Essas ratoeiras não eram exatamente um exemplo de navios bem construídos, cerca de 30% deles tiveram falhas metalúrgicas sérias, teve navio que rachou ao meio no porto, inclusive é um exemplo clássico citado em todos os cursos de tecnologia e metalurgia de soldagem que já participei. Muito é claro, relacionado a fenômenos desconhecidos na época, mas se acontece hoje não seriam tolerados. A vantagem é que conseguiram construir mais e em menor tempo do que conseguiam ser afundados, por si próprios ou pelos xucrutes.Wingate escreveu:Lord Nauta escreveu:
Prezado Colega,
Respeito sua opinião excepcionalmente abalizada!
Sds
Lord Nauta
ET: - A titulo de esclarecimento o nome MEKO não se trata apenas de um nome comercial. Trata-se de um conceito, um método para construção de navios, que conheci na Alemanha. A referencia a quantidade de navios construídos com base nesta conceito foi apenas para demonstrar o exito do mesmo. Acredito que muitas vezes todos nós realizamos avaliações, comparações ou embasamos nossas opiniões sobre assuntos de grande complexidade baseados em informações obtidas apenas na internet. O que torna as vezes muitas de nossas conclusões inconsistentes.
Vou lhe dar um exemplo da complexidade do tema construção naval: - Hoje em dia se fala muito em construção modular de navios de guerra como o supra sumo da tecnologia. Entretanto no século XIX os russos já construíam navios em blocos e realizavam a montagem final em estaleiros no Báltico.
Em minha opinião a internet e importante como fonte primária de informações. Entretanto o conhecimento não e encontrado na internet.
Wingate
Programa de Reaparelhamento da Marinha
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Amigo Tikuna voça sabe algo sobre o ndcc mattoso maia e o submarino tikuna?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
3 de agosto de 2017FABIO escreveu:Nauta alguma informçao do Npa, Maracanã?
NPa Maracanã: sai o vencedor da concorrência para remoção do casco do Estaleiro Eisa
![http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/01/EISA-006a-1024x682.jpg](http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/01/EISA-006a-1024x682.jpg)
Futuro NPa Maracanã em construção no Estaleiro Eisa, em 2013
A Marinha do Brasil realizou o julgamento das propostas da concorrência para a contratação de empresa especializada na execução dos serviços de remoção e transporte, por via marítima, do casco EI-515 parcialmente construído (futuro Navio Patrulha (NPa) Maracanã) do Estaleiro Ilha S.A. (EISA), com entrega no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), por meio de operações de “Load Out”, transporte marítimo e lançamento.
A proposta vencedora foi a da Tranship Transportes Marítimos Ltda, com o preço global de R$ 2.447.500,00 pelo serviço. A outra proposta era da Locar Guindastes e Transportes Intermodais S.A., que apresentou o preço de R$ 2.735.457,00.
O processo de contratação do serviço pode ser acompanhado aqui https://www.marinha.mil.br/den/node/88.
No final de 2015 o estaleiro EISA encerrou operações e demitiu cerca de três mil funcionários, na Ilha do Governador. Os portões foram lacrados e a presidência do estaleiro – controlado pela holding Synergy Shipyards -, justificou o corte de pessoal pelos impactos da recessão econômica e da operação Lava-Jato. O Estaleiro Ilha S.A (Eisa) confirmou na mesma época em nota que tinha entrado com pedido de recuperação judicial.
http://www.naval.com.br/blog/2017/08/03 ... eiro-eisa/
abs.
arcanjo
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Fico curioso em saber quantos diias vaiu levar para remover o Npa. Maracana ate o AMRJ???
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
5 BI!!!!!!
......
Qatar signs €5 billion warship deal amid sanctions row
![Imagem](https://navaltoday.com/wp-content/uploads/2017/08/qatar-signs-e5-billion-warship-deal-amid-sanctions-row-1024x672.jpg)
While not specified, Qatar's corvettes could be based on the Comandanti-class vessels in service with the Italian Navy. Photo: Fincantieri
A €5 billion deal between Italy and Qatar for the construction of seven navy vessels is now official following an announcement made by Qatar’s foreign minister on Wednesday.
