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Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: EUA

#1516 Mensagem por Bourne » Seg Jul 21, 2014 3:00 pm

jumentodonordeste escreveu:100,000 mortos no Brasil?


Gostaria de compreender essa estimativa e os números usados, como foram encontrados e o tipo de morte que a lista acima considera como "American backed" e utilizando o que considera "most conservative estimates". :shock:

Alguém se habilita?
Como conhecedor de alguma coisa da história do Brasil é uma informação bem nova para mim. :o

O texto tira até honra dos BR em derrubar governos, implantar ditaduras militares e ter autonomia nas técnicas de tortura. Assim, julgo que o Brasil era o paraíso na terra, sem instabilidades, conflitos e estar umas três décadas beirando guerra civil e potencial separatismo. Depois que alguns brasileiros foram seduzidos pelo grande satã (os americanos do norte) começou a desgraça que está aí. Inclusive ignorando que os governos militares após castelo Brasil eram extremamente antiamericanos.

Pobre Prof. Robert Elias, usam o nome para distribuir aberrações na internet, pior há os que compram a ideia e querem acreditar. Esperava discutir o país, nação e influencia do mundo dos EUA.




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Re: EUA

#1517 Mensagem por rodrigo » Seg Jul 21, 2014 5:24 pm

Vai ver que quem morreu em automóveis fabricados pela GM, Ford ou em aeronaves boeing também entraram nessa conta. :?




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: EUA

#1518 Mensagem por pt » Seg Jul 21, 2014 5:57 pm

rodrigo escreveu:Vai ver que quem morreu em automóveis fabricados pela GM, Ford ou em aeronaves boeing também entraram nessa conta. :?
[018] [018]


Infelizmente são demasiados este tipo de textos, que obviamente deitam água por todos os lados. Acaba ficando sem haver razão para qualquer discussão, quando uma qualquer tese cai por terra, por ser completamente fantasiosa.
Lembro aquela da a Amazonia aparecer nos livros americanos como território internacional.

Ainda há gente que acredita nisso, como ainda há gente capaz de jurar a pés juntos, que nunca ninguém foi à lua, ou que a terra não é esférica. :shock:

E cuidado com quem se atrever a contestar essas verdades absolutas ... :mrgreen:




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Re: EUA

#1519 Mensagem por urss » Ter Jul 22, 2014 3:46 am

bom, os usa apoiaram o regime e o hospicio foi largamente utilizado pelo regime para fazer desaparecer pessoas, digamos que ir parar no hospicio era sentenca de morte, agora a lista esta aí, e mostra claramente a politica externa dos usa e que meios utilizam para obter seus objetivos, ah nao só valem os numeros de mortes oficiais, quantas sao? umas trezentas? ou ainda menos? mais que isso mas muito mais conseguiu a pide num país com menos de um decimo da populacao do brasil




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Re: EUA

#1520 Mensagem por urss » Ter Jul 22, 2014 4:41 am

http://bibliot3ca.wordpress.com/35-pais ... rroristas/

aconselhado a quem nao sofre do coracao :roll:




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Re: EUA

#1521 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 22, 2014 7:39 am

pt escreveu:Mas afinal quem é o autor ?

Será este ?
https://www.usfca.edu/facultydetails.aspx?id=4294969593

A fonte da informação é esta
http://www.the-philosopher.co.uk/whocar ... crimes.htm

Quem confirmou a informação e quem disse que outras coisas desapareceram ?
Não seria mais facil perguntar ao autor ?

Os números são esquisitos para o Brasil, onde morreram 100.000 pessoas como resultado da intervenção militar americana. :shock:
Em Angola, por exemplo, os americanos ajudaram a matar 300.000 pessoas. :shock:

Falando das coisas que conhecemos:
O texto diz que os Estados Unidos influenciaram eleições em Portugal em 1974/1975.

Houve apenas uma eleição, a de 1975. Quem queria evitar a eleição era a União Soviética.
A eleição decorreu normalmente e nem o Partido Comunista contestou o resultado.
Não foi a CIA que financiou o PS? Eles tentaram influenciar, tal como o "outro lado".

