abr 17, 2019 4:45 pm A própria mtu oferece em seu site remanufatura de motores usados em veículos militares
Vindo do próprio site:
Whether replacing a single component or an entire engine or system, quality is essential. Remanufactured products are remanufactured to strict MTU standards by MTU-certified technicians at regional MTU Reman Centers. No other manufacturer can remanufacture MTU parts, engines or systems to original MTU factory specifications. Whether it’s fuel injectors, crankshafts, cylinder heads , engines or complete systems, every component undergoes a detailed remanufacturing process developed by R&D engineers.

In the remanufacturing process, used products and assemblies are fully disassembled, cleaned and inspected, reworked and then reassembled with all genuine, new wear parts from MTU. Replacement parts are issued for components that are worn, damaged or outdated. Design and model-related updates are incorporated, making remanufactured products comparable to new products. All remanufactured engines and systems are rigorously dynamometer tested according to the same procedures used for new products in MTU assembly plants
A própria MTU deixa claro o que eu já havia falado: o processo de retífica dos motores exigirá peças substitutas para o motor. Não vai pegar peças com maior atrito, como pistões, parte interna das válvulas passar por uma usinagem e ta pronta pra devolver. Há peças do 838 que ainda podem ser usinadas e durarem alguns anos, talvez uns 4 ou 5, mas peças que recebem mais atrito não, já que estão lá há décadas e já passaram por usinagem. Uma coisa é fazer isso com um MTU 873 ou com uma AGT 1500, pois ainda são fabricados e você consegue peças novas para substituir as mais gastas, o resto dá pra usinar e o motor ta ótimo, outra coisa é você querer usinar todas as peças de um motor da década de 70, que não é fabricado há pouco mais que isso e que não existe peças no mercado. Ainda por cima um motor que já possui peças recondicionadas.

A usinagem não é um simples processo de limpeza comum de uma peça, mas é um processo que submete uma limpeza na base da força bruta, praticamente moldando a peça numa tentativa de chegar a algo próximo ao que é originalmente. Depois ainda passarão por uma lavagem química. Fora que terá de ver qual o processo de Usinagem, pois dependendo dele varia uma taxa de remoção de material, ai soma-se a remoção de material já feita em peças recondicionadas presentes nos motores atuais. Quanto maior o ponto de fusão e vaporização - considere aqui também a condutividade elétrica -, maior será a quantidade de material removido a partir da usinagem, seja ela qual for, se for eletroerosão, fresamento...

Considere tudo isso e depois pense que as peças do MTU 838 tem mais de 40 anos ou foram recondicionadas.

Se é pra gastar dinheiro nisso, é muito melhor tentar reabrir a linha de montagem do MTU 838. Pode até ser mais caro, mas o risco de negócio é muito inferior.

Mas e ai, vale a pena? Essa é a minha pergunta. Me dá 2 milhões de dólares que eu boto um Super Sherman pra combater melhor que um M60, mas é melhor pagar 2 milhões de dólares nele ou 1,8 milhões de dólares em um M1A1?

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 6:18 pm
por FCarvalho
No site da MTU está disponível os seguintes motores para veículos pesados.

Engine model Fuel stop power max. ISO 1585 Exhaust emission
kW mhp rpm
MB 873 Ka-501 1100 1500 2600 Fuel-consumption optimized
MT 881 Ka-500 735 1000 2700 Fuel-consumption optimized
MT 881 Ka-501 CRI 800 1088 3000
MT 883 Ka-500 1100 1497 2700
MT 883 Ka-501 CRI 1100 1497 2700
MT 883 Ka-502 1200 1630 3000
MT 883 Ka-524 2016 2740 3300

https://www.mtu-online.com/brazil/produ ... -vehicles/

Algum deles cabe no Leopard I sem que para isso tenha que se abrir as veias do mesmo?

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 6:22 pm
por FCarvalho
Fuçando na internet encontrei isso.

https://www.baiv.nl/product/fully-rebui ... 1-engines/

abs.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 6:53 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Qua Abr 17, 2019 6:18 pm No site da MTU está disponível os seguintes motores para veículos pesados.