“I am pleased to announce the conclusion of a deal between the Qatari Emiri Naval Forces to buy seven naval units from Italy in the context of the joint military cooperation between the two countries,” regional media quoted Qatari foreign minister Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani as saying.
While the confirmation of the deal comes amid a row between Qatar and its Gulf neighbors Saudi Arabia, Egypt, the United Arab Emirates (UAE) and Bahrain, warship construction talks between Qatar and Italy began in 2016.
Back in June 2016, Italian shipbuilder Fincantieri announced it would be building the warships for the Qatari Ministry of Defence with the only difference being the stated price. In 2016, Fincantieri said the deal was worth approx. 4 billion euros while Qatar’s foreign minister said the deal was worth 5 billion.
Seven surface vessels, of which four corvettes of over 100 meters in length, one amphibious vessel (LPD – Landing Platform Dock), and two patrol vessels (OPV – Offshore Patrol Vessel) are to be built under this contract.
Support services in Qatar for further 15 years after the delivery of the vessels are also included.
Fincantieri said all the units will be entirely built in Italian shipyards starting from 2018, and will take at least six years to complete.
Italian companies Leonardo-Finmeccanica and MBDA are also involved in the Qatari contract and will be responsible for the supply of the new naval units’ combat systems.
Leonardo-Finmeccanica will deliver main radars and on-board sensors and defence sub-systems, including 76/62 medium calibre and 30mm small calibre weapon systems, the anti-torpedo protection system and the Thesan mine avoidance sonar which is installed at the bow of the surface units.
MBDA will work on delivering the vessel’s missile systems.
https://navaltoday.com/2017/08/03/qatar ... tions-row/
[/quote]
......
Qatar signs €5 billion warship deal amid sanctions row
![Imagem](https://navaltoday.com/wp-content/uploads/2017/08/qatar-signs-e5-billion-warship-deal-amid-sanctions-row-1024x672.jpg)
While not specified, Qatar's corvettes could be based on the Comandanti-class vessels in service with the Italian Navy. Photo: Fincantieri
A €5 billion deal between Italy and Qatar for the construction of seven navy vessels is now official following an announcement made by Qatar’s foreign minister on Wednesday.
“I am pleased to announce the conclusion of a deal between the Qatari Emiri Naval Forces to buy seven naval units from Italy in the context of the joint military cooperation between the two countries,” regional media quoted Qatari foreign minister Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani as saying.
While the confirmation of the deal comes amid a row between Qatar and its Gulf neighbors Saudi Arabia, Egypt, the United Arab Emirates (UAE) and Bahrain, warship construction talks between Qatar and Italy began in 2016.
Back in June 2016, Italian shipbuilder Fincantieri announced it would be building the warships for the Qatari Ministry of Defence with the only difference being the stated price. In 2016, Fincantieri said the deal was worth approx. 4 billion euros while Qatar’s foreign minister said the deal was worth 5 billion.
Seven surface vessels, of which four corvettes of over 100 meters in length, one amphibious vessel (LPD – Landing Platform Dock), and two patrol vessels (OPV – Offshore Patrol Vessel) are to be built under this contract.
Support services in Qatar for further 15 years after the delivery of the vessels are also included.
Fincantieri said all the units will be entirely built in Italian shipyards starting from 2018, and will take at least six years to complete.
Italian companies Leonardo-Finmeccanica and MBDA are also involved in the Qatari contract and will be responsible for the supply of the new naval units’ combat systems.
Leonardo-Finmeccanica will deliver main radars and on-board sensors and defence sub-systems, including 76/62 medium calibre and 30mm small calibre weapon systems, the anti-torpedo protection system and the Thesan mine avoidance sonar which is installed at the bow of the surface units.