Em Angola que começou por apoiar a UPA que fez o primeiro levantamento contra a autoridade Portuguesa e que resoltou num enorme massacre de brancos, negros e mestiços foi os EUA. Depois da "independência", os EUA juntamente com a África do Sul apoiaram de uma forma ou de outra a UNITA, certo?! É claro que no segundo caso não foi apenas os EUA, Cuba, a URSS e a China estavam metidos nisso até à ponta dos cabelos.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: EUA

#1522 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 22, 2014 7:40 am

urss escreveu:http://bibliot3ca.wordpress.com/35-pais ... rroristas/

aconselhado a quem nao sofre do coracao :roll:
E Angola?




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Re: EUA

#1523 Mensagem por pt » Ter Jul 22, 2014 7:54 am

Cabeça de Martelo -> Quem apoiou o PS foi essencialmente o SPD da Alemanha.
Os americanos, pretendiam garantir que os militares continuavam a aceitar a presença de Portugal na NATO.

O que o texto inventado (claramente inventado por um mentiroso qualquer que atribuiu a autoria a alguém que nunca ouviu falar da lista) diz que os americanos influenciaram as eleições portuguesas de 1975.
Ora se nem os comunistas soviéticos colocaram a eleição em causa, como é que os americanos a conseguiram influenciar ?

Se houve intervenção em Portugal em 1975, foi soviética e não americana. Lembro que até estavamos ligados à Intervisao (a Eurovisão comunista) e como todos os países do Pacto de Varsóvia assistiamos às paradas na Praça Vermelha.

A invenção prova-se por isso ABSOLUTAMENTE FALSA.

Em Angola a intervenção americana não foi ao nível do governo, mas sim dos movimentos evangélicos radicais negros, que estavam muito ativos nos Estados Unidos na década de 1960. A FNLA de Holden Roberto do ponto de vista politico era alinhada com a China de Mao.

A realidade, quando se tenta olhar com alguma seriedade, é muito diferente das teorias conspiranoicas.


os usa apoiaram o regime e o hospicio foi largamente utilizado pelo regime para fazer desaparecer pessoas
Mas qual regime, filho ?
A ditadura do Getulio Vargas, que era mais pró-alemã que pró americana ?
Talvez não fosse má ideia estudar um pouquinho a história do Brasil ...
Lembrando que o hospicio existiu durante décadas.

Acho que a tese rodrigo, faz mais sentido que a sua.
A América é culpada dos acidentes com carros da GM da Ford e da Chrysler. Assim talvez a estatística esteja certa.



Há muitas formas de bater nos cães capitalistas malvados, debochados repugnantes e animais americanos, sem ter que recorrer a uma lista patética que cheira a fabricação barata do principio ao fim.




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Re: EUA

#1524 Mensagem por Wingate » Ter Jul 22, 2014 8:19 am

pt escreveu:Cabeça de Martelo -> Quem apoiou o PS foi essencialmente o SPD da Alemanha.
Os americanos, pretendiam garantir que os militares continuavam a aceitar a presença de Portugal na NATO.

O que o texto inventado (claramente inventado por um mentiroso qualquer que atribuiu a autoria a alguém que nunca ouviu falar da lista) diz que os americanos influenciaram as eleições portuguesas de 1975.
Ora se nem os comunistas soviéticos colocaram a eleição em causa, como é que os americanos a conseguiram influenciar ?

Se houve intervenção em Portugal em 1975, foi soviética e não americana. Lembro que até estavamos ligados à Intervisao (a Eurovisão comunista) e como todos os países do Pacto de Varsóvia assistiamos às paradas na Praça Vermelha.

A invenção prova-se por isso ABSOLUTAMENTE FALSA.

Em Angola a intervenção americana não foi ao nível do governo, mas sim dos movimentos evangélicos radicais negros, que estavam muito ativos nos Estados Unidos na década de 1960. A FNLA de Holden Roberto do ponto de vista politico era alinhada com a China de Mao.

A realidade, quando se tenta olhar com alguma seriedade, é muito diferente das teorias conspiranoicas.


os usa apoiaram o regime e o hospicio foi largamente utilizado pelo regime para fazer desaparecer pessoas
Mas qual regime, filho ?
A ditadura do Getulio Vargas, que era mais pró-alemã que pró americana ?
Talvez não fosse má ideia estudar um pouquinho a história do Brasil ...
Lembrando que o hospicio existiu durante décadas.