Engine model Fuel stop power max. ISO 1585 Exhaust emission
kW mhp rpm
MB 873 Ka-501 1100 1500 2600 Fuel-consumption optimized
MT 881 Ka-500 735 1000 2700 Fuel-consumption optimized
MT 881 Ka-501 CRI 800 1088 3000
MT 883 Ka-500 1100 1497 2700
MT 883 Ka-501 CRI 1100 1497 2700
MT 883 Ka-502 1200 1630 3000
MT 883 Ka-524 2016 2740 3300

https://www.mtu-online.com/brazil/produ ... -vehicles/

Algum deles cabe no Leopard I sem que para isso tenha que se abrir as veias do mesmo?

abs
O problema nem acho que seja o motor, Flávio, a coisa aperta na transmissão e o restante. O único ai que possa caber com modificações é o MTU 881, já que o Turbocharger o 883 é gigante e também não precisaríamos de 1500hp. Vou falar a partir de agora como se eu "apoiasse" essa modernização, pra tentar entender a gravidade.

O problema é que não acho em canto nenhum as dimensões do MTU 881 e da transmissão, ai só no olhômetro comparando imagens dele desmontado e fazendo cálculos tentando adivinhar.

As dimensões do MTU 838 são:
Comprimento: 1810 mm;
Largura: 1940 mm;
Altura: 1110 mm;
Peso: 1950 kg.

https://mtu-online-shop.com/print/32321 ... 10V890.pdf

Existe uma outra opção, mais nova, que é o MTU 892 XA-500. As dimensões dele são as seguintes:
Comprimento: 1090 mm;
Largura: 700 mm;
Altura: 686 mm;
Peso: 980.

https://mtu-online-shop.com/print/32321 ... 10V890.pdf
A potência deles é de 1030kW para o 838 x 1000kW para o 892, que dão uns 40hp's de perda de potência. A perda de potência seria muito baixa e o consumo é muito otimizado, a redução de peso tornaria a perda de potência irrelevante e o baixo consumo afetaria no aumento de potência.

A linha MTU 890 foi desenvolvida para se menor e mais leve que as versões anteriores, inclusive uma promete substituir o MTU 883, sendo um pouco menor e mais leve. Qual o problema deles? O custo absurdo, já vi valores rodando entre EU$500-600 mil, fazendo com que só o motor e a montagem chegue perto dos R$ 2 milhões. Ainda teria que comprar a transmissão, lagartas, suspensão e entre outros, fazendo a brincadeira indo pra além dos R$ 3 milhões.

Como o motor é muito menor, teria que haver adaptações pois haveria mais espaço. Ao invés de se colocar puramente lastro, poderia ser adicionado tanques de combustível ou até um APU ali.

Ai vem duas questões vitais:

:arrow: É possível? Claro, o blindado agradeceria, pois é um motor muito mais eficiente e mais leve.
:arrow: Vale á pena pagar o preço? Na minha opinião, não.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qua Abr 17, 2019 7:22 pm
por gabriel219
Quanto a transmissão, eu cheguei sugerir a HSWL 284C e as dimensões dela são:
Comprimento: 1,683 mm;
Largura: 1,005 mm;
Altura: 790 mm;
Peso: 2,150 kg.

https://www.renk-ag.com/en/products-and ... hswl-284c/

Outra fornecedora seria também a ZF, mas minha escolha ao HSWL 284C foi devido a já ser integrado ao MTU 881.