MBDA will work on delivering the vessel’s missile systems.
https://navaltoday.com/2017/08/03/qatar ... tions-row/
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
CAAML realiza inspeção na corveta ‘Julio de Noronha’
No dia 7 de agosto, a Corveta “Julio de Noronha” recebeu equipe de inspetores do Centro de Adestramento Almirante “Marques de Leão” (CAAML), dando mais um passo para seu retorno à fase operativa. Foram verificados os setores de máquinas, controle de avarias, fainas marinheiras, manobra e navegação.
Chegando ao término do período de manutenção e modernização e caminhando positivamente para se juntar aos demais meios operativos, o resultado apresentado pelos inspetores indica que o navio está no rumo correto.
No dia 7 de agosto, a Corveta “Julio de Noronha” recebeu equipe de inspetores do Centro de Adestramento Almirante “Marques de Leão” (CAAML), dando mais um passo para seu retorno à fase operativa. Foram verificados os setores de máquinas, controle de avarias, fainas marinheiras, manobra e navegação.
Chegando ao término do período de manutenção e modernização e caminhando positivamente para se juntar aos demais meios operativos, o resultado apresentado pelos inspetores indica que o navio está no rumo correto.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
ESPECIAL Guerra Submarina! MB desiste de mandar seus IKL para reparar propulsão na Alemanha; meta agora é convencer brasileiros que pesquisam o TPN a continuar o trabalho sem a Mectron
Posted by Roberto Lopes
A Marinha do Brasil desistiu da ideia, fortemente cogitada entre os anos de 2015 e 2016 (até o início deste ano), de mandar alguns dos seus submarinos classe IKL-209 para fazer a manutenção de motores/baterias na cidade de Kiel, no norte da Alemanha.
Os submersíveis precisariam ser embarcados em cargueiros especiais, para o caro transporte até o Mar Báltico, e, em razão da falta absoluta de recursos, os chefes navais decidiram que ao reparos na propulsão dos navios serão conduzido pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), segundo o Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM) “no âmbito do chamado “Sistema de Manutenção Planejada (SMP)” da Força.
O Sistema, explica o texto do CCSM, “é constituído pelo conjunto das ações de manutenção planejada preventiva e preditiva, em uma coletânea de rotinas programadas que obedece a um método racional de planejamento, execução e controle”.
Nele está incluído o Período de Revalidação para Submarinos (PRS), em que são executadas, de forma programada, as ações “necessárias à avaliação dos sistemas e equipamentos dos submarinos, visando à extensão do seu período operativo, dentro dos limites previstos para cada tipo/classe”.
O esforço de preservar a flotilha da Força de Submarinos da Esquadra (ForSub) recorrendo, tão somente, a meios próprios do AMRJ e “das demais Organizações Militares Prestadoras de Serviço” – Base Naval do Rio de Janeiro, por exemplo –, também irá se valer de procedimentos que estão à disposição de todos os navios da Marinha, como:
– O Período de Manutenção Atracado (PMA), em que são executadas, de forma programada, as ações de manutenção cujo vulto não indique a necessidade de um Período de Manutenção Geral (PMG);
– O Período de Docagem de Rotina (PDR), no qual são realizadas as ações de manutenção que exigem docagem (foto abaixo); e, por fim, o chamado
– Período de Manutenção Geral (PMG), em que são executadas, de forma programada, as ações de manutenção necessárias a reconduzir ou manter o material dentro de suas especificações técnicas. Neste período é, também, realizada uma inspeção completa e detalhada do material, destinada a verificar a sua deterioração, para uma eventual correção, incluindo revisões mais minuciosas do que aquelas efetuadas em outros tipos de inspeção.
Atlas Elektronik – Nesse momento a MB também tenta manter a continuidade da sua principal pesquisa científica no campo das Armas Submarinas – outro ponto do espectro de ações destinadas a manter o grau de prontificação da ForSub.