Acho que a tese rodrigo, faz mais sentido que a sua.
A América é culpada dos acidentes com carros da GM da Ford e da Chrysler. Assim talvez a estatística esteja certa.



Há muitas formas de bater nos cães capitalistas malvados, debochados repugnantes e animais americanos, sem ter que recorrer a uma lista patética que cheira a fabricação barata do principio ao fim.
Estão alegando 100.000 mortos? Onde ocultar isso? Então a esquerda brasileira está conivente com os assassinos pois nunca se ouviu uma acusação dessas e a menção do tal hospício para essa finalidade...Nem como lenda urbana!

O mais ilustre morador do Hospício de Barbacena foi Heleno de Freitas, o grande craque do Botafogo em tempos idos.

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Re: EUA

#1525 Mensagem por urss » Ter Jul 22, 2014 10:01 am

pt escreveu:
os usa apoiaram o regime e o hospicio foi largamente utilizado pelo regime para fazer desaparecer pessoas
Mas qual regime, filho ?
A ditadura do Getulio Vargas, que era mais pró-alemã que pró americana ?
Talvez não fosse má ideia estudar um pouquinho a história do Brasil ...
Lembrando que o hospicio existiu durante décadas.
Durante o regime militar da Alemanha nazista, estima-se que cerca de 6 milhões de judeus perderam suas vidas nos campos de concentração. Ainda que um holocausto de tamanhas proporções jamais tenha se repetido na história desde então, a barbárie, a crueldade e a desumanização encontraram eco em vários lugares do mundo. No Brasil, uma das experiências mais emblemáticas é a do Hospital Colônia de Barbacena (MG), caso que se tornou conhecido pela alcunha de “holocausto brasileiro”.

Fundado em 1903, no interior de Minas Gerais, a história do Colônia ganhou espaço na mídia nos últimos anos a partir de uma série de reportagens publicadas no jornal Tribuna de Minas em 2012 e que deu origem ao livro Holocausto Brasileiro – Vida, Genocídio e 60 Mil Mortes no Maior Hospício do Brasil (São Paulo: Geração Editorial, 2013). Obrigados a andarem nus, a defecarem no chão em que dormiam e a enterrar seus próprios mortos, os internos eram enviados ao hospital literalmente para morrer. De acordo com a jornalista Daniela Arbex, autora da publicação, a vida dos internos do Colônia envolvia “um cotidiano de muita limitação, de frio, de fome, de maus tratos físicos e tortura psicológica”.

Os pacientes, que muitas vezes eram internados sem qualquer critério, eram os excluídos da sociedade. Pessoas indesejáveis, oponentes políticos, mendigos, prostitutas, homossexuais e, é claro, aqueles verdadeiramente doentes mentais, segregados da convivência diária para longe dos olhos da sociedade. “Pessoas que foram esquecidas pela sociedade, pela família, que eram ignoradas pelos próprios funcionários e pelos médicos, que testemunharam tudo e nada fizeram.”



comissão Nacional da Verdade (CNV) recebeu do governo norte-americano os primeiros documentos relativos à ditadura no Brasil (1964-1985). O material, até então sigiloso, foi tornado público pelos Estados Unidos em projeto especial anunciado recentemente pelo seu vice-presidente, Joe Biden, em visita à presidente Dilma Rousseff.

Em memorandos, telegramas e aerogramas, todos com o selo que indica material confidencial, diplomatas comentaram práticas de um pedaço obscurecido da história brasileira, com relatos de torturas, mortes e condições degradantes dos presos políticos à época.

Satisfeito com a iniciativa norte-americana, o presidente da CNV, Pedro de Abreu Dallari, entende que a contribuição mais significativa dos documentos está, justamente, na referência detalhada e minuciosa destes episódios. “Alguns deles fazem referência aos métodos de tortura utilizados”, cita.