Além do que falei sobre ser duvidoso o ato de usinar novamente peças que já foram usinadas, temos que lembrar que os 1A5 não foram unidades novas saídas de fábrica, mas de outros Leopard 1 modernizados, que eram 1A3 e 1A4. Não é nada como os M109 ou coisa parecida, tornando o desafio muito maior.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Qui Abr 18, 2019 5:24 pm
por Túlio
Bueno, inicio manifestando minha estranheza ante o que me parece uma baita barbaridade, isso de querer ressuscitar e ainda por cima "rejuvenescer" MBT morto ou pelo menos moribundo: não resta praticamente nada a ser feito pelo Leo1 exceto aproveitar os poucos anos que lhe restam e seguir treinando a tigrada até sua inevitável substituição. A meu ver, a ÚNICA alternativa ao que falei seria uma alma caridosa abrir ou converter uma fábrica do ramo metalmecânico capaz de produzir (em quantidades modestas) as provavelmente milhares e milhares de peças diferentes que são fundamentais para o carro seguir operando como o faz, sem qualquer melhora, exceto na disponibilidade. E a citada alma teria que ser excepcionalmente caridosa, pois venderia as peças e partes por apenas uma fração do que lhe custaria fabricá-las. Complicado isso, não?

Assim, virando a página do Leo1 no EB, não sem antes prestar-lhe uma respeitosa continência pelo muito que fez pelo progresso da Operacionalidade, Efetividade, Instrução e Doutrina de nossa Arma Blindada, compreendamos de vez que é mais um capítulo que se encerra, então aproveitemos o que de bom nos trouxe e, partindo daí, olhemos para a frente. O que deveríamos adquirir para substituí-lo à altura (preferencialmente dentro de um dos melhores conceitos que ele trouxe, o de Família Blindada), o que poderíamos e finalmente por quê. É por onde começo.

Somos um País agressivo, belicoso e conquistador ante nossos vizinhos e mesmo outrem ou defensivo e pacífico, conciliador? Pergunta retórica, claro. Outra: temos pendências territoriais ou rancores atávicos perante quem quer que seja, e que eventualmente teriam que ser resolvidas na porrada? Outra pergunta retórica. Por fim, temos interesses extrarregionais e mesmo extracontinentais que justifiquem o emprego da Força Militar, mesmo que à revelia da ONU, OTAN e quem mais quiser meter o bedelho? Óbvio que todas as respostas são um grande NÃO!

E do outro lado, há quem tenha expressado reivindicações territoriais sobre nós e/ou rancores? Infelizmente SIM! Senão vejamos (e apenas considerando cenários em que o emprego de CCs seria necessário ou pelo menos recomendável, o que deixa fora a maior parte da Amazônia, p ex):

:arrow: ARGENTINA - Reivindica até hoje (mas com muitíssimo menos vigor do que pouco antes da desastrosa - para eles - Guerra das Malvinas) um pedaço do RS e outro de SC (além do Uruguay inteiro :shock: ) como parte de seu território, com base no que era/seria o tale de Vice-Reinado do Rio da Prata; notar que isso é do tempo em que Portugueses e Espanhóis se matavam por atacado na AS, ou seja, nem existiam Argentina, Brasil ou Uruguay, era rixa de Europeu. Fora disso é apenas a rixa atávica de sempre, alguns deles se acham melhores do que nós, alguns de nós se acham melhores do que eles e fica nisso.

:arrow: PARAGUAY - Fora a sarabanda de laço que levaram no século XIX após nos invadirem, queixam-se de uns pedacinhos de terra que perderam e, sobretudo, de como é gestionada Itaipu. São tão irrelevantes que o Brasil costuma lhes dar de presente Bldos e recauchutar os que eles têm (Made In Brazil, claro).

:arrow: BOLÍVIA - O Evil Morales andou dando uma choradinha por causa do Acre e logo depois sossegou o facho, mas fica por isso mesmo, antes do Acre a Bolívia teria que retomar uma região muito mais importante, que é o Chaco, tomado pelo PY há menos de um século.

Daí pra cima não tem jeito, muito rio pra pouca ponte (e pontes podem ser dinamitadas por FFEE) e, mesmo superando estes obstáculos naturais, Bldos teriam que progredir no meio do mato, podendo cair em minas, armadilhas do tipo fossa e outras, IEDs e ainda por cima tomar RPG e até algum Msl AT. NO WAY IN HELL!!!

Ficou meio comprido, assim, deixo por aqui para ver no que dá. É que sem considerar o cenário não adianta propor meios...