Nos próximos 19 meses, a Força tentará convencer os pesquisadores brasileiros que se encontram na Região de Hamburgo (Alemanha), desenvolvendo o projeto do Torpedo Pesado Nacional (TPN), a permanecerem na pesquisa mesmo depois de a empresa paulista Mectron (Grupo Odebrecht Defesa e Tecnologia) – que os contratou – rescindir o seu contrato com a Força Naval, conforme está, já, previsto.
Em 2014, após selecionar a Mectron para ser qualificada na concepção e projeto do torpedo pesado, a MB providenciou a parceria da companhia com a empresa alemã Atlas Elektronik, de reconhecida expertise na construção desses artefatos.
O critério que pautou os chefes navais na organização dessa cooperação foi o da escolha de uma fabricante de armas subaquáticas que, além de encerrarem tecnologia atualizada e atenderem às características operacionais requeridas pela ForSub, estivessem em uso corrente nas Marinhas dos países que os produzissem.
Concretizada a parceria, a Força Naval brasileira aceitou a ponderação da Atlas Elektronik, de que o melhor caminho para chegar ao TPN era começar pelo projeto de um torpedo em escala reduzida – que ficou conhecido como TPNer.
O contrato foi assinado em 2014, com duração prevista de oito anos, dos quais os quatro primeiros aconteceriam na Alemanha.
Raia acústica – Contudo, no fim do ano passado a Mectron comunicou à Força que descontinuará suas atividades assim que concluir as obrigações contratuais vigentes, e não participará de quaisquer outras etapas ou contratos futuros relacionados ao programa TPN.
Como a equipe brasileira iniciou suas atividades em março de 2015, a primeira fase do serviço – em solo alemão – terminará em março de 2019.
Agora, o desafio da Marinha é manter o team brasileiro unido depois da defecção da Mectron, talvez com a organização desse pessoal em uma nova identidade jurídica, apta a ser contratada pela Força.
Outra opção seria tentar interessar no desenvolvimento – e na absorção da equipe de pesquisadores – alguma das empresas estabelecidas no Brasil com histórico de parceria com a área de Ciência & Tecnologia da Marinha, como a Consub – desenvolvedora do SICONTA (Sistema de Controle Tático) – ou a israelense Elbit, que já possui capital tecnológico em duas empresas nacionais (uma no Rio e outra no Rio Grande do Sul) que prestam serviços às Forças Armadas.
De acordo com um esclarecimento do Centro de Comunicação da Marinha recebido pela coluna INSIDER, “para passar do TPNer para o TPN ainda será preciso contar com o parceiro alemão, pois não possuímos as necessárias instalações de testes e raia acústica para aprovar e concluir o desenvolvimento. A MB está analisando a questão e, até o momento, não existe decisão a respeito das ações a serem tomadas”.
Fracasso – É a segunda vez que a Marinha do Brasil procura associação com empresa europeia para desenvolver um torpedo pesado.
A primeira aconteceu na década de 1990, quando os chefes navais brasileiros celebraram acordo com o grupo sueco SAAB para pesquisar e adquirir o Sistema Torpédico de Armas T2000.
Desgostosos com o nível de cooperação dos suecos (que sequer tinham domínio sobre alguns componentes da arma, de fabricação americana), os militares brasileiros denunciaram o contrato de parceria e abandonaram o programa (que acabou concluído somente pelos suecos).
Veículos subaquáticos – O coordenador técnico da equipe da Mectron na Alemanha é o Engenheiro de Sistemas Francisco Carlos de Amorim III, recrutado pela companhia entre os seus técnicos mais bem capacitados em equipamentos espaciais e sistemas de aviônica militar.
Amorim trabalhou na integração do míssil ar-superfície antirradiação MAR-1, da Força Aérea Brasileira, a diferentes tipos de aeronaves, e tem uma extensa lista de serviços em projetos de vetores de alta performance da Aeronáutica.
No caso do torpedo da Marinha, o modelo de absorção de tecnologia adotado por Amorim consiste em um desenvolvimento conjunto com a Atlas Elektronik, onde especialistas brasileiros e alemães compõem um único time – ou seja, trabalham lado a lado na obtenção de dados sobre o comportamento de veículos subaquáticos.