Para Dallari, o fato reforça o entendimento de que se torturou e matou em instalações militares no Brasil de forma sistemática. Ele ainda destaca a seriedade dos documentos, alegando que, à época, os EUA tinham intensa participação na vida politica brasileira e que as informações agora reveladas expressam a compreensão do que se passava no país durante a ditadura.

Sobre a continuidade dos envios, Dallari adianta que não há um cronograma estabelecido, nem a previsão de que novos documentos norte-americanos cheguem à CNV, embora esta seja a expectativa. Segundo ele, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, adiantou que é intenção do governo dos EUA dar sequência ao projeto. “Mas é uma decisão unilateral deles”, salienta Dallari.

Potencial e limitações
O potencial esclarecedor de possíveis novos documentos a serem liberados pelos EUA divide a opinião de especialistas brasileiros. Para Maria Aparecida de Aquino, doutora em História Social, a expectativa é antagônica: vai do tudo ao nada. Ela acredita que os documentos podem não trazer novidades, como também conter informações preciosas, inclusive para familiares de mortos e desaparecidos durante a ditadura.

Sua avaliação, contudo, é a de que o governo norte-americano pode ainda ter dados aguardados há muito tempo por pesquisadores brasileiros. Como exemplo, ela cita o fim dado à Guerrilha do Araguaia, criada pelo Partido Comunista do Brasil e dizimada sem levar à frente seu alegado plano de derrubada do governo militar.

“Fica muito difícil entender como se toma uma decisão como a do caso do Araguaia”, diz Maria Aparecida. “Ali, a política foi de extermínio, ninguém deveria sobreviver”, afirma. A esperança é que os documentos americanos possam ajudar a encontrar respostas sobre o caso. Para os pesquisadores brasileiros, saber como se chega a decisões como a desse caso, em que nível o processo decisório ocorreu e quais orientações levaram a ela vale ouro.
Menos entusiasmado com os papéis, o professor Carlos Fico, pós-doutor em História e pesquisador do Grupo de Estudos da Ditadura Militar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que a documentação a ser liberada pelos EUA pode aprofundar uma série de questões sobre as quais já se tem conhecimento, mas sem trazer nenhum novo detalhe “espetacular”.

Ao analisar as limitações do material, por exemplo, ele não crê que os EUA possam dar detalhes sobre operações que resultaram em mortos e desaparecidos, tampouco sobre o paradeiro dessas pessoas, já que ações do tipo eram acobertadas pelas autoridades locais.

Fico avalia que os documentos podem trazer detalhes de episódios menos polêmicos, como atritos gerados durante a crise de relação entre EUA e a ditadura brasileira – comuns no governo do presidente democrata Jimmy Carter, no final da década de 70. Antes disso, lembra o pesquisador, os norte-americanos adotavam a política do Golden Silence (Silêncio de Ouro): com poucas declarações públicas e sem expor o apoio que davam ao regime que torturava cidadãos.

Operação Brother Sam
Na análise de Fico, a CNV e o governo do Brasil deveriam ter acertado com as autoridades norte-americanas a revelação de nomes de brasileiros que colaboraram com a Operação Brother Sam – planejada pelos EUA para apoiar o golpe de 1964 e que derrubou o então presidente brasileiro João Goulart – caso a sua execução sofresse algum tipo de imprevisto.

O pesquisador lembra que boa parte da documentação é conhecida, mas os nomes nela contidos aparecem tarjados. Em 2001, Fico descobriu nos arquivos norte-americanos o envolvimento de pelo menos um general brasileiro, revelado por ele em seu livro “O Grande Irmão: Da Operação Brother Sam aos Anos de Chumbo” (Editora Record, 2008).

“Muitos documentos liberados para consulta vêm tarjados, encobrindo nomes de pessoas”, relata. Conforme Fico, há indicativos sobre a participação de civis brasileiros, incluindo políticos de alto escalão, cujos nomes nunca foram vistos em nenhum documento oficial. “Seguramente, uma informação significativa seria essa”, aponta.

Questionado pelo Terra sobre a possibilidade de novos documentos recebidos pela CNV incluírem nomes de brasileiros envolvidos na Operação Brother Sam, o presidente da comissão, Pedro Dallari, restringiu-se a dizer que se trata de uma informação difícil de ser prevista. “Vamos aguardar”, declarou.