Nesse caso, acompanhando o desempenho da arma submarina por meio de uma versão avançada do conhecido sistema alemão de controle de torpedos ISUS (Integrated Sensor Underwater System).
Ao se fixar na companhia alemã, a Marinha do Brasil se distanciou de qualquer fabricante ocidental de torpedos que não tivesse os seus modelos em uso por várias marinhas.
No decorrer de um demorado processo de análises (que durou mais de dez anos!), a Marinha foi refinando os seus conceitos até concluir que somente dois torpedos satisfaziam suas exigências: o Mk-48 Mod 6AT, americano – de tecnologia não disponível para nações estrangeiras (mesmo as consideradas amigas dos Estados Unidos) –, e o Sea Hake DM2 A4 (Mod 4), germânico.
Selecionado pela Marinha Alemã para equipar os seus submarinos Tipo 212, pela Armada Espanhola para equipar os submersíveis classe S-80, e pelas forças navais da Noruega, Grécia e Israel, o torpedo filoguiado DM2 A4 mede 6,6 m de comprimento (há variantes mais curtas), e possui o diâmetro-padrão (dado pelos tubos lança-torpedos da atualidade) de 533 mm.
Sua navegação é sustentada por um grupo propulsor dotado de quatro baterias, que lhe permite viajar a velocidades de até 50 nós (cerca de 92 km/h), e alcançar alvos que estejam a 50 km distância.
Sua cabeça de combate, de 250 kg de alto explosivo (equivalente a 450 kg de TNT), é acionada por meio de espoletas magnéticas ou de contato.
Além disso o torpedo pode ser usado como ROV (Remote operated vehicle, Vehículo a control remoto) para missões não tripuladas de reconhecimento.
Posted by Roberto Lopes
A Marinha do Brasil desistiu da ideia, fortemente cogitada entre os anos de 2015 e 2016 (até o início deste ano), de mandar alguns dos seus submarinos classe IKL-209 para fazer a manutenção de motores/baterias na cidade de Kiel, no norte da Alemanha.
Os submersíveis precisariam ser embarcados em cargueiros especiais, para o caro transporte até o Mar Báltico, e, em razão da falta absoluta de recursos, os chefes navais decidiram que ao reparos na propulsão dos navios serão conduzido pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), segundo o Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM) “no âmbito do chamado “Sistema de Manutenção Planejada (SMP)” da Força.
O Sistema, explica o texto do CCSM, “é constituído pelo conjunto das ações de manutenção planejada preventiva e preditiva, em uma coletânea de rotinas programadas que obedece a um método racional de planejamento, execução e controle”.
Nele está incluído o Período de Revalidação para Submarinos (PRS), em que são executadas, de forma programada, as ações “necessárias à avaliação dos sistemas e equipamentos dos submarinos, visando à extensão do seu período operativo, dentro dos limites previstos para cada tipo/classe”.
O esforço de preservar a flotilha da Força de Submarinos da Esquadra (ForSub) recorrendo, tão somente, a meios próprios do AMRJ e “das demais Organizações Militares Prestadoras de Serviço” – Base Naval do Rio de Janeiro, por exemplo –, também irá se valer de procedimentos que estão à disposição de todos os navios da Marinha, como:
– O Período de Manutenção Atracado (PMA), em que são executadas, de forma programada, as ações de manutenção cujo vulto não indique a necessidade de um Período de Manutenção Geral (PMG);
– O Período de Docagem de Rotina (PDR), no qual são realizadas as ações de manutenção que exigem docagem (foto abaixo); e, por fim, o chamado
– Período de Manutenção Geral (PMG), em que são executadas, de forma programada, as ações de manutenção necessárias a reconduzir ou manter o material dentro de suas especificações técnicas. Neste período é, também, realizada uma inspeção completa e detalhada do material, destinada a verificar a sua deterioração, para uma eventual correção, incluindo revisões mais minuciosas do que aquelas efetuadas em outros tipos de inspeção.
Atlas Elektronik – Nesse momento a MB também tenta manter a continuidade da sua principal pesquisa científica no campo das Armas Submarinas – outro ponto do espectro de ações destinadas a manter o grau de prontificação da ForSub.
Nos próximos 19 meses, a Força tentará convencer os pesquisadores brasileiros que se encontram na Região de Hamburgo (Alemanha), desenvolvendo o projeto do Torpedo Pesado Nacional (TPN), a permanecerem na pesquisa mesmo depois de a empresa paulista Mectron (Grupo Odebrecht Defesa e Tecnologia) – que os contratou – rescindir o seu contrato com a Força Naval, conforme está, já, previsto.
Em 2014, após selecionar a Mectron para ser qualificada na concepção e projeto do torpedo pesado, a MB providenciou a parceria da companhia com a empresa alemã Atlas Elektronik, de reconhecida expertise na construção desses artefatos.
O critério que pautou os chefes navais na organização dessa cooperação foi o da escolha de uma fabricante de armas subaquáticas que, além de encerrarem tecnologia atualizada e atenderem às características operacionais requeridas pela ForSub, estivessem em uso corrente nas Marinhas dos países que os produzissem.
Concretizada a parceria, a Força Naval brasileira aceitou a ponderação da Atlas Elektronik, de que o melhor caminho para chegar ao TPN era começar pelo projeto de um torpedo em escala reduzida – que ficou conhecido como TPNer.
O contrato foi assinado em 2014, com duração prevista de oito anos, dos quais os quatro primeiros aconteceriam na Alemanha.
Raia acústica – Contudo, no fim do ano passado a Mectron comunicou à Força que descontinuará suas atividades assim que concluir as obrigações contratuais vigentes, e não participará de quaisquer outras etapas ou contratos futuros relacionados ao programa TPN.
Como a equipe brasileira iniciou suas atividades em março de 2015, a primeira fase do serviço – em solo alemão – terminará em março de 2019.
Agora, o desafio da Marinha é manter o team brasileiro unido depois da defecção da Mectron, talvez com a organização desse pessoal em uma nova identidade jurídica, apta a ser contratada pela Força.
Outra opção seria tentar interessar no desenvolvimento – e na absorção da equipe de pesquisadores – alguma das empresas estabelecidas no Brasil com histórico de parceria com a área de Ciência & Tecnologia da Marinha, como a Consub – desenvolvedora do SICONTA (Sistema de Controle Tático) – ou a israelense Elbit, que já possui capital tecnológico em duas empresas nacionais (uma no Rio e outra no Rio Grande do Sul) que prestam serviços às Forças Armadas.
De acordo com um esclarecimento do Centro de Comunicação da Marinha recebido pela coluna INSIDER, “para passar do TPNer para o TPN ainda será preciso contar com o parceiro alemão, pois não possuímos as necessárias instalações de testes e raia acústica para aprovar e concluir o desenvolvimento. A MB está analisando a questão e, até o momento, não existe decisão a respeito das ações a serem tomadas”.
Fracasso – É a segunda vez que a Marinha do Brasil procura associação com empresa europeia para desenvolver um torpedo pesado.
A primeira aconteceu na década de 1990, quando os chefes navais brasileiros celebraram acordo com o grupo sueco SAAB para pesquisar e adquirir o Sistema Torpédico de Armas T2000.
Desgostosos com o nível de cooperação dos suecos (que sequer tinham domínio sobre alguns componentes da arma, de fabricação americana), os militares brasileiros denunciaram o contrato de parceria e abandonaram o programa (que acabou concluído somente pelos suecos).
Veículos subaquáticos – O coordenador técnico da equipe da Mectron na Alemanha é o Engenheiro de Sistemas Francisco Carlos de Amorim III, recrutado pela companhia entre os seus técnicos mais bem capacitados em equipamentos espaciais e sistemas de aviônica militar.