Apesar de valorizar a iniciativa norte-americana, Dallari avalia que, sozinhos, os documentos podem ser pouco elucidativos. Segundo ele, a experiência da CNV demonstra que episódios da ditadura brasileira dificilmente são esclarecidos com informações oriundas de uma única fonte. Neste sentido, o material liberado pelos EUA atuaria de forma a completar investigações.


O coronel reformado Paulo Malhães, que admitiu em depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV) ter torturado presos políticos durante a ditadura, foi encontrado morto em casa no dia 25 de abril deste ano
Foto: Marcelo Oliveira / Ascom/CNV
“O caso Rubens Paiva, por exemplo, foi elucidado por elementos de diferentes fontes”, menciona Dallari, em referência ao homicídio e ocultação do cadáver do ex-deputado durante a ditadura. Recentemente, em maio, a Justiça Federal do Rio de Janeiro acatou denúncia do Ministério Público contra cinco militares reformados do Exército. Dias antes, havia sido encontrado morto o coronel reformado Paulo Malhães, que confirmou à CNV, em abril, ser o responsável pelo desaparecimento do parlamentar, em 1971.

Forças Armadas
O presidente da CNV também acredita que, a partir da divulgação dos documentos norte-americanos, novas revelações ocorram internamente no Brasil sobre a sua ditadura militar, em especial por parte das Forças Armadas, que negam a ocorrência de tortura durante o regime. “É mais uma fonte que confirma essa informação, o que deixa a situação mais constrangedora à posição das Forças Armadas”, afirma.


A pesquisadora Maria Aparecida concorda, embora entenda não ser tão clara a influência direta da decisão dos EUA sobre a conduta dos militares brasileiros. “Se pensarmos numa nação como os EUA, se dispondo a abrir uma documentação, fica muito difícil para as Forças Armadas manterem a posição de não abrir”, diz. “Força a contribuição e se torna difícil de continuar negando”, completa.

Ela afirma que os pesquisadores brasileiros tem certeza da existência de documentações produzidas pelos serviços de informação da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, criados ou modificados pelo regime militar e desconstituídos após ele. Ao consultar as Forças Armadas, contudo, ela alega receber como resposta que toda documentação ou foi destruída, ou nunca existiu.

Na análise de Maria Aparecida, o envio de mais documentos pelos EUA pode ter relação com um material que estaria sendo preservado pelos militares brasileiros – constituído, em sua maioria, de cópias de originais que se perderam.




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Re: EUA

#1526 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 22, 2014 10:53 am

Carlucci comandou accões da CIA no pós-25 de Abril

:arrow: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional ... 49&page=-1

O Grande "amigo" do senhor CIA era o Mário Soares. Que os Alemães tenham apoiado o PS é algo que eu não dúvido nada, mas quem estava no terreno a coordenar as acções era o Carlucci.




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Re: EUA

#1527 Mensagem por pt » Ter Jul 22, 2014 12:04 pm

urss escreveu:
pt escreveu: Mas qual regime, filho ?
A ditadura do Getulio Vargas, que era mais pró-alemã que pró americana ?
Talvez não fosse má ideia estudar um pouquinho a história do Brasil ...
Lembrando que o hospicio existiu durante décadas.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... 14,00.html

Em vez de argumentar com o clique do rato e com o copy-paste, talvez não fosse má ideia responder diretamente, e com argumentação da sua cabeça, que responda às perguntas.

Não é por fazer copy-paste de uma parede de texto, que você sabe que ninguém vai ler, que a sua argumentação tem mais validade que um amendoim torrado.
Você colocou um texto dizendo que os americanos mataram 100.000 brasileiros e perante o patético da afirmação, inventou que podiam contar com os mortos num hospício em Minas Gerais.

Não se esconda por detrás de textos gigantescos que não respondem a coisa nenhuma.




Cabeça de martelo ->

Em Portugal, quem apoiava o Mário Soares eram os alemães, em parte os socialistas franceses, embora de alguma forma também os conservadores britânicos.

O Carlucci veio a Portugal, para tentar analisar a situação e ver o que poderia ser feito.
O Henry Kissinger, já tinha aliás feito o veredito final.
Para Kissinger, Portugal deveria servir de vacina para a Europa ocidental. País pobre e atrasado, Portugal ficaria ainda pior se caisse sob um regime comunista e poderia ser apresentado como exemplo da decadência a que um país poderia chegar se optasse pelo comunismo.

A questão Portuguesa em 1975, é uma demonstração da diferença de opiniões que sempre existiu entre o Pentagono por um lado e o Departamento de Estado por outro.

Ou seja: Na América, Portugal sempre teve melhores relações com os ministérios da defesa que com as relações exteriores. E sempre teve melhores relações com governos republicanos que com governos democratas.

Henry Kissinger, que previa que Mario Soares fosse uma espécie de Kerensky, que cairia com a pressão dos comunistas pro-soviéticos estava errado.
Estava errado, porque ele recebeu apoio de muitos partidos socialistas e social democratas da Europa. Os principais partidos politicos portugueses tinham relações com os seus congeneres europeus (aka dinheiro) . A América era longinqua para todos eles.
Apenas os militares portugueses mantinham, como mantêm até hoje, uma ligação direta com os americanos.
A primeira pessoa com quem Carlucci teve uma reunião, foi com Otelo Saraiva de Carvalho, o comandante operacional das forças portuguesas no continente, e esquerdista dos três costados.

Portanto, a ideia de que os americanos influenciaram as eleições de 1975 é lúdica.
Eles estavam presentes, isso é claro.
Mas a pressão dos americanos não foi para influenciar as eleições, mas sim para GARANTIR QUE HAVIA ELEIÇÕES.

As análises dos americanos era claras: Se houver eleições livres em Portugal, os portugueses nunca darão a vitória a um Partido Comunista.

Já se os americanos fariam alguma coisa se achassem que os portugueses votariam nos comunistas, isso é outra coisa, mas seria especulação pura.

Cumprimentos




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Re: EUA

#1528 Mensagem por Bourne » Ter Jul 22, 2014 12:28 pm

Isso é o holocausto brasileiro. Não culpe os agentes externos pelas aberrações internas. O pior é que não nada tinha a ver com ditadura. Simplesmente, ninguém se importava com as vítimas.
Livro conta história de hospício em Barbacena que arrecadou R$ 600 mil com venda de corpos

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/m ... erais.html

“Milhares de mulheres e homens sujos, de cabelos desgrenhados e corpos esquálidos cercaram os jornalistas. (...) Os homens vestiam uniformes esfarrapados, tinham as cabeças raspadas e pés descalços. Muitos, porém, estavam nus. Luiz Alfredo viu um deles se agachar e beber água do esgoto que jorrava sobre o pátio. Nas banheiras coletivas havia fezes e urina no lugar de água. Ainda no pátio, ele presenciou o momento em que carnes eram cortadas no chão. O cheiro era detestável, assim como o ambiente, pois os urubus espreitavam a todo instante”.

A situação acima foi presenciada pelo fotógrafo Luiz Alfredo da extinta revista O Cruzeiro em 1961 e está descrita no livro-reportagem Holocausto Brasileiro, da editora Geração Editorial, que acaba de chegar às livrarias de todo o País. Ainda que tenha semelhanças com um campo de concentração nazista, o caso aconteceu em um manicômio na cidade de Barbacena, Minas Gerais, onde ocorreu um genocídio de pelo menos 60 mil pessoas entre 1903 e 1980.

Apesar de ser uma história recente, o fato de um episódio tão macabro permanecer desconhecido pela maioria dos brasileiros inspirou a jornalista Daniela Arbex. “Eu me perguntei: como minha geração não sabe nada sobre isso?”. A obra conta a história do maior hospício do Brasil, que ficou conhecido como Colônia e leva este nome por ter abrigado atos de crueldade parecidos com os que aconteceram na Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.

Livro Holocausto Brasileiro conta história do genocídio de 60 mil pessoas em hospício de MG.