Amorim trabalhou na integração do míssil ar-superfície antirradiação MAR-1, da Força Aérea Brasileira, a diferentes tipos de aeronaves, e tem uma extensa lista de serviços em projetos de vetores de alta performance da Aeronáutica.
No caso do torpedo da Marinha, o modelo de absorção de tecnologia adotado por Amorim consiste em um desenvolvimento conjunto com a Atlas Elektronik, onde especialistas brasileiros e alemães compõem um único time – ou seja, trabalham lado a lado na obtenção de dados sobre o comportamento de veículos subaquáticos.
Nesse caso, acompanhando o desempenho da arma submarina por meio de uma versão avançada do conhecido sistema alemão de controle de torpedos ISUS (Integrated Sensor Underwater System).
Ao se fixar na companhia alemã, a Marinha do Brasil se distanciou de qualquer fabricante ocidental de torpedos que não tivesse os seus modelos em uso por várias marinhas.
No decorrer de um demorado processo de análises (que durou mais de dez anos!), a Marinha foi refinando os seus conceitos até concluir que somente dois torpedos satisfaziam suas exigências: o Mk-48 Mod 6AT, americano – de tecnologia não disponível para nações estrangeiras (mesmo as consideradas amigas dos Estados Unidos) –, e o Sea Hake DM2 A4 (Mod 4), germânico.
Selecionado pela Marinha Alemã para equipar os seus submarinos Tipo 212, pela Armada Espanhola para equipar os submersíveis classe S-80, e pelas forças navais da Noruega, Grécia e Israel, o torpedo filoguiado DM2 A4 mede 6,6 m de comprimento (há variantes mais curtas), e possui o diâmetro-padrão (dado pelos tubos lança-torpedos da atualidade) de 533 mm.
Sua navegação é sustentada por um grupo propulsor dotado de quatro baterias, que lhe permite viajar a velocidades de até 50 nós (cerca de 92 km/h), e alcançar alvos que estejam a 50 km distância.
Sua cabeça de combate, de 250 kg de alto explosivo (equivalente a 450 kg de TNT), é acionada por meio de espoletas magnéticas ou de contato.
Além disso o torpedo pode ser usado como ROV (Remote operated vehicle, Vehículo a control remoto) para missões não tripuladas de reconhecimento.
- alex
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Bem se e verdade por que estamos adquirindo torpedos franceses?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Porque os "nossos" subs são FRANCESES, oras. Lembrar, o torpedo que desenvolvíamos com os Suecos furou porque os malvados Alemães (donos do projeto IKL) se negaram a repassar os dados para integrar a arma; agora que os bondosos Alemães nos estão ensinando a fazer torpedo que sirva no IKL, os subs são Franceses!alex escreveu:Bem se e verdade por que estamos adquirindo torpedos franceses?
Mas tá tri, é só o Bob Lopes mesmo...
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Tulio para os submarinos IKL da MB teremos o tgerfish e o MK-48 concordas??
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
FABIO véio, não sou muito de dar as barbadas mas como tu és cupincha, aí vai:FABIO escreveu:Tulio para os submarinos IKL da MB teremos o tgerfish e o MK-48 concordas??
robertolopes@planobrazil.com
Este sim, sabe TUDO!!!
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Túlio escreveu:FABIO véio, não sou muito de dar as barbadas mas como tu és cupincha, aí vai:FABIO escreveu:Tulio para os submarinos IKL da MB teremos o tgerfish e o MK-48 concordas??
robertolopes@planobrazil.com
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Faltou o nº do celular!
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Lord Nauta escreveu:
Faltou o nº do celular!
Faltou não: avises a ele para apagar o LINKEDIN antes que o FABIO ache, tá tudo lá...
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Nauta até voçe gozando da minha cara, o Tulio é mui amigo ![Evil or Very Mad :evil:](./images/smilies/icon_evil.gif)
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
FABIO escreveu:Nauta até voçe gozando da minha cara, o Tulio é mui amigo
Meu grande Amigo só fiz interceder ao seu favor.
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