Imagem

“Dei esse nome primeiro porque foi um extermínio em massa. Depois porque os pacientes também eram enviados em vagões de carga (ao manicômio). Quando eles chegavam, os homens tinham a cabeça raspada, eram despidos e depois uniformizados”, explica a autora. Daniela não foi a única a comparar Colônia ao holocausto. No auge dos fatos, em 1979, o psiquiatra italiano Franco Basaglia visitou o hospício com a intenção de tentar reverter o que ocorria no local. “Estive hoje num campo de concentração nazista. Em nenhum lugar do mundo presenciei uma tragédia como essa”, disse na ocasião.

A Colônia foi inaugurada em 1903 e continua aberta até hoje, mas o período de maior barbárie aconteceu entre 1930 e 1980, quando pessoas eram internadas sem terem sintomas de loucura ou insanidade. Segundo o livro-reportagem, cerca de 70% das pessoas não tinham diagnóstico de doença mental. “Foi o momento mais dramático. A partir de 1930, os critérios médicos desapareceram. Em 1969, com a ditadura, o caso foi blindado. Não gosto de chamar assim, mas (entre 1930 e 1980) foi um período negro. Foi criado para atender pessoas com deficiência mental, mas acabou sendo usado para colocar pessoas indesejadas socialmente, como gays, negros, prostitutas, alcoólatras”, contou.

Daniela contou ainda que a ordem para internação das pessoas na Colônia vinha dos mais influentes da sociedade na época. “Quem decidia é quem tinha mais poder. Teve pessoas que foram enviadas pela canetada de delegados, coronéis, maridos que queriam se livrar da mulher para viver com a amante. Não tinha critério médico nenhum. Tem documento que mostra que o motivo da internação de uma menina de 23 anos foi tristeza”, criticou.

Ao chegarem ao manicômio, os internados tinham uma rotina “desumana”. Eles dormiam juntos em salas grandes sem cama. Todos tinham que se deitar sobre o chão do cômodo, que era coberto apenas por capim. Acordavam por volta das 5h da manhã e eram enviados para os pátios, onde ficavam até 19h, todos os dias. “Barbacena é uma cidade muita fria. Até hoje tem temperatura muito baixa para os padrões brasileiros. Pessoas eram mantidas nuas nos pátios em total ociosidade. Pensa bem que condição sub-humana”, disse a jornalista.

Além disso, a alimentação na Colônia era precária, o que causou a desnutrição e, consequentemente, o desenvolvimento de doenças em vários dos “pacientes”. “Eles tinham uma alimentação muito pobre, de pouca qualidade nutritiva. Muitas pessoas passavam fome. Tem histórias de gente que em momento de desespero comeu ratos ou pombas vivas. (...) As pessoas acabavam tendo sede e bebiam urina ou esgoto porque tinha fossas no pátio. Não tinha nenhuma privacidade. Até 1979 era assim, faziam xixi e coco na frente de todo mundo", explicou.

O fato dos homens, mulheres e até crianças ficarem pelados o tempo todo criava um clima de promiscuidade no manicômio. Há relatos de mulheres que foram estupradas por funcionário. “Consegui depoimentos nesse sentido de (estupro e abuso sexual), mas não consegui provar. Tem um caso de uma mulher que disse ter engravidado de um funcionário. Certo é que havia uma promiscuidade incrível. As pessoas eram mantidas nuas, dormindo juntas nessas condições. Crianças eram mantidas no meio dos adultos”, lamentou.

Além das condições insalubres, o hospício chegou a ter 5.000 pessoas ao mesmo tempo, enquanto a capacidade original era para 200 pacientes. Nesses períodos de maior lotação, 16 pessoas morriam todos os dias. “Não era uma coisa determinada, não existia uma ordem (para matar). As coisas foram se banalizando. Um funcionário via que outro fazia tal coisa com o paciente e repetia. As pessoas deixaram as coisas acontecerem. Não tinha essa coisa de vamos fazer com essa finalidade. Era exatamente por omissão”, comentou.

Venda de corpos

Mas a morte dava lucro. A autora do livro conta que encontrou registros de venda de 1.853 corpos, entre 1969 e 1980, para faculdades de medicina. “O que a gente não sabia e conseguimos descobrir, com a ajuda da coordenação do Museu da Loucura, foi que 1.853 corpos foram vendidos para 17 faculdades de medicina do País. O preço médio era de 50 cruzeiros. Dá um total de R$ 600 mil reais, se atualizarmos a moeda. Tem documento da venda de corpos. De janeiro a junho de um determinado ano, por exemplo, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recebeu 67 peças, como eles mencionavam os corpos”, afirma.

Depois de algum tempo, o mercado deixou de comprar tantos cadáveres. Os funcionários passaram, então, a decompor os corpos dos mortos com ácido no pátio da Colônia, diante dos próprios pacientes, para comercializar também as ossadas.

O caos estabelecido na Colônia foi descoberto pela revista O Cruzeiro, que publicou em 1961 uma reportagem de denúncia de José Franco e Luiz Alfredo, entrevistado por Daniela Arbex no livro. A autora conta que, na época, houve comoção em torno do caso, mas as condições continuaram as mesmas no hospício. “Na época, o (ex-presidente) Jânio Quadros estava no poder. Ele falou que ia mandar dinheiro para a Colônia, falaram que ia fazer acontecer e nada. Não foi feito nenhum tipo de intervenção que fizessem os absurdos cessarem. De 1961 até 1979, a situação continuou tão grave quanto”, explica.

As “atrocidades” no hospício só começaram a diminuir quando a reforma psiquiátrica ganhou fôlego em Minas Gerais, em 1979. Hoje, o manicômio é mantido pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) e conta com 160 pacientes do período em que o local parecia mais um “campo de concentração”. Ninguém nunca foi punido pelo genocídio.




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Re: EUA

#1529 Mensagem por urss » Ter Jul 22, 2014 12:38 pm

pt escreveu: Em vez de argumentar com o clique do rato e com o copy-paste, talvez não fosse má ideia responder diretamente, e com argumentação da sua cabeça, que responda às perguntas.

blablabla......

Não é por fazer copy-paste de uma parede de texto, que você sabe que ninguém vai ler, que a sua argumentação tem mais validade que um amendoim torrado.

blablabla........
Você colocou um texto dizendo que os americanos mataram 100.000 brasileiros e perante o patético da afirmação, inventou que podiam contar com os mortos num hospício em Minas Gerais.

se fores ler novamente vais ver que nao esta escrito que os americanos mataram, eu nao inventei nada, achei a lista interesante e bastante discutivel, isto é um forum penso eu?

esses copys que tu tanto detestas por serem longos e como tal nao les provam que la morreram sim muitas pessoas nao por serem loucas mas sim opositores politicos!
em momento algum eu afirmei que todos eles eram opositores politicos

eu apenas tentei explicar que existem muitas mortes que embora nunca sejam oficialmente atribuidas todo mundo sabe que foi assim e isso esta mais que provado nesses detestaveis textos longos

se fores la atraz vais ver que eu fui um dos primeiros a por os numeros em questao, mas isso claro que tambem nao lestes,enfim deve ser pelo meu nick :mrgreen:

Não se esconda por detrás de textos gigantescos que não respondem a coisa nenhuma.

blablabla........




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Re: EUA

#1530 Mensagem por Bourne » Ter Jul 22, 2014 12:40 pm

A ditadura, instabilidade e brigas internas foram nossa. A responsabilidade é dos BR huehue para bem ou mal.

O Brasil não está na lista do USA exposta da wikileaks como "não sei" por nada. Temos uma longa tradição de não seguir ninguém.

No século XIX, quase o Brasil entra em guerra com Inglaterra pela repressão ao tráfico negreiro e outras medidas desagradáveis, só acalmou no sim do século. Depois fez alianças com os norte-americanos como novo parceiro na esfera internacional, enquanto estreitou laços culturais e econômicos com Europa continental, levando grande parte das instituições e tradições terem base francesa.

No século XX, a influencia externa é insignificante, quando apareceram como em 1964 foram à reboque dos interesses de grupos nacionais. As transformações políticas e conflitos brasileiro foram dinâmica interna, frequentemente indo se afastando ou indo contra ao equilíbrio de poder estabelecidos. É dinâmica de país grande e estruturado. Apesar de uma parte significativa achar que Brasil é um anão como panamá ou tão desestruturado como sudeste asiático.




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